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História Badboys Não Me Afetam - É essa a sensação de ter o coração partido?


Escrita por: Pinkkee

Notas do Autor


olá...
é, vemos nos depois, vão ler...

(*15 euros = são 55 reais, segundo um conversor qualquer que encontrei na net)

Capítulo 8 - É essa a sensação de ter o coração partido?


Sabem como é transpirar de nervoso, caladinho à mesa, a jantar em família, com medo que o nosso irmão mais velho conte sobre a estupidez que fizemos aos nossos pais?


Eu ‘tava a presenciar bem isso.


Não é como se fosse medo, medo de ficar de castigo, medo de ser proibido de estar com Rocky - ou Minhyuk, vistos que esse nome era já conhecido em minha casa pela tamanha de vezes que eu falei sobre o quanto ele era irritante e um completo idiota. Um idiota lindo, mas prontos.

“Sabem que eu acabei por encontrar a pulseira? Rezei tanto a Deus para que não a tivesse perdido, nem imaginam!” - (talvez eu devesse rezar a Deus para que ele leve a minha alma para longe dali) - “Estava caída na entrada de casa, a vizinha do lado viu algo brilhar quando choveu e logo identificou como uma peça de ouro. Adoro aquela mulher.”

“Ainda bem mãe.” - Jinwoo disse, sorrindo para a mesma.

“Como foi a viagem com Myungjun?” - o meu pai perguntou, e eu até achei estranho porque ele poderia não ser homofóbico, mas coisas relacionadas ao relacionamento do meu irmão não eram o seu assunto favorito - “E como está a senhora Kim?”

“Foi boa, como sempre. É bom podermos passar tempo juntos.” - aquele sorrisinho bobo não engana ninguém, Jinwoo era um completo apaixonado - “E a mãe dele está melhor, está medicada. Amanhã ou depois deve ir para casa de novo.”

“O que ela tem?” - perguntei, e o seu olhar caiu sobre mim, com uma expressão séria que nunca havia visto.


Jesus amado me proteja.


Pensei que o gato te tivesse comido a língua, San. E a minha sogra tem problemas cardíacos, já está velhinha também. Eles adotaram Myung quando já tinham 40 anos.”

“As melhoras para ela.” - engoli em seco.

Fiquei caladinho o resto do jantar. E depois subi e tranquei-me no quarto, nada de anormal, mas consegui ouvir quando fui buscar água na cozinha uns cochichos do meu appa a perguntar que bicho é que nos tinha mordido para eu e Jinwoo estarmos tão estranhos um com o outro, mas a minha mãe disse que não sabia igualmente. Entretanto mandei uma sms para o Moonbin e contei-lhe o que aconteceu hoje e disse que, para a próxima, ele deveria telefonar antes de chegar lá e interromper o momento mais feliz da minha jovem vida.

Na manhã seguinte eu saí de casa mais cedo que o costume, na esperança de conseguir pensar melhor de cabeça fresca numa desculpa convincente e sem necessidade de confirmação dos pais acerca das minhas faltas de ontem - e também esperava conseguir encontrar o Park Mozão.

Cheguei na escola ouvindo a minha habitual playlist de pop - (euzinho de k-popper) - dançando mentalmente Ice Chu, aquele hino injustiçado das minhas filhas lindas, amém cute concept de verão.

Estava tudo bem, eu dirigi-me pela lateral da escola para ir dar um pulinho na biblioteca do prédio B quando sou jogado contra a parede por um bisonte qualquer de três metros de altura. Paro a música e levo a mão até à cabeça, um pouco dolorida pelo impacto, antes de encarar quem se atrevia a provocar Yoon Sanha, o rei da poha toda.


Oh, deviam estar a brincar comigo.


“O que é que vocês querem?” - era o grupinho de “badboys mais desejados da escola”, feios como um monte de bosta na minha opinião - “Larguem me, não trouxe almoço hoje.”

“Mas tens dinheiro, com certeza.” - o do meio riu, eu diria que ele era o líder se eu não soubesse que o líder deles não estava lá presente. - “E todas as alturas são boas alturas para deixar um totó a chorar e a chamar pela mãezinha.”

