História Baby do Dono do Morro - Calor

Yuke

Já fazia exatamente três meses que eu avia me mudado pro morro do Alemão.

Alguns dos meus amigos falam que eu não fiz uma boa escolha me mudando  pra cá, porque eu herdei toda a fortuna dos meus pais, e também porque aqui é perigoso. E esse tipo de coisa.

Mais eu não ligo muito pro que eles dizem, até porque eu gosto muito de morar aqui com a vovó Yonna. 

Eu também não achei tão perigoso como diziam.

Bom, agora eu estava conversando com Sarah e Antony pelo o celular, enquanto eu secava o meu cabelo.

- Quando você vai vim pra cá Yuke? Eu tô com saudades! - Antony fazia drama.

- Eu não sei. É bastante tempo pra chegar aí sabe. Mais eu vou um dia visitar vocês.

- Aí Yuke! Vai demorar muito? Eu não aguento mais ficar sem o meu anão! - Agora foi a vez de Sarah.

- Sarah! Eu não sou um anão! - Fiz um bico.

- Aí como você fica fofinho de bico! - Fala Antony.

- Para Antony!

- Tá gente! Eu tenho uma coisa para contar pra vocês... - Olho para tela do celular.

- Fala Sarah!

- Eu... Eu acho que tô grávida... - Largo o secador e a olho.

- O QUE?! - Gritou Antony.

- Como assim grávida Sarah? Quem é o pai?

- Então, você se lembra daquele menino que eu te falei antes de você ir embora? - Assinto.- Ele é o pai...

- Meu Deus... - Antony estava branco igual uma folha.

- Sua mãe sabe disso?

- Sabe... 

- E então, ela aceitou?

- No começo, ela ficou igual ao Antony... Mais depois, ela aceitou e tá tudo de boa. - ela da de ombros

- Eu vou ser titio! - Comemoro.

- Gente, depois dessa bateu até uma fome. - Comenta Antony - Eu vou comer gente! Depois nós se fala!

- Tchau Antony!

- Acho que eu vou comer também. Tchau anão! - Sarah tinha um sorriso maroto nos lábios. Ela desliga a chamada antes que eu podesse dizer qualquer coisa.

- Risada.- Tchau Yuke! - Antony desliga a chamada.

- Esses dois... Me jogo na cama e ouço batidas na porta. - Entra! - Vovó Yonna entra no quarto com um sorriso gentil.

- Meu filho, você pode ir ao mercado por favor? Eu queria fazer um bolo, mas não tem farinha.

- Claro vovó! Eu só vou calça meus chinelos. - Me levanto da cama e calço meus chinelos. - Pronto vovó.

- Aqui o dinheiro meu filho.- Ela me entrega o dinheiro.

- Tchau vovó! - Desço as escadas rápido indo em direção a porta saindo de casa rumo ao mercado.

(...)

Eu já tinha comprado a farinha e estava voltando pra casa.  O sol estava tão quente! Sentia como se eu fosse derreter a qualquer momento.

Dessa vez eu estava com uma bermuda e uma regata. Mas mesmo assim estava fervendo.

- Aí! Eu acho que vou morrer! - Me encosto em uma parede tentando recuperar o fôlego. Até que sinto uma sobra. 

- Qual foi nanico? Tá morrendo? - Olho e vejo Cabelo com uma expressão debochada.

- É que tá muito calor! Parece que tá tudo derretendo! 

- Tu não tá acostumado 'mermo com o calor? Hoje nem tá tanto calor. - O olho indignado.

- Não tá fazendo tanto calor? Como assim? Se fazer mas calor que isso eu enlouqueço!

- Risada.- Ah nanico, se você quiser eu... Posso te refrescar... Ou, te deixar mas suado... Você escolhe... - Ele solta um sorrisinho malicioso fazendo meu rosto arde.

- O que você quer dizer com isso? - Ele chega bem perto do meu ouvido.

- Se você quiser eu posso te fazer enlouquecer... - O afasto empurrando seu peitoral.

- Você!.. Você é doído! - Saio correndo de lá as pressas.

Autora

Cabelo solta um sorrisinho.

- Você tem sorte pequeno, porque se fosse outra pessoa já teria levado um tiro na testa. Esse garoto mecheu comigo 'mermo... - Sorri bobo.