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História Beautiful Stranger - Beginning Of The Confusions


Escrita por: lstssone e Maphrodite

Notas do Autor


Olá!
Primeiramente quero agradecer aos novos favoritos e comentários, eles significam muuuito. Em segundo lugar, peço que perdoem qualquer erro. Tenham uma boa leitura!
PS: Matar escritoras é crime.

Capítulo 6 - Beginning Of The Confusions


Após ficar um tempo junto à amada, fazendo o desjejum e namorando um pouco na cama – com a menor recebendo seu tão desejoso cafuné e beijos apaixonados - a pediatra enfim saiu para seu dia de trabalho. Foi difícil ter que deixar uma Yoona completamente dengosa no quarto, porém, era um sacrifício que precisava ser feito.

Por morar perto do hospital, não durou mais que dez minutos para que a médica estivesse nos arredores do Asan Medical Center. Ela passou pela entrada, mostrando seu crachá e sendo rapidamente liberada pelo segurança mal humorado. Sem precisar ir para a cantina - já que havia tomado seu café em casa - subiu direto para o vestiário, onde trocou de roupa, deixando sua mochila com pertences em um dos armários dos funcionários e rumou em seguida para a ala pediátrica.

– Bom dia! – Falou assim que adentrou a ala, cumprimentando sorridente cada um dos funcionários ali presentes. – Como estão nossas crianças hoje?

– Temos dois irmãos gêmeos que estão lutando contra Acromegalia. – Uma das enfermeiras mais experientes do hospital, a informou. – Hyoyeon está com um deles agora mesmo, fazendo alguns exames rotineiros.

– E quando chegaram aqui? – Questionou recebendo o prontuário dos irmãos e rapidamente passando a observar cada mínimo detalhe sobre a doença dos dois.

– Pela madrugada, vieram transferidos do St. General Hospital.

Seohyun fez uma careta. – A equipe desse hospital sempre nos manda os pacientes que eles não conseguem tratar. Além de fazermos milagres, na maioria das vezes, ainda temos que limpar a sujeira que eles fazem com essas pobres crianças.

Aquela enfermeira suspirou. – Infelizmente creio que a sujeira deles tenha sido demais dessa vez. Pelo que eu vi, não creio que durem um mês...

A pediatra a encarou, em seu rosto uma grande carranca de negação. – Não somos como ele, Chang! Não desistimos tão fácil assim. – Repreendeu a mais velha. – Se ainda há chance, mesmo que pouca, nós lutaremos!

Chang sorriu verdadeiramente afetuosa pela esperança da outra. – Queria que todos os médicos fossem um pouco como você, doutora!

A elogiada não conseguiu esconder o rubor e apenas sorriu para a oposta. – Isso significa muito para mim vindo de você, Chang! Você é um exemplo de profissional aqui no Asan.

Agora era a vez da maior ter seu rosto arborizado. – Yah! Vá logo ver seus pacientes! – Disse brincando e ambas acabaram caindo na risada. Logo, Seo se despediu com um breve aceno e seguiu em direção ao quarto onde um dos gêmeos estava sendo cuidado pela melhor amiga de sua namorada. Ali, deu dois leves toques na porta antes de abri-la – Bom dia! Será que posso entrar? – Perguntou de forma brincalhona, fazendo com que Hyoyeon - que tinha suas costas viradas para a porta - virar-se absurdamente com um misto se susto e gay panic.

– C-claro! – A Kim afirmou nervosa.

Assim, entrou no leito e caminhou sorridente até a maca, onde o pequeno paciente deitava. Em seu braço havia um equipo por onde a enfermeira colhia amostras de sangue.

– E você deve ser o Jongmin. Acertei?

O garotinho que estava com algumas partes do corpo - como as orelhas e o nariz - um pouco inchadas, negou. – Não! – Ele sorriu em seguida. – Eu sou o Jonghyun.

A médica se colocou ao lado do mesmo. – Oh perdão, é que vocês são tão idênticos!

O pequeno voltou a negar. – Eu sou mais bonito.

Tanto Seohyun quanto Hyoyeon caíram na gargalhada com o comentário do mais novo. – Você não estava tão atrevido assim minutos atrás. Gostou da sua médica, foi? – Era a loira perguntando.

O jovem paciente escondeu seu rosto no travesseiro ouvindo aquele comentário.

– Eu acho que isso foi um sim. – A Kim brincou, retirando o tubinho com sangue do pequeno e colocando no recipiente junto a outros coletores.

Seo, por fim, a encarou. – Então...como está indo?

