— Todas as unidades de controle encaminhem-se para o terraço do prédio. Repetindo. Todas as unidades de controle encaminhem-se para o terraço do prédio. Dois tiros foram disparados.
Smith— Tiros? — ao ouvir o aviso do outro comandante pelo rádio, o delegado tailandês preocupou-se com a possibilidade de um homicídio.
Cristine— Será que Yumi está envolvida nisso? — com a mão em seu peito, com medo de que a filha tenha sido baleada ou quem sabe matado alguém.
Smith— Cristine e Beth, saíam do prédio imediatamente. Vocês dois também. — diz olhando para Kris e Lay.
Kris— Nem pensar, eu vou com você!
Lay— Eu também. Pode ter sido um de nossos amigos!
Smith hesitou no começo, mas estava sem tempo para discutir, então concordou e deixou que os dois o seguissem enquanto as mulheres corriam em direção a saída. Os três homens subiram as escadas em passos rápidos, mais perto do terraço era mais medo que se instalava no coração dos três, mesmo não admitindo, estavam apavorados e rezavam mentalmente para que ninguém tenha sido morto.
No meio do caminho, eles pararam para ver uma cena entre pessoas conhecidas no meio das escadas.
Hana— Me largue, eu preciso saber o que está acontecendo! — a grávida era impedida de subir os degraus por Sehun que segurava a sua cintura.
Sook— Hana, você tem que sair daqui! — dizia em frente à ela. — Pense no bem estar do seu filho!
Hana— Eu só vou ficar quieta quando descobrir quem disparou aqueles malditos tiros e se acertou alguém ou não!
Smith decidiu ignorar e continuou subindo as escadas junto dos dois chineses. E depois de um breve tempo eles finalmente chegaram no terraço, a visão dos três era impedida pelos outros policiais que tinham chegado primeiro.
Smith— Deixem-me passar! — sua ordem foi ouvida e os homens deixaram que o comandante do caso passassem junto de Kris e Lay, porém os três pararam de andar, ficaram imóveis e assustados quando se deram conta da situação.
Primeiro viram a doce e alegre garota, S/N, que naquele momento estava ajoelhada no chão, aos prantos. Quem olhava para ela podia sentir a sua tristeza e dor. Logo em seguida, eles olharam para o motivo do estado deplorável da jovem, o seu primeiro e único amor, Baekhyun, o homem com alma e coração de um garoto animado e muito carinhoso, agora se encontrava no chão desacordado, com a camisa ensanguentada e com a cabeça apoiada nas pernas da amada.
S/N— Baekhyun... p-por favor, acorde! — a sua voz era falha, tanto que ninguém além dela mesma pôde ouvir o pedido. De repente o seu desespero foi ampliado e pela primeira vez ela tirou os olhos de Baekhyun e olhou para todos a sua volta. — Por favor, o ajudem! Ele está morrendo!
Mais passos foram ouvidos, logo os paramédicos entraram na cena do crime e foram correndo socorrer Baekhyun. Lay e Kris tiveram que afastar e cuidar de S/N que mal conseguia se manter em pé, estava destruída não querendo acreditar que aquele era o fim.
Outros paramédicos apareceram, mas diferente dos outros, estes seguiram em outra direção onde se encontrava o corpo de Yumi, jogado no chão, com um buraco na cabeça e sangue escorrendo sem parar.
Seu amor por Baekhyun era muito forte, o queria mais que tudo no mundo mas assim que se deu conta de que seu amor nunca iria lhe pertencer, decidiu matá-lo para depois se matar, assim ele não seria de ninguém e ela não viveria o resto de sua vida sofrendo com a dor de sua perda e de um coração partido.
Do lado de fora do prédio, os paramédicos colocaram a maca com Baekhyun deitado sobre a mesma dentro da ambulância. Apenas um médico ficou ao lado de Baekhyun dentro do veículo, e quando ele estava prestes a fechar as portas e assim partir em direção ao hospital, foi impedido por uma loira com trajes cobertos de sangue, mas não era dela e sim de outras pessoas.
Sun-Hee— Eu vou com vocês! A vítima é o meu cunhado!
— Senhorita, sinto muito, mas você não pode entrar aqui...
Ela suspirou e tirou de dentro da bolsa o cartão que comprovava sua especialidade na área de medicina, logo mostrou o mesmo ao homem.
Sun-Hee— Eu sou uma médica formada! Faço questão de tratar do caso!
O homem não discutiu, ao contrário, de imediato permitiu a sua entrada. Ela adentrou a ambulância e fechou as portas atrás de si permitindo o motorista de acelerar o veículo.
Sun-Hee sentou-se ao lado do corpo de Baekhyun e analisou melhor a situação. O seu peito agora desnudo possibilitou a médica de ver o ferimento, perto do coração. A loira ficou muito nervosa, com medo de que a bala tenha acertado algum órgão vital e pelo fato de que ele estava perdendo uma quantidade abusiva de sangue
Sun-Hee— Rápido! Faça pressão na área do ferimento!
O homem obedeceu, percebeu que Sun sabia muito bem o que fazia. Enquanto isso, a mesma se encarregou de conectar o corpo de Baekhyun no eletrocardiograma.
Sun-Hee— Estamos longe do hospital? — gritou para que o motorista escutasse.
— Há dois quilômetros ainda pela frente! — respondeu.
De súbito, os dois médicos ouviram um som chiar os levanto ao desespero. Olharam para o gráfico e não viram sinais de atividade do músculo cardíaco, ou seja, as fracas batidas do coração de Baekhyun deixaram de fazer presença.
— Não há pulso e a pressão arterial não está aparecendo! — o médico avisou o que já era óbvio.
Sun-Hee— Não... Nós não vamos perdê-lo! Afaste-se! — determinada, ela colocou as mãos no meio do peito de Baekhyun e utilizou seu peso corporal da parte superior do troco para empurrar o peito dele para baixo, tentava reanimá-lo.
Ficou longos segundos assim, o médico já havia adotado uma expressão triste como se aquela vida não pudesse ser salva, mas a mulher não desistia ou enfraquecia pois tinha os pensamentos na sua irmã mais nova. Iria com todas as suas forças tentar salvar a vida de Baekhyun.
Como uma luz no fim do túnel, o som de chiado foi cessado assustando o médico e Sun-Hee que parou com o que fazia e olhou o aparelho, viu sinais de batimentos, ainda eram fracos mas o importante era que Baekhyun ainda estava ali, lutando por sua vida.
Sun-Hee— Vamos, Baekhyun... Aguente só mais um pouco. — implorou como se ele estivesse ouvindo. — Você pode superar mais esse problema quando já moveu montanhas apenas para ver a S/N, mesmo que fosse de longe... — ela pressionou mais o ferimento e fechou os olhos impedindo que as lágrimas rolassem. — Minha irmã precisa de você.
[...]
Na sala de espera do hospital, os membros do EXO estavam aflitos, inquietos e deixavam algumas lágrimas rolarem por seus rostos impecáveis. A cena era dolorosa, de partir o coração de qualquer ser humano. Com medo de perder o amigo tão querido, eles rezavam baixinho pedindo para que tudo dê certo dentro daquela sala cirúrgica.
No meio de toda aquela agitação, S/N se encontrava encolhida em uma cadeira um pouco afastada dos demais. Fazia horas que Baekhyun estava na cirurgia lutando por sua vida e fazia horas que a garota chorava pelos cantos do hospital se sentindo fraca e frágil. A madrugada inteira foi assim, um verdadeiro filme de horror.
O sol já estava nascendo e a jovem não chorava mais. De repente ela não conseguia chorar, nem sorrir, mas a dor de saber que Baekhyun estava correndo risco de vida ainda estava alí, infernizando o seu coração. Queria tanto fazer alguma coisa para reverter isso, mas aquela luta não era dela, era totalmente dele.
De súbito, a voz grave e autoritária de uma mulher chegou aos ouvidos de todos alí presentes. S/N ergueu a cabeça e viu o casal desesperado entrando na sala e parando uma enfermeira.
— Onde estão os meus filhos?! — a senhora Byun indagou nervosa. O senhor Byun não estava diferente.
