Unhas arranham minhas costas, olhos fechados enquanto você grita e você me mantém com esses quadris, enquanto meus dentes mordem seus lábios...
Não era verdade. Sakura se lembrava perfeitamente do dia em que caiu da árvore ao lado de sua janela e ganhou aquela cicatriz. Ela estava com Hinata Hyuuga, prima de Neji, que antes de ir embora com o primo frequentemente ia em sua casa para que as duas brincassem.
Aquele dia, no entanto, Neji chegou logo depois para buscá-la junto a mãe de Hinata, que ficou conversando com sua própria mãe. E quando ele apareceu, ela acabou tropeçando em seus pés, enquanto estava em um dos galhos da árvore.
Caiu, quebrou o braço e ganhou aquela cicatriz. No entanto, a culpa foi de seu jeito desastrado, que sempre ameaçava sua vida quando ela via Neji.
Aquilo era passado. Totalmente fora de questão, e não era exatamente culpa dele. Era um amor de criança, que claramente não conhecia nada da vida. Ela podia não entender muito do amor agora, sim, admitia. Mas o que sentia por Sasuke, com certeza não podia ser comparado ao que sentia por Neji.
Ora, ela sequer se lembrava de seu rosto.
— Não foi culpa sua.
— Se me lembro bem, você caiu porque eu apareci de surpresa. Então eu tenho uma parcela de culpa.
— Bem, não é mesmo culpa sua. E eu não levaria em consideração um sentimento infantil, sabe?
— Só quis recordar as boas lembranças. — ele sorriu, totalmente inabalável. — Ainda está bem visível. — avaliou com olhos estreitos a pequena cicatriz, a tocando com os dedos. — Você sabe que hoje em dia é possível removê-la, né? Eu sei disso porque faço medicina.
— Nós estávamos na mesma sala, como pode estar na faculdade?
— Saímos da cidade porque entrei num programa avançado de estudos. Estou no segundo ano da faculdade.
— Que legal. — ela sorriu, sem graça, afastando-se minimamente dele. — E está estudando na faculdade daqui?
— Sim. Hinata também está aqui. Se lembra dela? Vocês brincavam juntas.
— Claro. — antes, Hinata era tão sua amiga quanto Ino, mas não era como se ela tivesse muitas lembranças daquilo. — Bom, acho melhor eu achar meu namorado.
— O seu namorado que não te corresponde?
— Não posso afirmar isso ainda. — ele riu, de uma forma graciosa, mas sem covinhas, o que pra você pode não ser nada, mas para Sakura, significava muito.
— Tudo bem, eu sinto muito. Nós podíamos marcar para fazer alguma coisa, qualquer dia…
— Claro. — mas, enquanto se afastava, Sakura disse a si mesmo que não.
Não queria mais ver Neji.
Não porque ela pudesse ter qualquer sentimento por ele ainda. Até parece! Ela era uma criança, e crianças pensam em amores e Neji era inteligente, e também adorável. Certamente, cursando a faculdade de medicina e sem nenhuma tatuagem, seria o tipo ideal para uma garota como ela.
O tipo ideal para se apresentar aos pais.
Sua mãe adoraria. E seu pai ficaria orgulhoso.
Mas, droga, ele não tinha mesmo covinhas. Nem uma tatuagem que não era para ela, mas que tinha significados que estavam ligados à ela. Também não a chamava de Semana Santa, indo contra o jeito deplorável e irritante se oferecendo para lhe dar uma primeira noite juntos especial. Ele não tinha uma risada rouca que poderia facilmente virar uma música, e ficar em seu celular no replay eternamente.
O nome dele não era Sasuke Uchiha.
Então, Sakura percebeu o que já estava bem óbvio: ela amava Sasuke.
Senhor!, ela amava mesmo Sasuke Uchiha.
— Sakura? — a voz de Ino veio com uma risada que se desfez rapidamente. — Que cara é essa?
— Eu acabei de ver Neji Hyuuga. E eu amo o Sasuke.
— Meu cérebro não é tão inteligente quanto o seu, querida, fale devagar e num assunto por vez.
— Eu vi o Neji. Aquele garoto que eu gostava quando a gente estava na primeira série.