– Alguns exames rotineiros para sabermos como os dois estão. O outro irmão está na ressonância agora e eu com esse garotão aqui. – Brincou com Jong que havia parado de esconder o rosto envergonhado das duas mulheres. – Estamos colhendo algumas amostras de sangue para análises.

A outra assentiu, mostrando que estava prestando atenção no relatório alheio. – E como ele está se saindo?

Kim fez uma careta. – Hmm...digamos que...

– Eu estou me saindo muito bem! – O garoto interrompeu a loira.

– Oh, é mesmo? – A castanha presente ali perguntou e ele voltou a confirmar com precisão. – Então você não se importar se mudarmos os exames para algo mais desafiador, certo?

Como já tinha visto o prontuário e os próximos exames que fariam, Seohyun sabia que talvez fosse um pouco doloroso para o pequeno, aguentar os que viriam a seguir. Por isso, tratou de entretê-lo, como uma tentativa de deixá-lo mais relaxado para o batalhão de exames que ainda viria.

– Eu adoro desafios! – Ele falou animado.

A pediatra sorriu sem mostrar os dentes e se abaixou para ficar na altura do outro. – Então vamos fazer o seguinte, quando passarmos para o próximo exame, quero que você se imagine em um jogo. Gosta de jogos, não é?

Jonghyun confirmou totalmente compenetrado na conversa. – Os de caça ao tesouro são os meus favoritos!

– Que coincidência, os meus também! – Hyo confessou, fazendo os olhos do garoto brilharem.

– Mas olha que ótimo! Vocês dois podem entrar nesse desafio. – Hyun piscou para a enfermeira, já que de fato, ela teria que entrar com Jong no próximo exame. – E já que vocês dois vão entrar nesse desafio juntos, preciso que você imagine que estarão em uma...

A médica parou um pouco para pensar, no entanto, a resposta veio da loira ao seu lado. – Caverna! – Completou a frase da castanha. – Vamos imaginar que estamos em uma caverna, procurando por nosso tesouro.

– Isso vai ser tão legal! – O garoto afirmou animado.

– Que bom que está gostando. Que tal você ir comer alguma coisa antes de começarmos o próximo desafio? – Seo levantou, ajudando o mais novo a descer da maca. – Tem uma ala aqui do hospital que é só para crianças que acabaram de fazer exame de sangue e eu ouvi dizer que há um pouco de tudo para elas comerem.

A criança o encarou surpreso. – E é de graça?

Ambas profissionais voltaram a rir. – Totalmente! – Kim confirmou. – O que me diz de você ir lavar suas mãos enquanto guardo algumas coisas e no final, eu te levo lá?

– Será perfeitamente esplêndido! – O menino deu alguns pulos de animação e correu em direção ao banheiro, no fundo daquele leito.

Seo achou encantador aquele pequeno paciente e se sentiu ainda mais inspirada de salvar tanto sua vida, quanto a do irmão. Em contrapartida, a enfermeira ao lado, sequer conseguia pensar em qualquer outra coisa, a não ser, o quão encantadora aquela Hyun era.

– Você nasceu para isso, sabia?

O comentário despertou a castanha e ela então encarou a outra com cenho franzido. – Como?

A loira abriu um sorriso. – Você nasceu para ser médica...aliás, pediatra em especial! O jeito que lida com as crianças, sendo iguais a elas, entrando em seus mundos para que não fiquem desconfortáveis com a realidade aqui fora...isso é lindo...você é linda! Tal fala saiu sem nenhum tipo de filtro e a mesma só percebeu que falou demais, quando notou as bochechas coradas da médica. Com isso, coçou a garganta. – Uma pessoa linda...você é uma pessoa linda!

A pediatra sorriu e abraçou a mais velha posteriormente. – Você também é uma pessoa linda, Hyo!

Kim suspirou profundamente. Em partes por estar sendo abraçada pela garota que ama e em partes por achar ainda mais encantador a inocência dela. O abraço durou mais do que o esperado e o retorno do menor ao quarto, fez as duas se separarem.

– Estou pronto! Podemos ir?

– Deixe-me apenas terminar de guardar esses tubinhos de exames e podemos ir. – A fala da enfermeira fez uma careta surgir no rosto do pequeno.

– Ou... – Seohyun ponderou. – Podemos ir em busca do seu irmão e irmos todos juntos para a ala das crianças. O que acha?

– Enfermeira Kim vai também?

– Mas é claro! Ela vai nos encontrar depois, não é?

A loira sorridente pela certeza de passar mais algum tempo com a amada, afirmou com um balançar de cabeça.

