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História Back To Life - Prólogo: um noivado que foi a falência


Escrita por: MrsOtosaka

Notas do Autor


Wow! Meu primeiro Byahime!!

Capítulo 1 - Prólogo: um noivado que foi a falência


— Quero que rompa o nosso noivado. — Disse Orihime.

Ichigo ficou atordoado com as palavras dela. Bem, pelo menos ela conseguiu tirar uma expressão do rosto dele, mas esse não era seu objetivo.

— É isso o que sua alteza ouviu, mas irei repetir novamente. — Ela respirou fundo e olhou nos olhos dele. — Quero que rompa o nosso noivado.

E ela repetiu novamente.

Se outras pessoas estivessem naquela sala, supostamente entrariam em choque, pois Orihime era completamente apaixonada por Ichigo.

Isso não estava errado, ela gostava dele, amava ele, mas um amor que a machucava... Ela não queria isso.

Se lembrou de quando tudo começou a desandar, jamais poderia esquecer de algo assim.

Desde que ela se entende por gente, ela já estava ao lado do ruivo como sua melhor amiga. Ele, o único príncipe e herdeiro da coroa. Ela, a única filha da nobre e prestigiada família Inoue.

Não seria mentira e nem exagero dizer que ela se apaixonou por ele ao vê-lo pela primeira vez quando eram jovens.

Foi em uma das visitas de seus pais ao Palácio real, Orihime acabou indo junto para se despedir do irmão mais velho que iria como representante do império ao outro império, para monitorar e assinar o tratado de paz entre os dois reinos.

Ela estava muito triste, não queria ficar longe de seu irmão por tanto tempo assim, então caiu em lágrimas quando ele se foi. Porém, ela foi consolada por um rapaz que a viu chorando e se desesperou pensando que algo ruim tivesse acontecido.

— Não chore, eu tenho certeza que seu irmão jamais vai esquecer você. Ele deve a amar tanto que se a visse chorar agora, seu coração certamente partiria em dois agora.

Ela teve suas lágrimas enxugadas pelo jovem e de certa forma ficou encantada por aquele que a ajudava sem menos a conhecer.

Não demorou muito para descobrir que aquele era o príncipe herdeiro e sempre com pretextos para ir ao Palácio, ela sempre o visitava e eles brincavam como crianças normais.

Logo o Palácio se encheu de rumores, rumores como: A jovem senhorita da família Inoue certamente será a nova imperatriz.

Todos diziam que ela e Ichigo seriam um perfeito casal, mas isso foi apenas por um tempo.

— Eu não sei o que eu faço...! Ela é tão linda e delicada, tenho certeza que seríamos um lindo casal!

Ichigo se apaixonou perdidamente pela nobre que o Reino vizinho mandou para também acertar o tratado de paz entre eles.

Rukia Kuchiki era a senhorita mais nova de uma das 4 famílias mais nobres do reino Soul Society. Sua personalidade digna de diversos elogios; Uma aparência igual a de uma fada. Ela era perfeita, sempre exalando elegância por onde passava.

Três encontros foram o suficiente para balançarem o coração do ruivo. Orihime quando soube da paixão, sentiu seu coração sangrar como se estivesse sendo esmagado por alguém.

Apenas preocupado com a felicidade de seu amado, ela apoiou Ichigo em seu romance, mesmo que isso a matasse, mas nada saiu como planejado.

Rukia teve que voltar para o seu reino, pois sua irmã estava sendo acusada de traição. Sem ter o que fazer, ela sumiu do mapa com sua irmã mais velha antes que o julgamento fosse realizado. Sem dar explicações para ninguém e sem deixar uma mera carta, ela foi embora largando tudo o que tinha.

Ichigo ficou abalado, não conseguia acreditar o que estava acontecendo. Buscou Rukia por todo o continente, liderou tropas de buscas, mas ninguém nunca a encontrou.

