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História Avatar: Kalyse - Interativa - Livro 3 -Guerra - Inicio de uma nova Guerra


Escrita por: Areque

Notas do Autor


espero q gostem^^

Capítulo 22 - Livro 3 -Guerra - Inicio de uma nova Guerra


Fanfic / Fanfiction Avatar: Kalyse - Interativa - Livro 3 -Guerra - Inicio de uma nova Guerra

Kalyse e seus companheiros seguiam correndo desesperadamente por entre os rochedos de Zalfo, todos cansados e famintos, de repente o avatar caiu e berrava de dor, contorcia-se e trovoes saltavam de seu corpo. Sua visão ficou turva e ela repentinamente, perdeu a consciência.

...-ela esfregou as têmporas, confusa olhou ao redor.

Estava deitada em uma grama macia de cor verde-musgo, a sua frente, uma estátua de uma bela mulher, em suas mãos segurava um pote e abaixo da cintura a agua escorria dando a impressão de um tecido fino. Kalyse levantou-se e olhou para trás, uma caverna coberta de pedras e cipós, caminhou mais um pouco.

-É o mundo espiritual? –sussurrou ela. –Korra?! –ela gritou.

-É alguém muito melhor que Korra, avatar. –dizia uma voz masculina.

Kalyse rapidamente virou-se.

-Quem é você?

-Que bom que perguntou... –dizia ele, o olhar severo, afagou a barba. –Eu sou... Onipresente, onipotente, onisciente...

-Não diga asneiras seu idiota. –retrucou o avatar. –Você não é um deus.

-Vejo que é um tanto audaciosa. Entretanto, sua petulância não lhe servirá de nada.

-Deixe de rodeios e me diga o que você quer. –rebateu a menina.

-Eu vim atrás de sua cooperação...

-Continue...

 

 

 

Wallya pega a maçaneta e a empurra para baixo, é cumprimentada com mais um “clique” e, então, abre bem devagar a porta, que range. O corredor a frente é mal iluminado e gotas de agua caem das tubulações, uma luz fria e azulada pisca e ilumina o final do corredor. A menina deixa escapar um suspiro de tranquilidade e então segue mais um pouco caminhando.

-Pensei que me daria um bolo. Como costuma fazer. – dizia um semblante familiar escondido nas sombras.

-Eu sou esquecida... idiota! –retruca a menina e cruza os braços. –Trouxe o que eu pedi?

-Mas é claro que sim. –disse o semblante e aproximou-se da luz. –Afinal eu não deixaria você na mão.

-Akira, obrigada. –disse Wallya. –Como esperado da minha melhor amiga. –dizia ela apertando Akira.

-V-v-você como sempre querendo quebrar os meus ossos. Sua tábua! –disse a menina e ateou fogo na dominadora de água.

-Aaaaaahhhh... –ela gritou. –E você como sempre querendo me incinerar. –dizia ela apagando o fogo com as mãos. –Akira...

-O que?

-Eu vou descobrir quem está usando a dominação de espíritos. Eu vou descobrir isso... por você e pelo o seu pai.

Akira deixou escapar uma lágrima.

-Obrigada. Aquele senhor do fogo é um impostor e eu.... Aquela Akira é uma desonra para a família Yang, por favor, trate de ser cuidadosa, eles são muito perigosos.

-Não se preocupe. –disse Wallya em um sorriso. –Vaso ruim não quebra.

-Concordo plenamente.

-E essas flores? –indagou a dominadora de água.

-Eu vou entregar para uma pessoa importante....

-Tenha cuidado. Eu tenho que voltar para a minha missão.

 

 

 

A grandiosa muralha da tribo da água do norte cercava a visão dele. O casaco militar balançava com o vento ameno, a expressão séria como de costume, ambos os olhos vermelhos carmesim encaravam a foto em sua mão, os cabelos estavam cortados em camadas desregulares e sua pele alva estava arrepiada ao clima.

*LEMBRANÇAS 1*

-Você sempre fica com o meu lenço, me devolva! –dizia ela raivosa.

-Tente tirar de mim baixinhaaa... –ele dizia correndo.