– Então cavalheiro, podemos ir agora? – Estendeu a destra para o Jong.

– Certamente, minha dama! – Ele atravessou o pequeno bracinho com o da mais alta e ambos caminharam juntos à saída do quarto. Seohyun se virou para a enfermeira antes de fechar a porta e acenou com os dedos para a mesma.

Quando enfim sozinha no leito, a Kim deixou todo o ar que prendia em seu peito, sair por sua boca. Chegava a ser uma loucura o quanto a cada dia, ela se apaixonava ainda mais por aquela mulher, a namorada de sua melhor amiga. Um amor completamente doloroso e proibido.

...


Ao decorrer daquele dia, a rotina do AMC continuou agitada como nos anteriores, então, a ginecologista Sooyoung só havia arrumado um horário para descansar no final de seu expediente, por isso, agora estava em sua sala sentada na confortável cadeira localizada à frente de sua mesa, organizando tudo que acabou bagunçando naquelas horas passadas. Assim que finalizou aquela ação, suspirou, relaxando o seu corpo naquele assento, antes de pegar o seu celular e mandar mensagens para a sua esposa, perguntando se a mesma fiaria no hospital ainda ou já estava liberada. Sua resposta logo foi recebida.

“Estou saindo daqui há 10 minutos, amor. Pode me esperar na recepção.”

“Certo, meu bem.”

Com isso, a médica retirou o janelo, guardando-o e pegando todos os seus pertences nas mãos, para então finalmente sair daquela sala. Durante o caminho, passou por alguns corredores, posteriormente descendo um andar, onde conseguiu observar uma porta entreaberta em meio as outras fechadas, em que na mesma, um nome bem conhecido estava gravado, por esse motivo, não excitou em bater ali.

– Quem é? – A voz feminina do outro lado da porta soou um pouco alta.

– O papel noel. – Engrossou um tanto a voz propositalmente, o que fez a mulher de dentro reconhecer prontamente quem era, já que aquele tipo de brincadeira era algo bem típico daquela Choi.

– Pode entrar, Soo. – Tiffany, a dona da sala, disse entre uma breve risada, enquanto estava juntando alguns papéis em sua mesa.

– O que a senhorita está fazendo? – Perguntou adentrando aquele grande espaço, sem deixar de admirar o mesmo. – Caramba, realmente te deram a melhor sala daqui, é o dobro das demais.

– Sinceramente, era o mínimo depois de me tirarem dos Estados Unidos, não concorda? – Deu de ombros, mostrando mais uma vez o seu lado mesquinho, o qual recebeu uma grande careta da outra. – E bem, eu estou arrumando as minhas coisas para ir embora, hoje eu não precisarei trabalhar pela noite. – Ao passo de sua fala, colocava algumas coisas em sua bolsa, parando apenas para analisar a maior que tinha parado perto de sua mesa após passear os olhos pela sala. – Pelo visto você está com a mesma sorte, não é?

– Isso é fato, estava indo embora até que vi a sua porta meio aberta, então resolvi dar um pulinho aqui enquanto a minha esposa ainda não desce. – Deu de ombros, observando a Young finalizar sua organização, já sem jaleco.

– Fez bem em vir, depois daquele dia da palestra, quase nem nos viemos direito, estou com saudades da minha amiga. – A neurologista formou um bico em seus lábios, desmanchando toda a áurea de ignorância vista pela maioria no Asan.

– Eu também estou sentindo a sua falta, baby. Vem cá. – Deixou sua bolsa em uma das cadeiras vagas e abriu os braços generosamente, chamando a oposta para um abraço, o qual foi realizado no momento em que Tiffany foi até a maior e uniu ambos os corpos em um abraço apertado. Durante aquele contato, uma grande ideia passou pela cabeça da ginecologista. – Ei, tem algum plano formado para essa noite? – Já cortando o contato, perguntou.

– Na verdade não. – Balançou a cabeça negativamente.

– Aceita sair para comer algo comigo e com a Sun? Isso seria ótimo para passarmos mais um tempo juntas e consequentemente você a conhece direito, o que eu estou desejando há muito tempo. – Sooyoung abiu um sorriso enorme, se demonstrando muito animada.

– Eu aceito sim, estou doida para conhecer melhor a pessoa responsável pela felicidade dessa bochechuda aqui na minha frente. – A Young fez questão de apertar ambas as bochechas alheias, arrancando uma careta e um reclamar da outra parte.

– Yah, isso dói! – Fez um pequeno drama ao passar suas mãos pelas próprias bochechas.