Suas ações estavam indo longe demais e estava pondo em risco a paz entre os reinos que ainda estava em andamento. Sem escolhe, ele teve que desistir de procurar a mulher que amava.

Orihime, que esteve ao lado dele o tempo todo, vivenciou todo o sofrimento dele como se fosse dela. Segurou a mão dele e jamais a soltou.

Quando tudo estava calmo, ela decidiu finalmente revelar seu sentimentos e a resposta que levou não foi a qual queria, mas estava satisfeita com isso.

— Eu não posso prometer amar você, mas prometo que sempre estarei ao seu lado, assim como esteve ao meu.

As palavras dele ainda estavam em seus ouvidos. O casamento deles seria benéfico para todos, então ninguém se opôs à ele.

Anunciando formalmente seu relacionamento, ela treinou para ser uma imperatriz perfeita, embora isso tenha os afastado.

Um casamento sem amor, ela não achava que assim seria o seu, pois o seu amor era o suficiente para manter a vida deles, ela achava isso... Achava.

A partida de Rukia abalou tanto Ichigo, que ele sentiu falta das emoções que um dia teve. Não conseguia ser a mesma pessoa feliz e alegre que um dia foi, e ele nem tentava isso mesmo.

Sua personalidade mudou drasticamente e as vezes era difícil dizer que um dia ele foi uma pessoa diferente do que já é.

Enquanto ela se ocupava com o seu noivado e ele com os assuntos do Reino, Orihime também tirava tempo de onde não tinha para tentar animar seu noivo. Levando ele para passeios e fazendo as coisas que ele antes adorava.

Orihime teve que se mudar para o Palácio, onde ocupada a posição de princesa herdeira, onde seus estudos começaram a todo vapor.

Essa relação durou por 4 anos. Ela com 20 anos e ele com 22, estavam prestes a se casar.

A situação deles era bem diferente da de antes: eles mal se falavam.

Moravam no mesmo Palácio, mas mal se viam direito. Talvez duas vezes ao dia, apenas para comerem juntos como era na etiqueta. Eles trocavam cumprimentos e mesmo que ela tentasse puxar algum assunto, sempre resultava da mesma forma: um grande silêncio.

Orihime fez tudo o que podia para tentar trazer o velho Ichigo de volta, mas nada adiantou... Porém ela não iria desistir facilmente! Esperava que seu casamento com ele, pudesse mudar em algo agora.

Das muitas vezes que ela passou a visitar ele, teve que ir embora em várias ou acabava dormindo no sofá, o esperando. Ele se tornou alguém tão ocupado que nem sua própria noiva poderia encontrar com ele tão facilmente, mas ela não se importava com isso.

Elogios e presentes, ele não fazia mais isso. Toda vez que chegava um buquê de flores ou um joia da mais nova tendência, não era ele quem escolhia ou enviava, e sim o seu assistente pessoal, porém ela não se importava com isso também.

Casar com quem amava, não era para qualquer um naquela sociedade e ela sabia disso, então não tinha o que reclamar. Embora desse tudo de si sempre nessa relação, achava que seu limite estava longe ainda.

Orihime já era a flor da sociedade, todos sabiam quem era ela e a reconheciam de longe. Até os plebeus adoravam a futura imperatriz. Estava tudo indo bem, mesmo tendo que ir muitas vezes aos bailes sem acompanhente, pois seu noivo estava ocupado demais lidando com os assuntos do império.

Mas quem ela queria enganar? Todos sabiam que ele tinha usado o trabalho como meio de esquecer que o amor de sua vida tinha ido embora.

No dia de seu tão aguardado casamento, uma coisa inesperada aconteceu.

— O... O que você está dizendo?!

Orihime saiu disparada de sua carruagem e entrou na igreja sozinha. Ao chegar, se deparou com a seguinte cena: Todos chocados com Ichigo e Rukia que carregava uma criança em seu colo.