— Você ainda lembra disso?
— Eventualmente. Mas esse é o ponto: eu não gosto mais dele. E eu preciso que você entenda isso, porque é ridículo alguém tentar usar esse sentimento antigo e infantil como argumento.
— Tá…
— Mas eu percebi que eu amo o Sasuke. — ela respirou, se sentindo sem fôlego e bebendo o em vários golpes a cerveja quente que estava em sua mão.
— Se você continuar bebendo assim, eu vou precisar ser responsável. E esse é o seu papel, não o meu.
— Ino, eu amo o Sasuke. E eu disse isso a ele. E se ele não me amar? Tipo, você pode só gostar de uma pessoa sem amar ela, né?
— Bem, não quero defender o Sasuke. Mas eu não acho que ele não te corresponderia. — ponderou Ino, bebendo de seu copo com os olhos convictos. — De toda forma, você só saberá disso se falar com ele. Aliás, ele está vindo aí.
— O quê?
— Boa sorte.
— Não, Ino…
— Se eu não te conhecesse, diria que você está fugindo de mim. — a voz de Sasuke lhe alcançou antes que ela pudesse trilhar uma rota de fuga, então, tudo bem, ele tinha razão. — Aconteceu alguma coisa?
— N-Não…
— Você está gaguejando, e está vermelha. Ou bebeu demais ou está me escondendo algo. Prefiro acreditar na segunda opção, porque você parece bem sóbria.
— Estou com calor. Está quente aqui, não?
— Se é para eu concordar com você tirando esse vestido, tudo bem, mas saiba que eu vou ficar morrendo de ciúmes.
— Pare de falar essas coisas. — ela respirou, se abanando, balançando suas mãos para que o vento a deixasse menos quente.
— Vem aqui.
— Ei, Sasuke…
Tentou se desvencilhar do aperto nem tão forte, mais firme, da mão dele em seu pulso. Mas não foi possível, uma vez que ele a soltou apenas quando estavam do lado de fora, e ainda sim continuou seguindo em frente até uma casa pequena, mais afastada. Sakura, encolhida um pouco atrás, o seguiu em pequenos passos, temendo que tropeçasse em seus pés. Quando ele parou em frente a casa pequena e abandonada das pessoas da festa, tirando uma chave do bolso e a abrindo, ela manteve uma pequena distância.
— Entre.
— Nós não podemos…
— Por favor, entre.
A voz dele estava baixa, mas sombria e o rosto, mesmo no escuro, estava sério e rígido.
— Olha, a gente não precisa invadir essa casa, tá?
— Por que você sempre pensa o pior de mim? — ele riu, mas não parecia estar achando realmente graça da situação. — A casa logo atrás de você, é uma das propriedades do meu pai. E essa logo atrás de mim, também. Pode entrar, agora?
Movida pela culpa, Sakura avançou encarando seus pés assim que passou por ele. Isso não significava que estava menos nervosa, mas sentia-se um pouco alta pela bebida — no fim, era mesmo muito fraca, e seu nervosismo a deixara um pouco impulsiva.
Ela só queria esquecer tudo aquilo. Podia estar fazendo uma tempestade em um copo d'água, e podia não ser nada demais. Mas, ora, Sakura não sabia mesmo lidar com os seus sentimentos.
Quando entrou dentro da pequena casa, percebeu que era um quarto. Talvez fosse simples, em algum outro momento. Naquele, no entanto, era bem organizado e parecia ter sido preparado para algum momento especial.
Pensou isso porque o ambiente estava bem sugestivo. Na cama, alguns lençóis de seda, e pela janela coberta por cortinas brancas, uma luz amarela entrava deixando o quarto claro o suficiente para que soubesse que tinha, além tudo, um armário, uma cômoda e um frigobar. Lá fora, o barulho quase não podia ser ouvido, abafado pelas paredes.
Parecia ser um quarto perfeito para um caseiro, ou qualquer coisa parecida.
— Eu pedi para a Hinata arrumar esse quarto para mim.
— Hinata? Hinata Hyuuga?