– Exagerada. Mas enfim, onde você pretende nos levar?

– Hmm, ainda não pensei sobre isso. Mas, depois que eu conversar com Sunny direitinho sobre isso, eu te passo os detalhes. – Pegou novamente a sua bolsa, colocando-a em seu braço destro. – Agora podemos descer? Não vejo a hora de sair desse hospital.

– Vamos! – A oposta não tardou em pegar o que precisava, partindo daquela sala com a amiga logo em seguida. Enquanto desciam para a recepção, trocavam mais alguns assuntos, os quais não tinham sido tão discutindo durantes as mensagens que algumas vezes conseguiam trocar durante o tempo em que a neurologista estava fora da Ásia. Ao chegarem no local em que a Choi esperaria a companheira, precisou se despedir de Tiffany, essa que por sua vez, iria para a garagem direto.

– Esperarei sua mensagem, ok?

– Certo, não vai demorar muito. – Mais uma vez, se abraçaram, dessa vez, e despedindo. Quando a americana foi embora, a restante seguiu até a porta principal, decidindo por esperar Sunny ali. Por sorte, nem precisou esperar muito, pois logo sentiu duas pequenas mãos tocarem seus ombros por trás, indicando que a Lee estava ali. – Oi, amor. – Virou-se, com um sorriso largo.

– Oi, babe. – Entrelaçou a sua destra com a da maior, dando um selinho na mesma logo após.

– Vamos? – Sooyoung fortificou o entrelaçar dos dedos de ambas.

– Vamos. – Não precisou dizer mais nada para ser levada até o lado de fora do hospital, revelando um pôr do sol magnífico. O casal foi seguindo até garagem por aquele caminho mesmo.

– Meu bem, você está muito cansada? – Foi a ginecologista que soltou a pergunta durante o trajeto.

– Mais ou menos, nada que um bom banho e uns beijos da minha esposa não resolvam. – Soltou uma baixa risada, já descendo a rampa do destino.

– Então vai melhorar logo. – A outra também riu, pausando apenas para dar um rápido selinho em Sunny. – É porque eu queria te fazer um convite... – No mesmo instante, chegaram até o automóvel que usaram para chegar no hospital e antes que aquele assunto continuasse, resolveram adentra-lo de uma vez.

– E que convite seria esse? – A menor, colocando o cinto de segurança após fechar a porta, questionou.

– Jantar com a Fany, amor. – Imitou o ato alheio ao colocar o cinto e ligou o carro, passando a se atentar em tira-lo daquele espaço. – Queria muito que vocês se conhecessem, entende? Ela é uma das minhas melhores amigas, você sabe.

– Eu entendo e super topo ir sim. Inclusive, estava querendo mesmo saber se os boatos que andam correndo sobre ela pelo hospital é verdade. Não quis tirar conclusões, porque alguns aumentam pontos demais.

– Você faz bem em pensar assim, até porque impressões muitos nós temos várias sobre todo mundo, é melhor conhece-la de fato, sem ser de forma rasa. – Naquela altura do campeonato, já passava o carro pela saída da garagem. – Para onde prefere ir?

– Estou com vontade de comer carne. – Fez uma pequena careta, escutando um leve roncar da própria barriga, o que arrancou uma risada generosa de ambas.

– Então nós iremos em algum lugar que vende uma boa carne. Quando chegarmos em casa, avisarei a Fany. – Estava feliz por finalmente conseguir unir duas pessoas super importantes da sua vida, por isso, seu sorriso satisfatório não era escondido durante a viagem à casa que aquelas mulheres residiam. O restante do trajeto foi tranquilo, apenas aproveitaram a companhia uma da outra em silêncio enquanto o vento batia em seus rostos um pouco abatidos devido ao exaustivo trabalho.

Assim que o destino finalmente foi visto, a maior estacionou o carro devidamente, pouco antes de sair do mesmo acompanhada de sua mulher. Adentraram o imóvel já sendo recebidas pelos gatos que pertenciam a elas, todos enroscando em suas pernas.

– Amor, acha Flavors um bom lugar para irmos umas 20:00? – Sooyoung estava concentrada no celular ao passo que retirava os próprios sapatos e pendurava a bolsa no cabide vertical perto da porta.

– Acho sim, baby. Já fomos lá uma vez e gostamos bastante, é um bom lugar para apresentar a comida coreana à ela. – Sunny também deixava os seus pertences ali, mas, essa foi mais rápida. – Vou tomar um banho, vem comigo. – Passou a traçar o caminho até o banheiro localizado no quarto de casal da casa.

