História Behind Cameras - Protestos

“O vídeo iniciava com a Vanessa andando de um lado para o outro, as mãos estavam sobre a boca e ela parecia incrédula com o que fosse que estivesse acontecendo. A menina ocupou a cadeira na frente da câmera e focou a mesma, suspirando alto.

- Gente, eu não aguento mais, de verdade. - Permanece em silêncio por alguns instantes - Lauren e Camila não dão mais sinais de vida, acho que elas se trancaram na casa com a Elisa e nunca mais saíram. - Apoia a cabeça na mão.

O celular da garota apitou e ela bufou, xingando baixo, então quando pegou o celular para ver o que era soltou um berro alto. A fã correu de um lado para o outro pelo quarto e começou a soltar gargalhadas altas, quando o celular apitou novamente um outro grito ecoou pelo cômodo.

- ELAS VÃO FAZER UMA APARIÇÃO PÚBLICA, DEPOIS DE MESES! - Aproxima o celular - EU VIVI PARA VER ELAS DE VOLTA NA MÍDIA.

No celular as notificações de updates de Camila e Lauren continuavam aparecendo, primeiro eram fotos delas embarcando no aeroporto e então as informações das cidades que elas iriam embarcar: Washington.

- Vocês tem noção de que desde que Elisa nasceu elas não aparecem em evento algum, com ou sem a neném, e agora elas estão viajando para Washington por um movimento político, junto com a criança? - Abre a boca, rindo divertida - Eu venero duas mulheres.

Era possível que o vídeo tinha tido alguns cortes e ainda mais claro que a menina tinha trocado de roupa.

- Eu amo o fato de tanto Camila quanto Lauren terem tirado um tempo para construir o casamento delas, e principalmente educar/criar a filha, mas elas precisam voltar a fazer alguma coisa ou os fandons vão morrer de tédio. - Nega com a cabeça - Alguns fãs acham legal arrumar briga no Twitter por charts, e tem outros que fazem questão de criar teorias bizarras, fora os que acusam uma a outra de ter destruído carreiras promissoras.

Os fãs realmente andavam às cegas e frustrados com o “descasos” de ambas perante as carreiras.

- Temos plena consciência de que as prioridades mudaram, mas nem todas deveriam mudar. - Da de ombros - Ter uma família não deveria ser sinônimo para desistir da carreira. De qualquer maneira, se inscrevam no canal e deixem o like aqui.”

Vejo Lauren bocejar enquanto Elisa continuava balançando as pernas, me fazendo rir baixinho. Mesmo após horas de voo, nossa filha continuava cheia de energia, havia dado muita risada com as gracinhas de Sofia e comido bastante. Minha esposa pegou a bolsa de Elisa e informou que logo voltaria, só iria trocar a pequena.

- Pegou tudo? - Minha mãe questiona interessada.

- Sim! - Owen se aproxima, empurrando nosso carrinho.

- Onde Lauren está? - Questiona interessado.

- Foi trocar Elisa, Josh está com ela. - Keana informa sem tirar os olhos do celular.

- Mãe, você quer comer alguma coisa?

- Estou bem, querida. - Acaricia meu braço, subindo o zíper do meu moletom e então fechando melhor meu casaco - Pronto, Lauren chegou, quais os planos para hoje?

- Ir para o hotel e depois para a marcha! - Sandra informa olhando em seu celular.

- Vocês irão dar algumas entrevistas durante a passeata. - Assinto, limpando a boca de Elisa, ela estava quase babando no ombro de Lauren.

Conforme caminhávamos, lado a lado, pudemos ver o quanto aquele aeroporto estava caótico. Muitas pessoas estavam desembarcando, muitas já com as roupas do ‘March For Our Lives’ e outras apenas sorrindo em aprovação por ver tantas pessoas lutando pela causa.

Um outro massacre assustador ocorreu em mais uma escola nos Estados Unidos, diversos ficaram feridos. Após a mobilização dos alunos da escola, o movimento acabou sendo criado para o controle de armas ocorrer no país. Por sermos pessoas públicas, Lauren e eu concordamos que um movimento como esse precisava de todo apoio necessário, além de um posicionamento óbvio, foi quando minha esposa sugeriu que viajássemos para Washington apoiar totalmente a causa, levando até mesmo nossas famílias para tal ação.