— Ela é namorada do Naruto. — ele respondeu, como se fosse óbvio. Sakura achou impressionante. — Ninguém vai aparecer aqui, e eu queria que nós pudéssemos ficar sozinhos. — ele desviou os olhos e, se não fosse pela pouca luz, ela poderia apostar que ele estava corado ao se inclinar e deixar a chave em cima da cômoda. — Só que você ficou estranha, e se afastou. Eu disse alguma coisa que…?
— Não, não foi isso.
— Então, o que foi?
Ela respirou, retraindo seu desespero quando ele se aproximou. Ele segurou seu queixo, encarando seu rosto pacientemente, mas com olhos atentos.
— Você sabe que pode me falar qualquer coisa, né? A gente funciona muito bem assim.
— Acho que eu fiquei nervosa. — engoliu em seco, mordendo o lábio inferior. — Antes de virmos, Ino comprou... comprou camisinhas…
— Ah, então era isso? Sabia que vocês estavam estranhas. — ele riu levemente, colocando a mão em seu pescoço. — Eu ter preparado esse quarto para a gente, ela ter te dado camisinhas, não significa que você têm que fazer isso, você sabe, né?
— Esse não é o problema. Primeiro que fui eu que pedi isso para você. — ela rolou os olhos, sentindo as pernas tremerem. — Segundo que... Bem, você não percebeu?
— Hmm?
— Eu disse que te amo.
— Hm?!
— Na cozinha, quando estávamos conversando com o seu amigo. Eu disse que te amo.
— Não, você disse que qualquer garota poderia facilmente me amar. O que eu achei muito adorável, diga-se de passagem, mas não é exatamente um direto "eu te amo".
— Bem, quando eu parei para pensar, percebi que era exatamente isso que eu queria dizer. — balançou a cabeça, tirando uma mecha de cabelo de frente ao rosto, para encarar seu rosto confuso. — Se quer ouvir com todas as letras, então tá, eu te amo.
— Você tá falando sério?
— Por favor, eu estou quase passando mal. — ela cobriu o rosto com as mãos, sentindo falta de ar, querendo gemer. — Então, eu percebi que você poderia não me corresponder. E fiquei com medo de ter que lidar com sua rejeição. E comecei a entrar em pânico.
— É bem sua cara mesmo.
— Sim? — ela se afastou, respirando várias vezes para continuar e andando pelo quarto em círculos. — Eu queria achar Ino, mas não a encontrei. E não dava para falar com você. Quando eu penso que não, um garoto aparece.
— Um garoto? Um garoto tipo uma criança de dez anos ou um garoto tipo um cara de dezoito?
— Hmm… a segunda opção. Até porque, não é como se um garoto de dez anos pudesse estar realmente numa festa universitária.
— Merda… — ele balançou a cabeça, correndo os dedos pelos cabelos. — Ele deu em cima de você, né?
— Bom, não sei…
— O que ele disse?
— Ele perguntou o motivo de eu estar inquieta. Daí eu contei que tinha dito que te amava, e ele deduziu que eu estava assim porque você podia não me corresponder. — explicou, apertando as mãos enquanto sentia o olhar dele queimar seu rosto. — Daí ele disse…
— O que ele disse?
— Por que você precisa saber, mesmo? Não importa.
— Sakura…
— Tudo bem, ele disse que se você não me correspondesse, ele faria isso.
— Que… filho da… — ele respirou, olhando para cima como se buscasse paciência antes de olhar para Sakura. — Não, está tudo bem. Não importa mesmo, porque esse não é o caso. Eu também te amo. Então ele não têm mesmo o que fazer.
Sakura sentiu que seu corpo cairia duro ali mesmo, em frente a Sasuke. Assim como nunca tivera lidado com a dor da rejeição, nunca tinha lidado com a sensação de intensidade em seu coração quando fora correspondia.
— Você percebe que foi bem idiota, né?
— Hmm?!
— Caralho, Semana Santa. É meio óbvio que eu te amo, né? Surpresa mesmo é você me corresponder, mas eu te trouxe até aqui para dizer isso, mesmo que você não correspondesse a intensidade dos meus sentimentos.
— Por que não? Você... Você é incrível. — ela olhou para baixo, sentindo seu rosto todo queimar. — Como eu poderia não amar você?
