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História Best Mistake - Bônus Part I


Escrita por: Ptumblr

Notas do Autor


O Bonus será dividido em duas partes, okay?
provável que eu poste o segundo semana que vem, então fique de olho meu tt: @Patbieberdrew


Senti falta de vocês.

Capítulo 84 - Bônus Part I


Sinto meu corpo absorvendo o efeito do álcool, fazendo minha visão ficar turva e de alguma forma a tristeza me toma mais uma vez, deixando-me naquele canto no meio da noite, com a esperança de algo, com expectativa de algo.

Esse ônibus passará ainda hoje? Eu não sei.

Minha vida tem se tornado uma decepção atrás da outra, carregada de muito álcool e brigas de rua. Tornando-me aquilo que jamais fui, sinto-me fraco ao ver meu rosto naquela poça de água.

Meus olhos cheios d’agua, lábios e nariz encharcado de sangue e lágrimas. Eu fracassei como pessoa, como um ser existente, não foi?

Meses se passaram, quase oito e eu ainda tenho seus olhos frescos em minha memória, eu ainda a vejo toda noite, em meus sonhos. Ela foi embora? Ana foi embora para sempre?

Não consigo suportar, eu grito por ela, berro por ela e tudo o que consigo ouvir são os sons dos sapos pulando de poça em poça. Minhas únicas companhias, minhas únicas respostas.

Às coisas por aqui tem sido assim ultimamente. Quando uma longa noite vem, eu me perco novamente. Ela não está mais por perto. Não tenho mais lugar para acordar, mas continuo aqui, parado, esperando por um milagre.

Ana morreu a sete meses, após um acidente de carro, ou melhor, em uma cama de hospital. Eu precisava dela, eu preciso do seu amor e implorava para que ela me levasse com ela toda noite, só ela poderia me acordar desse pesadelo, só ela poderia me tirar disso.

Por que eu não conseguia fazer isso sozinho?

Mesmo que estejamos em lugares diferentes, você ainda estará comigo, certo?

Limpo o sangue com a manga do meu casaco e tento me colocar de pé, mas meus músculos não estava forte o suficiente para aguentar minha carcaça. Eu estava fraco, de inúmeras maneiras possíveis e nem mesmo Deus poderia me tirar daquela situação.

Às primeiras gotas de água começaram a cair e a molhar meu rosto, como se aquela água purificasse minha alma de tal forma, me dando forças para ficar de pé e caminhando devagar, mancando até um orelhão.

Eu não sabia para quem ligar, mas precisava pedir ajuda, eu precisava voltar. Voltar para casa.

Estava tão frio.

Com os dedos trêmulos, digito um numero de cada vez.

O primeiro toque do telefonema fez minha cabeça estremece, mas eu permaneço firme.
— Alô?— Era ele, com sua voz sonolenta e rouca por causa do horário, mas era ele.— Quem fala?

— Min Yoongi.— Abro um pequeno sorriso ao pronunciar o nome do meu amigo e então, sinto uma lágrima minha se misturar com as gotas de chuva que caiam sobre meu rosto.

— Jungkook? Jungkook, onde você está?— O seu tom de voz mudou de sonolenta para preocupado em segundos.

Sinto sua falta, Hyung.

— H-Hyung, eles voltaram? Eles ainda estão me procurando?— Pergunto, com a voz trêmula de frio.— Eles estão me procurando.

— Por Deus Jungkook, o que está acontecendo?— Ele eleva sua voz. Parecia estar bravo, mas ainda sim, preocupado.

Engulo o seco, sentindo outra lágrima cair.

— Estou cansado, estou tão cansado.— Murmuro e respiro fundo, sentindo o gosto de sangue escorrer em meus lábios outra vez.— Eu acho que não vou conseguir fugir por muito tempo Hyung…

— Diga-me aonde você está… Eu vou te buscar.— Ele fala mas logo para.— Jungkook?— A ligação começa a falhar.— Jeon Jungkook?