Chegamos no hotel e tomamos um café da manhã reforçado, após o café da manhã, subimos para os quartos trocar de roupas. Clara havia conseguido uma roupa personalizada do tamanho certo para Elisa, eu vestia uma blusa cinza e Lauren uma branca também apoiando a causa. Após nos agasalharmos bem e pegarmos o carrinho de nossa filha mais os cartazes, encontramos o resto de nossa família no saguão do hotel, partimos logo em seguida.

Durante todo caminho Lauren gravou diversos vídeos comentando sobre marcha, e a importância do protesto, assim como todo e qualquer apoio é sempre bem vindo em uma causa como essa. Meu pai pegou o carrinho de Elisa assim que descemos da van, entrelacei minha mão com a de Lauren e combinamos um lugar para nos encontrarmos mais tarde com o motorista. Owen, Josh e Paul já estavam posicionados ao redor da nossa família para garantir maior segurança.

Foi impossível não ver as pessoas olhando e até apontando conforme caminhávamos protesto adentro. Vi até umas meninas tentando nos fotografar discretamente, sem muito sucesso. Sofia insistia em empurrar o carrinho, que tinha uma placa pequena presa a ele com os dizeres “Marchando pela segurança de meu futuro”. Lauren gritava animada junto de Clara, e em momento algum soltou a minha mão.

Observei minha esposa toda envolvida com a causa, gritando junto das outras pessoas, já com o nariz e bochechas vermelhas por conta do vento felado. Ela estava estonteante com o casaco cinza escuro, o cachecol xadrez em contraste e a calça jeans justa mais o tênis. Vê-la daquela maneira, toda linda e lutando por algo que acreditamos com tanta garra, me fez ficar mais uma vez apaixonada.

- Lauren, Camila? - Nos viramos, arqueio as sobrancelhas ao ver uma mulher da MTV News com um homem segurando a câmera - Será que vocês poderiam dizer algumas palavras sobre o protesto?

- Uh… claro. - Olho para trás e minha mãe faz um positivo com a mão, informando que ficaria com Elisa.

Lauren ajeitou a gola do meu suéter e ajeitou da melhor maneira que podia meu casaco, beijando a ponta do meu nariz antes de sorrir de canto sussurrando que me amava. Nos posicionamos ao lado da mulher que iria nos entrevistar e bem em frente a câmera, tendo a marcha logo atrás de nós.

- Não esperava encontrar vocês aqui! - A repórter fala exibindo um largo sorriso, sorrimos de volta.

- Acredito que seja nosso papel como cidadãs americanas estar aqui hoje. É uma causa muito importante e merece todo apoio possível! - Comento sincera, sentindo a mão de Lauren acariciar minhas costas.

- Concordo com vocês, o que estão achando do protesto até agora? - Olho para Lauren e ela faz um sinal para que eu fale primeiro.

- É muito poderoso e emocionante presenciar essa marcha tão de perto assim, é uma das minhas primeiras! - Sou honesta - Olhando tantas crianças pequenas assim tendo plena consciência do que podem vir enfrentar em suas escolas, um lugar que deveria ser seguro, é muito triste; elas não deveriam ter conhecimento desse medo. - Lauren assente, ficando com o semblante sério ao ouvir minhas palavras - Mas isso é apenas o começo, existem muitas lutas contra muitas coisas erradas neste país e… - Me viro um pouco - É só você olhar bem, muitas pessoas querem mudanças, e isso nos inclui também.

- Com toda certeza! - A repórter concorda com a cabeça - Lauren, como você se sente com tantas crianças jovens marchando, inclusive a filha de vocês, Elisa?

- Sim, ela está marchando conosco. - Minha esposa ri, toda boba - Camila e eu vamos criá-la para que seja uma pessoa que possua empatia, amor pelo próximo e para que ela saiba se impor; acredito que todos os pais que trouxeram seus filhos aqui hoje também também estão fazendo exatamente isso! - A mulher assente.

Observei muitas pessoas parando atrás da câmera para prestar atenção no que nós dizíamos para a repórter.