– Já estou indo. – Antes de seguir com o seu objetivo, mandou uma mensagem para a amiga.

“Fany-ah, hoje, 20:00 no Flavors.” – Foi a mensagem enviada por ela, a qual recebeu uma resposta assim que a Choi seguia para o banheiro.

“Ok, lady. Estarei lá.” – Depois da confirmação, deixou o aparelho em qualquer canto, conseguindo finalmente entrar no banheiro. Ali, retirou toda as suas peças de roupas, passando a seguir posteriormente ao interior do box, onde encontrou a sua esposa virada de costas, já tomando o seu banho.

– A água está boa? – Sooyoung abraçou o corpo pequeno, deixando um beijo castro no pescoço alheio.

– Está ótima, só faltava você. – Abriu um sorriso, virando-se para abraçar a ginecologista pela frente.

– Sabe o que faltava mesmo, para tudo ficar mais perfeito? – Colocou ambos os corpos debaixo da água.

– O que? – Levantou sua cabeça, para olhar nos olhos da maior.

– Um serzinho bem aqui. – Olhou rumo à barriga da anestesista Lee, aproveitando para acariciar aquela mesma região.

– Eu concordo. Mas, você sabe, a doutora BoA disse que possui grandes chances de dar certo dessa vez, só precisamos aguardar mais um pouco. – Tentava passar ainda mais otimismo para sua companheira.

– Bem, nós esperamos até agora, vale a pena esperar mais. – Apertou o contato de seus corpos ainda mais, antes de puxar a menor para o início de um beijo caloroso, o qual foi prontamente correspondido, antes que continuassem com o que realmente deveria ser feito.

Após o término do banho em conjunto, as adultas saíram do banheiro e passaram para as arrumações de vestimentas, cabelos e maquiagem. O casal demorou cerca de meia hora para concluir aquelas etapas, porém, para Sunny, parecia ter passado uma eternidade.

– Amor, anda logo, precisamos ir. Não quero deixar a Tiffany esperando. – Da sala, a baixinha praticamente implorava para a oposta sair do banheiro.

– Relaxa, ela é muito mais enrolada do que nós. Pode ter certeza que vamos ser as primeiras a chegar. – Finalizando aquela fala, finalmente saiu do banheiro. – Podemos ir, agoniada. – Mostrou a língua para a anestesista, a fim de provoca-la.

– Só não te bato porque você que vai dirigir e precisa estar viva para isso. – Fingiu estar emburrada enquanto saía do imóvel juntamente à outra, antes de tranca-lo. Sem outras delongas, aquele casal pegou o carro da maior mais uma vez naquele dia e saiu rumo ao lugar destinado, caminho que durou uma boa quantidade de minutos.

– Parece não estar tão cheio hoje. É perfeito. – Estacionando o carro em frente ao restaurante, a mais alta conseguiu observar um pedaço do ambiente por dentro.

– Você adivinhou o dia certo para virmos. Só que é melhor não brincarmos com a sorte, vamos pegar uma mesa logo. – Tratou de sair do veículo logo e apenas esperou a ginecologista fazer o mesmo para entrelaçar suas mãos e enfim irem para o interior do ambiente.

– Boa noite, queridas. Posso ajuda-las? – Uma atendente foi a primeira a notar a presença de ambas ali.

– Sim, sim. Nós queremos uma mesa para três, por favor. – Sunny tomou partida.

– Claro, podem me acompanhar, por favor. – Com isso, a funcionária guiou o casal pelas mesas do restaurante, até chegar em uma mesa redonda mais ao fundo do ambiente, em um dos cantos, cuja a mesma possuía exatamente três cadeiras. – Esse lugar fica bom para vocês?

– Está ótimo para mim. – Soo afirmou, mas virou na direção da esposa, querendo receber uma confirmação da mesma.

– Para mim também, obrigada. – A oposta sorriu gentilmente, curvando-se. Por fim, então, as duas se sentaram.

– Certo, aqui estão os cardápios. – Colocou os menus na mesa. – Qualquer coisa, me chamem. – Se curvou antes de sair e deixar as mulheres escolhendo os seus aperitivos.

Voltando ao lado de fora do estabelecimento, uma Mercedes prateada estacionava logo atrás do carro recém chegado do casal e de lá, uma morena saiu do mesmo cautelosamente, como se estivesse sendo filmada – apesar de que em sua imaginação poderia realmente aparecer câmeras a qualquer momento, então, deveria estar sempre preparada para boas posses. – Quando finalmente concluiu aquela ação, traçou passos firmes até o Flavors. Ali, realizou o mesmo processo de consultar a recepcionista, fazendo essa a guiar à mesa destinada, em que suas companhias já se encontravam.