-Klein seu idiotaaaa!!! –disse ela e disparou uma rajada de água no menino.

Ele caiu de bunda no chão, tonto.

-Suas habilidades de avatar não valem. –ele retrucou.

-Minhas habilidades de avatar, contam e muito, idiota. –disse Kalyse e pegou o lenço de cor cáqui.

-Kalyse... –ele disse esparramado no chão. –Eu nunca vou abandoná-la.

-Não diga coisas estupidas... –ela resmungou.

 

*LEMBRANÇAS 2*

Os olhares de Klein e Kalyse se cruzaram, debaixo de uma arvore. As flores da cerejeira banhava a grama dando um belo contraste para o cenário, o chão úmido. Klein colocou as mãos nos bolsos e encarou o céu estrelado.

-Eu vou servir o exército. –ele revelou.

-Como? –ela indagou surpresa.

-Kalyse eu tenho 19 anos, já sou um homem. E tenho que ficar mais forte. –ele dizia fitando a lua prateada. –Meu pai era um coronel do exército, eu como filho primogênito de uma família militar tenho minhas responsabilidades.

Kalyse conteve a tristeza.

-Eu era um líder forte e imponente, mas isso não me servia de nada, pois os meus companheiros me viam como um criminoso temido. E, durante minha primeira missão eu falhei como líder, não os domei como deveria, por isso...

-Klein, pessoas nunca serão domadas, enquanto houver uma faísca de liberdade em seus corações... você jamais irá doma-los.

Klein calou-se.

-Depois de tudo, não tenho objeções enquanto a sua decisão. –dizia o avatar com um sorriso triste.

Vou sentir sua falta... –pensou ele.

Klein ganhou a estrada e deixou para trás uma nuvem de poeira.

 

*TEMPOS ATUAIS*

Naquele tempo... Eu ousei não lhe dar expectativas sobre o meu verdadeiro eu, agora, é diferente. Agora, eu compreendi a verdade. – pensou Klein.

-Primeiro tenente Klein Leanan. –gritou o coronel Jean.

-Sim, coronel. –dizia ele cumprimentando-o com continência.

-Você irá se juntar ao 3º batalhão das tropas de contenção.

-Sim senhor. –ele disse sem emoção. –Senhor... O que iremos abater?

-Isso é confidencial. Apenas siga as ordens.

Armamentos de artilharia pesada eram encaixotadas enquanto Klein pegava o telefone. Discou um número escrito na borda da manga de seu casaco e esperou na linha. Ninguém atendia, tentou mais uma vez e outras dez vezes, até que finalmente alguém atendeu.

-Alô? –disse Klein.

Não foi correspondido.

-Bom, eu... um amigo me deu esse número então, eu pensei... que... –ele fez uma pausa. –Deixa pra lá.

-Continue. –disse uma voz familiar. –Muitos do exército não são confiáveis, precisava ter certeza de que não era outra pessoa.

-É. –ele disse num suspiro. –Felizmente sou eu. Como ela está?

-O fardo de sua identidade está pesando cada vez mais. –suspirou a voz do outro lado. –As tropas de ataque, suporte e contenção virão logo. Então não nos resta muito tempo. Infelizmente para ela... terá muito sangue. Ou melhor já ela está em guerra agora.

-Espera, como? Onde vocês estão?

-Você saberá logo, logo. –disse o homem e desligou.

-Espera... Thanatos! Thanatos! –Klein berrava. –Droga!

- Leanan, vamos. –disse o Coronel.

 

 

 

Kalyse franziu a testa.

-O-o que você disse? –indagou ela incrédula. –Você pretende sacrificar a vida das pessoas por um motivo fútil.

-Se você não sacrificar algo, não conquistará nada. –ele retrucou.

O avatar ficou em silencio e cerrou o punho.

-Meu renascimento neste mundo será para erradica-lo de seres inferiores, e meu alvo serão os não-dominadores. –ele revelou. –Afinal, a raça humana é algo que podemos manipular facilmente. E já que minha irmã é a general de Cidade Republica não vejo motivos para me impedirem.

Kalyse soltou uma gargalhada.

-O que foi? O medo te levou à loucura?