- Infelizmente com qualquer um tendo acesso a porte de armas, incluindo jovens, nossa filha também corre riscos e pode muito bem passar por uma situação horrível como a que tantos jovens já passaram. Com uma situação que nós, suas mães, já passaram. - Sinto meu coração apertar com aquela verdade - Cabe a nós, pais, fazermos tudo o que está em nosso alcance para vermos nossos filhos seguros e sabendo de seus direitos. Mesmo não falando ou tendo idade o suficiente para compreender o que está acontecendo, Elisa tem a oportunidade de mudar o seu futuro de alguma maneira, e nós estamos abrindo essa porta para ela. - Entrelaço minha mão com a de minha esposa - Nossa filha, e os filhos de todos que marcham aqui hoje ou apoiam mesmo de longe, merecem uma educação de qualidade e a segurança de poder aprender sem terem que lidar com o terror de uma arma.

Não pude evitar de ficar emocionada com o discurso de Lauren. Eu amava tanto aquela mulher, meu Deus.

- Tempos atrás vocês tiveram um incidente com alguém segurando uma arma perto de vocês e até mesmo se ferindo…

- Sim. - Aquele assunto ainda nos perturbava - E é por isso que Lauren e eu dizemos com tanta convicção que ninguém merece passar por uma situação horrível dessas. - Minha esposa acaricia minhas costas - Existem níveis e níveis de violências armamentistas, civis não devem ter um acesso a algo tão perigoso sendo tratado de uma forma tão banal!

- Exatamente, e ver crianças e adolescentes tendo plena consciência disso enquanto nosso governantes fecham os olhos, diz muito sobre a situação atual do nosso país. - Lauren alfineta - O povo é diretamente afetado por essas medidas de “liberdade e segurança” - Faz aspas com os dedos - Medidas que a tempos têm mostrado não funcionar, tipo, nunca. Nós continuamos sofrendo, tendo massacres assustadores e tendo níveis horripilantes de assassinatos. - O pessoal que estava atrás das câmeras bate palmas e ela sorri - Acho que é bem explícito que violência nunca é a solução.

- Vocês são da Flórida, onde o último massacre aconteceu… - Assentimos, prestando muita atenção na pergunta dela - Além de estarem sempre viajando pelo país, o que vocês acham dos posicionamentos políticos perante a tudo que está acontecendo? - Minha esposa ri debochada.

Lauren e eu sabíamos como aquela pergunta era perigosa. Mas, também tínhamos plena consciência que simples fato de estarmos naquela marcha já era uma grande afronta a todos aqueles idiotas.

- Bem… - Lauren continua rindo debochadamente - Acredito que eles não tem feito absolutamente nada. - Falo o que vem a minha mente - Como sempre, principalmente porque os políticos da Flórida, em sua grande maioria, apoiam o porte de arma.

- Oi Marco Rubio. - Lauren acena para a câmera e eu abro a boca, rindo, descrente que ela tenha levado nomes “à mesa” - É patético ver esses homens adultos, diga-se de passagem, estarem mais preocupados com dinheiro do que com crianças. - As pessoas atrás do homem que segurava a câmera voltam a aplaudir.

- Vocês gostariam de dizer mais alguma coisa meninas?

- Vocês: pequenos, jovens e até adultos são o futuro da nação. A união faz a força e a mudança é possível. - Começo meu discurso encorajador - Pesquisem e encontrem candidatos que compartilhem os mesmos ideais que vocês para que esse tipo de coisa não ocorra novamente! - Lauren assente, sem tirar os olhos de mim - Não podemos deixar esses tipos de pessoas comandarem nosso país.

- Você nunca é jovem demais para lutar pelos seus direitos e para exigir mudanças. Eduque-se, fique interessado, compartilhe informações para aqueles que não possuem acesso ou conhecimento e seja a mudança. - Concordo com a cabeça, Lauren faz um sinal de ‘paz’ com a mão

- Obrigada pelas palavras, meninas. Não poderiam existir palavras melhores, tenham uma boa marcha. - Abraçamos a mulher e logo nos afastamos.

- Vocês também.