— O paciente Byun Baekbeom está em repouso. — a enfermeira diz calmamente. — Ele acaba de sair da sala cirúrgica. Não se preocupem, ocorreu tudo bem, os médicos conseguiram retirar a bala da perna do seu filho.
— Enquanto ao Baekhyun? — foi a vez do senhor Byun questionar. A enfermeira adotou uma expressão tensa.
— O paciente Byun Baekhyun deu entrada no hospital com um tiro no peito e foi levado para a sala de trauma. Agora está em cirurgia.
Aquela notícia pareceu tirar todas as forças da senhora Byun. Ela teve que sentar em uma cadeira para não desmaiar, o senhor Byun sentou logo ao lado tentando acalmá-la.
S/N os observou por um tempo e o seu olhar não passou despercebido pela mãe de Baekhyun que devolveu com um olhar furioso, como se estivesse encarando o culpado.
Hana— Não ligue pra ela. — sentou ao lado da amiga tocando em seu ombro. — A culpa não é sua. A velha só está de cabeça quente.
S/N continuou quieta. Não conseguia se pronunciar com todo aquele sofrimento. Hana suspirou cansada, repousou a sua cabeça no ombro de S/N e segurou em sua mão, fez um leve carinho tentando consolá-la, mas consolação já não podia mais confortar o seu coração.
Hana— Eu vou pra casa do Chanyeol. Queria ficar aqui e esperar por novidades mas a madrugada foi bem estressante e isso não faz bem para a gravidez. Quer vir comigo? — o silêncio foi a negação. — Nós podemos voltar aqui mais tarde.
S/N— Eu não quero ir. — falou em um tom baixo e fraco, mas Hana entendeu.
Hana— S/N... — suspirou. — Eu estou preocupada com você. Passou meses presa em um lugar isolado. Precisa descansar.
Como vou descansar sabendo que o amor da minha vida está a beira da morte?
[...]
Olhava o relógio de parede do hospital várias vezes mas parecia que o tempo não passava. Um minuto parecia uma eternidade e S/N já não aguentava mais, desejou tanto que aquilo acabasse e que tudo ficasse bem. Ela estava tão preocupada com Baekhyun que esqueceu de cuidar de si mesma. Seu estado era deplorável e preocupante, olheiras mais do que visíveis embaixo dos olhos, boca seca e desnutrida e sentia as pálpebras pesarem mas não se deixaria levar pelo sono.
Ainda sentada no mesmo banco, ela apoiou a sua cabeça nos joelhos que estavam juntos, fechou os olhos indo para o lugar mais distante. Sentia a sua cabeça latejar, mas de todas as dores que sentia no corpo a pior era aquela que não era física. Os seus amigos queriam ajudá-la, porém só um alguém podia curá-la e ele estava em uma cama de hospital, inconsciente.
Com certa dificuldade, ela levantou sua cabeça quando escutou a pronúncia de seu nome e viu ao seu lado o homem segurando dois copos grandes de café.
Chen— Achei que estivesse precisando. O gosto é meio ruim mas vai te deixar de pé por mais algumas horas. — ela aceitou o copo e ele sentou-se ao lado da garota.
S/N— Obrigada. — ela quis sorrir como agradecimento, no entanto não tinha forças para tal ato. Levou o copo até a boca e tomou o líquido devagar. Logo fez uma leve careta. — "Ruim" é elogio.
Jongdae riu, fraco e brevemente.
Chen— Tao e Luhan já podem receber visitas. — informou sem saber que a jovem já sabia daquilo. — Tao vai se recuperar rápido, o tiro que recebeu no ombro foi de raspão.
S/N— Enquanto ao Luhan? As chances dele de voltar a andar foram afetadas? — ela pergunta preocupada. Luhan exigiu demais de seu corpo quando tentou andar para salvar a vida da garota, e mesmo ela sabendo que não tinha culpa, ainda sentia um leve peso em sua consciência.
Chen— Os médicos disseram que ele vai ficar bem, vai ter que ficar em repouso e só vai poder voltar a fisioterapia no próximo mês. — S/N suspirou aliviada. — Não vai visitá-los?
S/N— Talvez mais tarde... — o seu olhar ficou cabisbaixo. — Não quero estar ausente quando o doutor aparecer.
Chen— Sun-Hee também está fazendo a cirurgia do Baekhyun. Quando acabar, você vai ser a primeira pessoa que ela vai procurar. — ela assentiu com a cabeça, mas ele não conseguiu convencê-la. — Eu sei como deve estar se sentindo, mas ficar aqui por horas sem comer ou beber só vai fazer mal a você mesma.
S/N— Não tem como ficar pior.
Chen a olhou triste, depois a abraçou de lado e depositou um selar em sua cabeça.
Chen— Estão todos preocupados com você. — tocou nos fios de cabelo dela com delicadeza. — Tenho certeza de que Baekhyun não iria gostar de te ver assim.
Ela deu um sorriso pequeno e fechou os olhos com força engolindo o choro. Imaginou Baekhyun lhe dando um sermão e apelando ao aegyo para que fizesse o que ele queria.
S/N— Eu daria tudo para vê-lo sendo um convencido agora. — deitou a sua cabeça no peitoral de Chen.
Seu cérebro e seus pensamentos estavam preenchidos por ele, por suas expressões e risadas. Agradecia todos os dias por ter o privilégio de conhecê-lo e ter se tornado importante em sua vida.
Dói muito pensar que talvez nunca mais fosse vê-lo novamente.
[...]
S/N deu algumas batidas na porta antes de entrar no quarto do rapaz. Quando ouviu a autorização, ela girou a maçaneta e adentrou o quarto vendo-o deitado na cama e com uma das pernas enfaixada. Ele sorriu ao vê-la.
S/N— Como você está?
Baekbeom— Bem, graças a sua irmã. — referiu-se a Sun-Hee. — Se não fosse por ela ter me ajudado quando ainda estávamos na empresa, eu provavelmente perderia a minha perna.
S/N— Sun-Hee salvou muitas vidas na empresa. É uma médica incrível. — orgulhosa de sua unnie enquanto se sentava na cadeira ao lado da cama.
Baekbeom— Cunhada, desculpe se isso soar meio grosseiro mas você está destruída.
Ela tinha noção daquilo. Chen e Hana já tinham lhe avisado, e também quando estava andando pelos corredores várias enfermeiras a pararam perguntando se estava bem.
S/N— Não dormi a noite toda e não me alimentei.
Baekbeom— Aigo! Quer acabar em uma cama de hospital também? — franziu as suas sobrancelhas. — Você tem que se alimentar e estar forte para quando Baekhyun acordar!
S/N— Vou dar uma passada na cantina depois. Quero visitar todos vocês primeiro.
Baekbeom— "Vocês"?
S/N— Você, Tao e Luhan. — explicou. — Acabei de vir do quarto do Tao, ele levou um tiro de raspão no ombro mas já se recuperou, e o Luhan passou por complicações devido o esforço em tentar andar, ele também vai ficar bem em breve.
Baekbeom— Tem notícias do Eunji? — ela negou com a cabeça tentando disfarçar o seu incômodo em ouvir o nome do irmão.
S/N— Espero que ele consiga recuperar a memória. — fala em um tom mais baixo.
A conversa entre eles é interrompida ao som do ruído da porta que foi aberta. Ambos olham em direção vendo a mulher encarando a cena seriamente.
— O que faz aqui? — indagou a senhora Byun para S/N.
S/N— Vim ver o Baekbeom...
— Peço para que saía. — fala autoritária. — O meu marido já está vindo para cá e só é permitido visitas de duas em duas pessoas.
Baekbeom— Mas omma, ela acabou de chegar...
S/N— Está tudo bem, Baekbeom. — ela forçou um sorriso e se levantou. — Eu venho aqui uma outra hora.
A jovem se encaminhou em direção a saída, porém foi parada pela senhora Byun que segurou firme em seu pulso.
— Só irei permitir as suas visitas porque os meus filhos gostam de você. — ela fala friamente.
S/N— Está me vendo como culpada por tudo o que está acontecendo? — franziu o cenho se livrando da mão da mulher.
— Nao lhe vejo como culpada, só não me esqueci do que aconteceu na Tailândia.
S/N— Aquilo foi um mal entendido...
