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História Back Home. - Capítulo XXVIII.


Escrita por: annesky

Notas do Autor


Vou continuar respondendo os comentários que faltaram hoje a tarde, ok?
Muito obrigada pelos novos favoritos e pelos comentários. <3 Vocês me incentivam a continuar a história! :)

Capítulo 29 - Capítulo XXVIII.


Fanfic / Fanfiction Back Home. - Capítulo XXVIII.

De maneira irônica, tocava We Don’t Talk Anymore do Charlie Puth no jardim e eu estava sozinha novamente. Adam estava conversando com algum investidor e eu encontrei Giulia dançando perto do chafariz.

- Querida, você vai se molhar. – Eu tentei avisá-la, mas ela não parava quieta e atraía todas as crianças dali, me fazendo rir. Em pouco tempo, mais três crianças começaram a dançar perto dela.

- Tudo bem por aqui? – Adam perguntou, se aproximando.

- Vem dançar comigo. – Giulia pediu, pegando na mão de Adam e ele riu.

- Desculpe, Giulia, o padrinho precisa ir...

- Por favor! – Ela fez biquinho e ele respirou fundo.

- Olha o que eu sei fazer. – Ele disse, fazendo graça e começou a dançar que nem um robô, fazendo as crianças pararem para olhá-lo. Eu dei uma gargalhada, porque todas elas tentaram imitar. Adam sempre foi bom com crianças e me pressionava para que tivéssemos um bebê. Eu não era contra a ideia, mas não sabia ao certo se estava preparada para ser mãe. De repente, eu parei de rir imediatamente quando notei os olhos de Ashton em mim de novo. Ele me encarava de longe, visivelmente irritado e eu engoli em seco. Como eu fugiria dele nos próximos dias? – Querida, preciso falar com o Jones. – Ele me avisou.

- Tudo bem. – Eu respondi, desconfortável e ele sorriu.

- Você está bem?

- Estou sim. Um pouco cansada. – Eu sorri fraco e ele me olhou, desconfiado.

- Bem que isso poderia ser sinal de... – Ele colocou a mão na minha barriga e eu ri, nervosamente.

- Oh, Deus. É verdade. – Eu disse, rindo, mas não era possível, porque minha menstruação daquele mês já tinha vindo, graças a Deus.

- Já volto. – Ele me avisou, me dando um beijo no rosto e se afastando. Eu respirei fundo e decidi entrar na casa e ir ao banheiro. Os olhares de Ashton estavam me deixando incomodada e eu não via escapatória para a pressão de Adam sobre a gravidez.

Havia algumas pessoas na sala e eu segui pelo corredor vazio para o banheiro mais próximo no andar de baixo. Eu estava quase na porta quando senti um puxão no pulso. Ashton me empurrou contra a parede e me encarou de perto. Eu estremeci ao sentir suas mãos na minha cintura novamente e os olhos verdes tão próximos.

- Ashton? – Eu perguntei, confusa com a atitude dele. Eu estava começando a ficar nervosa, alguém poderia nos ver ali.

- Você sumiu. – Ele falou, gélido, sem tirar os olhos de mim. Eu arrepiei instantaneamente, porque seus olhos pareciam ler minha mente.

- Eu precisava sumir. – Eu repliquei, nervosa.

- Você acha que eu não merecia ao menos ouvir da sua boca que você não queria mais? – Ele perguntou, irritado e eu pude sentir o cheiro do álcool. Ele tinha bebido.

- Você não merecia muita coisa depois de beijar Bryana. – Eu falei, seca, e ele me largou por um tempo, visivelmente transtornado. – Ashton, você bebeu demais.

- E o que te interessa se eu bebi?

- Adam não pode ver...

- Adam? – Ele perguntou, irônico, cruzando os braços. – O rei não permite que bebam em seu palácio? – Ele falou, teatralmente, e eu respirei fundo, olhando em volta para me certificar de que ninguém tinha nos encontrado.

- Ele é seu chefe, Ashton. Se você aparecer nessas condições, vocês perderão o contrato.