E então, a ligação cai.

Eu, com poucas moedas no bolso, caminho para longe daquele orelhão, em destino a um ponto de ônibus mas minha carcaça já estava se esgotando e a cada passo que eu dava, um peso caia sob meus pés sujos. Eu caí sobre o chão de concreto, molhado pela chuva e ao bater a cabeça, desmaio.

Meu mundo girou como um pião sem freios quando acordei, deitado sobre um pano fino e sujo no cheio com latas de lixo que queimavam com o fogo para aquecer meu corpo, ouço uma voz masculina e rouca por perto. Eu não tinha forças para fazer muita coisa mas o homem, que na qual bebia um pouco d'água dentro de uma latinha de feijão, me observava com atenção, percebendo que eu acordava aos poucos.

Eu fiquei com medo, não reconhecia aquele lugar e nem aquele homem, mas no momento, tudo o que eu poderia fazer era gemer de dor com a dor de cabeça.

— Não se mova, você não está bem.— Ouço sua voz e logo depois sinto minha cabeça estremece com a dor. Fecho os olhos com muita força, na esperança da dor diminuir.— Garoto, apenas pare.

Respiro fundo.

Lágrimas de dor rolaram em meu rosto naquele instante e tudo o que me veio à mente foi os meus amigos. Cada um deles passaram em minha mente e às lágrimas só aumentaram. Eu não estava chorando apenas por causa da dor, o motivo principal não era esse e sim a saudade.

Como eu queria está com eles agora, com cada um deles, sem exceção.  

Quando se é novo em um grupo de amigos, você aprende com eles o que é a vida e o que é viver. São histórias diferentes e vivências diferentes e com o tempo, outras pessoas entraram em nossas vidas também. Eles são minha família, minha única família e eu não estarei com eles.

— Aonde você esteve? Parece que não come a dias. Aonde está sua família?— Perguntava o homem. Eu estava a seis dias sem comer.— Você veio de muito longe, não é? Está fugindo de algo, rapaz?

Da minha vida, moço, de mim.

Balanço a cabeça, negando tudo aquilo e então ouço ele rir e logo depois me embrulhar com um pedaço de pano, apenas para esquentar meus pés, mas aquela noite estava fria demais e nada poderia me aquecer, nem mesmo a paz.

Fecho os olhos e durante horas permaneço acordado até por fim cair no sono. Com dificuldade, consegui me manter de pé no dia seguinte e vejo o mesmo cara de ontem se aproximar.

Estava em um tipo de abrigo para sem-teto, dentro de um antigo e sujo estacionamento abandonado, vejo outras pessoas, uns cinco ou sete, todos piores que eu. Um dos sem-teto estava gravida e a outra tinha uma criança.

Pessoas com problemas piores que os meus, mas com um sorriso maior que o meu.

Por que estão sorrindo? Não enxergam onde vieram parar?

— Como se sente?— Pergunta o senhor. Vestindo várias camadas de roupa por cima de seu corpo e com os dentes da frente estragados, ele sorrir para mim e me entrega uma lata de feijão com café quase frio.— Beba!

Obedeço. Aquele café com certeza foi feito a dias atras, mas mesmo assim o bebi.

— Você está fugindo?— Ele pergunta e eu olho em sua direção.— Pais? Namorada? Polícia? Não, esquece, não é da minha conta.— abaixo a cabeça e bebo mais um pouco do café.— Contanto que você não tenha matado ninguém, está tudo bem. Você tem algum lugar para ir? Família? Amigos…? Alguém sente sua falta?

Balanço a cabeça, concordando.

— E aonde eles estão agora? Por que você não vai até eles?
— Eu acho que… fudi com tudo.— Suspiro.— Eu quero voltar mas…

— Garoto, escute. Nesse lugar, existem inúmeras histórias. Aqui tem de tudo. Drogados, ex drogados, grávidas, ex maridos, pessoas que perderam o emprego, adolescentes rebeldes, tudo, mas se você tem alguém e quer sobreviver nesse mundo por mais de duas semanas, vá atrás dessa pessoa. Adolescentes como você não duram três semanas aqui. A maioria morre ou foge.