— Mal entendido? Você teve um caso o amigo do meu filho! Baekhyun foi humilhado na frente de muitos por sua causa! — gritou enquanto Baekbeom observava sem interferir.
S/N— Senhora Byun, nós não tivemos muito tempo para nos conhecermos... — continuou sem alterar a voz, ela não queria começar com uma discussão. — Está tirando conclusões precipitadas. Você não sabe nem da metade do que passei para ficar com o Baekhyun, mesmo com todas as dificuldades, em nenhum momento pensei em desistir dele, os meus sentimentos foram maior que o ódio alheio. E agora que a justiça foi feita, não vou deixar que mais alguém me atrapalhe de ser feliz. Assim que ele acordar e se recuperar, nós vamos ficar juntos, a senhora apoiando ou não, e tenho certeza de que Baekhyun vai pensar da mesma forma.
Ela não esperou para ouvir a resposta da mulher e saiu do quarto andando em passos rápidos pelo corredor. Acabou se encontrando com o senhor Byun mas nem um e nem outro fizeram questão de dizer algo.
Ela andava distraída, lembrando-se de tudo o que aconteceu no passado. Cada pedacinho de memória dos tempos que passou com Baekhyun. Ela nunca os esqueceria, levaria aquilo consigo até o seu último suspiro.
Por sua distração, ela esbarrou no peito musculoso de um homem. Ergueu a cabeça e viu o indivíduo com um olhar preocupado, só então ela percebeu que sua visão estava embaçada pelas lágrimas que ameaçavam cair.
Sehun— Está se sentindo mal, anjinha?
S/N— N-não... Está tudo bem. — olhou para baixo para que ele não percebesse que ela estava quase voltando a chorar.
Sook— Tem certeza? — ela indagou ao lado do namorado.
S/N— Sim. Eu só quero ir ver o Luhan. — dito isso, ela voltou a andar apressada até o quarto onde o chinês repousava.
Assim que se aproximou do quarto, viu o fiel mordomo, Watari, logo ao lado da porta. O mesmo disse que Xiumin e Suho estavam com Luhan naquele momento e que ela teria de esperar por alguns minutos.
S/N respirou profundamente sentindo-se meio tonta, teve que se encostar em uma parede para não desmaiar.
Watari— A senhorita está bem? — ela já tinha perdido as contas de quantas vezes aquela pergunta lhe foi feita.
S/N— Sim, estou bem. — e mais uma vez, ela mentiu. Sentindo suas pernas fracas, ela sentou no chão do corredor escorregando as costas na parede.
Minutos depois ela viu a porta do quarto sendo aberta, logo os dois coreanos saíram de lá e ficaram surpresos em vê-la alí.
Suho— Desculpe se lhe fizemos esperar muito. — sorriu sem jeito.
S/N— Não tem problema. — se levantou ainda cabisbaixa.
Xiumin— Nós estamos indo pra cantina. Quer que eu pegue algo pra você?
Ela pensou em recusar, mas lembrou do que aconteceu há pouco. Se não comesse algo, poderia desmaiar a qualquer momento.
S/N— Eu quero sim, obrigada.
Os dois se afastaram e a jovem andou em passos lentos para dentro do quarto. O loiro deitado na cama escutou o ruído da porta e sorriu quando viu de quem se tratava.
Luhan— Bolinho... — a chamou de modo carinhoso e ela se aproximou da cama.
S/N— Vim agradecer por ter feito aquilo por mim. — seu semblante era triste e o loiro notou isso.
Luhan— Eu não ia deixar aquele verme te machucar... Mas você está machucada. Posso ver isso. — S/N não conseguiu segurar por mais tempo e permitiu que as lágrimas rolarem por seu rosto.
Ela se curvou e abraçou Luhan. Chorou em seu ombro tudo o que estava engasgado em sua garganta. Ele por sua vez não disse nada, sabia que não havia palavras que pudessem lhe consolar.
S/N— Eu não consigo aceitar que tudo isso acabe agora! Baekhyun e eu fomos separados tantas vezes, corremos riscos… e agora que Yumi se foi, que Lee está preso e que não há mais ninguém no nosso caminho... e-ele vai...
Ela não conseguiu continuar e afundou ainda mais o seu rosto na curva do pescoço do chinês. Não queria admitir para si mesma mas as suas esperanças aos poucos lhe abandonavam.
[...]
Abrindo os olhos preguiçosamente, S/N olhava em volta tentando se lembrar dos últimos acontecimentos antes de pegar no sono. Estava no quarto do Luhan, deitada na poltrona que ficava no canto e seu corpo era aquecido por alguns cobertores.
Luhan— Já acordou? — ela olhou para o loiro que continuava deitado na cama. — Pensei que fosse dormir mais, você parecia tão cansada. — vendo o rosto confuso da garota, ele voltou a falar. — Depois que você pegou no sono, pedi ao Kai para te carregar até a poltrona e Kyungsoo trouxe as cobertas.
S/N— Que horas são? — pergunta em meio a um bocejo.
Luhan— Eu não sei ao certo, mas já é noite.
Ao ouvir aquilo, o coração dela acelerou e em meio a suas batidas descompassadas, chamava apenas por um nome.
S/N— Baekhyun...
Ela afastou as cobertas, se levantou e correu para fora do quarto, ignorando os seus ossos fracos e a tremenda dor de cabeça. Ela tinha dormido a tarde inteira, deduziu que a cirurgia de Baekhyun já tinha terminado e não seria aquelas dores que iriam pará-la.
Chegando ofegante na sala de espera, viu o doutor falando com os pais do Baekhyun e logo ao lado estava Sun-Hee. A loira olhou para a irmã menor, rapidamente andou até ela.
S/N— Sun-Hee... — ela estava chorando com medo da notícia que iria receber. — O que aconteceu? Cadê o Baekhyun?
Sun-Hee não respondeu, ao invés disso ela abraçou a jovem com força.
[...]
Dias depois.
Nada além da escuridão estava em seu campo de visão. O silêncio aos poucos era substituído por vozes conhecidas mas não sabia distinguir se aquilo era real ou coisas da sua imaginação.
Teve certeza de que era real assim que sentiu uma mão quente tocando na sua. Com muito esforço, conseguiu abrir os seus olhos, lentamente, incomodado com a forte luz que iluminava o quarto branco.
Quando pôde enxergar melhor, olhou ao redor e viu de um lado algumas máquinas e uma cômoda com flores e cartões que diziam "Se recupere rápido!" ou "Fique bem logo!". No outro lado, viu a mulher com olhos vermelhos entregando que estava chorando há pouco. Ela lhe encarava com um enorme sorriso.
— Meu filho... Você acordou! — disse a senhora Byun com um sorriso ainda maior.
— Graças aos céus! — diz o senhor Byun com as mais unidas, em seguida correndo para a porta. — Eu vou chamar o médico!
Muitas coisas se passaram pela cabeça de Baekhyun, mas os seus pensamentos sempre voltavam para a aparência fofa da garota, aquela que o deixou cativado desde a primeira vez em que se viram.
Baekhyun— S/N... — a chama em um fio de voz, mas ela não estava alí.
Baekbeom— Não faça muito esforço. — o mais novo olhou para o seu hyung sentado na poltrona e segurando muletas. — Espere o médico chegar para te examinar.
— Fique calmo, okay? — a senhora Byun sorriu para o filho e depois olhou para a porta. — Cadê esse doutor que não chega?!
Baekhyun achou irônico ela pedir calma quando a mesma não está nem um pouco.
Em poucos segundos a porta foi aberta e o homem de jaleco branco entrou.
— Graças a Deus você chegou! Olha só, Baekhyun acordou! — a senhora Byun diz para o médico com lágrimas nos olhos.
O médico explicou que ao Baekhyun que ele passou por uma cirurgia complicada e que ficou inconsciente por alguns dias. O homem em seguida começou a fazer alguns exames enquanto Baekhyun não dizia nada, tentava processar toda aquela informação.
— E então, doutor? — questiona o senhor Byun quando o médico acabou os exames.
— Não há complicações. O seu filho vai ficar bem. — a família toda sorriu. — Vou dar alguns medicamentos para que ele descanse mais um pouco.
Baekhyun— Não... — todos olham para ele confusos com a sua negação. — Por favor, eu quero ver a S/N primeiro.