-Você é um boboca se pensa que eu vou ficar de braços cruzados enquanto todos estão sobe minha responsabilidade. –retrucou a menina –Todos estão contando comigo, e tem pessoas importantes pra mim, eu seria hipócrita se dissesse que eu tenho a terra na minha mão, entretanto, neste caso, eu tenho que proteger todos! E não fugir dessa peleja.

-Você me surpreende. Apesar de ter perdido suas dominações, ainda insiste em lutar.

-Eu já disse... Humanos são cabeça dura.

-Muito bem. –ele suspirou. –Eu lhe darei uma chance de salvar as suas preciosas pessoas... Treine durante três dias e me encontre no coliseu dos 4 elementos. Vamos ver se tem determinação e coragem.

-Fechado. Eu vou chutar essa sua bunda branca.

O homem soltou um sorriso de leve.

-Essa é a chance da sua vida. A-V-A-T-A-R.

 

...-ela acordou tonta, devagar, abriu os olhos e levou a mão para o alcançar algo a sua frente.

-Avatar! Você está bem?

-Estou, eu preciso que vocês vão para um lugar seguro. –ela disse levantando-se. –Por favor, não quero que se envolvam na guerra que está por vir.

-Jamais! –gritou um dominador de trovão.

-Não discutam! –ela gritou.

-Nós dizemos que não! –outro falou. –Não seja tão egoísta a ponto de desistir de nós.

A menina arregalou os olhos.

-Mas...

-Somos da mesma tribo. –disse um homem de cabelos negros. –Lutamos pela liberdade, não nos peça que cada um de nós a deixemos escapar.

-Teimosos. –ela disse e bufou. –Ok, Ok... Vamos para um lugar seguro. -Mestre? Onde você estava? –indagou a menina preocupada.

-Venha. Ainda não estou totalmente velho, então posso carrega-la um pouco.

-Fugindo do assunto né, velhote.

-Eu sou assim, criança. Tenho um esconderijo para nós. Todos me sigam.

 

 

Kalyse surpreendeu-se com o cenário a sua frente, o instituto parecera uma igreja dilapidada, com telhado quebrado, faixas de cipós rodilhadas no portão de ferro. Uma verdadeira catedral decrepita alta, cujos pináculos pareciam perfurar o céu azul-escuro.

Hanami silenciou. E desenfaixou a ferida, litros de sangue pingaram sobe o carpete do quarto, respirou fundo e esmurrou a parede. Thanatos bateu na porta.

-Hanami. Eu trouxe alguém para cuidar de você. –ele revelou e abriu a porta que fez “clique”.

-Hanami. –disse Wallya. –Você está ferido? –ela indagou preocupada.

-Isso é obvio. –ele disse friamente. –Afinal, o que veio fazer aqui, Wallya?

Ela ficou em silencio e Thanatos fechou a porta, indo em direção da biblioteca. Os passos da menina ficou frenético e de repente ela abraçara o príncipe fortemente, mais sangue expeliu do ferimento.

-Idiota eu fiquei preocupada. E tudo que você faz é ser ainda mais idiota!

O príncipe ficou quieto por alguns instantes, a respiração acelerada juntamente com os batimentos de seu coração.

-Wallya, faz poucos dias que eu te conheço, e...

-Se for um discurso meloso, pode parar. –dizia ela fechando a boca do rapaz com um dos dedos. –Exijo mais romantismo da próxima vez. Ah, e não esquecendo... Estou aqui pra te curar, então, trabalho e relacionamentos não podem ficar misturados.

-Você é louca, uma matéria imperfeita que precisa ser moldada.

-Eu diria, adaptada aos costumes alheios, enfim, chega de papo furado e começando o trabalho. –dizia ela pegando sua maleta de ferramentas. –Talvez doa um pouco. Agora pode deitar e relaxar.

 

 

Thanatos sentou-se em uma das poltronas da biblioteca, lá encontrava-se Kalyse fitando o movimento das pessoas sobe as calçadas. Seu olhar parecia triste e inalcançável.

-Você está bem, criança? –indagou o velho mestre, preocupado.