Suspiro.

Aquela era a realidade de pessoas como eu? Eu não queria aquilo para mim.

— Você provavelmente é novo aqui, então...— Ele volta a falar e eu presto atenção em cada palavra que sai de sua boca.— Se quer algo para comer hoje, use sua beleza e arrume algo que lhe garanta comida no fim do dia.

O que ele queria dizer com aquilo?

— Como o que? Não tenho certeza disso.— Suspiro, detestando aquela ideia.

— Há pessoas que tocam em praças, na esperança de trocados, ou favores para alguém, não sei, você é criativo, eu aposto.— Seu sorriso sem graça não me motivou em nada, muito pelo contrário.— Se não quiser, fique aqui e morra de fome. Pessoas como eu que não tem habilidade alguma, apenas imploram. É um trabalho humilhante, mas não temos escolha.

Engulo o seco e viro a cara, não querendo, me recusando a aceitar aquele destino.

A conversa não fluiu muito depois daquilo, seguindo seu rumo, ele me deixa com aquele cobertor fino e sai do local.

Observando o local caindo aos pedaços por um momento avisto um violão quebrado, mas com cordas ainda intactas, e com dores em todo corpo, movimento-me e caminho para fora, quase duas esquisar daquele lugar e morrendo de fome e frio, sento-me sobre um banco e fecho os olhos.

Minha habilidades eram poucas e com um pouco do que aprendi nas aula de violão com Yoongi, consegui atingir poucas notas mas o suficiente.

Devo ter permanecido sentado naquele chão frio durante uns duas horas, cantando poucas musicas que me vieram à mente.

O resultado não foram tão bons mas com os poucos trocados que consegui, fiz uma ligação através do orelhão.

O som do toque no orelhão fez meu corpo tremer, mas não era de frio e então, tocou novamente e então eis que uma voz surge.

— Oii, quem fala?— Era uma voz feminina, era a Beatriz.

Eu não consigo dizer nada, fico quieto por um segundo, tentando me obrigar a emitir algum som. Eu precisava que ajuda, queria que eles viessem me buscar, me tirar desse fundo do poço.

— Quem é?— Escuto uma voz no fundo e então tenho a certeza de que era o meu amigo, Yoongi.— Não sei, não diz nada.— Fala Beatriz e então ouço Yoong falar mais alguma coisa, mas não consigo entender.— Alô, quem é? se for trote seu filho da puta, eu espero que você vá tomar no olho do cu…. Alô?— Beatriz suspira.— Desliga isso...— Fala Yoongi.— Deve ser trote.

Suspiro, nervoso.

— Olha, eu vou desligar. Espero que você tenha uma...— Eu a interrompo.

— Socorro.— Digo, aquilo foi a única coisa que saiu da minha boca, o único som disponível.— Me tirem daqui.

A ligação fica muda. Não consigo ouvir mais nada.

— Por favor...— Sinto uma lagrima cair.— Eu preciso dos meus hyungs…

— Ju-Jungkook?— Era a voz do Yoongi, eu senti o peso daquilo em meu coração, me fazendo transbordar. Ele parecia desesperado, consegui sentir aquilo pelo tom da sua voz.— Jungkook, é você? Aonde você está?

Olho ao redor. Nem eu saberia dizer aonde eu estava.

— E-Eu não sei...— Respondo.— Eu realmente não sei.

A ligação começa a cortar.

— Hyung, por favor, me tire daqui.

A ligação cai e então, chorando, coloco o telefone no gancho do orelhão e olho ao meu redor. Estava ficando cada vez mais frio e escuro por aí. Respiro fundo, sentindo aquele ar gelado e então, volto para o lugar de onde vim.