Sun-Hee— Não se preocupe, cunhado. — escorada na porta, chamando a atenção de todos. — Chanyeol a levou para casa, mas irei ligar e avisar que você acordou.
Sun-Hee explicou tudo o que aconteceu enquanto ele estava inconsciente. Baekhyun suspirou aliviado quando soube que os seus amigos não estavam com ferimentos graves e que Lee e Yumi nunca mais vão se interferir no seu caminho.
A família de Baekhyun se despediu dele e em seguida saíram do quarto. Ele queria descansar, queria muito mas não iria sem ver a sua garota primeiro.
Esperou por um tempo enquanto olhava para o céu estrelado e às vezes observava as finas gotas da chuva fraca ir de encontro com a janela.
Baekhyun virou a cabeça com um pouco de dificuldade quando escutou o balançar da maçaneta da porta. O seu coração palpitou e seu sorriso largo demonstrou o quanto estava feliz em ver S/N entrar.
Ela estava entorpecida olhando aquela cena com os olhos que em pouco tempo se encheram de lágrimas brilhantes. Por impulso ela correu com urgência e abraçou Baekhyun que se envolveu no seu abraço, mantendo-a em seus braços e segurando-a fortemente.
S/N— Eu pensei que ia te perder... — diz chorosa.
Baekhyun— Ei… não chora. — se afastou o suficiente para olhar o rosto da menina. — Agora eu estou aqui e vou permanecer pelo resto da minha vida.
Baekhyun enxugou com os dedos cada lágrima que caía sob a face de S/N enquanto prometia para si mesmo que iria proteger os seus olhos sorridentes independente de tudo.
S/N— Eu fiquei com tanto medo. — afagou os cabelos dele com carinho.
Baekhyun— Não precisa ter medo, esse corpo perfeito aqui é todo seu. — ela esticou o lábio em um sorriso. Só ele mesmo pra falar uma coisa dessas. — Quer dizer, um corpo quase perfeito. Fiquei com uma cicatriz, perto do meu coração.
Ele abriu um pouco a roupa do hospital que usava expondo o seu peitoral. S/N olhou para a pequena cicatriz com um olhar triste.
S/N— Sinto muito por isso.
Baekhyun— Não sinta. Eu continuo sendo muito bonito.
Pela primeira vez depois de muito tempo, ela riu com sinceridade.
S/N— Aigo! Nem mesmo nesse estado você deixa de ser convencido? —ela fez um pequeno bico sem perceber.
Baekhyun— Yah... se eu conseguisse me mexer, já teria tirado esse seu bico... Aliás, cadê o meu beijo? Eu tô merecendo. — desta vez foi ele quem fez um bico.
Sem hesitar, ela se aproximou e uniu os seus lábios em uma beijo inocente e quente, logo permitindo que ele penetrasse sua boca com calma. Eles ficaram alí, trocando carícias sem pressa enquanto a chuva lá fora continua a cair.
S/N— Senti tanta falta disso. — afastou os lábios sentindo seu rosto quente.
Baekhyun— E eu senti falta disso. — se referiu as bochechas rosadas dela ao mesmo tempo em que sentia as pálpebras pesadas. Ele piscou várias vezes, queria ficar acordado por mais um tempo.
S/N— Você precisa descansar.
Baekhyun— Fiquei meses longe de você. Quero aproveitar agora que está comigo.
S/N— Vai ter muito tempo pra isso. — ela sorriu e entrelaçou sua mão na dele.
Baekhyun— Promete que vai estar aqui quando eu acordar? — apertou a mão dela, como se estivesse com medo de perdê-la.
S/N— Sim. Eu prometo.
E então ele fechou os olhos e permitiu se deixar levar pelo sono. S/N o observou repousar feito um anjo na cama.
[...]
Naquela manhã ensolarada, S/N entrava em uma clínica acompanhada de suas irmãs e de seu pai. Eles ficaram minutos esperando na recepção, até que uma mulher vestindo um jaleco branco chamou pela a família Park. Os quatro seguiram a mulher que os encaminhou para um corredor enquanto resumia todo o progresso dos últimos dias.
Sun-Hee— Quanto tempo acha que vai levar pra ele se recuperar?
— Com sorte, em questão de algumas semanas. — respondeu a mulher parando ao lado de uma porta. — Vocês tem 15 minutos. Estarei aqui fora se precisarem.
Kwan foi quem abriu a porta e entrou no quarto, suas filhas lhe seguiram com cautela logo sendo capazes de ver o homem olhando em silêncio o dia maravilhoso pela a janela do quarto.
Kwan— Eunji...
O mesmo se virou, a sua fisionomia era alegre. Se sentia meio solitário naquele lugar e amava quando sua família fazia visitas.
Eunji rapidamente lhes deu um abraço demorado, um por um, demonstrando a falta que sentia quando não estavam presentes.
S/N— A doutora nos disse que você está se recuperando. — ainda abraçada ao tronco superior do irmão.
Eunji— Aos poucos minhas memórias retornam. Em breve vou voltar ao normal.
Sook— Isso é muito bom! Daqui alguns meses vai ter o casamento da Hana e ela quer que você esteja lá.
Kwan— Hana vai se casar... Aish, estou ficando velho! — os outros riram.
Depois do atentado na empresa, os pais da Hana ficaram muito preocupados com ela e foram atrás da mesma. Os três tiveram uma longa e difícil conversa porque a senhora e o senhor Yang ainda estavam indignados com a falta de responsabilidade da filha que acabou engravidando muito nova, mas eles não iriam afastar a filha e muito menos recusar o neto. E pra não ficarem mal falados, exigiram um casamento entre Hana e Chanyeol. Claro que foi um choque para o casal que planejava se casar depois que a criança nascesse, mas os pais de Hana foram rígidos e desejaram que a cerimônia ocorresse o mais rápido possível.
Apesar de tudo, o casal não discordou, e Chanyeol garantiu que seria um ótimo marido e pai, que daria de todo o bom para Hana e o seu futuro filho e que a ajudarei a realizar o seu sonho de ser uma jornalista.
Depois de aproveitarem aquele curto tempo de visita, os quatro se despediram de Eunji e seguiram para fora da clínica. Kwan entrou no seu carro e dirigiu rumo ao trabalho enquanto as irmãs Park entraram no carro de Sook, a loira dirigiu em direção ao hospital.
Sun-Hee— Preste atenção no trânsito! — reclamou no banco do passageiro.
Sook— O sinal ainda está fechado e eu só estou retocando o meu batom! — retrucou guardando a maquiagem.
Sun-Hee— Apenas tome cuidado. Estou cansada de tantos acidentes.
Sook— Vira essa boca pra lá! — ela fez o sinal da cruz e voltou a dirigir com um sorriso. — Sinto que a partir de hoje as nossas vidas serão rodeadas de alegria!
S/N— É sério que você não vai na festa de recuperação do Baekhyun?! — diz alterada para o indivíduo no outro lado da linha. Sook e Sun-Hee riram olhando para a mais nova no banco de trás do carro.
Luhan— Quem te disse isso? — indagou.
S/N— O Lay! Ele me disse que você vai voltar pra China hoje!
Luhan— Aish, aquele fofoqueiro! — bufou em frustração. — É verdade que vou voltar mas o meu vôo é tarde da noite. Eu não iria perder a festa no dormitório.
S/N— Que bom! Eu já estava pensando que você ia embora sem se despedir.
Luhan— Eu nunca faria isso. — garantiu a fazendo sorrir. — Tenho que desligar. Estou um pouco ocupado.
S/N— Até mais tarde, Lu. — encerrou a ligação.
[...]
O hospital estava cercado de paparazzis que aguardavam novidades sobre a situação de Baekhyun. As irmãs precisaram da ajuda de seguranças para entrarem. Sook e Sun-Hee decidiram ficar na recepção enquanto S/N ia para o quarto de Baekhyun.
Um pouco distante do seu destino, ela viu a mulher de idade e bem vestida saindo do quarto e cruzando o seu caminho com o dela. As duas se olharam por um tempo sem saber o que dizer, até S/N decidir ignorar e continuar andando, mas a senhora ficou na sua frente a impedindo.
S/N— Por favor, eu não quero discutir.