Tentei levantar-me mas recebi um pontapé na canela que doeu p’ra carvalhos, e me fez sentar de novo no chão. Sem que eu conseguisse impedir eles tiraram-me a mochila, começando a procurar em tudo o que era lado pela minha carteira - e logo a encontraram, tirando os totais *15 euros que eu lá tinha para o almoço e lanche de hoje e amanhã, sem contar com mais alguns trocos em moedas.

“Ganhei o dia.” - riu, colocando no bolso - “Depois compramos algo p’ra todos rapazes. Agora vamos dar aqui uma lição à princesinha.”

O gigante estalou o pescoço o movendo de um lado para o outro, e isso fez todos os pelinhos do meu corpo arrepiarem-se, oque não era nada bom. Não iria ficar ali e ser o saco de pancada deles, então levantei-me e corri, corri míseros dois metros antes de ser segurado com os braços atrás das costas.

“Estás a tentar fugir?” - nada disse - “Responde-me.” - acertou com um soco no meu estômago e o meu interior revirou-se numa ânsia de vómito horrível - “Ou terei de te bater até aprenderes a respeitar os mais velhos, hum? Sou teu hyung, e exijo respeito.”

“O que é que vocês estão a fazer?!”


Vocês nem imaginam


As múltiplas coisas


Que passaram pela minha cabeça


Naquele momento.


“Minhyuk!” - levantei o rosto do chão para encará-lo, tentei soltar-me mas os dois capangas badboys seguravam-me impedindo isso. A lateral do meu rosto ardeu mesmo antes de eu poder ter percebido que fui acertado por um tapa forte, e foi aí que eu comecei a chorar.


Eu sempre sou um fraco.


“Ainda bem que chegaste, Rocky.” - o olhar do referido agora encontrara-se com o meu, meio embaciado pelas lágrimas. Ele estava surpreendido, confuso - “Agora podes fazer as honras de humilhar aqui o viadinho como querias.”

“Mas oqu-” - desta vez um soco atingiu o outro lado do meu rosto e eu caí no chão, sem forças. Como assim me humilhar como ele queria? Deixaram de me segurar e eu chorava baixinho agarrado às próprias pernas no chão.

“Deixem-no. Não lhe toquem.”

“Porquê, Rocky? Então, não vais dizer que a bichinha conseguiu amolecer o teu coração? Estás com pena dele? Ou queres que nós vamos embora para depois vocês ficarem a sós…” - todos riram, menos Minhyuk. Ele estava sério, não desviava o olhar de mim, e algo dentro do meu peito estava a despedaçar-se.


É essa a verdadeira sensação de ter o coração partido?


“Não é isso…” - ele aproximou-se, mas eu afastei-me. Não o queria ver mais. - “Sanha.”

“Saí Minhyuk.”

“Vai Rocky, diz-lhe aquilo que querias. Diz-lhe o quão ridículo ele é, insignificante e estúpido nerdzinho de merda.”

“Vamos embora, já chega.” - o Park ditou com um tom de voz mais alto e firme, e todos pareceram obedecer, pois logo foram embora. - “Sanha, eu posso explicar-”

“S-sai…” - não queria que a minha voz saísse tão trémula - “Não tens o direito de quase me beijar para depois apenas queres me xingar… T-tu não sabe o quanto isso d-dói…”

“Deixa-me levar-te à enfermaria.”

Minhyuk agachou-se à minha frente, e fez um pequeno um carinho nos meus cabelos. Tentei afastá-lo mas estava sem forças e sentia que podia vomitar o pouco que havia comido se fizesse qualquer movimento brusco. A sua mão desceu para o meu rosto ferido e eu gemi de dor, ardia como o inferno.

“Lamento.” - levantou, pegou algo do bolso, dinheiro, e colocou na minha mochila. Colocou esta nas costas e estendeu-me os braços, como uma ajuda para me levantar.

“N-não preciso d-da tua ajuda.” - funguei, limpando as lágrimas que ainda escorriam - “Eu odeio-te.”