Rukia tinha voltado e não sozinha, com uma criança que tinha afirmado ser do príncipe herdeiro. O casamento foi cancelado na hora e Ichigo sumiu da vista de todos, sem dar ao menos uma justificativa para sua noiva.

Os dias se passaram e ela ficou trancada em seu quarto, esperando por ele a visitar, mas nem isso ele fez. Orihime passou a não comparecer aos únicos e apreciados almoços e jantares entres eles.

Ela jamais perdeu um de seus encontros, nunca chegou atrasada, mas agora ela não compareceu em nenhum.

Não demorou muito para ficar doente e a única coisa que recebeu foi um buquê de rosas com o seguinte bilhete: Espero que melhore logo.

— Chega disso... Eu já não posso mais suportar.

Assim que melhorou, foi até o escritório do seu noivo, mas não o encontrou lá... O que era estranho, pois ela tinha a agenda dele decorada e sabia que agora ele deveria está trabalhando.

Orihime sentiu o clima ficar pesado ao seu redor, os empregados do Palácio do príncipe herdeiro pareciam evitar o olhar dela, e ela sabia o porquê disso.

— Ele está com a lady Rukia, certo?

Os empregados estremeciam, dando a resposta óbvia para ela. Rukia não era mais uma Kuchiki, ela e sua irmã mais velha foram expulsas da família, por mais que a família tenha declarado que daria apoio para as duas se elas não tivessem para onde irem. Ao parecer, a irmã de Rukia era casada com o líder da família Kuchiki.

Andando em pasos lentos pelo Jardim, ela estava indo para onde Ichigo e Rukia estariam. Se escondendo atrás de uma árvore, ela ficou chocada com a cena que viu.

Ichigo brincava com a criança que tinha por volta dos 3 anos e Rukia parecia rir da interação deles. Eles pareciam uma família perfeita e ela cravou suas unhas na árvore até sair sangue de seus dedos.

As lágrimas quentes começavam a cair de seus olhos, mas ela se conteve e poucas lágrimas saíram. Nesse momento, seus olhos se encontraram com os de Rukia, mas a morena fingiu que não a viu, que não a tinha visto sofrendo.

— M-Minha senhora, suas unhas...!

A empregada pessoal de Orihime pareceu desesperada com as condições dela, mas Orihime não ligava nem um pouco, pois agora era seu coração que estava sendo partido.

Romper com ela daria um grande escândalo e todos iriam compreender, mas ele ainda era nobre demias e não iria fazer algo assim. Ele não iria ter Rukia como sua amante também, seria contra seus princípios. Então ele certamente iria se casar com ela e pediria para ela adotar o filho como dela.

Ele iria aparecer como sempre, não se importar com os sentimentos dela e deixar tudo para lá depois. Mas isso seria algo que ela não faria.

E agora ela estava no escritório dele, pedindo o rompimento do noivado que tanto sonhou em ter.

— Orihime... — Ele fechou os olhos e respirava fundo levando a mão até sua testa. — É por causa da criança? Você sabe que eu já não tenho nada com a Rukia.

— E ainda a chama tão amigavelmente. — Disse Orihime. — Mas não é por causa dela, eu quero o rompimento desse noivado.

— Você está usando o rompimento para não adotar a criança? Pensei que já tivéssemos conversado sobre isso.

Ichigo a procurou uma vez, e foi para notificar ela sobre a decisão que ele teve sobre a criança.

— Eu já disse para a sua alteza que não é sobre isso! — Ela elevou sua voz.

Ichigo não sabia se ele estava surpreso por vê-la levantar sua voz ou por ela o chamar tão formalmente.

— Então, qual o motivo?

Nesse momento, Orihime que estava de pé em frente à mesa dele, juntou suas mãos em frente ao seu corpo e olhou para ele da forma mais séria possível.

— Eu não amo mais a sua alteza.