— Muito menos eu. Só vim ver meu filho antes que o levem ao dormitório... também queria falar com você. — diz a senhora Byun.
S/N— Sobre o quê? — cruza os braços.
— Quero te pedir desculpas e pedir para recomeçarmos. — aquilo pegou a jovem de surpresa.
S/N— Como assim?
— Vamos esquecer todo aquele ocorrido na Tailândia. Eu pensei muito nesses últimos dias e percebi que você tem razão, nós não tivemos muito tempo para conversar, mas no pouco tempo que estive ao seu lado percebi que é a mulher certa para o meu filho. — S/N estava emocionada com as suas palavras. — Só não vou me dar bem com o Luhan. Tenho um pé atrás com ele desde que fazia parte do EXO!
S/N— Ele é uma boa pessoa, só não gosta de demonstrar isso. — sorriu feliz por estar tendo uma conversa civilizada com sua sogra.
— Enfim... Apesar da diferença de idade, você é determinada, sabe cozinhar e eu soube que já trabalhou como babá, tenho certeza de que será uma boa esposa e mãe no futuro.
S/N— Muito obrigada por me aceitar. — fez uma reverência em respeito a mais velha.
Elas se despediram e, assim que a mãe de Baekhyun dobrou o corredor, S/N começou a dar alguns pulinhos de alegria. As palavras de Sook eram verdadeiras, daqui pra frente só coisas boas acontecerão.
S/N entrou no quarto e viu o seu amado sentado na beirada da cama, pronto para sair daquele hospital, apenas esperava o médico que lhe passaria alguns cuidados.
Baekhyun— Finalmente vou receber alta! — agarrou a cintura da garota a fazendo ficar entre suas pernas. — Já estava cansado de comer a comida do hospital.
S/N— Por isso que preparei sua comida preferida. — entrelaçou os braços no pescoço dele.
Baekhyun— Estou sendo muito mimado por você nesses últimos dias.
S/N— Eu só estou tentando te agradar. Não posso? — arqueou uma sobrancelha.
Baekhyun— Claro que pode... — passou a língua entre os lábios ressecados. — Eu só estava pensando que você podia me agradar de um outro jeito.
S/N— Baekhyun! — ficou sem jeito ao entender as segundas intenções do rapaz.
Baekhyun— Me referi a abraços e beijos. — ele diz inocentemente, depois sorriu em um ar pervertido. — O que você pensou?
S/N— E-em nada... — virou o rosto.
Baekhyun— Você não me engana! — ele tocou no queixo dela a fazendo encará-lo. — Mas sabe, até que essa é uma ótima oferta... — mordeu o próprio lábio inferior.
De repente a porta do quarto é aberta e o médico adentrou cumprimentando o casal. S/N se afastou de Baekhyun envergonhada e foi para o canto, ficou apenas escutando os avisos do doutor com atenção. No momento em que o homem se distraiu para escrever algo em sua prancheta, Baekhyun olhou para S/N e lançou uma piscadela e ela devolveu o gesto.
[...]
Chegando no dormitório do EXO, todos os meninos receberam Baekhyun com muita alegria e agitação, sentiam falta do integrante que mais animava o alto astral do grupo.
Os garotos ficaram conversando na sala de estar enquanto as garotas foram para a cozinha terminar de fazer o almoço especial que continha todas as comidas que Baekhyun mais gostava, até porque ele era o centro das atenções naquela comemoração.
Taeyeon— We got that power, power! — cantava enquanto cortava alguns legumes na bancada.
S/N lavava as mãos na pia, em seguida se virou olhando curiosa para Taeyeon.
S/N— Que música é essa?
Hana, que comia uma maçã, quase se engasgou quando escutou a pergunta feita pela a melhor amiga.
Hana— Por favor, me diga que você está tirando uma com a minha cara! — S/N tombou a cabeça para o lado ainda mais confusa. — É sério que você não conhece essa música?!
Sook— Que ótimo exemplo de exo-l você é! — foi sarcástica enquanto mexia no celular.
S/N— Essa música é do EXO? — estava boquiaberta.
Sun-Hee— Sim, já faz um tempo que foi lançada. — cortava legumes com Taeyeon.
Hana— Amiga... — ela tocou no ombro de S/N e olhou nos seus olhos. — O que você estava fazendo da sua vida se não ouvindo um hino desses?
S/N— Eu estava presa em um prédio abandonado sem aparelhos eletrônicos!
Sook— Pegue. — entregou o seu celular para a mais nova. — Aproveite o comeback sem moderação.
Enquanto isso na sala de estar, todos os membros estão no sofá, conversando e rindo de algo idiota que alguns diziam, porém as risadas foram cessadas quando Suho contou uma novidade chocante.
Baekhyun— O Lee morreu?
Suho— Beth me contou ontem a noite. — assentiu em um suspiro.
Sehun— Desculpe se isso parecer meio cruel, mas não estou triste com a morte dele.
Chen— Nem eu. Ele nos ajudou com ps nossos sonhos e sempre serei grato... Mas ele também foi o responsável por maior parte dos nossos sofrimentos.
Min— E como ele morreu?
Antes que Suho respondesse, ouviram os passos das garotas que saíam da cozinha.
Sook— Sério que vocês estão falando de morte agora? Não tem assunto melhor não? — fez o sinal da cruz.
Taeyeon— Vamos falar de coisas felizes, por favor! — pediu sentando ao lado do seu namorado e o abraçando.
Lay— Nós só estávamos comentando sobre a morte do Lee.
As garotas ficaram pasmas com aquela notícia, igual como os garotos haviam ficado minutos atrás.
Hana— Isso é uma notícia maravilhosa! — sorriu abertamente.
Chanyeol— Hana, tenha respeito! Ele não era uma boa pessoa mas temos que respeitar seu falecimento.
Hana— Se fosse o contrário, aposto que Lee estaria abrindo um champanhe! — todos ficaram quietos sabendo que ela tinha razão.
Xiumin— Mas então, como ele morreu?
Suho— Beth disse que ele se meteu em uma briga com alguns prisioneiros e acabou sendo espancado até a morte.
Hana e S/N se entreolharam assustadas lembrando o que escreveram no Death Note do Kyungsoo.
Nome: Lee Soo-man. Causa da morte: Será espancado até a morte.
S/N— D.O, onde está o seu Death Note? — Baekhyun a olha confuso por seu interesse repentino.
Kyungsoo— Ele está guardando em um lugar muito seguro, para que certas pessoas não o peguem de novo! — fuzilou Jongin que riu com a indireta bem direta.
Kai— O que vai fazer? Vai escrever meu nome naquele caderno que não funciona? — provocou.
Hana— Kai, não provoca!
A música campainha foi ouvida por todo o dormitório, Sun-Hee foi a que se ofereceu para abrir a porta e assim fez.
Kris— Será que Cristine vai assumir a empresa? — perguntou pensativo.
Tao— Ela nunca iria querer assumir esse cargo. Talvez Beth seja a nova presidente.
Kris— Beth? — franziu o cenho. — Acha que ela vai aceitar depois de tudo o que Lee fez?
Suho— Bem, sabemos que Mark e Dylan vão herdar a empresa algum dia. Talvez Cristine contrate alguém de confiança para cuidar de tudo até que os gêmeos façam 18 anos.
Luhan— Olá, pebleus! — entrou usando um blazer elegante, ele ainda estava na cadeira de rodas.
Tao— Que maravilha! O Lúcifer chegou! — diz irônico. — Alguém chame o padre!
Min— Já estou aqui! — eles riram com a referência.
Kai— E peguem uma flauta!
Luhan não desfez o seu sorriso superior mesmo com todas as risadas.
Luhan— Podem rir. Irão pagar caro mais tarde!
Kai— Suas ameaças não nos assustam!
Luhan— Pois deviam ter medo já que estão falando com o mais novo presidente da S.M entertainemnt. — ajeitou o blazer.
— Como é que é?!! — todos eles gritam estupefatos.
Suho tinha razão, Cristine iria passaram a empresa para alguém de confiança até que os filhos fossem adultos, e este alguém é Luhan. Ela lembrou da vez em que o chinês disse que via a S.M como uma máquina realizadora de sonhos, mas depois de debutar percebeu que era só uma ilusão, então ela decidiu dar este cargo a ele para que torne a empresa a imagem de todos os jovens sonhadores.