Foi inevitável não sermos mobilizadas pelas pessoas que acompanharam nossa entrevista, fãs principalmente. Tiramos muitas fotos e até assinamos alguns cartazes do protesto. Logo depois de atender todo mundo, junto de nossa equipe e família fomos para um estabelecimento ali por perto, apenas para almoçar, óbvio que chamamos atenção, principalmente por estarmos em um número tão grande.

Quando finalmente ocupamos uma enorme mesa, coloquei o babador em Elisa enquanto Lauren dava pequenas colheradas da papinha que minha mãe havia preparado para ela. Sofia fazia nossa filha rir muito, o que tornou demorado o almoço da pequena. Quando o almoço de todo mundo chegou, a mesa toda ficou em silêncio para ouvir os discursos inspiradores que passavam em um telão no restaurante. Keana acabou levando Elisa para dar uma volta por dentro do restaurante para que tanto Lauren quanto eu terminássemos nossa refeição.

Meus pais, sogros, cunhada e seguranças começaram a discutir entre si sobre a marcha, enquanto Lauren prestava muita atenção em tudo o que todos eles diziam. Apoiei meu queixo em seu ombro e acariciei seus cabelos, conseguindo sua atenção toda para mim, roubei alguns selinhos e continuei fazendo carinho em suas mechas longas.

- Você ainda tem pesadelos? - Lauren me encara confusa.

- Oh… - Franze o cenho quando entende sobre o que falava - Vez ou outra, nunca consegui esquecer o rosto dele. - Me abraça pelos ombros, beijando minha testa logo em seguida - .Aquele dia horrível sempre será uma parte de nós, infelizmente.

- Não consigo imaginar Elisa tendo que passar por alguma coisa do tipo.

- Ela não vai. - Olha no fundo dos meus olhos - Faremos tudo o que estiver em nosso alcance para ela nunca ter que passar por isso, Camila. - Encosta nossas testas, beijando a ponta do meu nariz - E se tivermos que ir para trinta mil protestos durante toda a nossa vida, é o que vamos fazer para que isso aconteça. - Não consigo evitar de rir baixinho, relaxando ao vê-la sorrir.

- Vocês são as melhores partes da minha vida, Lo. - Acaricio seu rosto - Só quero garantir que vão estar seguras.

- Tendo seus braços para nos envolver estaremos sempre seguras. - Rouba um novo beijo - É o lugar mais seguro de todo o mundo… - Mordo meu lábio inferior, e prendo a risada quando Lauren se assusta com Keana fazendo Elisa encostar sua cabeça com a dela - Oi meu amor. - Pega a pequena, que ria, se divertindo com as caretas e brincadeiras que Keana fazia.

- Keana você vai deixá-la mal acostumada.

- Essa é a intenção, não é, Lis? - Faz um barulho com a boca, arrancando uma gargalhada da nossa filha - Você tem muitas tias babonas que amam brincar com você, não é? - Esconde o rosto com as próprias mãos e quando abre as mesmas faz um barulho engraçado, arrancando mais gargalhadas de Elisa.

Acabamos terminando de almoçar para voltar para a assistir as apresentações de Miley, Demi e Ariana, acompanhada dos discursos. Paguei o almoço de todo mundo, e logo “levantamos acampamento”. Antes de continuarmos a caminhar, Camila e eu paramos para tirar algumas fotos com Elisa, fiz questão de pegar sua placa de protesto para as fotos; Sofia se juntou a nós, a abracei por trás enquanto ela erguia a bandeira do movimento e depois toda a nossa família e agentes se abaixaram para mais algumas fotos.

Nossas famílias acabaram indo embora uma hora e meia após o almoço, eles levaram Elisa junto -que estava chorando e cansada demais-. Fomos para detrás do palco principal, nos encontrando com Dinah, após combinarmos o discurso breve antes de cantarmos a música de Lauren, finalmente fomos anunciadas.

A um tempo atrás Lauren e eu havíamos escrito ‘Brigdes’ juntas depois de assistirmos um dos discursos estúpidos de Donald Trump, a faixa não havia entrado no último álbum de Lauren, diferente do que eu achei que iria acontecer. A música era muito boa, entretanto, não combinava com o resto do álbum.

