1. Spirit Fanfics >
  2. Aulas de Pole - Yungi >
  3. Last

História Aulas de Pole - Yungi - Last


Escrita por: leemonaku

Capítulo 2 - Last


Fanfic / Fanfiction Aulas de Pole - Yungi - Last

12:30h de domingo.


O sol bate forte em meu rosto, fazendo eu colocar o boné que estava em cima da mesinha de junco.


Todos estão se divertindo na piscina. Jogando vôlei, dando gargalhadas, mergulhando.


É o aniversário de Anne, e ela convidou muitos amigos até a casa dela para comemorar.


Eu, como sempre, fico mais isolado dos demais. Principalmente depois daquele acontecimento com o namorado babaca dela.


Por mais que ele ainda não tenha chego.


Nesse ponto, já estava ficando extremamente paranóico.


— Ei Yunho, vem se divertir com a gente! — Anne grita de longe, de dentro da piscina.


Me viro para ela, surpreso.


— A-ah não Anne, eu estou bem aqui. — dou um sorrisinho tímido.


Assim que relaxo novamente na espreguiçadeira, pego o copo com suco de laranja ao meu lado.


Estava muito calor nesse dia.


Mas minha paz acabou a partir do momento em que ouvi a campainha tocar. E, sabendo de quem se tratava, revirei os olhos só de imaginar ele ali.


— Fala sério. — sussuro baixinho.


Uma garota baixinha ia de encontro ao portão. O que fez Anne gritar:


— Pode deixar que eu vou! — e saiu da piscina.


Ia seguindo com os olhos todos os seus passos até o portão. As gotas d'água caindo no chão.


— Oi, meu amor! — e pulou no colo do namorado, mesmo com ele cheio de sacolas nos braços.


"Que alvoroço". – pensei, e balancei a cabeça em negação.


Quem vê assim, acha que é o casal perfeito que todos querem ser algum dia.


O garoto estava todo praiano. Coisa que me surpreendeu, pois nunca tinha o visto daquela maneira.


Anne se desgruda dele, finalmente, e vai ajudá-lo a carregar as sacolas.


Eles vão em direção á cozinha ao ar livre. Mas, quando Mingi me vê pelo caminho, seu sorriso automaticamente desaparece do rosto. E o encaro de volta, fazendo ele desviar o olhar.


Eu tenho nojo da cara dele, mas não quero ter aquela conversa com ele de novo, principalmente no aniversário da namorada dele. Então me recomponho, mesmo com raiva.


— Deixa as laranjas ali em cima do balcão, vou ir ao banheiro rapidinho. — ela diz para o namorado.


Mingi se esforça ao máximo para tentar dar um sorriso, e logo em seguida dá um selinho em Anne.


Ela some quando entra na pequena casinha que havia ali no meio da grama. No banheiro, para ser mais exato.


Mingi sai da cozinha para ir cumprimentar todos. Até as pessoas que estão na piscina ele cumprimenta, menos eu.


Esse cara é um babaca mesmo.


— Amor, vamos nadar! — Anne diz enquanto sai da casinha, chamando a atenção de todos.


— Mas eu acabei de chegar, preciso pelo menos tomar um sol primeiro.


— Ahh, vai, vai ser rapidinho. — ela o fita com cara de cachorrinho.


— Tá, tá, tô precisando me refrescar um pouco mesmo.


Assim que ele diz isso, começa a retirar a camisa com estampa praiana.


E, meu Deus... Uau.


Sei que não deveria olhar, mas também sei que ele não acredita no fato de eu ser gay, então já não me importo mais.


Não é um corpo surreal, mas um corpo definido, e extremamente atraente.


Corpo aquele em que Anne devia beijar cada centímetro.


Mas, sem nem dar tempo de pensar, quando ele tirou ela toda, mirou seus olhos em mim, me deixando mais confuso ainda.


Me encarou por longos 5 segundos, e deu um sorrisinho de canto após me ver surpreso.


Sim, foi isso o que eu disse. "Um sorrisinho de canto".


A vergonha era tanta que tive que desviar meu olhar, sentindo minhas orelhas ficarem vermelhas.


Fingi estar mexendo no celular enquanto via de canto de olho ele e Anne mergulhando na piscina.


"Mas que porra foi essa?!".


[...]


Todos estavam reunidos numa rodinha, tocando e cantarolando músicas aleatórias.