Eu estava destinada a aquele universo? viver daquela forma?

A saudade da minha única família, daquilo que um dia me fortaleceu, me fazia tanta falta, assim como Ana. Voltar para eles significaria ter que enfrentar tudo, enfrentar meus maiores medos e fraquezas e eu não queria, de forma alguma, lidar com aquilo. Eu tinha opção?

Meus hyung, às garotas, minha irmã…

Eu sentia falta de tudo isso, mas enfrentar tudo isso era assustador. Ver a tragédia que aquilo tudo acabou se tornando, o acidente, conflitos, Taehyung preso… Eu saberia suportar?

Vejo aquelas pessoas, sentadas, tentando se esquentar com um pouco de fogo dentro de uma lata de lixo, vejo a solidão e tristeza nos olhos de cada um e neles consigo me enxergar. Eu não quero isso para mim.

Sento-me no chão, cansado e de longe, vejo algumas pessoas me observando, cochichando, sussurrando. Isso me dá medo, isso me assusta.

Meu corpo cansado precisava de um banho, de um descanso, de uns reparo e curativos, de um pouco de café e de algumas birras, mas eu não mereço tal luxo. Fecho os olhos, sentado contra um chão sujo de concreto imundo e ali, tento dormir, tento relaxar e por ali fico, até ser acordado algumas horas depois, com um barulho.

Gritos, na verdade.

Ninguém dizia nada, apenas encarando a entrada do abrigo, pergunto a um senhor que tinha em seus olhos o medo, o que estava acontecendo.

— Se esconda.— É tudo o que ele me diz, mas eu não entendo.

Caminho até a entrada e os gritos aumentam, risadas, na verdade. No estacionamento de um supermercado já fechado, vejo um grupo de jovens com um taco de beisebol, chutando alguém e jogando um líquido transparente naquela pessoa.

Curioso, me aproximo mas logo recuou ao ver que se tratava de gasolina e então um dos rapazes liga um isqueiro.

— Ei...— Grito, chamando a atenção deles.— O que estão fazendo?— Olho para baixo e logo percebo que se tratava daquele homem que me ajudou, que me levou para o abrigo, ele estava cheio de gasolina.— Eu vou chamar a polícia, deixem ele em paz.

— Por que não cuida da sua vida seu filho da puta?— Fala um deles, se aproximando enquanto girava o bastão em suas mãos, tentando me ameaçar.— Sai daqui.

— Não. Deixem ele em paz.— Digo, firme e então dou um passo à frente, o enfrentando.

— Você quer apanhar também seu viadinho?— Ele tenta zombar de mim, enquanto os outros se aproximam.— É a sua última chance…

Eu não recuo, muito pelo contrário. Sou o primeiro a avançar a acertar o primeiro soco na daquele dele, fazendo o mesmo cair para trás, mas antes que eu reagisse contra os outros, sou golpeado e acabo caindo no chão. Tudo o que consigo escutar em seguida, é o som de alguma sirene, vendo os outros correrem em direção contrária, deixando o bastão e o amigo deles no chão.

Eu apago.

Quando acordo, totalmente tonto, olho ao redor e me dou conta de que estou em uma sala branca. Minha visão está turva e minha cabeça dói demais.

— Ele está acordando.— Ouço uma voz grave.— Senhor, o que está sentindo?

— Aonde estou?— Pergunto, totalmente perdido.— Que lugar é esse?

— Você está no hospital, senhor. Conseguimos contactar um familiar seu, ele está a caminho.— Diz a voz grave.

— O que? Que familiar?

Tento me mexer, mas uma mão me ampara e me impede.

— Você precisa descansar. Por favor, apenas relaxe.— Pede a voz e então suspiro.

O som de uma porta se fechando me chama atenção minutos depois e então, com muita dificuldade, me coloco sobre a cama, sentado. Pisco algumas vezes e tento me lembrar de alguma coisa mas nada me vem a mente e minha cabeça latejava demais.