Quando levantou a cabeça e afastou as mãos do rosto, para olhá-lo, Sasuke já estava em sua frente e os braços dele, ao redor de seu corpo lhe colocando dentro de seu abraço.
Sakura já o tinha beijando várias vezes. Também tinha se jogado em várias sensações novas. No entanto, ela nunca parou para abraçá-lo por tanto tempo. O perfume dele a sufocando, os braços dele ao redor de seu corpo, a boca dele grudada em seu pescoço…
Era o seu nirvana. Sakura podia facilmente morrer ali.
— Eu te amo. — ele murmurou, trilhando beijo pela linha de seu maxilar. — Te amo, pra caralho. Mesmo você sendo toda paranóica e distraída.
Quando ele inclinou a cabeça em sua direção, selando seus lábios, Sakura sentiu que não havia mais duvidas: ela o amava. Fosse intensamente, loucamente ou, bem, para caralho!
Estava fora de sua cabeça, de sua mente… ela não era mais ela mesma. A garota reservada, obediente e devota. Aquela garota, a nova Sakura, estava dependente do futuro improvável que ela tinha em sua frente. O futuro que não poderia ser bom, mas seria seu. Ela ia até ele, fosse com Sasuke ou não.
Mas no futuro que estava criando, queria estar com ele. Porque não faria sentindo estar sem ele. Queria ser a história dele, queria estar ao lado dele quando a contasse para qualquer pessoa, para seus filhos e netos…
Ela não queria ser só uma paixão na juventude. Ela queria ser mais. Queria ser tudo o que ele queria, queria dar a ele experiências novas, tal como ele estava fazendo com ela.
E se no fim fosse só uma paixão adolescente, não importava. Ainda seria sua escolha. Ainda seria sua vontade estar ao lado de Sasuke.
Então, não havia mais motivos para esperar. Quando os olhos dele estavam em seu rosto, mas os lábios em seu ombro, deixando um beijo lento ali, ela sabia o que estava por vir: mais do que tudo, ela aceitou que estava na hora de, não ser apenas dele, mas ter ele apenas para si.
Quando os beijos passaram do ombro para a clavícula, criando um lento caminho por aquele local, ela fechou os olhos e sentiu sua cabeça girar. A alça do vestido fora gentilmente abaixada para baixo, enquanto a boca dele subia para o seu ouvido.
— Eu estou louco para fazer amor com você, mas eu preciso perguntar: — a voz dele estava baixa, rouca e ofegante. Sakura mal podia ouvi-lo. — Você quer mesmo fazer isso? Eu posso esperar.
— Eu não posso.
— Não quero que você se arrependa.
— Não vou me arrepender.
— Como pode ter tanta certeza?
— Porque será uma história. — ela encarou seu rosto, corada e com os olhos semi-abertos. — Ou melhor, fará parte da nossa história.
Sakura sabia que ele a tinha beijado, para disfarçar o rubor que subiu pelo rosto dele. Mas quando ele a puxou para cima, segurando suas pernas ao redor da cintura e a colocando em cima da cômoda, ela decidiu que isso não importava.
Ele estava a beijando de maneira tão ardente, tão intensa, fazendo barulhos ousados e sugando a sua língua. As mãos na barra de seu vestido, sussurrando algo sobre ele ser lindo, mas um empecilho naquele momento, o puxando em seguida e o deixando cair no chão do quarto.
— Você está sem sutiã...
— Ino disse… que não dava para usar com esse vestido. — ela corou, e levou as mãos no intuito de cobrir os peitos pequenos com elas, mas Sasuke a impediu.
— Acho que odeio ela um pouquinho menos, agora. — ele riu. — Eu quero ver.
Engolindo sua vergonha, e mantendo seus olhos fechados por um momento, ela tentou se acostumar. Quando abriu os olhos novamente, encarou o rosto de Sasuke, que parecia fascinado com o que via.
— Acho que eu nunca vou conseguir me acostumar com com essa visão. — ele murmurou, num riso descrente. — Você é tão linda. Nunca vou cansar de tentar fazer você entender isso.
