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História Behind the Backstage Season 2. - A madrugada é dos que morrem de amor.


Escrita por: opslety

Capítulo 11 - A madrugada é dos que morrem de amor.


Fanfic / Fanfiction Behind the Backstage Season 2. - A madrugada é dos que morrem de amor.

 

Capítulo sete - A madrugada é dos que morrem de amor.
Los Angeles, CA, EUA – Quinta-feira
15 de Junho de 2017
POV Cheryl Scott

Dizem que a madrugada é dos poetas, das putas e dos que morrem de amor¹. A madrugada é também dos que morrem de saudade. Na noite anterior, John voltou com o meu chip de celular antigo. Com o vazamento do número novo, precisei mais uma vez trocar de número de telefone. Ao colocá-lo no aparelho, preciso deixar o celular de lado por horas, até que todas as mensagens e ligações cheguem. É madrugada agora e eu posso dizer que estou há horas lendo o que foi enviado antes.

Apesar disso, há tantas ligações perdidas de Justin, que fico chocada. A conta telefônica dele deve ter ficado um absurdo de caso, com toda certeza. Eu olho as datas. Uma a uma, encontrando ligações do dia em que terminamos, do dia da coletiva de imprensa e do dia em que eu o atendi... o dia em que choramos juntos por tanto tempo que nem sei dizer. Choramos por saber que aquele era o nosso fim, mesmo ainda tendo tanto amor entre nós.

As mensagens quase não são dele. Há poucas enviadas e quando são de Justin, são do ano passado. Acredito que ele tenha desistido de mandar mensagem, mas que tenha tentado todos os dias, incluindo hoje. Por fim, deixo o aparelho sobre a cama, seguindo para o banheiro e ligando a água da banheira. Eu não ligo se são três horas da manhã. As coisas que Justin me mandava naquela época me fizeram ficar nervosa...

Sou interrompida com o toque do celular. Acabo deixando a banheira enchendo enquanto saio do banheiro atrás do celular na cama. O nome "Justin Bieber" aparece no visor, fazendo com que eu solte o celular em pânico. Permaneço fitando a tela, enquanto ela acende e apagava algumas vezes, até ficar escura novamente. Eu paraliso, enquanto encaro a tela do celular avisando que havia uma chamada perdida de Justin. Mais uma para lista.

"Oi, Cherry..." sou incapaz de ler o resto da mensagem. Encaro a tela fixamente enquanto outras mensagens começam a chegar em meu celular. Ele apita tantas vezes que sou incapaz de contar as mensagens que chegam. Deixo que elas terminem de ser enviadas e me sento a cama, desbloqueando o celular. Eu enxergo as palavras borradas, devido as lágrimas que ocupam meus olhos. Porque eu também me sinto assim. Pensei em Justin todos os momentos do meu dia desde que terminamos... A falta que sinto de Bieber chega a ser ridícula.

Mas pelo visto, é recíproca.

A quantidade de mensagens que ele me envia, fala por si só. Minha mente não para de raciocinar as mais diversas coisas relacionadas a Justin. Ele sente a minha falta da mesma forma que eu sinto a dele. Apesar disso, o tempo que permanecemos afastados só trouxe benefícios para mim. Eu não colocaria tudo a perder agora.

"Eu sinto a sua falta mais do que tudo, Cherry. Eu ainda amo você e provavelmente nunca vou deixar de amar." É o que ele envia. Eu gelo, fechando os olhos com força para conter as lágrimas. Tentativa falha.

"Eu sinto a sua falta também, Justin. Volta para –"

Apago tudo o que havia escrito. Eu não poderia colocar tudo o que eu reconstruí em jogo. A minha carreira estava incrível. Dane-se a vida pessoal. Para todos os efeitos, as pessoas acreditavam que estava tudo bem também. Deixando o telefone na cama, eu sigo para o banheiro e desligo a água da banheira. Voltando para o quarto mais uma vez, eu pego o telefone e suspiro.

"Por favor, não me mande mais mensagens assim, Justin. E nem lote minha caixa de recados"

Há dias eu não conseguia dormir. Justin ainda me ligava, normalmente durante as madrugadas. Depois que eu o respondi, Justin enviou mais de cem mensagens. Grande maioria delas implorava para que nós conversássemos por pelo menos, cinco minutos. Ele dizia que sentia minha falta e sabia que era recíproco. Eu não concordei e nem neguei, apenas silenciei suas mensagens e horas depois, quando ele foi vencido pelo cansaço, eu lia uma a uma. Era difícil saber com precisão quem era mais masoquista. Acredito que Justin e eu tenhamos o mesmo nível de psicose por ficar nos torturando com uma história do passado, mas só de vê-lo implorar por nós novamente, o meu coração se sentia aquecido.