Só que... Eu não suportava mais ficar naquele lugar, porque Mingi simplesmente não parava de me encarar! Desde o momento em que sentamos aqui.


E, para piorar tudo, ele ainda estava sem camisa.


De vez em quando, quando ele fingia estar prestando atenção em alguma coisa que cantavam, se apoiava para trás, ficando totalmente á mostra para mim.


Ele estava fazendo isso de propósito, não é possível.


Isso fez com que eu me sentisse tão, mas tão errado por estar olhando que tive que pedir licença a todos e ir correndo até o banheiro, de tanta vergonha.


[...]


Me encostei na pia, encarando o meu reflexo através do espelho.


"Tudo bem, se acalma Yunho. É só o namorado da sua melhor amiga babaca de sempre, não fica pensando nesse tipo de coisa".


— Ok, beleza, eu consigo. — disse e fui saindo pela porta, mas antes, vendo Mingi entrar no mesmo banheiro. E eu o encaro.


Ele me encara de volta, mas desvia o olhar logo em seguida, parecendo desinteressado.


Não sei por que caralhos ele foi até lá, por que só vi ele lavando as mãos.


Sem sentido algum.


Também não sei porquê pareceu isso, mas... Sabe quando parece que alguém quer te falar algo mas não fala? Pois é, pareceu isso.


E, ao mesmo tempo que fiquei curioso, também fiquei com medo, por causa da nossa última conversa.


Esquisito.


[...]


Chegou a hora do parabéns.


Todos se reuniam através do salão, ficando de frente para a mesa cheia de decorações praianas e docinhos variados.


Mingi ainda não havia voltado do banheiro, e já faziam mais de 15 minutos.


Anne estava á procura dele, desesperada para cantar o parabéns o mais rápido possível.


— É sério mesmo que ninguém viu ele? — pergunta, olhando para todas as pessoas presentes no salão, achando que ele fosse aparecer do nada.


É claro que eu tinha visto ele, mas de jeito nenhum iria falar. Principalmente porque ele mesmo não tinha avisado a ela sobre a ida repentina ao banheiro.


— Deixa para lá Anne, vamos começar sem ele mesmo. Seus amigos precisam ir, já está tarde. — a mãe dela avisa, já colocando a velinha de número "19" no bolo de mentira.


Vi no rosto de Anne que ela estava triste, sem a presença do namorado ao seu lado. Mas eu agradecia aos céus por ele não estar ali.


Estava no cantinho da parede, encostado e com os braços cruzados, quando ouvi:


— Apaguem as luzes!


O salão foi ficando cada vez mais escuro, e faíscas das velinhas brilhantes foram dando luz ao ambiente.


— Parabéns para você... — eles começaram.


Comecei a bater palmas, e cantar também, mas mais baixinho que os demais ali presentes.


Estava tão escuro, mas tão escuro onde eu estava que nem consegui ver quando alguém me prensou na parede, me segurando pela cintura.


— Mas que porr-


— Shh. — sussurrou, e colocou uma das mãos em cima da minha boca.


Estava apavorado demais, sem reação. Com os olhos quase saltando do rosto.


— Desculpa, mas eu não achei uma outra maneira de fazer isso. — e retirou a mão do meu rosto.


Assim que a pessoa começou a falar eu percebi a voz grossa... A voz de Mingi.


— Sei muito bem que você é gay, Yunho, e sempre soube. O que você não sabe é que eu sempre impliquei com você só porque não queria que Anne soubesse que estava indo em todas as suas aulas só para te ver. Te ver naquele shortinho curto ridículo que deixa suas coxas mil vezes mais bonitas.


Arregalo os olhos, sentindo o hálito quente de Mingi batendo contra o meu rosto.


"Então era isso o que ele queria me falar..."


— O que foi, não vai falar nada? Quer que eu te prove que é verdade, então? Pois então eu provo.


Sinto uma aproximação diferente, mais... Íntima.


Ele então segura na minha nuca e me dá um selinho, mantendo meu corpo mais próximo do dele do que antes, o chocando contra o seu.


E, logo quando cedi aos seus toques, as luzes se acenderam.


Meu Deus, tinha me esquecido completamente do parabéns.


Via Mingi claramente ali agora, e também via as pessoas nos encarando. Anne nos encarando.


— Puta que pariu. — os dois dizem, ainda chocados pelo acontecimento.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...