Com a mobilização de todo mundo com a marcha, ligamos para a Dinah e fizemos tudo acontecer em uma única semana. Passamos um dia todo gravando a música no estúdio, e então gravamos um vídeo clipe bem amador com muitos artistas, crianças e adolescentes, logo depois da nossa apresentação o vídeo ficaria disponível na VEVO e a música em todas as plataformas digitais.

Assim que entramos no palco a enorme multidão gritou e começou a aplaudir, acenamos e sorrimos para todo mundo. Nos posicionamos em nossos lugares e então encarei Lauren; tanto Dinah quanto eu havíamos concordado que quem deveria começar falando seria minha esposa, que estava com sangue nos olhos com toda aquela situação.

- Boa tarde. - Todo mundo responde e ela sorri - Estamos todos aqui reunidos por uma causa que não deveria sequer ser cogitada existir. - Todo mundo aplaude - Mas no dia de hoje fomos inspirados por crianças e jovens incríveis, que possuem a capacidade de mudar o mundo, e se podemos contribuir para que isso aconteça, é o que vamos fazer.

- Tempos sombrios nos perseguem. - Dinah começa, ouvindo todos começaram a aplaudir e concordar com a cabeça - Entretanto, cabe a nós sermos a mudança. Hoje marchamos por todas as crianças, adolescentes e adultos que tiveram a infelicidade de terem suas vidas modificadas graças a armas.

- Temos sorte e o privilégio de ter uma voz que possa ser ouvida, que possamos usar, esperançosamente, para fazer uma diferença positiva e ajudar a influenciar mudanças. - Continuo o discurso, sendo aplaudida - A música que iremos cantar, é nova, então não iremos pedir para vocês cantarem junto. - É possível escutar algumas risadas - Mas iremos pedir para que vocês a apoiem, já que todos os fundos arrecadados com ela, serão doados para que o legado dessa marcha não caia em esquecimento e faça a diferença na vida de jovens por todo o país.

- Essa é ‘Bridges’, esperamos que vocês gostem.

Quando os primeiros acordes começaram, dei um passo à frente, cantando as primeiras linhas da música.

Can't spend time in rewind, I'm sorry

Many times I remind myself

We've come way too far in our stories, oh

To build these walls and to blind ourselves

Quando eu voltei para trás e Dinah deu um passo à frente, o público começou a gritar.

And for every action, there’s a reaction

And I know the world can be cold

We can't let it divide us

There's something inside us

A power that grows

There's something beautiful

In the flaws in all we are

Something calling all of us and it says

Nós três fomos para frente, ficando lado a lado. Trocamos olhares e cantamos o refrão juntas.

We build bridges

Oh, we build bridges

No, we won't separate

We know love can conquer hate

So we build bridges

Bridges, not walls

Bridges, not walls

Bridges, not walls

Foi possível ver muitas pessoas começarem a bater palmas no ritmo da melodia enquanto muitas pessoas mais velhas choravam com a música. Assim que Lauren foi para a beira do palco algumas pessoas gritaram, isso incluiu Keana na lateral do palco.

I believe in the beauty of love (hey)

I believe that we really are one

I believe every woman is a fighter

And I believe every man can stand beside her

And I know the world can be cold

We can't let it divide us

There's something inside us

A power that grows

There's something beautiful In the flaws we all are

Something calling all of us and it says

No segundo refrão todo mundo já cantava conosco, com as mãos para cima, levantando cartazes e gritando alto.

ll I pray Is we break our chains

Because love's worth fighting for

Shed your light oh, oh, oh, oh

All I pray Is we break our chains

Because love's worth fighting for

Shed your light oh, oh, oh, oh

All I pray Is we break our chains

Because love's worth fighting for

Shed your light oh, oh, oh, oh

Cantamos juntas, acapella o final da canção, vendo muitas pessoas começarem a chorar na plateia. Quando acabamos a música, abracei Lauren e Dinah, chorando emocionada em termos feito aquilo na frente de tantas pessoas. O público aplaudia e gritava bem alto, acenei para algumas garotas que gritavam pelo meu nome tendo os rostos banhados de lágrimas.