- Acharemos outro. – Ele deu de ombros.

- Não com o melhor perfumista da atualidade. – Ele parou e me encarou com sorriso sarcástico.

- Você claramente o admira.

- É lógico que o admiro. Ele é meu marido e ele realmente é o melhor perfumista do mercado. – Eu falei, irritada e ele parou para pensar por um instante, ofendido. De repente, ele me pressionou novamente contra a parede e eu prendi a respiração. – Solte-me agora.

- Você o ama?

- Pare. Você está bêbado. – Eu falei, cortante.

- Você algum dia me amou? – Ele continuou insistindo e eu comecei a entrar em pânico.

- Eu te amei, Ashton, mas é passado.

- Por que você sumiu?

- Eu precisava.

- POR QUE VOCÊ SUMIIIIIU? – Ele gritou alto e eu me encolhi, assustada. Ele estava ofegante e continuou me encarando, magoado. Eu segurei as lágrimas e cansei de manter a verdade só para mim:

- Eu não aguentei a pressão, está bem? – Eu disse, entre lágrimas. – Eu não aguentei ser sua namorada! Era demais para mim!

- Mas, ser namorada de um multimilionário que controla toda a Itália não é demais para você? – Ele perguntou, irônico, e eu não conseguia controlar o choro.

- Não é a mesma coisa! Todas as fãs, o drama, os paparazzis, ex namorada modelo, era demais, entendeu? Eu fugi, porque eu não queria ser sua namorada! Eu não queria carregar o peso de ser a namorada de Ashton Irwin!

- Você fala como se fosse namorar um rei. AH, espera, VOCÊ NAMORA UM REI AGORA!!! – Ele gritou de volta, me pressionando mais contra a parede e eu já estava sem ar.

- EU ERA MUITO NOVA E INSEGURA! VOCÊ É LINDO E É UM BATERISTA COM TODO O CHARME DE ESTAR NUMA BANDA. TODAS QUERIAM VOCÊ! EU NÃO TINHA MATURIDADE PARA FICAR AO SEU LADO.

- Então, você simplesmente fugiu? – Ele perguntou, magoado e sem forças.

- Eu fugi. – Eu admiti, chorando. – Eu nunca quis ser namorada de Ashton Irwin, baterista famoso da 5sos.

- Isso é a coisa mais egoísta que já ouvi na vida! Você só queria...

- Eu sei! EU SEI, ASHTON! EU PENSEI E REPENSEI ISSO TANTAS VEZES DURANTE ESSES ANOS! MAS, ACEITE! EU NÃO QUIS NAMORAR VOCÊ MAIS. EU TE AMAVA, MAS A PRESSÃO ERA MUITA! EU NÃO ESTAVA AGUENTANDO! – De repente, ele me soltou. Eu o encarei, confusa.

- Pelo menos, agora eu sei da verdade. – Ele admitiu, sem me encarar e eu tentei engolir o choro.

- Desculpe, Ash. Faz muito tempo. As coisas mudaram.

- Claramente mudaram. – Ele disse, irônico, e eu  me virei e entrei rapidamente no banheiro. Fechei a porta e comecei a chorar, me apoiando na pia. Todo o meu passado estava finalmente voltando para cobrar as contas dos meus erros.

---*---

- No que você está pensando? – Adam sentou na cama, na minha frente, enquanto eu passava um creme hidratante nas pernas. Era um ritual diário e o creme era presente dele. Sua empresa tinha os melhores e mais cheirosos.

- Estou só pensando na banda dormindo lá trás. – Eu admiti sem jeito. Ele sorriu para mim e pegou o creme, passando na minha perna por mim, desde a coxa até o tornozelo.

- O que tem eles dormindo lá?

- Não sei... Eu não me sinto à vontade. – Eu só queria ver se conseguia persuadi-lo a tirá-los de lá. Ainda mais após a briga com Ashton. Eu sabia que só estaria fugindo de novo, mas quando finalmente coloquei minha vida em ordem, eu não queria vê-la bagunçada novamente. – É a nossa casa, tira totalmente a nossa privacidade e são muitos homens...