Apesar disso, minha mente não conseguia evitar pensar que Justin só sentia isso quando estava bêbado e drogado. Sabia que as mensagens que ele enviava, normalmente eram todas nesse estado. Os erros de digitação ajudavam a comprovar. Durante o dia, Bieber desfilava com Hailey, com as modelos padrão Kardashian-Jenner e à noite se fazia de ex namorado triste? Ah, não comigo.

O mês de junho foi o mais rápido de todos. O dia vinte logo chegou, trazendo à tona a semana do casamento de John e Sophia. Na semana anterior, durante uma viagem relâmpago à Paris, busquei o vestido no escritório da Prada e voltei para os Estados Unidos. Na manhã do dia vinte, sai para correr logo cedo numa tentativa de clarear a mente. Fui para um almoço beneficente e passei o resto do dia resolvendo algumas pendencias no escritório de casa. Apesar disso, tentava a todo custo focar em coisas que não fosse aquilo.

Fui para a academia numa forma de tentar aliviar a mente e prestar atenção apenas nos exercícios feitos. Ter o mesmo personal de Justin não facilitava na hora de me fazer esquecer de Bieber. isso é um saco! Quer dizer, haviam tantos meses que eu não pensava em Bieber dessa forma. Mas ter lido todas aquelas mensagens que ele enviava, desde o dia em que terminamos, me deixava apreensiva.

Por que?

O dia vinte e um era amanhã.

O nosso dia.

Não, não é só isso.

O dia vinte e um era amanhã e teríamos o último jantar de ensaio antes do casamento de John. O jantar de ensaio seria apenas o início do meu reencontro com Justin. Dois anos não foram o suficiente para que eu esquecesse Justin. Dois reencontros em tão pouco tempo me faziam repensar como aguentei. A noite de Seattle girava em minha mente todos os dias. Eu sabia que devia ser algo presente para Justin também.

Por fim, fecho os olhos ao cair na cama. O relógio do celular marca onze e cinquenta e oito. Eu encarei a tela por três minutos, até duas mensagens de Justin seguidas. Eu reluto contra a vontade de olhar. Não consigo evitar, abrindo o aplicativo de mensagens.

"Dois anos desde que essa foto foi tirada. Olha só como você parecia feliz."

Eu sei que foto é. Eu lembrava perfeitamente do momento em que a fã tirou de nós, quando Justin me pediu em namoro. Eu fecho os olhos, clicando na conversa com ele e sendo bombardeada por uma imagem tão linda. O meu sorriso era reluzente, radiante. O rosto de Justin era difícil de ser visto porque ele estava beijando minha bochecha. Automaticamente, eu levo os dedos até o local onde o beijo era dado.

"É... eu não parecia feliz, eu realmente estava."

Não pude controlar os dedos e acabei enviando isso. Justin começou a digitar na hora, talvez aproveitando meu momento de fraqueza. Eu devia isso a ele hoje, mas acredito que devia mais a mim mesma. Relembrar o dia em que Justin me pediu em namoro foi algo que diz muitas vezes. Abria todos os sites de notícias possíveis para ler as mais diversas reportagens sobre um dos pedidos mais lindos.

"As coisas podem voltar a ser como eram antes, Cereja. Só basta você querer."

Fico sem saber o que responder diante aquilo.

As madrugadas haviam se tornado o meu ponto fraco. Eu rolava pela cama, pensava em Justin e cai do pecado de responde-lo também. Eu havia me tornado fraca e haviam se passado apenas uma semana desde que Bieber e eu trocamos as primeiras palavras. Eu odiava a forma com a qual ele me fazia sentir.

"Por favor, Justin. Esqueça isso. Acabou entre nós e é para sempre."

Mais uma vez, eu não procuro saber o que ele respondeu. Entrei embaixo do edredom, agradecendo pelo ar-condicionado ligado no mais frio possível. Los Angeles nunca estivera tão quente que nem hoje. Com o ar-condicionado no dezesseis, eu poderia facilmente me esconder em baixo de cobertas e evitar o celular a todo custo.

Na manhã seguinte, eu faço o que adquiri costume. Beijei Annelise na bochecha e peguei a porção de frutas que havia sido cortada para mim. Quando terminei de comer, desci até o térreo e peguei impulso para começar a correr por Beverly Hills. As músicas tocavam por meu fone de ouvido, tirando-me do mundo externo. O top preto da Victoria's Secret Sport Bra cobria meus seios e usava a calça da coleção esportiva da VS também. Por precaução, havia um casaco amarrado em meu quadril e nas costas estava escrito "treine como uma Angel", um mimo que a marca havia dado para nós, porque em breve começaríamos a filmar os vídeos para o canal do YouTube mostrando nossa rotina de malhação pesada.