As palavras pareceram atingi-lo mais do que aquilo que eu previ, mas enquanto eu imaginava que aquilo me fosse fazer bem, ver a sua expressão fechada e triste no caminho todo em que ele fez questão de me ajudar a caminhar até à enfermaria só fez o meu coração apertar.


Talvez fosse vontade de o abraçar só para poder ter o seu sorriso bonito de volta.


“Esses adolescentes de hoje em dia estão sempre metidos em brigas, não é?” - assenti para a enfermeira que agora me estendia um saco de gelo para a minha bochecha inchada pelo soco e me ajudava a colocar de pé para eu ir para as aulas - “O garoto que estava contigo, ele apresentou-se como teu namorado, e disse que não seria necessário a escola avisar os teus pais, pois ele mesmo havia o feito. Quem me dera quando tinha a tua idade encontrar um garoto tão cavalheiro e gentil assim. Ele deixou também as tuas coisas à entrada, podes ir para as aulas amor.”

Assenti, agradecendo à senhora enfermeira e indo em direção à porta da enfermaria. Lá estavam o meu casaco, mochila e uma folha de papel meio amassada, que apenas amassei mais ainda e guardei no bolso das calças.


Quem é mais filho da puta, a vida, ou Park Minhyuk?


“Apresentou se como meu namorado…” - murmurei, intrigado, já encolhido de frio (o gelo não melhorava nesse aspecto, mas diminuiu consideravelmente o inchaço no meu lindo rosto) e dor no estômago na cadeira da última fila na aula da história - “Ridículo, insignificante, estúpido nerdzinho de merda…” - suspirei, com um biquinho nos lábios e decidido que arranjar desculpas esfarrapadas para os meus pais como “ter caído das escadas de novo” não funcionaria, peguei o tal papelinho, abrindo discretamente, e pude reconhecer a caligrafia honestamente feia e pior ainda por ter sido escrita visivelmente à pressa.


“Eu sei que desculpas não valem de nada, mas ainda mesmo hoje eu vou fechar relações com aqueles três ordinários preconceituosos e fazer-lhes três vezes pior do que aquilo que fizeram contigo, Sanha.

Talvez um dia eu não tenha entendido o quão incrível tu és, a boa companhia que podes ser, o engraçado que é ver-te corar por tudo e por nada, como és bonitinho quando sorris, e como eu quero poder abraçar-te e sentir-me menos culpado por te ter feito chorar tanto nos últimos três anos. Eu atormentei a tua vida? Posso agora desculpar-me?

Tu sempre serás o coeficiente estequiométrico necessário para acertar a minha equação química, Sanha. E eu também gosto muito de ti, gatinho.

Desculpa por só ter percebido isso agora. E se fores capaz de me perdoar um dia, podes perdoar o Moon também se eu te der um beijinho nesse teu biquinho fofo que fazes sempre que te apercebes o quão corado e fofo estás?

Encontramos nos por aí. E se não vieres me procurar, eu mesmo farei questão de ir bater na tua porta, hum!

Park Minhyuk”


Sorri, limpando a lagriminha básica que escorreu sem autorização pelo meu rosto. Apesar de o meu coração bobo de apaixonado querer, há coisas que não se conseguem perdoar tão facilmente. E aquela era uma delas.


Notas Finais


Deixem me explicar aqui:
Como Locky disse à dois caps, ele sempre soube que Sanha sentia algo por ele. E como - já deu para entender né - ele sempre foi um babaca, pretendia aproximar-se para enganar o baby yoon e isso. Mas depois de ficar amiguinho dele, adivinhem, ele arrependeu-se... E deu nisso.
Eu também ja fui (sou?) vítima de bullying, e sei que mtos de vcs também.... Compreendem que não será fácil Sanha perdoar o Minhyuk, mas vamos ver no que isto vai dar.
Aproveito para agradecer pelos 20 favoritos <3

[Ice Chu - https://youtu.be/ZN6aso7870c ]

Espero que tenham gostado do capítulo.
Kissus~


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