-Uma parte de mim está feliz e serena, entretanto a outra parte está vulnerável e não sabe o que fazer. –ela fez uma pausa. –Sabe, mestre eu sempre pensei que tudo daria certo e que no final ninguém precisasse se machucar, mas... Pessoas estão morrendo, e uma guerra está por vir. Haverá muitas mortes. O que isso significa?

-Significa que estes sacrifícios são necessários. –ele disse e pegou uma xícara de chá.

-Entendo. –ela disse e suspirou, deixou uma lágrima cair. –Tenho que começar meu treinamento rapidamente. Mestre se eu perder...

-Você será uma perdedora, e todos vamos ficar submissos dos poderes autoritários de Lynn e o tal “novato”. –ele dizia calmamente tomando uma xícara de chá. –Mas, se acaso ganhar, trará um amanhã repleto de paz e igualdade para o mundo. Qual dessas opções seria a mais favorável para nós?

-Obviamente a segunda. Jamais perderei. Não enquanto eu viver. –ela disse confiante. –Obrigada, mestre.

-Ok. Hora de reunir a equipe “Trovoes da liberdade”.

 

 

Wallya encostava-se defronte a janela com a vidraça quebrada da pequena biblioteca do refúgio. Enquanto Hanami estava sentado perto de seus pés de costas para a espessa parede desgastada, perto de Kalyse encontrava-se Luhan com os braços envolvendo Wu Yi. O avatar manteve certa distância dos dois e foi em direção da poltrona.

-ThanThan. –começou Wallya.

Thanatos gargalhou histérico.

-Adorei esse apelido. –Continue, criança.

-Como você pediu, contratei as forças especiais. –ela disse e coçou a cabeça. –Elas ficam para o plano B, chegarão amanhã. Lily vai ficar responsável de criar uma densa neblina. Enfim, você já sabe o resto.

-Hum. –ele disse num suspiro. –Prevejo que daqui a três dias, o destino do mundo se reorganizará.

-De acordo com os elementos que temos aqui. –começou Kalyse. –Aprenderei apenas três. Trovão, água e fogo...

-Estou sem condições de lhe ensinar. –comunicou Luhan. –Apesar dos curativos, sinto que preciso de repouso. Sinto muito, Kalyse.

-Não se preocupe. –ela disse carinhosamente. –Descanse o necessário para daqui a três dias, isso serve também para o Hanami.

Hanami bufou.

-A doutora Zolta praticamente me curou. –retrucou o príncipe.

-Praticamente não é totalmente, teimoso. Conte-se e repouse. –brigou o avatar.

-Minhas pernas estão em ótimas condições. –retrucou ele novamente.

-Preciso de um professor completo. E o seu braço está ferido! E não discute comigo, idiota! –ela rebateu.

-Briguenta como sempre. –disse uma voz na entrada da biblioteca. –Saudades?

A voz de Kalyse se perdeu e o coração acelerou de um modo que rapidamente levantou-se. Um rapaz de cabelos negros como as asas de um corvo, os penetrantes olhos vermelhos carmesim e o sorriso franco no rosto, possuía a mesma aparência de dois anos atrás, estava de braços abertos. A menina sem pensar duas vezes correu em sua direção e o abraçou desesperadamente, lágrimas saiam de seus belos olhos azuis cobalto e ele apertou sua cintura fina. Minutos depois, ela esmurrou lhe o rosto, ele surpreso se afastou.

-Por que você fez isso, anã de jardim? –ele indagava furioso.

-Ainda pergunta? –ela restucou raivosa. –Você não respondia os meus e-mails, cartas, nem minhas visitas. Agora aparece aqui com essa cara de bunda, esperando o que?

-Um pouco de “Ser recebido sem levar murros de uma anã de jardim”? –ele dizia tocando no rosto. –Você ficou mais forte apesar de ser um saco de osso.

-Seu... –disse ela.

-Crianças, crianças. –começou Thanatos, impaciente.

-S-Sim! – eles disseram uníssono.