Cheiro de hospital me trazia péssimas memórias.

A quantos dias eu estava ali?

Respiro fundo e retiro o soro da minha veia com cuidado, vendo o sangue escorrer em meu braço. Aquilo doeu, mas eu não poderia ficar mais ali, eu estava vulnerável demais ali, poderiam me achar. Levanto-me e então acabo caindo de joelhos sobre um tapete. Tudo gira, me sinto fraco mas não desisto. Caminho até o banheiro daquele quarto frio e me olho no espelho, vendo meu rosto com alguns curativos e totalmente inchado.

Ouço um barulho, uma porta se abre e então, caminho devagar até a porta do banheiro, vendo Yoongi no quarto, olhando para a minha cama.

Ele estava diferente, um pouco mais alto talvez, cabelos mais escuros. Ele mudou?

Meu mundo se transformou em pura alegria quando eu o vi, e então, ele se vira e olha em minha direção. O mesmo corre em minha direção e me faz dar poucos para trás. Me envolvendo em seus braços cobertos pelo casaco xadrez, ele me esquenta e me faz derramar poucas lágrimas e então, na porta, vejo Namjoon. O mesmo sorrir para mim, mas não diz muita coisa, apenas acena e chama Yoongi.

— Precisamos ir, agora.— Ele fala.

E então, segurando em meu braço, ele me puxa para longe dali, daquele lugar. Me vejo correndo em direção a escadas daquele longo corredor, daquele imenso hospital enquanto meu hyung segura minha mão. Ele sorrir para mim e então, quando para, me solta e sai correndo, me deixando só aos poucos, me abandonando no ritmo em que corria. Yoongi me deixou ali.

Diminuo a velocidade e acabo parando, sentindo o vento frio dos outros passando por mim, acompanhando Yoongi. Por que eu não conseguia acompanhá-los? Eu queria segui-los, mas eu não conseguia.

Eles me abandonaram. Me esqueceram. Nem se preocuparam.

Eu choro e então alguém segura em minha mão, e quando olho em seu rosto, vejo Ana. Com um vestido azul claro, ela me puxa até o fim do corredor e ao chegar perto da escada, a mesma me empurra com força, me fazendo gritar.

— Ele acordou!— Ouço uma voz e então me sento de uma vez, vendo Namjoon em volta da cama. Ele me encarava com uma certa preocupação e ao seu lado, vejo Jimin.— Como você se sente? Jimin… Chame o enfermeiro.

Jimin assinte e então sai dali.

— O que está acontecendo? Aonde está Yoongi?— Pergunto, ainda sentindo meu coração disparar.

Namjoon me encara, confuso.— Do que está falando? Porra Jungkook, aonde você andou? Sabe que dia é hoje pelo menos?

Engulo o seco.

Aparentemente, eu estava me um hospital. Dividindo um quarto com mais cinco pessoas. Totalmente confuso.

— Aonde está Yoongi? Ana? Como você me encontrou?

minha mente estava em completa desordem, presa entre o sonho ea realidade, totalmente confusa e perdida. Eu já não sabia mais o que era realidade, até sentir as mãos quentes do meu hyung em meu ombro, ele disse que estava tudo bem com seu olhar e abriu um doce sorriso, antes que Jimin reapareceu.

Sem delongas, escuto um pouco da conversa de ambos. Algo como ser rápido, antes que algo me pegue. Tento entender o sentido daquilo, busco respostas mas sem sucesso, permaneço imóvel até um enfermeiro chegar.

— O que faremos?— Pergunta Jimin ao enfermeiro.— Eles chegaram a qualquer momento.

— Não se preocupe, eu conversei com os seguranças e assim que houver alguma movimentação estranha, eu ficarei sabendo. Mas vocês precisam ser rápidos, eu não quero confusão para o meu lado.— Dizia o enfermeiro, um pouco baixo.—  Apenas se livre dele.

