História Awake - Million Reasons - Dia da Audiência

Amanheceu, o despertador toca, Emma acorda, desligando-o, em seguida, levantando-se rapidamente e indo até o guarda roupa, queria escolher a vestimenta que usaria para ir á audiência, confessava estar um pouco nervosa, mas pensava que daria tudo certo, achava que ter um pensamento positivo nesse momento poderia ser a melhor coisa a se fazer, estar nervosa não iria lhes ajudar em nada, apenas atrapalhar.

Clay também levanta-se, abraçando-a por trás e beijando-a no rosto lhe desejando um bom dia com aquela voz embargada de sono. Ouvem-se batidas na porta, Emma permite a entrada, era Camille, que já estava aparentemente pronta, usava uma camisa branca e calças pretas.

-Bom dia para o casal do ano...-disse Camille sorrindo-Vamos lá, hoje é um dia muito importante, temos audiência.

-Mãe, dá para perceber no seu tom de voz que quer ver o circo pegar fogo naquele tribunal hoje...-disse Emma sorrindo, virando-se para Camille-Mas lembre-se, comporte-se bem lá, não quero vê-la presa.

-Não se preocupe, vou me controlar, confie em mim...-disse Camille ainda sorrindo-Deixem o café da manhã comigo, estou esperando vocês na cozinha.

Camille retira-se do local, indo até a cozinha para preparar o café da manhã, Clay também sai do quarto, indo até o quarto dele para pegar alguma roupa, Emma pega a primeira vestimenta que vê em sua frente no guarda roupa e vai até o banheiro se trocar. Ao terminar de se arrumar, Clay sai do quarto, indo até a cozinha, pegando duas canecas no armário e pondo uma de cada vez debaixo da torneira da cafeteira para servir café para Emma e ele.

-Como passou a noite?-perguntou Clay para Camille, que estava preparando torradas-Dormiu bem?

-Maravilhosamente bem...-disse Camille sorrindo-Aqui é bem calmo e silencioso.

-Realmente...-disse Clay indo até o armário onde estava a bolsa dos remédios, pegando uma das embalagens de remédio, abrindo-a e pegando um comprimido-Mas demorei para me adaptar com tanto silêncio, no primeiro dia, fui dormir com Emma e com a televisão ligada para fazer barulho.

-Onde você morava havia muito movimento na rua...-disse Camille-Acabou acostumando-se com os sons dos carros e etc.

-Acho que sim...-disse Clay sorrindo, em seguida, pondo o comprimido na boca e engolindo-o sem água-Muito provável.

Enquanto isso, Emma saía de seu quarto, estava com uma camisa branca, laço preto e calça social preta, seu cabelo estava amarrado em um perfeito coque e usava uma bota preta. Aproxima-se da cozinha, Clay havia terminado de pôr café nas canecas, vira-se para Emma, entregando uma delas para a mulher, que pega, em seguida, selando os lábios dele.

-Obrigado amor...-disse Emma sorrindo, em seguida, bebendo um gole do café.

Clay olha para Emma, aquela roupa...era a que ela usava no pesadelo que teve pela madrugada, ficou relembrando a cena da mulher atingida pelo vaso jogado pelo seu pai, estava tão perdido em pensamentos, que nem percebeu que estava encarando-a com um olhar estranho.

-Clay? Está tudo bem?-perguntou Emma preocupada, retirando-o de seus devaneios-Está sentindo dor? Se sente mal?

-Ah não, está tudo bem...-disse Clay sorrindo-Não é nada, amor.

-Me deixou preocupada...-disse Emma sentando-se em uma das cadeiras perto da mesa, aparentando estar um pouco mais aliviada-Achei que estava passando mal.

-Não...-disse Clay sentando-se na cadeira ao seu lado-Estava admirando o quão linda está hoje.

-Obrigado...-disse Emma sorrindo, em seguida, bebendo mais um gole do seu café-Você é um amor.

Camille sai da cozinha, aproximando-se deles com um prato cheio de panquecas e outro com torradas, em seguida, voltando para o local e pegando uma caneca de café com leite e juntando-se com os dois na mesa.

-Mãe, não esqueça, se comporte lá...-disse Emma-Não se meta em problemas, por favor.

-Pode confiar em mim...-disse Camille-Vou ficar só na vontade de acabar com a vida dela.

-Confesso estar um pouco nervoso...-disse Clay respirando fundo-Não sei como vai ser, eles podem alegar qualquer coisa.

-Eles não tem o que alegar...-disse Camille-Foram praticamente pegos em flagrante e tem provas de que foram eles.

-Mesmo assim, estou nervoso...-disse Clay baixando a cabeça e respirando fundo tentando manter a calma-Tenho medo.

-Relaxe, ok? Vai dar tudo certo...-disse Emma sorrindo-Agora está nervoso, mas depois, isso vai passar, quando chegar lá, todo o nervosismo vai passar e você vai ver que não foi tão ruim.

-Mas você tem que ser frio...-disse Camille-Porque com certeza aquela mulher vai tentar se fazer de coitadinha na sua frente para lhe fazer de bobo.

-Me enganar na primeira vez é muito fácil...-disse Clay-Difícil é me enganar pela segunda vez.

Eles tomaram o café da manhã, quando terminaram, escovaram os dentes e foram até o carro de Emma, Clay sentou no carona e Camille sentou no banco de trás. Depois de alguns minutos, chegaram até o Fórum, os três entraram no local, se identificando e sendo revistados, em seguida, vão até o elevador subindo para o sétimo andar, onde seria o local da audiência, quando chegaram, a porta se abriu e ao adentrarem o local, dão de cara com o advogado de Clay acompanhado de Elizabeth, Larry e o doutor Neyer.

Os três cumprimentaram todos, o advogado falou quem chamariam primeiro, pediu para que Clay mantivesse a calma e para ninguém causar tumulto no local, a audiência estaria sendo filmada e muita gente estaria assistindo.

Todos foram chamados, entraram na sala que levava a grande corte, Clay sentou-se ao lado de seu advogado, Emma sentou-se ao lado do namorado, segurando a mão dele, as testemunhas sentaram-se na primeira fileira. O local estava começando a encher, Frederik e Jaqueline levavam Samantha até a as cadeiras dos culpados, atrás deles, estavam Jack e Sonya levando o Dr. Harper, em seguida, mais quatro policiais, dois levando os outros enfermeiros envolvidos.

Ao ver Samantha lhe encarando com um olhar sério, Clay começa a ficar nervoso, respira fundo com a intenção de acalmar-se, Emma segura a mão dele, o homem vira-se para namorada, ela sorri, ele retribui. Vendo a cena, Samantha arregala os olhos, em seguida, esboça um meio sorriso sarcástico, visto por Emma, que parou de sorrir e encarou-a com uma expressão séria em seu rosto.

-Tudo bem...-disse o juiz em alto e bom som-Vamos começar com a audiência...Caso Beresford.