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História Baby Blue - Dia de faxina


Escrita por: levifalso

Capítulo 2 - Dia de faxina


Fanfic / Fanfiction Baby Blue - Dia de faxina

As horas passavam devagar nos sábados e nos domingos. E o inferno apenas havia começado. Os dias de faxina eram feitos pelos dois. Não havia comunicação ou algo do gênero. Cada um deles fazia sua parte e cuidava de um lugar da casa em específico. Nara cuidava de seu quarto e do banheiro, enquanto seu filho arrumava o próprio quarto, sala de estar e tudo que sobrava. Mas Gabriel decidiu começar a limpar a parte de sua mãe, o banheiro, o que provavelmente daria início a uma bravata. Contudo ao invés de uma discussão Nara apenas entrou no quarto do garoto, coisa que ela nunca fez depois que ele entrou na adolescência, para limpa-lo. Depois de meia hora dentro do quarto limpando e vasculhando as coisas que lá tinha, ela acabou encontrando revistas de pornografia de gênero homossexual. Cólera e nojo subiram em suas veias, Nara murmurou algumas coisas e saindo do quarto foi em direção ao banheiro, onde se encontrava Gabriel. Ele estava agachado de costa para a porta, esfregava com uma esponja as laterais do vaso sanitário quando revistas atingiram sua cabeça com toda força que a louca poderia usar.

-Mas que porr...

- Que merdas são essas? - perguntou Nara. - Além de arruinar minha vida você é baitola? Era só o que me faltava!

O pobre coitado não conseguia falar nada. Seu coração batia tão forte que suas pernas não conseguiam se erguer. 

- Eu posso explicar! - não ele não podia, sua mãe procurava apenas um motivo para expulsar-lo de casa.

- ESSE É O MOTIVO. - gritou ela. - Imagina qual vai ser a reação dos seus avós ao descobrir que o neto deles é um chupador de rola? - Nara sempre procurou um bom porquê para jogar seu filho pra fora de casa. Seus avós eram líderes de uma seita religiosa e detestavam Gabriel, entretanto para manter a linha de pessoas moralmente puras perante o grande e poderoso "senhor" ( esse famoso senhor na verdade era os fiéis adeptos a essa religião maluca), Eloisa e Assis não deixavam sua filha (Nara) dispensar Gabriel, a menos que houvesse um bom motivo para isso. E para que concordasse em deixar o menino continuar morando com ela, eles pagavam certa quantia de mês em mês.

- Por favor! Eu juro que estas revistas não são minhas! - mentiu.

- Ah sim! Não são são suas... SÃO MINHAS! - Nara gritou mais uma vez.

Gabriel começou a chorar.

- Faça-me um favor. Você tem a cara de pau de chorar? Acha que eu acredito nisso? - perguntou a ele gesticulando.

Era o fim dele ele seria abandonado para o mundo.

-Mãe, por favor, não mostre isso para meu vô. Eu faço o que você quiser, mas, por favor, eu te imploro! - lágrimas escorriam em seu rosto pálido.

- É tarde. Deveria ter pensado nisso, antes de ter trago algo como isso para cá.

Nara se virou e foi em direção ao telefone. Já Gabriel sentou no chão do banheiro e desabou em um choro profundo. Era o seu fim.

O barulho do telefone nunca foi tão torturante como o de hoje. Ao ouvir a voz de sua mãe, Gabriel silenciou seu choro e prestou atenção nas palavras da louca ao telefone:

"Alô?! Pai? Tenho excelentes notícias. Você queria algo para tirar essa praga de mim? Conseguimos finalmente. Ah... o senhor não sabe o quanto eu estou feliz!", uma pequena pausa para ouvir o que Assis iria dizer e continuou " Tá bom então. Eu te conto quando você e a mamãe chegarem aqui! Até daqui a pouco!"

- VOCÊ JÁ ERA. - gritou outra vez sorrindo após desligar o telefone.

Gabriel voltou a chorar.



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