As palavras dele deixavam o clima mais sensual, exitante… Sakura não conhecia o real poder da palavra até que ele colocasse a mão na coluna dela e a inclinasse para frente, o suficiente para que pudesse pegar um dos mamilos rígidos entre os lábios.
Um som fino e inconsciente saiu de sua boca, a deixando mortificada.
— Tudo bem, pode gritar. — ele riu de uma forma perversa, a encarando com os lábios entre os seios e covinhas aparecendo. — Ninguém que importa vai te ouvir. Só eu, e eu quero todos os sons que você tiver.
Os lábios dele eram gelados, a língua macia e a sucção que ele fazia, deliciosamente perversa. A mente de Sakura estava perdida, seus olhos virando e seu quadril se movendo como se estivesse dançando ao som de uma música quando ele começou a beliscar o outro mamilo com o dedo. E assim, alternando entre os dois.
Quando se afastou, ela quase miou, de olhos caídos e os lábios entreabertos, fixos nos dele quando as próprias mãos dele puxou a blusa preta pelo pescoço e mostrou aquele abdômen tatuado e muito bem desenhado.
Sentindo que não tinha realmente muitas limitações, ela se aproximou. Tocou ele, primeiro com os dedos, depois movendo toda a palma da mão pelos insinuantes gominhos e os traços das tatuagens.
E então, com os olhos voltando aos dele, ela se permitiu ousar um pouco, beijando uma tatuagem de corvo em seu peito.
— Caralho... — ele urrou baixinho, fechando os olhos por um momento. — Têm noção do quanto você é sensual?
Um pouco orgulhosa, ela sorriu, o que não durou muito tempo. Com as mãos, ele a puxou até que seu corpo estivesse colado no dele. E então a beijou de novo, passando as mãos pelas suas costas, fazendo arrepios correr pelo seu corpo.
Ela não sabia muito bem como agir, mas parecia ser mesmo uma dança. Ela estava sendo conduzida, então tentava deixar a vergonha de lado. Como quando arranhou levemente as costas dele, ouvindo ele gemer contra a pele de seu pescoço.
Aparentemente, quando seu corpo sozinho começou a se mover, esfregando sua intimidade coberta pela calcinha contra o membro dele coberto pela calça, mas totalmente duro lhe causando sensações indescritíveis quando tocava bem no ponto que a fazia gemer baixinho, ele decidiu que era hora de ir para a cama, lhe pegando no colo novamente e a jogando na cama de casal.
Ele a cobriu com o corpo, respirando forte em seu pescoço até chegar em sua boca. Uma mão ainda lhe apertou o seio, fazendo ela gemer contra os lábios dele, abafando o som até que deslizasse lentamente para baixo e entrasse dentro de sua calcinha.
— Ahh…
— Toda molhadinha assim, só pelo que fizemos até agora? — a respiração dele bateu contra seus lábios, e a voz estava num tom baixo e sensual que fazia tudo no centro do corpo de Sakura convulsionar. — Imagina quando eu te chupar...
— Hmm?
— Fica quietinha, amor. Preciso deixar você bem molhadinha. — ele sorriu daquela forma perversa, deixando mais visível uma covinha do lado de seu rosto enquanto descia pelo corpo dela, depositando beijos e sopros em seus seios e barriga, até chegar até a calcinha.
— O que você… você vai fazer?
— Já não disse? Te chupar bem gostoso.
Ela segurou a respiração, engolindo em seco até fazer um barulho estranho. Não queria ver algo tão vergonhoso, por isso fechou os olhos ao sentir ele deslizar a calcinha por suas pernas.
Por que se sentia tão envergonhada?
— Você é ainda mais linda aqui embaixo.
— Não diga isso.
— Hmm? Quer que eu minta? — ele soprou contra seu púbis, apertando a palma da mão contra a barriga dela quando o corpo se contorceu. — Fica quieta.
— Não dá, eu…
Não pôde evitar gemer quando ele tocou levemente em seus lábios vaginais. Quase intocável, com apenas dois dedos, dando círculos naquele local, mas foi o suficiente para ela apertar o travesseiro contra o rosto e soltar gemidos altos pelos lábios.