Luhan pensou muito sobre o assunto, era uma decisão que mudaria a sua vida por completo, e no fim ele decidiu aceitar. Iria se mudar para Seul e administrar a S.M.
Já na sala de jantar, a enorme mesa era posta com várias comidas de origem coreana preparadas pelas garotas. Todos começam a se servir e a conversar, o assunto parecia não ter fim mesmo que a maioria deles fosse sem muito sentido.
E o resto da tarde foi assim, baseado em conversas, risos e gargalhadas.
Ao chegar da noite, Min e Taeyeon foram os primeiros a ir embora. Sun-Hee também queria ir, era desconfortável estar no mesmo cômodo que Jongdae, mas para a sua infelicidade ela estava de carona com Sook que não largava o namorado.
Baekhyun— Vai dormir na casa do Kwan? — se encontrava deitado em sua cama abraçando o corpo de S/N por trás.
S/N— Não, vou ficar no apartamento do Chanyeol e fazer companhia pra Hana.
Baekhyun— É uma pena que eu tenha vendido a nossa casa. Por mim estaríamos nela agora, no nosso quarto, na nossa cama… — a envolveu ainda mais em seus braços.
S/N— Uma coisa de cada vez. — se vira o olhando.
Baekhyun— Paciência é o que mais me falta.
S/N— Baek, sabe que primeiro você tem que se recuperar totalmente, depois vamos conversar com o seu maneger sobre assumir o nosso relacionamento e só então vamos ir atrás de comprar uma casa.
Baekhyun— Mas eu esperei isso por tanto tempo! Não há mais contrato no mundo que me faça ficar longe de você. — acariciou sua bochecha. — Me sinto pronto pra começar uma nova vida com você.
S/N— Eu sinto o mesmo, mas nós ainda temos de resolver alguns pequenos detalhes. Não podemos simplesmente arrumar nossas coisas e nos mudarmos amanhã mesmo para a primeira casa que nos agrade.
Baekhyun— Claro que podemos! — ela inflou as bochechas e ele suspira. — Tudo bem. Você é quem manda.
A sorriu e juntou seus lábios em um selinho demorado. Ao se separarem, olharam nos olhos um do outro de maneira intensa. Baekhyun entrelaçou os seus dedos aos dela querendo mantê-la perto, protegê-la e agradá-la por todos os tempos.
Ele logo se inclinou capturando a sua boca, desta vez foi mais do que um simples selar. Baekhyun fazia movimentos lentos com a cabeça tendo total controle do beijo que de início era calmo, sorrateiramente a inocente troca de carinho de transformou em algo intenso e necessário.
Baekhyun ficou em cima de seu corpo, fugiu de sua boca e desceu os lábios pela pele arrepiada do seu pescoço ao mesmo tempo em que enfiava as mãos por de baixo de sua camisa. Distribuía selares e mordidas que faziam a jovem delirar e se contorcer em seus braços.
Chanyeol— Misericórdia! Estou cego!
S/N— Chanyeol! — de imediato os dois se afastaram meio atrapalhados e se sentaram na cama enquanto o Yoda tampava a visão com a própria mão.
Chanyeol— É sério? Estavam prestes a fazer isso no quarto em que eu durmo? Já não bastou no quarto de hóspedes na casa dos meus pais?
Os olhos de Baekhyun faiscavam, já S/N se encolhia com o rosto igual um pimentão.
Baekhyun— E você? Não sabe bater na porta não?
Chanyeol— Esse quarto não é só seu, Bacon! — abaixou a mão agora olhando o amigo. — Nós o dividimos e eu não tenho o costume de pedir permissão para entrar no meu próprio quarto!
Baekhyun— Mas você sabia que eu e a S/N estávamos aqui! Não pensou que talvez queressemos um pouco de privacidade?
Chanyeol— Não porque você achou de sair do hospital. Não consegue se aquietar nem por um dia?
S/N pegou um dos travesseiros e cobriu todo o rosto desejando sumir dali e esquece o motivo da discussão.
Baekhyun— Sai daqui, Dumbo! — levantou-se prestes a empurrá-lo para fora do quarto.
Chanyeol— Calma. Eu vim aqui avisar a S/N que as garotas já estão indo embora.
Vendo aquilo como uma oportunidade de ouro, S/N jogou o travesseiro para olhado e se levantou.
S/N— Até amanhã, meninos! — correu para fora do cômodo com a cabeça abaixada.
Baekhyun— Espera… — tentou chamá-la mas ela já tinha ido embora. Depois ele lançou o seu pior olhar para Chanyeol, aquilo foi o bastante para o mesmo sair correndo dali e tentar apagar aquela cena de sua mente.
[...]
Luhan adentrou o prédio de alta classe, passava pela recepção indo em direção aos elevadores, até que viu um indivíduo conhecido conversando com um homem no balcão. O loiro encaminhou sua cadeira de rodas naquela direção para ver direito, não acreditava que aquela era realmente ela.
Luhan— O que faz aqui, gótica?
Ela se virou para ele, não demonstrou em suas feições mas estava nervosa.
Scarlett— Isso não é da sua conta!
Luhan— Por acaso veio me ver?
Scarlett riu sem humor negando aquela suspeita, Luhan a observou com atenção sem entender os seus motivos.
Scarlett— Até parece! Dou graças por não ter que ver esse seu rostinho todos os dias!
Luhan— Não entendo suas razões mas sei que estou envolvido. Sou o único que você conhece que está hospedado aqui.
Ela suspirou profundamente se rendendo.
Scarlett— Queria saber como os outros estão?
Luhan— Felizes. Por que? Se estiver planejando causar mais alguma…
Scarlett— Não é nada disso do que está pensando. Não queria estragar a alegria de ninguém… não hoje! — ele sorriu de canto. — Na verdade não vou mais atrapalhar vocês. Vou voltar pra Inglaterra.
Luhan— Quando vai ser a viagem?
Scarlett— Em dois dias. Eu ia embora hoje mesmo mas ainda quero visitar a lápide do Dong-sun. — diz a última parte um pouco triste.
Nada mais foi dito depôs que o clima ficou meio tenso entre eles. Vendo que o assunto havia chegado ao fim, Scarlett caminhou passando ao lado de Luhan.
Luhan— Scarlett. — sua voz a fez parar e se virar o vendo mais sério do que antes visto. — Você vai ficar bem?
Scarlett— O que? — confusa. — Não finja que está preocupado. Não preciso disso!
Luhan— Só me responde. Você vai ficar bem?
Scarlett— Sim… eu vou. — ficou por um tempo hipnotizada no olhar frio do homem. — Adeus, loira falsificada.
Luhan riu fraco com o apelido enquanto a via partir, passando pelas portas e depois sumindo de sua visão
Luhan— Adeus, Scarlett.
Meses depois.
No dormitório do EXO, a maioria dos meninos estavam na sala de estar vestidos com blazers sociais para a ocasião.
Kyungsoo ajeitava sua gravata borboleta em frente ao espelho da sala, e quando terminou se virou dando de encontro com Kai que o observava atentamente dos pés à cabeça.
Kyungsoo— Perdeu alguma coisa?
Kai— Não. Só estava te olhando. — deu de ombros e D.O olhou para o próprio corpo com receio.
Kyungsoo— Por que? Esse blazer não está bom?
Kai— Você está parecendo um pinguim. — o outro revirou os olhos. — E eu?
Kyungsoo— Parece a versão estragada do James Bond. — retrucou deixando Kai boquiaberto.
Sehun— Hyungs! Atenção aqui! — todos olharam para Sehun que estava próximo ao corredor dos quartos. Ao seu lado está Baekhyun.
Baekhyun— Recebam o noivo da noite, Park Chanyeol!
Em passos lentos, Chanyeol surgiu na sala de estar usando um paletó elegante e sapatos sociais. Os garotos começaram a aplaudir o que deixou o mais alto sem graça.
Kai— Parece um poste bem vestido! — ele logo recebe um tapa na nuca pelo o líder do grupo.
Suho— Não ligue pra ele, você está ótimo! — elogiou Chanyeol que sorriu nervoso.
Baekhyun— Está vendo? Eu disse que não tem motivos pra você ficar nervoso.