Ao passo que Tiffany se aproximava, Sooyoung olhava na direção da mesma e abria um grande sorriso, esperando-a chegar parte, para então acolher a amiga em um abraço, após levantar temporariamente.

– Nem acredito que você chegou tão cedo assim. – Depois do curto comprimento, sentou-se, observando a Young e sua esposa imitarem aquele ato, antes de se acomodarem nas cadeiras.

– Você é privilegiada, deveria saber disso. – Soltou uma pequena risada, olhando para os cardápios dispostos na mesa. – Já pediram algo?

– Nós só pedimos vinho por enquanto, decidimos te esperar para pedir comida.

– Então vamos decidir agora, porque eu não consegui comer nada desde o almoço. – A americana falava agora folheando o menu. Quando menos esperava, recebeu um breve tapa da maior entre elas em seu braço destro. – Ei!

– Ei digo eu. Como assim ficou sem comer nada? Está doida?

– Não tive tempo. – Revirou os olhos, implicando com o jeito cuidadoso da Choi. Do outro lado, Sunny ria.

– Não é hora de brigar, meu bem. Eu também estou morrendo de fome. – Alisou a própria barriga, arrancando a atenção da neurologista.

– Poderia até falar na possibilidade de ter um serzinho aí dentro por essa fome ao quadrado, mas, se eu fosse levar isso em consideração, poderia dizer com total certeza que a Soo sempre esteve grávida. – Disse de forma divertida antes de soltar uma risada generosa, a qual foi acompanhada pela risada da menor.

– Mentindo não está.

– Agora eu me ferrei, vou ter duas mulheres para me zoar. – A ginecologista bateu na própria testa. Com isso, Sunny e Tiffany se entreolharam e acabaram por fazer um pequeno toque de mãos, indicando que uma nova parceria havia se formado ali. Em meio àquele clima, as adultas finalmente fizeram os seus pedidos alimentícios.

– Meninas, preciso urgentemente ir ao banheiro, já volto. – Sooyoung deixou o aviso já partindo, deixando as opostas ainda na mesa. Para que o silêncio não tomasse conta de todo aquele momento, Tiffany tratou logo de puxar assunto.

– Posso chama-la de Sun? – Tentou soar o mais simpática possível.

– Claro, fique à vontade!

– Fique à vontade para me chamar de Fany também. – Aquela literalmente não parecia ser a mesma Ypung do hospital. – Então, como andam as expectativas? – Por fim, apostou com o queixo rumo à barriga da outra.

– Andam bem altas. – Seu sorriso era gigante. – Depois de algumas tentativas falhas, eu e a Soo pensamos até em desistir por alguns momentos, mas depois de nos recompormos, percebemos que não podemos desistir de algo que sonhamos tanto. – Um suspiro escapou ao fim daquela fala.

– Fico feliz que não tenham desistido. Eu realmente quero mais um baby para me chamar de tia.

– Você tem algum sobrinho?

– Na verdade não, só que uma paciente minha da ala infantil me chama de “tia do sorriso bonito.” Não posso com isso. – Soltou uma baixa risada, lembrando daquela paciente. – Mas... – Agora o seu semblante era pensativo.

– O que? – Franziu o cenho.

– Caso vocês não consigam dessa maneira, pensam em adotar? – Tal pergunta trouxe um certo pesar no ambiente, porém, Sun não deixou ele por muito tempo.

– Bem, por mim, isso aconteceria sim, porque eu acho essa ação linda, só que pela Sooyoung... – Suspirou demoradamente. – Por ela isso não irá acontecer, então tudo indica que se não tivermos dessa maneira, nunca teremos. – Agora o seu semblante era um tanto abatido.

– Oh gosh, em alguns momentos a Soo é complicada...ela não se demonstrou nada aberta para isso? – Tiffany queria saber o real motivo para aquela opinião da amiga e até mesmo se era algo tão decidido assim, entretanto, não conseguiu nenhuma resposta da menor, já que a Choi maior estava bem perto de ambas mais uma vez.

– Por que estão falando disso? – Chegando ali, a ginecologista parou entre o espaço que separava as cadeiras de sua esposa e sua amiga. – Trouxe vocês aqui para se conhecerem, não ficarem falando sobre esse tipo de assunto desagradável. – Naquele momento, deu a volta na mesa, direcionando-se até seu antigo lugar.

– Só estava perguntando algumas coisas para a Sun. – Tiffany deu de ombros.