— Jimin, ajude ele a se vestir, estarei no carro esperando por vocês.— Ouço Namjoon falar e logo depois, com o enfermeiro, os dois saem e me deixam a sós com Jimin.

— Você pode por favor me conta o que está acontecendo?— Pergunto, com a voz um pouco fraca. Jimin olha para mim e sorrir, abaixando-se e então pegando uma bolsa verde escuro. Ele retira algumas peças de roupa de dentro e me ajuda a retirar o soro da veia.— Jimin, eu estou totalmente perdido aqui.

— Explico depois, tudo bem? Nosso tempo está corrido e se você não quiser morrer com tiros na cabeça, é melhor parar de perguntar e começar a vestir essa roupa.— Seu sorriso desafiador me fez sorrir.— Prometo que te explico tudo no carro, mas sério, agora não é o momento.

Jimin me ajuda a tirar aquela roupa de hospital e com delicadeza, me ajuda a vestir algumas roupas limpas.

— Você pode se virar pelo menos? Eu sei vestir cuecas e não quero você vendo meu pênis.— Digo e ele rir.

— Não há nada aí que eu nunca tenha visto, seu idiota.— Ele diz e então se vira, rindo.

Reviro os olhos e me apoiando na cama, visto a cueca e logo depois a calça. Foi bem difícil, mas consegui. Coloco minha mão sobre seu ombro e então o mesmo me ajuda a sentar em uma cadeira de rodas. Inúmeras situações se passavam pela minha cabeça e eu nem estava totalmente bem, ainda me sentia zonzo e a minhas pernas estavam bambas, mas Jimin não hesitou e com cautela, me empurrou até o elevador do hospital.

— Jimin, está tudo bem?— Pergunto, preocupado.

— Claro, digamos que sim.

Sua risada não me convenceu.

— Hyung...— Ele olha para mim.— Senti sua falta.

Ele sorrir.— Eu também, mas ainda quero te matar.

A porta se abre e caminhando para não chamar atenção, vimos o enfermeiro que me ajudou a sair dali na porta da saída principal, nos esperando. Jimin faz um sinal com a cabeça e sairmos do hospital, o vento estava frio e pelo, estava chovendo. A noite estava bem iluminada mas logo depois da ambulância estacionada, vimos Namjoon, buzinando para nós.

Sou colocado no banco de trás do carro e Jimin entra em seguida.

Meu coração estava a mil, mas não saímos dali, continuamos quietos, com o carro ligado e uma rádio qualquer ligada.

— Eles estão atrás de você, você sabia?— Fala Jimin.— Aonde você esteve durante todo esse tempo?— Não respondo.— Jungkook, se você quer respostas, apenas responda às minhas primeiro.

— Eu sei.— Digo.— Eles acham que eu os roubei, mas isso é mentira. Eu juro, eu nunca fiz nada daquilo.

— Tá, depois discutimos sobre isso. Só precisamos sair daqui logo.— Ele fala, mas o carro continua imóvel.— O que estamos esperando?

— Só um momento...— Murmura Namjoon e então, quase que no mesmo momento, vejo dois carros enormes chegando. Lotado de homens grandes e um homem magro e cabelos negros, engulo o seco ao perceber que se tratava de GDragon. Meu coração dispara ao vê-lo.

Tento me esconder.

— Eles grampearam o telefone do Yoongi. Quando você ligou para ele, logo eles ficaram sabendo que você estava vivo e vieram aqui para acabar com você. — Suspira Jimin.— Namjoon, temos que ir. Se eles nos virem…

Namjoon acelera, nos tirando dali.

— Aonde vamos?— Pergunto.

— Yoongi. — Responde Namjoon.

— Você não acha muito arriscado?— Pergunta Jimin, observando se algum carro nos seguia.— E se…

— Não se preocupe. Não tem como ele ir pra faculdade e não há outro lugar além do apartamento do Yoongi.— Fala Namjoon.— É só por um tempo.