Por fim, eu volto para a casa completada asquerosa de suor. Procuro por Annelise, pedindo para que ela levasse a mala média para o meu quarto enquanto eu tomava uma ducha rápida. Na quinta durante o dia eu teria compromisso por ele inteiro, então faria as malas para o fim de semana já agora. Viajaríamos na sexta-feira pela manhã em direção a Newport Coast, onde o casamento de John e Sophia aconteceriam no sábado. A "despedida de solteiro" dos dois seria realizado em conjunto.

Para começar, eu procuro roupas quentes. Coloco uma calça jeans da Fendi e uma jeans pantacourt com rasgos por ela. Para usar com a pantacourt, coloquei uma blusa preta e lisa, sem decote algum contendo mangas bufantes. O sapato também estava separado. Após colocar na mala, repenso um pouco e decido que utilizaria aquilo para viajar e usar durante o dia. Retiro da mala. Annelise entra nesse momento, encarando a bagunça na cama e no chão.

― Me diga que não serei eu a arrumar isso, Cheryl...

― Não digo, mas só porque você pediu. ― pisco para Anne.

Ela abre um sorriso gentil, retirando algumas coisas do chão. Procuro pela bagunça uma saia também no modelo pantacourt, que estava se tornando tendência para esse verão. Os botões que compunham a frente da saia deixavam-na mais estilosa que o modelo apenas liso, então optou por essa mesma e uma blusa de seda branca. Separei também o pijama curto e rosa de cetim e coloquei dentro da mala, acompanhando com o par de pantufas.

Quando terminei a mala, duas horas depois, já a coloquei separada no canto do quarto. Desci com Annelise para almoçar e contei para ela que eu reencontraria Justin naquela noite. Ela me lançou um sorriso acolhedor, quase que materno e pousou a mão sobre a minha.

― Cheryl, Cheryl... Você e o senhor Bieber tinham e acredito que ainda têm tudo para dar certo. Eu sei que a senhorita não gosta de ouvir isso. Mas é claro que o senhor Bieber ainda gosta da senhora. Ele mandou flores todos os dias vinte e um, de todos os meses desde o término de vocês. No dia vinte e um do ano passado, ele mandou vinte e um buquês. ― abro a boca perplexa. ― Mas a senhorita mandou jogar tudo fora. O senhor Smith também ordenou isso. Qualquer coisa que tivesse vindo do senhor Bieber, era melhor ser descartado. Eu não fazia isso, senhorita. Eu colocava as flores no vaso, entregava nos outros apartamentos... levava também para a recepção. O prédio inteiro ficava decorado com as flores do senhor Bieber, mas a senhorita sempre estava tão irritada nos dias vinte e um que ignorava qualquer sinal.

Annelise é interrompida pela campainha que toca. Drake aparece na porta, mas para quando me vê ali.

― Hm, Annelise? Aquilo lá...

― Cheryl já sabe.

― Ela sabe?

― Sabe. Eu contei.

― Pensei que fossemos manter isso em silêncio até o senhor Bieber casar ou desistir.

― Não acho justo com ele. Nem com ela.

Annelise, que havia se tornado quase que uma mãe nos últimos anos, me deu um último abraço antes de caminhar com Drake para a entrada do apartamento. Eu solto uma lufada de ar, pensando em como Justin ainda tinha coragem de fazer aquilo. Por fim, eu me levanto da mesa, deixando grande parte do almoço no prato e sigo os dois até a entrada. A cena que encontro quando chego lá é quase um flashback do meu aniversário de vinte anos.

Eu me aproximo do elevador, inspecionando as flores como se elas carregassem uma doença contagiosa. Em seguida, procuro o celular no bolso traseiro da calça, ignorando os murmúrios dos dois atrás de mim. Assim que abro a câmera do celular, aponto para o elevador, registrando uma foto daquele exato momento. O sorrisinho que estampa meus lábios me faz pensar em muitas coisas ao mesmo tempo.

Coloco o celular da mesa que há ali. Indicando com a cabeça, peço ajuda a Drake e Annelise, para que tiremos todos os vasos de flores do elevador para liberá-lo a quem precisasse. Quando o hall do apartamento se lota de vasos de flores, eu sento entre eles, pedindo para que Anne e Drake me dessem alguns minutos ali. Drake adentra o elevador, certificando-se de que o andar estava trancado para visitantes. Assim que os dois saíram, eu encarei todas as flores, procurando por um cartão.

Eu o encontrei, finalmente.

Entre todos os buques, uma única flor branca se encontrava ali, tão característico de Justin. Eu puxo a rosa e sinto que ela enrosca em algo. Eu pego, completamente nervosa com isso.

Mas antes que eu possa ceder, rasgo o cartão, jogando dentro do vaso de flores. 


Notas Finais


¹ - Essa citação é do Voraz, um poeta.
LINK DA PLAYLIST: http://bit.ly/CHERBIEBER

Capítulo adiantado porquê estou saindo de viagem. Um feliz natal a todos!
Quem sabe não role um capítulo especial de fim de ano...
Obrigada por todo o apoio sempre.


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