– Sobre adoção? No que vai contribuir para você conhecer ela falando sobre isso? – Levantou uma de suas sobrancelhas.

– Ela só queria saber se pensamos em adotar caso não dê certo a inseminação...

– E eu realmente acho que você poderia começar a pensar sobre isso. Eu torço para que o desejo maior de vocês se realize, mas seria uma ótima pedida vocês adotarem. – A americana era suave, contudo, a resposta que recebeu foi completamente diferente.

– Acho que não deva se meter nisso. – Sooyoung suspirou pesado, ajeitando-se na cadeira. Sua própria esposa tampou o rosto com uma das mãos em forma de reprovação e a Young tinha ambas as sobrancelhas levantadas, um tanto incrédula pelo jeito rude daquela resposta. Pela sua cabeça passava o questionamento de se era mesmo a pessoa mais rude, como muitos gostavam de dizer.

Por causa daquele clima instalado, assim que os alimentos chegaram, todas acabaram comendo em um silêncio um tanto desconfortável, então seus ouvidos só eram preenchidos pelos barulhos externos àquela mesa, como as batidas de talheres e as conversas advindas em torno delas. Quando aquele momento já estava prestes acabar, uma vez que as três terminavam seus pratos, uma das médicas resolveu se pronunciar.

– Desculpa pelo clima estúpido que eu causei aqui. – Seu olhar se intercalava da amiga à esposa. – Eu só acabo ficando bem sensível com esse assunto, não gosto de pensar nessa possibilidade.

– Meu bem... – Ía introduzir mais um bate-boca sobre adoção, todavia, foi cortada.

– Amor, não... – Dessa vez, foi cautelosa com o tom de voz, enquanto balançava a cabeça negativamente. A outra foi vencida apenas com aquilo, por essa razão, não tentou mais.

– Está tudo bem. O que acham de comermos alguma sobremesa fora? Podemos comprar alguma coisa e passear pelo rio Han, sei lá. – Agora era a americana tentou afastar o clima tenso.

– Eu acho uma ótima ideia. – Sunny prontamente concordou.

– Por mim tudo bem. Irei pedir a conta. – Nisso, chamou a mesma garçonete que levou os pedidos, exigindo a conta. Quando a mesma estendeu o papel, as adultas rumaram ao caixa, onde resolveram dividir a conta, então cada uma pagou seu devido prato e racharam o preço do vinho. Finalizando o processo, combinaram o local exato que se encontrariam e enfim seguiram em seus automóveis para o mesmo, o que não demorou tanto para acontecer, já que o trânsito naquela hora estava calmo.

Ao decorrer do rio Han, ocuparam suas mãos com qualquer bobeira que queriam como sobremesa e seguiram por grande parte da noite caminhando pelas estradas em volta do rio, trocando alguns assuntos entre as três, agora de forma bem mais descontraída, antes que precisassem voltar às suas moradias.

...


No dia posterior, o casal Soosun recebeu uma merecida folga, no entanto, as neurologistas Tiffany e Yuri, assim como as irmãs Kim, não tiveram a mesma sorte, por essa razão aquelas quatro - separadamente, tirando as irmãs que estavam juntas - se encontravam adentrando a garagem daquela instituição em seus automóveis, pois já se aproximava o horário do início de seus expedientes. Alguns poderiam dizer que era puro azar aquele encontro, mas, para Taeyeon - naquele momento - era sinal de pura sorte, então no momento em que a cardiologista percebeu estar junto daquelas que tanto repudiava, viu uma grande oportunidade nas mãos.

– Vamos, mana. – A residente tentou ir na frente, contudo, acabou parando quando a mais velha a respondeu em um tom de voz meio alto propositalmente, para que as demais ali escutassem.

– Pode ir na frente, eu preciso resolver uma coisa com elas. – Apontou com a cabeça para Tiffany e Yuri, as quais trocavam olhares descarados, mas tiveram que pausar para olhar com contragosto a dona da fala.

– Acho melhor você deixar isso para depois. – A mais nova voltou com o objetivo de puxar a irmã pelo braço destro, porém, não concluiu a ação com êxito, já que a loira se mostrou firme, cruzando os braços.

– Não, esse tipo de assunto não deve ser adiado.

– Mana...

– Hayeon, sobe. Agora. – Raramente se portava daquela maneira, entretanto, a cardiologista viu a necessidade de falar de modo mais frio, pois talvez assim, sua companheira de sangue ficasse fora daquilo.

– Certo... – Suspirou por vencida, fazendo o que foi pedido.