- Obrigada, pessoal. - Murmuro - Tenham um ótimo dia.

- Vocês são incríveis. - Nos curvamos em direção ao público e conforme saíamos do palco, não sem antes abraçarmos algumas pessoas que estavam ali em cima.

Acabamos indo embora da marcha após eu muito pedir para Lauren, estava emocionalmente esgotada. Dinah acabou indo no hotel conosco, acompanhada de sua prima e irmã, pegando um quarto para ela e outros para a sua equipe. Recebi uma mensagem da minha mãe dizendo se eu podia amamentar minha filha antes de jantar, então me despedi e subi para o quarto de hotel onde meus pais estavam.

Após ficar quase uma hora no quarto com meus pais, desci para o restaurante deixando minha filha com eles para que pudesse comer tranquilamente com a minha esposa. Entrei no enorme cômodo e me deparei com Lauren tirando foto com dois meninos, após abraçá-la rapidamente os dois se afastaram, ocupei meu assento ao lado dela, não sem antes roubar um beijo.

Senti meu coração ser aquecido ao sentir minha esposa puxar sua cadeira para mais perto da minha e ela envolver meus ombros com o seu braço para que pudéssemos ler o cardápio juntas. Pude ouvir a risada baixa de Lauren ao sentir meus dentes mordiscarem delicadamente sua pele branca, assim como a vi ficar arrepiada quando meu nariz roçou em seu pescoço cheiroso.

Nosso relacionamento continuava a mesma melosidade de sempre, e por incrível que parecesse o fogo não havia diminuído após o nascimento de Elisa, tanto minha esposa quanto eu não víamos a hora de sempre colocarmos uma a mão na outra; entretanto, com nossa filha necessitando sempre de nossa atenção, horas românticas como aquelas eram mais difíceis de se concretizar.

- Sabe o que eu estava pensando? - Murmura baixinho, brincando com uma mecha do meu cabelo - E se nós deixássemos Elisa uma vez na semana na casa dos meus pais e outra semana na dos seus pais para termos uma noite romântica só nossa?

- Uma vez por semana?

- Uma vez por semana. - Sorri maliciosa - Não precisamos nem sair, talvez só ficar em casa e talvez usar aquela banheira no nosso banheiro e… - Morde o lóbulo da minha orelha, me deixando completamente arrepiada.

- Com licença… - Me afasto prontamente da minha esposa - Gostariam de mais vinho? Talvez fazer o pedido? - Trago saliva, sentindo minhas bochechas queimarem.

- Um pouco mais de vinho seria ótimo. - A mão de Lauren se apossa de minha coxa - E gostaríamos de dois especiais do chef essa noite. - Sorrio largo, entregando o cardápio para o garçom.

- Tudo bem, volto em um instante.

- Pare de me tarar aqui. - Tento fazer uma expressão brava, empurrando a mão da minha esposa de meu corpo.

- Terá que ensaiar uma cara melhor para caso queira que eu te leve a sério, nem Elisa iria te levar a sério com essa expressão.

- Oh eu não acredito que você…

Antes que eu pudesse terminar de falar, Lauren colou nossos lábios em um beijo bruto, por alguns instantes deixou apenas nossas bocas encostadas para depois chupar meu lábio inferior e roubar diversos selinhos rápidos.

- Uma vez na semana não é muito?

- É pouco para matar toda a saudade que sinto de você, acredite. - Rouba mais um selinho longo - Serão apenas por algumas horas, babe… - Resmunga contra o meu pescoço e eu suspiro.

- Ganharei massagens? - Rimos juntas e ela afasta seu rosto do meu pescoço, olhando no fundo dos meus olhos.

- Oh, acredite, você irá ganhar muitas massagens… - Comprimo os lábios, mas não consigo evitar de soltar uma gargalhada, sendo acompanhada por Lauren.

- Por que você estão rindo, perdedoras? - Nossa amiga puxa o assento da mesa.

- Oh, Dinah, você não quer saber, acredite… - Abraço o pescoço da minha esposa, deixando um beijo em sua bochecha.

Dinah não precisava saber de nada, mas eu fazia questão de saber e comprovar sobre aquelas massagens.