— Ah, Sakura… se você pudesse ver como está agora. — e, sem qualquer aviso, ele sugou o clitóris dela entre os lábios, fazendo com que os sons vergonhosos tornassem ainda mais altos. — Isso, não reprima nenhum som. Eu quero ouvir todos.
Seu corpo parecia não querer ficar no lugar, se inclinado para frente, como se fosse partir ao meio. Ao mesmo tempo em que não queria vê-lo fazer algo tão vergonhoso, sua curiosidade fazia com que seus olhos se abrissem brevemente, apenas para ver a cabeça dele se mover abaixo de sua barriga.
Era insano. Nunca imaginou que existisse algo que a deixasse daquele jeito. Queria gritar, dizer coisas impróprias, segurá-lo pelos cabelos até que a trouxesse liberdade. O que era essa liberdade? Sakura não sabia, mas quando ele deu pequenas mordiscadas em seu clitóris, insinuando penetrar em sua entrada com um dedo, levemente indo e voltando, ela sabia que estava bem próxima.
— Não adianta se inclinar toda assim, não vou colocar nada além do meu pau aqui dentro. — com a voz rouca, ele continuou a estimulando, dessa vez fazendo círculos em seu clitóris.
Então, finalmente Sakura descobriu o que era liberdade. E ela podia facilmente assemelhar as sensações que teve à fogos de artifício explodindo no céu.
— Já gozou? — com a voz manhosa e excitada, ele subiu até seu corpo para lhe beijar os lábios. — Você não adora provar as coisas da minha boca? Gostou do seu próprio gosto? Porque eu acho que estou viciado.
Sakura sentia seu corpo pesado, o rosto corado na direção de Sasuke quando ele se levantou. Com os olhos pesados, ela continuou encarando o rosto dele, os olhos nos dela quando ele começou a soltar o cinto. E então, rapidamente, abaixou as calças com a cueca box azul marinho ou preta. Ela não sabia. Estava mais preocupada em encará-lo, aquele corpo bonito e aquele mastro enorme. Também descobriu, embora não fosse tão importante naquele momento, que ele tinha tatuagens nas pernas também, as quais ela não teve tempo de vizualizar o que eram, pois ele se colocou sobre o corpo dela.
Sakura o sentiu. Encostando em sua barriga, esperando ansiosamente por ele encostar mais embaixo, quando seu corpo acordou.
— Trouxe as camisinhas que Ino lhe deu?
— Hm… Eu não… — se lembrou que as deixara em sua bolsa, e a bolsa estava no carro de Sasuke.
Droga. Como fariam aquilo, agora?
— Tudo bem. — ele riu, levemente, puxando sua calça e tirando uma do bolso dela. — Desde que você deixou claro que queria fazer isso, eu estive me precavendo. Também, te trouxe aqui para fazermos isso, no fim. Vou colocar de uma vez, pra ser rápido. Mas vai doer um pouco, tudo bem?
— Uhum.
— Abre as pernas.
E assim ela fez, sentindo ele se encaixar entre suas pernas. Sentiu o corpo quente de Sasuke encostar no seu, o calor do corpo dele tocando o seu, uma mão entre eles e a outra em seu rosto. Sakura fechou os olhos com força, sentindo os lábios dele colados em sua bochecha.
— Pronta?
— Sim…
Foi rápido, mas totalmente doloroso. Mordeu o lábio com força, sentindo Sasuke se afundar dentro do seu corpo quase como se o estivesse rasgando ao meio, empurrando sua perna para cima. Ela apertou os braços dele, afundando seu rosto entre o pescoço dele, tentando esquecer aquela dor.
— Tudo bem?
— Dói um pouco...
— Vai passar. Vem cá. Me beija. — ele procurou sua boca, deslizando a língua sobre a dela. Sakura gemeu um pouco, muito embora sendo distraída da dor de tê-lo pulsando dentro dela, totalmente ciente de que estava lá.
Mas Sasuke era atencioso, paciente e gentil. Ficou parado, depositando beijos em seu pescoço, lhe instigando com palavras gentis e fazendo carinho em seu rosto, ora em seu cabelo.
— Ainda dói?
— Nem tanto... — sorriu, se sentindo mais tentada a continuar, do que ficar parada. — Pode se mover.