As palavras dela deixaram ele em choque por segundos que pareciam horas.

— Amor...? O que está dizendo sobre amor? Desde quando amor é preciso para um casamento? Chega disso, seu pedido está negado. — Ele suspirou e começou a mexer em seus papéis, mas suas mãos estavam tremendo por algum motivo.

— Então vai me prender?! Eu não quero mais esse noivado!

— Já chega! Eu não vou romper esse noivado!

Era a primeira discussão deles em toda a vida que eles compartilharam juntos, como amigos e noivos.

— Ah, pelo amor de deus! Você nunca sentiu nada por mim! Só quer manter esse noivado pelos benefícios que minha família poder dar a você.

Os olhos de Ichigo tremeram por um tempo, ele jamais tinha visto Orihime daquele jeito. Jamais antes ela tinha falado com ele daquele jeito.

A família Inoue era poderosa, a família real teria uma grande vantagem com esse casamento.

— A sua alteza... Vai me prender que nem uma refém?

Orihime tinha escolhido sabiamente suas palavras agora, embora doesse em seu coração dizer aquilo.

Ao escutar Orihime, Ichigo se levantou alterado.

— Não... Não ouse disser isso!

Dizer isso, era a mesma coisa que dizer que ele era igual ao rei de um dos reinos que ele destruiu na guerra.

O reino Karakura teve muitos inimigos, mas apenas um que marcou a história de todo o Reino. A antiga imperatriz foi levada como refém até o Reino contra a sua vontade, mas acabou sendo morta por se recusar a dormir com o imperador. A imperatriz, mãe de Ichigo.

— O rompimento que você quer?! Pois bem! — Ele puxou um papel em branco e começou a escrever com raiva. — Tome! — Ele jogou o papel para ela. — A partir de hoje, eu e você não temos mais nada.

Ele agiu por impulso, por raiva, então o jeito ele olhava para ela era assustador, mas não só isso... Era extremamente doloroso para ela.

Orihime pegou o papel com cuidado.

— Eu agradeço a sua alte...

— Agora pode sair! Está me atrapalhando! — Ele a interrompeu e esticou o braço apontando para a porta.

Estava sendo claramente expulsa e isso doía tanto nela, mas não perdia sua nobre postura.

Saindo do escritório dele, ela andou até o seu Palácio, então dispensou suas empregadas e ficou sozinha em seu quarto.

Orihime caiu de joelhos no chão e começou a chorar com o papel de anulação de seu noivado em suas mãos. Esse era seu objetivo e sabia que isso iria doer nela, mas ela era uma mulher decidida e sábia, aquela era a melhor decisão para ela.

Ela já tinha planejado tudo antes, por isso suas coisas já estavam todas arrumadas. Porém ela não comunicou seus pais sobre isso, ou melhor, sua madrasta, pois ela certamente iria esfregar sua cara naquele papel e rasgar.

Sua mãe morreu em seu parto e seu pai se casou novamente com a pressão dos vassalos de sua casa, então uma mulher gananciosa e imoral ocupou o lugar de sua mãe. Seu pai morreu quando ela era jovem e sua madrasta ocupou sua casa, mas graças ao seu noivado, ela não teve que ficar em casa.

Sua madrasta iria a obrigar a pedir perdão para Ichigo e assim voltar atrás com o noivado, mas ela não faria isso. Suas coisas estavam arrumadas, mas não levava nada que ganhou dos anos que viveu no Palácio. Ela levava apenas as coisas que ela tinha de quando era apenas Orihime, a única senhorita da casa Inoue.

Ela não voltaria para a casa, ela iria para o Reino vizinho, para o sul da Soul Society! Para onde seu irmão estava vivendo.

Um lugar com o clima frio, com diferentes costumes e novas pessoas. Ela sabia que não seria fácil se acostumar, mas ela conseguiria. Porque agora ela era uma mulher livre e que podia fazer qualquer coisa. 


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