- Eles vão ficar lá trás, querida. – Ele disse, sorrindo, começando a passar o creme na outra perna. – No máximo, virão pegar algo na cozinha. Prometo que será rápido, ok? E essa casa é enorme, nós não precisamos cruzar com eles em nenhum momento se não quisermos. – Ele riu e me deu um selinho.

- Hum, eu sei. Mas, nós estávamos tão bem sozinhos. – Eu tentei jogar charme, sendo manhosa, o que fez ele sorrir e me puxar para perto.

- Nós continuamos sozinhos. Vou pedir para que a empresa dê prioridade ao perfume deles, assim eles vão embora mais rápido. – Ele me prometeu e eu assenti, sem saber mais como argumentar. – Hum, já sei.

- O quê? – Eu perguntei, fechando o creme e colocando na mesinha de canto.

- Quando esse perfume terminar, nós vamos viajar.

- Para onde? – Eu perguntei, rindo e ele me deu um selinho demorado.

- Para onde você quiser. Escolha o lugar. Será nossa segunda lua de mel.

- Mas, nós só casamos há dois anos e já vamos ter uma segunda lua de mel? – Eu achei graça e ele riu, me deitando na cama e vindo sobre mim.

- Nada mais justo. Quem sabe a gente não começa a tentar? – Eu mordi o lábio. A história do bebê de novo. Por que eu me sentia tão desconfortável com aquele assunto?

- É, nós podemos ver. – Eu falei, evasiva, mas ele não notou e me beijou. Eu correspondi o beijo deixando meu corpo relaxar. Finalmente, eu me sentia segura trancada no meu quarto com o meu marido e nada poderia nos afetar, nem fantasmas do passado.

---*---

Eu acordei perto das nove da manhã e a cama já estava vazia. Adam sempre saía muito cedo para o trabalho, enquanto eu ficava em casa até perto da hora do almoço, quando me arrumava para ir trabalhar no restaurante. Nós não atendíamos no almoço, porque era uma casa exclusiva para jantares. Mas, a comida era preparada desde cedo, além de ter que sempre verificar estoque e lidar com toda a burocracia do lugar.

Eu levantei da cama lentamente e coloquei meu roupão de seda por cima da camisola, mas não o fechei, porque estava calor. Prendi o cabelo num coque bagunçado e desci as escadas.

- Bom dia, dona Emma.

- Bom dia. – Eu cumprimentei a faxineira com um sorriso e fui para a cozinha.

- Bom dia, Nadia. – Eu cumprimentei a cozinheira. Nadia tinha 35 anos e era porto-riquenha. Sua comida era apimentada, mas era uma delícia e ela tinha um sotaque forte e um humor incrível. Eu gostava de cozinhar, mas Adam insistiu que tivéssemos uma cozinheira, porque nem sempre eu estaria disposta.

- Bom dia, dona Emma. Já preparei seu café.

- Obrigada. – Eu sorri para ela e peguei uma xícara, voltando para a sala. Eu me joguei no sofá e peguei uma revista de culinária que eu assinava e que a nova edição tinha chego, finalmente. Coloquei meus pés sobre a mesa e comecei a ler a revista. Aquele era o único momento do dia em que eu não estaria correndo cheia de compromissos, então eu sempre aproveitava.

De repente, eu ouço os passos e levanto o rosto distraída. Os olhos verdes me encaram, mas dessa vez estão diferentes. A raiva não estava ali, parecia apenas tristeza. Eu engoli em seco e Ashton me analisou de cima a baixo, me fazendo lembrar que minhas pernas continuavam à mostra na camisola curta. Rapidamente, eu fechei o roupão, incomodada, e ele apenas falou, muito sério:

- Onde eu posso pegar café?