-Não há tempo para brincadeiras, Kalyse você deverá iniciar seu treinamento imediatamente. –ele dizia de braços cruzados, repousados sobre a pequena mesa de madeira decrepita. –Luhan, Hanami. –ele disse olhando em direção dos irmãos. –Vocês deverão descansar. E não ousem fazerem nada precipitado, suas recuperações são fundamentais para a proteção de Kalyse.

-Está me tratando como se eu fosse um inútil, seu velho idiota! –retrucou Luhan.

-Luhan –começou Wu Yi. –É importante, você está muito ferido, suas costas... –ela tocou nas costas do amado e ele estremeceu. –Por hora, deve parar de lutar e descansar, temos três dias de descanso. Cuidarei das suas feridas. –ela determinou.

-Mestre, mesmo que minhas conexões com os elementos tenham sido destruídas... –começou o avatar. –Me esforçarei ao máximo para recupera-los. Se eu falhar, encarem essa humilhação impressiva e lutem contra a opressão, quando seus corpos não puderem mais se mover, será decidido se você irá chorar ou rezar. Lembrem-se disso, por favor.

-Isso soou poético. –disse Klein.

-Isso foi um elogio? –indagou Kalyse.

-Trate como quiser. –ele retrucou com um sorriso malicioso.

-Ah, velhote. Onde está Lily? –indagou Luhan.

-Lily está em uma missão de reconhecimento. –revelou o homem seriamente. –Ela falhou em uma missão, mas não a culpo. Lynn tem uma mente maquiavélica. Enfim, nosso foco principal é o “Retorno dos elementos” ou preferem “Levantem-se elementos”... Ou...

-Você é um velhote que está ficando gágá. –interrompeu o príncipe de cabelos loiros, com deboche.

-E você está parecendo um zumbir! –retrucou o velho mestre e foi em direção do rapaz.

Eles se encaravam defronte.

-Não me provoque seu velho maldito! –retrucou Luhan explodindo de raiva.

-E você não também não me provoque cabelo da Shakira! –disse Thanatos com um sorrisinho arqueado no canto da boca. –Quando vai ser o próximo show? –dizia ele explodindo na risada.

Luhan bufou e o socou no rosto.

-O show vai começar agora!

-Cai dentro. –disse o mestre na ofensiva.

-Aaaaaaaahhhhh... –gritou Wallya. A menina correu em direção dos dois e os chutou com toda a força fazendo-os cair fora da biblioteca. A porta partiu-se com a colisão.

-Ok. O que eles são? –indagou Klein a todos da biblioteca.

-Resumindo... Um velho e um idiota! –disse Wallya raivosa. –Ok, ok... calma, calma. Pronto, o que achou do meu chute na sua bunda velha, Thanatos?

-Incrível! –ele disse. –Um chute perfeitamente calculado para acertar os dois de uma vez.

-Obrigada, ao menos o treinamento com o meu pai, me serviu de alguma coisa.

-Kalyse... –murmurou Hanami. –Preciso falar com você. –ele disse em voz alta.

-Ok. –ela disse e ambos foram em direção de um quarto.

 

As cortinas rasgadas balançavam conforme o vento ameno, a vidraria da janela quebrada dando ao cenário um ar de abandono e o recinto cheirava a poeira e um aroma particularmente agradável de lavandas que vinham de fora do pequeno jardim do instituto. Os raios solares deitavam sobre o carpete verde-musgo desgastado, e Hanami andou em direção da luz.

-Então, Hanami o que queria conversar? –indagou a avatar curiosa.

-Bom... –ele suspirou. –Kalyse eu... –ele dizia corado. –E-eu estou apaixonado por você! –ele disse cada palavra nervosamente e apontou na direção da menina. –Por isso... Eu não suportei o modo como você abraçou aquele cara! –ele disse raivoso e cerrou o punho.

-H-Ha-Hanami... –ela engoliu em seco. –E-Eu não sei o que dizer.

Ele se aproximou da menina e tocou em seus ombros.

-Não precisa dizer nada. –ele murmurou e aproximou seus rostos.

