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História Be mine - First of all


Escrita por: On_Pixel

Capítulo 1 - First of all


Era manhã de sábado, o inverno rigoroso começava a se tornar mais perceptível, mal acabaram de sair de sua formatura, Rindou e Tsukasa saíam durante a alvorada, quase como fugitivos, o vento soprava cada vez mais forte, sem importar-se muito, ambos embarcaram no avião que os enviaria para Madrid, por ser amante da cultura e culinária espanhola, a garota de cabelos ruivos convenceu seu amigo a tornar esta cidade, a primeira marca de suas viagens que, agora, realizarão juntos.

Era quase como um sonho se tornando realidade para Kobayashi, sempre sonhou em viajar com o albino, mas este, por sua vez, sempre estava ocupado com as difíceis tarefas da Tōtsuki, sendo um aluno extremamente esforçado, seu trabalho era impecável, apesar de precisar constantemente da ajuda de amigos. Por outro lado, ela, nunca se importou muito com seu alto cargo, adorava faltar na academia. O único que ela almejava acompanhar era Tsukasa.

— Tsukasa~ Olhe, olhe os pares de andorinhas!

Ela apontava para a janela do avião, observando cada detalhe da paisagem.

— Você não está animado para conhecer o mundo?

O garoto apenas afirmou positivamente com um pequeno sorriso estampado no rosto.

Enquanto Rindou era escandalosa e fazia questão de ser barulhenta, Tsukasa era um homem quieto, melancólico, mas que sempre cuidava dela, pouco importa a situação.

Apesar da demasiada animação, Kobayashi estava cada vez mais sonolenta, acabou por adormecer no meio da viagem, a cabeça encostada na janela do avião, roncava cada vez mais alto. Os passageiros encaram Eishi, irritados. Um pouco nervoso e, com certo remorso, ele cutuca Rindou pelo braço, uma tentativa falha de fazê-la acordar.

— Rindou… Acorde, por favor. 

Com dificuldade ela abriu os olhos.

— Qual o problema? —Reclamou sonolenta, ainda.—

— Estavam nos encarando feio porque você estava roncando.

Ela respirou fundo, tentando controlar a raiva, entretanto foi em vão.

— Se vocês cuidassem mais de suas próprias vidas seriam mais felizes! Os incomodados que se mudem.

Tsukasa escondeu o rosto entre suas mãos, o sermão iria começar. Um passageiro, sem aguentar desaforo também se exaltou.

— Se você pensa que eu escutarei um trator até Madrid, pode ter certeza que te colocaria para fora do vôo.

Rindou ficou perplexa. Quem aquele homem pensava que era? Se levantou de seu assento e iria tirar satisfações com ele, foi impedida por Tsukasa.

— Não vale a pena, Rindou. Ignore.

Ela sentou-se, emburrada.

— Como consegue ser tão calmo, Tsukasa? Não vê que eles se acham pessoas superiores?

— Deixe que achem, no fundo são apenas tolos.

O homem vendo que conseguira a irritar, continuou provocando durante o resto do caminho, fez piadinhas, indiretas… Segurada por um fio, ela não tomou até o momento alguma ação que pudesse se arrepender.

Até que,

— Aposto que seu namorado é um frouxo, para não conseguir controlar uma mulher, deve ser um covarde.

Enquanto Tsukasa nem deu atenção. Rindou coçou a cabeça.

— Meu o quê?

Um silêncio tomou conta do lugar. 

— Ele pensa que estamos namorando. —Eishi a avisou—

Ela processou por um momento, encarando profundamente os olhos dele. Até tomar uma atitude.

— Do que você chamou meu namorado?

Tsukasa a encarou confuso e surpreendentemente o homem não discutiu mais. 

Dentro de algumas horas chegaram ao seu destino, ao sair do avião, ele se aproximou mais dela.

— Não sabia que namorávamos. Quem pediu primeiro?

Vendo que ele estava brincando, ela prosseguiu.

— Claramente você estava perdidamente apaixonado por mim e me pediu em namoro, eu como uma imperatriz misericordiosa, atendi.

— Agora que você falou isso, me recordei de algo.

— O quê?

— Algumas meninas estavam me enviando cartas de amor.

— Oh, sério? Você aceitou alguma?

— Não, eu nem as conheço.

— Você não tem pena das pobres garotas caindo de amor por você?

Ela ironizou.

— Não consigo realmente prestar muita atenção, pois, já tem alguém que é de meu interesse.

Ele olhou para a frente encarando um ponto vazio, a curiosidade de Rindou foi acordada. Quem seria a pessoa que ele teria interesse?

— Você quer me dar alguma dica de quem é?

— Não.

Ele respondeu na cara dura, sorrindo. Então ela retribuiu.

— Então não o contarei da pessoa que sinto algo.

— Está bem.

Aquelas palavras foram como uma flecha perfurando o coração de Rindou. Ele tinha tão pouco interesse assim? Vendo ele andar na sua frente, ela encarou suas costas. O que ele faria se descobrisse que a pessoa por quem ela sente algo não seria ninguém senão ele mesmo?



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