— Me desculpem...— Murmuro e então Jimin olha em minha direção, apenas me observando.— Eu causei tudo isso, desculpa.

— Cala a boca, idiota.— Responde Jimin.

Abro um sorriso.

— Como vocês me acharam?— Pergunto, curioso.— Eu fiz de tudo para não me acharem.

— Você é burro demais para se esconder por muito tempo...— Murmura Jimin, me fazendo rir.

— Não sabíamos. Na verdade, quem me disse que você estava no hospital de Busan foi Jaewon, aquele enfermeiro que nos ajudou. Ele ajudou a cuidar do Jimin quando sofremos o acidente.— Fala Namjoon.— Por sorte, ficamos sabendo que você estava aqui antes dos outros.

— Agradeça Jaewon, caso contrário, você estaria morto agora.— Fala Jimin.— Temos que voltar para Seul o mais rápido possível, antes que a merda fique maior.

E foi o que fizemos. Aparentemente o carro era de uma locadora, e ao assinar a papelada, pegamos um taxi até a estação de trem e lá, pegamos o primeiro trem até Seul. Eu ainda cheguei a considerar aquilo tudo como mais um dos meus sonhos malucos, ainda cheguei a imaginar que aquilo tudo fazia parte da minha loucura mental, mas assim que vi Mery na estação de trem de Seul com Eunji e Ayeon, meu coração explodiu em alegria.

Ayeon estava tão grande. Seus cabelos estavam longos e escuros e toda vestida de rosa e batom rosa, ela correu para o meu abraço enquanto algumas lágrimas escorriam em minhas bochechas, eu ainda não acreditava naquilo.

Era real?

Mery veio me abraçar em seguida, a mesma estava de cadeira de rodas mas estava tão linda. Seus cabelos estavam bem compridos e sua franja cortada. Manco um pouco, tentando caminhar até ela e então eu a abraço forte.

— Yoongi vai te encher de porrada quando te ver.— Ele solta uma risadinha e então se afasta e Eunji me abraça.

— Senti sua falta. Bem vindo de volta...

 


Notas Finais


Oi gente, eu tenho tanta coisa pra contar pra vocês. Meses se passaram e eu sei que a maioria achou que eu havia desistido. MAS CÁ ESTOU EU

Gente, eu passei por muitos problemas esse tempo. Algumas pessoas sabem disso, mas eu tenho depressão, ansiedade, panico as vezes, tenho bulimia e até começo de anorexia, mas eu já estou fazendo tratamento. Ano passado foi terrível para mim, eu passei por muita coisa, foi simplesmente o pior ano da minha vida e eu estive tentando me focar nos estudos e em mim, mas não deu certo kkkk.
A parte boa é que eu nunca desisti do bonus. Na verdade eu tenho mais de 5 versões desse mesmo bonus porque eu sempre começo e não termino, ou termino e apago tudo porq não gostei. Eu só quero ser perfeita em pelo menos uma coisa e nem isso eu consigo, eu sei, mas eu tento. Sempre tentei dar o meu melhor nessa fic e sei o quão ruim foi o final... kkkk eu ainda penso em rescrever ele, em mudar mas ja está tarde dms para isso.
Olha, eu quero que saiba q eu nunca desisti e nunca vou desistir. Eu amo todos vocês, eu sempre estarei aqui por vocês.
Hoje em dia eu estou um pouco melhor, meus momentos de panico e ansiedade estão diminuindo e eu estou até namorando uma garota incrivel kkkk estou feliz, ela me faz feliz.

Mas enfim, eu vou entender se me odiarem por causa do final, serio, totalmente compreensivo. Eu só queria agradar vcs, mas FALHEI.

Enfim, boa leitura.
Espero que estejam bem, serio. Amo vocês e até a parte dois desse bonus..

TWITTER: @Patbieberdrew


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