Quando o ambiente só contava com a presença das três médicas, a menor deu alguns passos à frente, de modo a ficar mais perto das demais.

– O que foi? Veio me exigir desculpas por causa daquele dia? – A Young usava o seu típico tom de deboche, o qual arrancou uma risada divertida da Kwon e um riso sem humor da Kim.

– Deveria, mas eu quero saber outra coisa, na verdade. – Estreitou os olhos, ainda com os braços cruzados.

– Quer aprender a como ser uma boa médica? – Foi a vez de Yuri ser a estúpida, ato cujo fez a americana levantar uma das mãos, chamando a oposta para dar uma batida ali, como um toque, o que foi prontamente respondido. Aquilo fez mais baixa entre elas revirar os olhos, tentando não cair nas pequenas provocações.

– Bom, pelo menos eu tenho mais ética do que vocês. – Deu de ombros, abrindo um sorriso vitorioso ao ver que aquela afirmação deixou as opostas um pouco mais alertas.

– Não entendi. – Tiffany se fez de desentendida.

– Vai me dizer que deixou a sua inteligência em casa? – Arqueou uma das sobrancelhas rumo à americana, seguindo com o mesmo olhar até a mais nova. – E você, como previsto, nunca teve inteligência, já que foi ameaçar justo a garota que conta tudo para a irmã.

Naquele instante, Yuri acabou cerrando os punhos, ao passo que recebida um olhar preocupante da Young.

– O que ela disse? – Questionou entredentes.

– Só me contou a verdade. – A Kim deu de ombros. – Precisam escolher melhor os lugares que fazem as nojeiras de vocês, porque por todo lugar desse hospital tem câmeras. É uma pena. – Disse aquela última fala entre uma baixa risada irônica.

– É melhor ensinar a sua irmã a não mentir. – A neurologista estrangeira retomou a sua postura, tentando reverter a situação.

– Ou é melhor vocês procurarem outro emprego. Só para caso eu entregue aquelas imagens para quem não deveria ver, sabe? Se prevenir nunca é demais. – Taeyeon abriu um sorriso mais largo.

– Você não teria coragem de fazer isso. Sempre foi fraca e sempre será. – Seu olhar era de desdém, ao passo que suas mãos iam rumo à própria cintura.

– Será mesmo? – Questionou enquanto retornava a dar passos, daquela vez em direção à entrada do elevador que a levaria para o interior do Asan.

– Maldita, você não... – Yuri tentou formar uma frase, tentando impedir a cardiologista de ir em frente, todavia, no mesmo segundo o elevador parou ali e abriu, revelando um homem mais velho quando o mesmo saiu de lá.

– Oh, bom dia doutoras. – O mais velho sorriu para todas, antes de seguir para as neurologistas em especial. – Já que estão aqui, será que podemos fazer uma reunião em algum café por perto? É sobre a nova paciente da ala pediátrica, mas que precisa de atendimentos neurológicos.

– A Irene? Ela chegou? – Young acabou esquecendo por um minuto do conflito anterior e perguntou para a figura masculina dali.

– Essa mesma. Como eu ouvi dizer que era uma das suas pacientes nos Estados Unidos e provavelmente continuará sendo aqui, preciso acertar algumas coisas com você antes da chegada dela. Precisa ser logo, ela já está quase chegando.

– E comigo? Precisa conversar? Porque... – Mais uma vez, a Kwon foi cortada.

– Necessito de você, vai me ajudar a arrumar os horários da neurologia. – Aquele homem era o chefe da ala neurológica, por causa disso, estava tão atento naqueles detalhes.

– Com licença, irei me retirar. – A cardiologista que esteve ali apenas observando até aquele momento, curvou-se para o senhor, pouco antes de caminhar pelo restante do caminho ao elevador, o qual foi aberto novamente e então conseguiu abrigar a loira. Durante a fechada da porta metálica, sorria vitoriosa para as morenas do lado de fora, essas que a fuzilavam com olhares quase mortais.

A pergunta que não queria calar, era se a Kim iria mesmo pegar as imagens das câmeras e comprometer as duas mulheres alvos de comentários negativos da equipe médica. Afinal, sua paz, juntamente com a de sua irmã estavam em jogo.


Notas Finais


Cof cof.
Sei que é crime parar em uma parte assim, mas foi preciso, hehe. Não nos matem, por favor (principalmente a Izzy, tenha compaixão por nós). Prometo que no próximo capítulo vai ter até mais emoções do que imaginam, além de personagens novos, então vejo vocês em breve. Beijos.


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