Chanyeol— Eu não estou nervoso! — estalava os próprios dedos inquieto. — Tirando o fato de que estou enjoado e que sinto que vou desmaiar a qualquer momento...
Baekhyun— Desmaio e enjôo? Achei que a grávida fosse a Hana. — ele riu da própria ironia ganhando um olhar de tédio do Chanyeol.
Chanyeol— Engraçadinho.
Sehun— Mas Baekhyun está certo, você não precisa se preocupar. Sook cuidou de tudo. O seu casamento vai ser perfeito. — garantiu confiando nas habilidades da namorada.
Kris— Tome isso! — entregou uma pequena garrafa para o noivo.
Chanyeol— O que é isso?
Kris— Confie em mim. Isso vai te fazer relaxar.
Sem mais nem menos, Chanyeol tomou um gole e fez uma leve careta quando sentiu o líquido arder em sua garganta.
Chanyeol— Isso é álcool!
Suho— Kris! Quer deixar ele bêbado no dia do casamento? — deu um tapa na nuca do chinês. — Eu esperava isso vindo do Luhan ou do Kai, mas não de você!
Kris— Bêbado não, relaxado! — o corrigiu.
Suho— Ai, meu senhor… — bufou. — Vamos logo embora, o noivo não pode chegar atrasado!
[...]
No prédio chique em que seria realizada o casamento no estilo coreano, os convidados já estavam na recepção esperando o horário de irem para a sala da cerimônia. Os pais do Chanyeol e de Hana estavam em um canto usando as roupas tradicionais e cumprimentando todos os amigos e família com um grande sorriso.
No meio de toda aquela gente, Tao e Luhan conversavam enquanto andavam. O loiro já estava se recuperando, agora andava com a ajuda de uma bengala.
Tao— Como está o processo de adoção?
Luhan— Está se encaminhando bem. — diz sem ânimo, mas no fundo ele estava muito feliz por ter tomado essa atitude.
Tao— Normalmente os processos duram muitos meses, ou até anos! Como você conseguiu tão rápido?
O loiro sorriu parando de andar e ficando em frente a Tao.
Luhan— Diga o meu nome.
Tao— Lu Han.
Luhan— Exato! Eu sou o poderoso Luhan! Consigo facilitar as coisas usando a minha inteligência. Agora em algumas semanas terei a Rin como… — ele fez uma cara pensativa tentando encontrar a palavra certa.
Tao— Filha?
Luhan— Eu diria “a continuação do meu legado”. — Tao balançou a cabeça em negação. — Eu não consigo me imaginar a chamando de “filha”, ou imaginá-la me chamando de “pai”
Tao— Você vai acabar se acostumando.
Luhan apenas deu de ombros totalmente distraído quando avisou o homem vindo na direção de ambos.
Luhan— Eunji! — surpreso, aquela era a primeira vez que se viram depois dele ter recuperado por completo sua memória.
Eunji— Oi, Luhan. — deu um pequeno sorriso.
Luhan— Você me parece bem. — o olhou dos pés até a cabeça. — É estranho porque na última vez que nos vimos você queria me matar.
Eunji— Ainda quero! — foi irônico aumentando o sorriso.
Tao— E quem não quer matar o Luhan? — o loiro o olhou com indignação. — Me refiro a matar no bom sentido.
Luhan— E tem bom sentido nisso? — os outros dois começaram a rir.
Enquanto isso, Baekhyun e Chanyeol estavam andando pela recepção, as vezes paravam pra cumprimentar alguns conhecidos.
Baekhyun— Fica calmo, Chanyeol! — sorriu tentando tranquilizar o amigo que não parava de tremer.
Chanyeol— Você também ficaria assim se estivesse no meu lugar!
Baekhyun— Isso é verdade. Fico nervoso só de me imaginar no lugar do noivo, mas… acima de tudo, eu estaria pulando de alegria! Só de pensar que a mulher que eu amo vai estar se arrumando pra mim, e que depois das promessas e juras, vamos viver uma vida juntos e criar uma família… — seus pensamentos lhe levaram a S/N e acabou sorrindo meio bobo.
Chanyeol sorriu com suas palavras se sentindo mais aliviado.
Chanyeol— Tem razão. Obrigado por estar me ajudando a não pirar com tudo isso.
Baekhyun— Estou fazendo o meu papel de padrinho da noiva. — Hana tinha como os seus padrinhos de casamento Baekhyun e S/N, enquanto Chanyeol tinha a sua noona Yoora como madrinha. Ele não revelou quem escolheu como padrinho, fez muito suspense durante as últimas semanas. — Aliás, Chanyeol, quem é o seu padrinho?
Chanyeol olhou em volta procurando o indivíduo, e quando o encontrou, gesticulou um sinal com a cabeça em sua direção.
Chanyeol— Ele está bem alí!
Baekhyun— Park Jimin… — ficou com os olhos semicerrados, e para o seu espanto e infelicidade, encontrou o seu maior rival conversando com Jimin. — O Bambam? Você convidou o meu rival tailandês?!
Chanyeol— Convidei apenas os meus amigos mais íntimos.
Baekhyun tirou um minuto para observar melhor os rostos presentes, era uma surpresa atrás da outra.
Baekhyun— Jackson… — o idol que vivia apertando as bochechas de S/N. — Wonho… — o idol que não parava de chamar S/N de “minha bebê”. — Vernon… — o idol que sempre conseguia toda a atenção de S/N. — O que é isso? Um complô contra mim?!
Chanyeol— Deixa de drama, Bacon! Eu só convidei os meus amigos para fazerem parte de um momento importante na minha vida.
Baekhyun— Não, você uniu todos os meus rivais e formou o “Esquadrão detona Baekhyun”! — o outro gargalhou com as coisas que Baekhyun dizia enquanto ele imaginava como seria quando S/N soubesse da presença de todos aqueles idols.
[...]
Já no salão da cerimônia, os convidados sentaram em seus respectivos lugares enquanto os padrinhos e o cerimonialista tomavam os seus postos no altar. S/N e Baekhyun estão juntos no lado direito, enquanto os padrinhos do noivo se encontram ao lado esquerdo.
S/N não parava de olhar para o lado esquerdo, sendo mais específica ela não parava de fitar Park Jimin.
Baekhyun— Não quer um binóculos pra olhar o Jimin de perto? — resmungou em um tom que ela não ouvisse.
S/N— Baekhyun, olha! Todos do BTS estão aqui! — animada como uma criança, ela abraçou o braço dele enquanto olhava para a primeira fileira de cadeiras.
Baekhyun fitou S/N por um tempo, ela estava muito feliz em estar perto dos seus ídolos e ele não estragaria aquilo com uma cena de ciúmes. Até porque, apesar de todos os k-idols que existem, era ele quem tinha o seu amor.
Ao aviso de que a cerimônia ia começar, todos se posicionaram e uma música lenta e romântica começou a tocar. Todos os convidados se levantaram e olharam para o início do tapete vermelho. Primeiro as mães dos noivos passaram pelo o mesmo enquanto eram fotografadas, depois foi a vez de Chanyeol que acenou alegremente para todos enquanto era aplaudido. Ele subiu no altar e uniu as mãos na frente do corpo, apenas esperando por Hana.
Acompanhada do pai, Hana surgiu no salão com o cabelo preso em um coque alto, usava um vestido de noiva brilhante e em suas mãos havia um buquê de rosas vermelhas. Ela andou em passos lentos em direção ao altar e o happy vírus não parou de sorrir desde que entrou no salão, nunca se sentiu tão feliz e em paz como naquele momento em que Hana caminhava em sua direção para ser sua mulher até o seu último suspiro.
[...]
As horas foram passando, já estava de noite e no salão os convidados estavam dançando, rindo e dando parabéns ao casal que acaba de se casar. A música que tocava era Love me Right, e é claro que Baekhyun fez questão de dançar com S/N, lembrou-se da primeira vez que a viu, ela estava indo para a escola enquanto dançava essa música em público sem um pingo de vergonha.
Enquanto isso no outro lado do salão, Xiumin e Chen estavam sentados nos bancos altos do bar, eles apenas conversavam, não estavam afim de beber, já Luhan era o contrário, perdeu as contas de quantos copos de bebida ingeriu.