- Ali, naquela porta é a cozinha. – Eu indiquei uma porta à minha frente e ele assentiu, se retirando da sala. Eu respirei fundo e olhei para o meu café. Nada salvaria meus dias daqueles momentos desconfortáveis. Meu coração estava acelerado. Eu tinha me esquecido do quanto ele ficava lindo pela manhã com os cachos sem controle e os olhos pequeninhos.

- Bom dia, Emma. – Eu levantei o rosto para Calum que entrava na casa e sorri.

- Bom dia, Cal. Quanto tempo.

- Então, agora você é uma multimilionária. – Ele fez piada e eu acabei rindo.

- Meu marido é, eu não sou. – Eu falei, distraída.

- Você está muito bem, Emma. – Ele me elogiou. – Parece mais... Refinada? – Eu dei uma gargalhada e ele riu junto comigo. – Eu não sei elogiar.

- Eu percebi. – Ele se sentou ao meu lado, ainda com a cara de sono e o cabelo bagunçado.

- Isso deve ser meio estranho para você. – Ele comentou quase num sussurro e eu forcei um sorriso.

- Ah, que é isso. Está tudo bem.

- Emma... – Ele me olhou, me censurando.

- Ah, eu vou me acostumar. Ele tem muita raiva de mim, então se ficarmos cada um em um canto...

- Ele tem raiva de você, porque nunca te superou. – Eu o olhei, surpresa, e meu coração acelerou. Por que eu estava sentindo meu rosto queimar com aquela informação? Eu já estava casada.

- Isso não é verdade...

- Emma, se ele tivesse te superado, nem raiva ele sentiria. – Ele disse, sem jeito. – Por que você fugiu?

- Eu só... Não íamos dar certo nunca, Cal. Eu não fui feita para namorar um cara famoso.

- Você foi feita para ser a rainha de um multimilionário. – Ele me provocou e eu respirei fundo.

- É diferente. Adam tem admiradoras, mas ele volta para casa todo dia.

- As turnês são realmente difíceis, mas você estava junto com a gente.

- Eu sei. Mas, eu não estava preparada para toda a pressão. Eu era muito imatura, mas agora tudo isso já nem faz mais sentido.

- Entendo. – Ele disse, sem me encarar. – Emma, você não tem noção do quanto ele sofreu quando você sumiu. Isso não foi legal.

- Eu sei. Eu me sinto culpada até hoje e acho que nunca vou me perdoar pela minha infantilidade naquela época. Eu peguei o primeiro avião para a Itália e me escondi.

- Enquanto isso, ele revirava Los Angeles. Ele foi na República, na sua antiga faculdade e perseguia Frida diariamente, implorando para que ela falasse onde você estava. Toda noite, ele voltava para casa sem resultado nenhum e se trancava no quarto sem falar uma palavra. Eu estava ficando realmente preocupado.

- Eu queria que as coisas tivessem sido diferentes, mas não posso mudar agora. – Eu admiti, exausta e ele me encarou, compreensivo.

- Eu sei. Só queria que você soubesse que isso o mudou de certa maneira. Foram meses a fio e um dia ele simplesmente não saiu mais de casa. Ele não ia te procurar, porque finalmente tinha desistido. Algo acabou dentro dele nesse dia.

- Mas, ele namorou mulheres maravilhosas depois. – Eu dei de ombros e Calum balançou a cabeça negativamente.

- Não eram namoros. Ele só queria se aliviar como qualquer homem. – Eu o olhei espantada e ele riu. – É a verdade, Emma. Depois de um tempo, ele cansava e terminava. Ashton não é mais o mesmo, então tome cuidado.

- Nós estamos mantendo distância.

- Talvez seja melhor. Eu não sei que feridas você vai abrir nele nos próximos dias com esse contato repentino. Mas, estou preocupado.

- Sabe, eu também sofri. Mas, sou a má da história, porque fugi.

- Ninguém tira sua razão de não querer mais ficar com ele após o beijo que ele deu na Bryana. O problema é que você sumiu e não falou isso na cara dele.

- Eu sei. – Eu admiti, frustrada.



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