— Tem certeza?
— Sim.
Ainda era um pouco doloroso, mas ele manteve o mesmo sistema de beijá-la e fazer carícias, tornando tudo tão... bom. Não muito tempo depois, Sakura já não conseguia prestar tanta atenção na dor, porque a prazer estava se sobressaindo.
Seu corpo mesmo estava se movimentando contra Sasuke, tentando sincronizar com os movimentos dele. Sasuke estava rebolando contra ela, entre suas pernas, que permaneciam abraçadas à cintura dele. O rosto dele estava um caos, os lábios entreabertos e os olhos fascinados com o que via, abraçando-a pelas costas e a apertando contra seu corpo com toda a vontade que tinha.
— Caralho, Sakura… você tá me apertando. — ele murmurou, colando os lábios abaixo da clavícula, enquanto as mãos de Sakura bagunçavam o cabelo dele, se perdendo de olhos fechados naquela sensação de sentir ele metendo dentro de seu corpo.
Era mil vezes mais forte. As sensações. Só de ter ele dentro de seu corpo, tão perto, dividindo sua respiração com ele e sentindo seus dedos arranhando as costas largas… Sakura sentia que ia enlouquecer, e não entendia, até agora, como algo poderia virar realmente um vício.
Aquilo seria seu vício. Nunca se cansaria.
Os movimentos ficaram mais rápidos, quando seus lábios colaram aos dele. Sasuke segurou sua perna, se afundando ainda mais dentro de sua intimidade. Aquilo era o ápice do íntimo, tê-lo roubando-lhe os lábios e a virtude. Se por isso estava condenada ao inferno, teria de ser honesta: não se importava.
Nada era mais fascinante e prazeroso do que sentir seu corpo se despedaçar num orgasmo, e em seguida, apenas para que tudo fosse melhor, senti-lo pulsar dentro de seu corpo, ao atingir seu próprio orgasmo.
— Puta merda.
Sakura sentiu seu peito subir e descer, encarando a luz de fora refletir no teto com o formato da janela. Seu coração estava batendo forte, enquanto seus lábios insistiam em querer se esticar, mesmo entre seus dentes.
— Obrigada. — murmurou, virando-se de lado para ele.
— Pelo amor de Deus! — ele murmurou, tirando alguns fios grudados na testa dela com os dedos. — Você está me agradecendo por tirar a sua virgindade?
— Hmm… sim?
— Ah, pronto! — puxando seu corpo para mais perto, fazendo com que a cabeça de Sakura ficasse em seu peito, ele riu, deixando uma vibração passar pelo seu rosto. — Você me deu prazer tanto quanto eu te dei, não tem o que agradecer. Não é um serviço de aluguel, sabe?
Quando ela insinuou que se levantaria, ele a segurou forte entre os braços, a fazendo rir.
— Eu preciso pegar meu vestido.
— Nem pensar. Quero dormir com você do jeito que está.
Com os peitos grudados na pele dele, Sakura entendeu bem aonde ele queria chegar.
— E a festa?
— Ainda estará lá quando acordamos.
— Sério?
— Unhum. Agora vem aqui, que eu quero dormir com a minha namorada gostosa. Por que você não diz de novo?
— O quê?
— Que me ama, oras. O que mais seria?
— Hmm… você já sabe disso, pra que eu tenho que falar?
— É mais gostoso quando você fala. — ele pegou o próprio celular, ao se inclinar por cima do corpo dela e desbloqueou a tela. — E eu quero gravar, só pro caso da gente ficar longe um do outro.
— Não vou ficar longe de você. — ela empurrou o celular, embora rindo. — É sério, isso?
— Já está gravando, Semana Santa...
— Tá bom. — ela sorriu, tentando ficar seria ao olhar para a câmera. — Eu te amo, tá legal? Agora para de me gravar, eu estou pelada.
— O que torna o vídeo melhor ainda. — o celular foi parar em algum lugar, que ela não deu importância quando ele a puxou para abraçá-la, colando seu corpos quentes e suados um no outro.
Dormiram assim, e Sakura sentiu que não havia realmente algo mais íntimo do que dormir com Sasuke daquele jeito.
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