Luhan— Vocês estão aí! — ficou no meio de Xiumin e Chen que estranharam a sua empolgação exagerada.
Xiumin— Você 'tá bêbado?
Luhan— Eu não! — embolou a língua e riu em seguida. — Chenderela, por que está com essa cara de quem comeu e não gostou?
Chen— Por nada. — responde cabisbaixo.
Xiumin— É a Sun-Hee, não é?
Luhan— Aish! Tinha que ser mulher! — rolou os olhos bebendo o resto da bebida do copo.
Xiumin— Percebi que vocês não estão se falando. — ignorando completamente Luhan. — Você principalmente! A trata como se nem existisse.
Chen— Assim como ela me tratou quando foi embora! — retrucou. — Ela já tomou uma decisão, me largou pra ter uma vida bem sucedida em Washington, tenho que aceitar e seguir em frente.
Luhan— Quanta frescura! — jogou o copo no chão frustrado, por sorte era um copo de plástico. — A Sun-Hee não vai voltar pra Washington, seu imbecil!
Chen olhou para Luhan estupefato.
Chen— O que disse?
Luhan— Que a loira vai ficar aqui em Seul! — gritou perto do seu ouvido. — Você é surdo por acaso?
Jongdae se levantou e se afastou em passos rápidos indo trás de Sun-Hee enquanto Minseok batia na próxima testa.
Xiumin— Era pra ser uma surpresa!
Luhan— Ele ia saber uma hora ou outra! — deu de ombros.
[...]
O tempo passou muito rápido. Era tarde da noite e a festa continuava, os convidados agora se encontravam bêbados e cheios de energia.
S/N andava pelo o salão a procura de Baekhyun ao mesmo tempo em que ficava preocupada com os seus amigos que estavam muito alterados. Olhando para todos os lados, ela via um conhecido fazendo alguma loucura, algo que não era de seu feitio. Por exemplo, ela viu alguns idols sentados em uma mesa jogando o jogo “verdade ou desafio” e em uma rodada, Kai foi desafiado a dar um selinho em D.O. Ambos, que não estavam em sã consciência, aceitaram o desafio e deram um selinho, em seguida o grito de alegria de Hana ecoou pelo lugar junto da frase “Kaisoo é real!”. Lay apenas filmava toda aquela cena entre muitas outras coisas.
S/N ainda procurava pelo o noivo com um pouco de dificuldade, era difícil de se mover entre todas aquelas pessoas que esbarravam em seu ombro sem piedade. Ela se sentia uma pequena aformiga em um formigueiro.
Depois de muitos minutos de procura, ela finalmente avistou Baekhyun sentado em uma mesa afastada junto de Kim Taehyung.
Ela andou em passos rápidos até eles que sorriram ao notar sua aproximação.
S/N— Baek-ah! Eu te procurei por toda a parte!
Baekhyun— Eu fiquei o tempo todo aqui conversando com o Taehyung. — apontou para o mesmo que acenou e sorriu quadrado. — Aliás, Tae, essa é a minha noiva.
Taehyung— É um prazer finalmente te conhecer. — se levantou fazendo uma reverência enquanto S/N sorria um pouco sem jeito.
S/N— Eu é que me sinto lisonjeada! Acompanho há um bom tempo o grupo, e falando nos outros membros, eu os vi agora a pouco com os garotos do EXO, todos estão meio alterados…
Taehyung— Sério? — olhou em direção a pista de dança. — Eles me parecem normais.
S/N— Normais? — arregalou os olhos. — J-hope e Xiumin estão dançando igual dois malucos na pista de dança. Jin e Suho estão tentando tirar Kai e Jimin de cima da mesa porque eles estão começando a tirar a roupa achando que são strippers. Sehun e Jungkook estão fazendo guerra de bolo de casamento e Chanyeol, Suga e Namjoon estão quebrando os microfones gritando bem alto “Mic Drop!”. Isso é normal pra vocês?
Baekhyun/Taehyung— Sim. — respondem em uníssono.
S/N se sentou na cadeira deixando de se preocupar. Se aquilo era a definição de “normal” pra eles, ela não queria saber qual era a de “loucura”.
Baekhyun— Amor, pense pelo o lado bom. — voltou ao assunto depois de Taehyung se afastar resolvendo festejar de um jeito “normal" com os outros.
S/N— Que lado bom? Que dois dos nossos amigos se casaram?
Baekhyun— E que eles estão tendo uma festa inesquecível! — ela riu. Inesquecível com certeza era uma boa palavra para definir aquela noite.
S/N— Também vi Chen e Sun-Hee se beijando enquanto te procurava. Acho que eles finalmente se reconciliaram. — sorriu desejando mentalmente que aquele casal nunca mais se separasse. — Também consegui realizar o meu sonho de tirar uma foto com a Irene.
Baekhyun— E cadê ela? Não a vi durante todo o casamento.
S/N— Está bem alí, usando as cortinas como se fosse um cipó. — apontou para a mulher que se balançava de um lado para o outro.
Baekhyun deitou sua cabeça no ombro de S/N que aproveitou para fazer um carinho em sua cabeça passando os dedos pelos fios de seu cabelo.
Baekhyun— Vamos festejar também?
S/N— Pode ir se quiser, não estou com vontade.
Baekhyun— Estou me referindo a outra coisa. — levantou a cabeça olhando para S/N com um sorriso pequeno e meio malicioso. — O que acha de uma festa particular, na nossa nova casa?
S/N— Que convidativo. — desviou os olhos com as bochechas coradas.
Baekhyun— Aceita fugir comigo, ou não?
Ela mordeu os lábios pensando na proposta, em seguida o olhou. Não disse uma única palavra, foi logo segurando em sua mão e o puxando para fora do salão.
[...]
Já no quarto, S/N estava de costas para Baekhyun que abria delicadamente o zíper do seu vestido, a peça deslizou por seu corpo lentamente até ir de encontro ao chão. Seu coração acelerou quando sentiu a aproximação de Baekhyun, em seguida as mãos grandes e fortes lhe puxarem pela cintura colando ambos os corpos. A respiração quente dele bateu contra a pele de seu pescoço, logo sentiu os lábios dele fazendo uma trilha de beijos delicados que se iniciou em seu ombro e terminou no pescoço onde ele parou por um tempo para sentir o doce cheiro da fragrância, aquilo causou arrepios na jovem.
Ela foi virada podendo encarar o rosto magnífico de Baekhyun bem de perto, ele a olhou em um misto de desejo e carinho, com aqueles olhos escuros que já diziam que ele a amava. Baekhyun uniu os seus lábios aos dela com luxúria, um beijo apaixonado e ao mesmo tempo intenso enquanto ajudavam um ao outro a se despir.
Agora, completamente expostos, Baekhyun deitou S/N sobre a cama de casal e se posicionou em cima dela. Ele começou a beijar o rosto dela com carinho e lentamente deslizou os lábios por seu corpo enquanto suas mãos deslizavam pelo mesmo sentindo a maciez de sua pele.
Esquecendo do mundo lá fora, nada mais importava, estavam satisfeitos apenas com a presença do outro.
E naquela noite estrelada, eles se uniram mais uma vez. Completamente ensadecidos, agarrando os lençóis, chamando o nome um do outro, desfrutando de seus desejos carnais.
O limite de ambos foi atingido e Baekhyun repousou ao lado de S/N. Ele a abraçou enquanto acariciava o seu cabelo e fitava os seus olhos de um jeito amoroso. Logo a viu corando e ele sorriu com aquilo.
Baekhyun— O que foi?
S/N— Você me deixa sem graça quando me olha desse jeito.
Baekhyun— Você não parecia sem graça alguns minutos atrás. — ela cobriu o rosto vermelho com a mão enquanto ele gargalhava alto.
Ambos ficaram rindo e conversando por mais um tempo, nos braços um do outro, enquanto aos poucos iam pegando no sono.
S/N— Baek-ah.. — o chamou. Baekhyun abriu os olhos olhando para ela que estava com os olhos fechados. — Saranghae.
Ele sorriu e depositou um beijo amoroso na testa da pequena.
Baekhyun— Saranghae.
Fim?
Não.
Esse é apenas o começo de uma nova aventura.
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