Kalyse engoliu o nervosismo e repousou as mãos sobre os peitos nus do príncipe. Seus músculos estavam tensos e o tanquinho bronzeado visivelmente irresistível, a menina fitou os lindos olhos verdes esmeraldas do rapaz e enrubesceu. Ele como um tigre prestes a devorar sua presa, puxou-a de repente, as mãos pousadas na cintura fina, ele era um pouco mais alto que ela e a mesma encarava os lábios do rapaz. Seu coração de repente começou a acelerar, os lábios sorrateiramente estavam prestes a beija-la, ele encostou seus narizes e Kalyse abriu a boca. Hanami desviou e depositou um beijo em sua testa. A avatar ficou desapontada e apenas deixou um longo suspiro ecoar pelo quarto.

-Idiota. –ela murmurou. –Você é especial, importante... Muitas coisas.

-Eu já entendi. –ele disse e a abraçou veemente. Beijou-a em seu pescoço. –Beleza, vou indo. –ele disse e separou-se da menina. –Irei beija-la quando eu tiver sua ... Permissão.

-Permissão? Que cavalheiro. Outras pessoas também estão apaixonadas por você. –retrucou Kalyse. –Não posso trair esses sentimentos...

-Entendo. –ele disse e fechou a porta do recinto.

Ela desabou no chão e ficou em silencio com seus pensamentos.

-Anã? –ecoou uma voz pelo corredor.

-Estou aqui! –ela disse e levantou-se rapidamente.

Hanami, desculpe. Mesmo que eu tentasse amar você... Eu não conseguiria. Porque meu coração... –ela pensou e abriu a porta. –Já pertence a esse, idiota! –esse pensamento invadiu sua mente. Klein estava na porta com um sorriso estampado.

-Vamos logo começar seu treinamento, tampinha. –ele disse puxando-a para fora do quarto. –E como seu professor, não pegarei leve com você, faz muito tempo que não treinamos juntos.

 

 

Kalyse encarava Klein do outro lado do enorme campo límpido. Uma área reservada especialmente para treinos intensos de dominação, ambos concentrados, correram parar ao embate. Klein investiu no desvio e ateou fogo nas costas da menina, o avatar não conseguiu revidar e apenas desviou no último momento. Seu corpo percorreu colidindo sobre o chão por 2km.

O rapaz preocupou-se e correu em direção de Kalyse. Ela agachou-se apoiada nos braços e pernas, recuperando o folego.

-Você está bem? –ele indagou preocupado. –Desculpe. Eu deveria pegar leve com você.

-Nem ouse em fazer isso, o inimigo não hesitará. Portanto, não hesite também. –ela dizia altiva e levantou-se, cuspiu um bola de sangue e limpou o rosto empoeirado.

-Está bem. –ele disse num sorriso. –Vamos continuar.

A noite chegou e Klein desabou de cansaço no chão. Ofegante, levou as mãos ao abdômen e suspirou profundamente na tentativa de diminuir o cansaço. Kalyse seguiu treinando.

-Tampinha já chega. Desse jeito você vai desmaiar de cansaço. –alertou o rapaz.

-Não. –ela disse raivosa. –Eu preciso ao menos criar uma chama... uma chama...uma... –dizia ela enquanto lançava o punho ao ar.

Klein levantou-se e agarrou o punho da menina.

-Já chega, Kalyse. –ele disse e agarrou o corpo da menina que desabou.

Eles ficaram em silencio.

Kalyse sentia o odor de suor de Klein pela primeira vez depois de dois anos separados. Ele seguiu em viagem para se alistar ao exército deixando-a nas mãos de Thanatos, seu velho mestre. Através de Thanatos que Klein parou de ficar obsessivo em destruir os avatares, era adepto as violências e seguia o desejo de seu rígido coração... Destruir qualquer avatar a sua frente. Embora seu desejo fosse veemente, o velho mestre mostrou a ele as falhas destes sentimento e como ele iria acabar no final. Então o jovem rapaz resolveu fazer a diferença, e, pela primeira vez saiu da escuridão em que se encontrava.

-A chama...Aparecerá. –ele disse dando uma pausa enfática.

-Amanhã, eu tenho que supera-lo. –ela disse soltando um sorriso franco.

-Sempre quis saber como era seu sorriso. –ele murmurou o que a fez ficar enrubescida.


Notas Finais


^^...


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