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História Better Call Sakura! - O julgamento de Sakura, parte I


Escrita por: Braunjakga

Notas do Autor


Cansada, estressada e com as cartas Clow apreendidas pelo FBI, Sakura se vê cercada de inimigos por toda a parte, sem uma luz para ajudá-la…

Capítulo 81 - O julgamento de Sakura, parte I


Sentada em uma mesa de escritório do prédio Umeda, em plena madrugada, cansada e com fome, Sakura Kinomoto escuta atentamente as perguntas feitas pelo comandante do FBI no Japão, Robert Ishikawa. A pessoa que ajudaria Sakura a manter as cartas a salvo e aliado de Sonomi, segurava o deck de cartas na mesa. Na frente havia a carta vácuo, sem o coração sem nome que representou um dia os sentimentos de Sakura por Syaoran.

– Sakura, as cartas alada, escudo e força voltaram para o deck. Não se preocupe, não vamos ferir seus direitos constitucionais, nem pensamos subtrair as cartas de você. Apenas queremos manter o Japão, como nosso aliado na ásia, a salvo de qualquer ameaça interna e externa.

De repente, um homem entra na sala batendo continência. Era o vice-superintendente Albert Tsukuda:

– Major Ishikawa!

– Tenente Tsukuda!

– West Point, 99, Afeganistão.

– West Point, 89, Kwait.

Os dois homens cantaram breves canções militares em inglês e se saudaram como velhos companheiros de escola.

– E o relatório do MACUSA?

– Não será necessário. Os Sakurazukamori nos passaram tudo e o pessoal do Mahoutokoro está de queixo aberto. Chegamos antes deles! Dê uma olhada. Tenho os relatórios da polícia de Osaka também…

Albert mostrou para Robert uma pasta que Sakura sabia que era sobre ela.

Sakura olhou para aqueles homens e o pessoal com cara de japonês que falava inglês do resto daquele andar especial do prédio e pensou sobre como os americanos eram orgulhosos o bastante em colocar os seus tentáculos em todas as partes do globo, exaltar suas guerras a cada década e agir como uma espécie de polícia do mundo como Syaoran e Meiling sempre os criticavam.

Ela era a próxima prisioneira deles e orgulho daqueles homens como a morte do terrorista mais procurado por eles fora naquele ano. Ganhariam uma medalha, seriam condecorados pela Casa Branca, pela Dieta e a Sakura restaria uma vida de controle após revelar seus poderes. Reveria as cartas? Essa era a sua dúvida, apesar daqueles homens brancos apelarem que sua constituição jamais feriu as liberdades individuais de quem quer que seja.

Seu único desejo era estar abraçada ao seu pequeno Sholong. Albert saiu da sala e um homem branco loiro entrou entregando um papel para Robert. Ele agradeceu e chamou a atenção de Sakura:

– Sakura… me diga… há quanto tempo você… pratica esse tal de “poderes especiais?”

– Me responda outra pergunta: o que vocês tem a ver com os Sakurazukamori? O que vem a ser mahou sei lá o que e esse negócio de MACUSA?

– Sakura, você não está em condições de fazer as perguntas aqui. Você está sob tutela do departamento de Justiça dos EUA agora sob autorização do seu país.

– QUEM É QUE DEU ESSA AUTORIZAÇÃO? – Sakura perguntou exaltada e um homem branco e negro entraram na sala, com pistolas em mãos apontadas para ela.

– Podem se retirar agentes, eu conduzo a situação aqui. – Os agentes se retiraram e Robert parecia ter tirado a mão também de uma coisa que Sakura sabia ser uma arma.

– Pelo que eu vejo nos seus relatórios, você encontrou as cartas Clow quando tinha 9 anos. Abriu o livro, espalhou as cartas e recapturou com a ajuda do seu atual marido e da sua amiga de infância. Procede?

Sentindo-se presa sem poder reagir, Sakura confirma todas as informações para aquele homem pelas próximas horas.

– Você confirma que sabe falar com os mortos, ver espíritos, manipular a matéria, se teleportar, prever o futuro sem a ajuda das cartas Clow?

Cansada, Sakura fez sim com a cabeça e Robert percebeu o cansaço dela. Pegou um frasco de comprimido e ofereceu para ela com um copo de água.

– Tome, vai te fazer bem. São os mesmos remédios que te demos pra curar os ferimentos.

Quando Sakura se preparava para tomar a medicação, Sakura ouve a voz de Meiling entrando naqueles corredores acompanhada por dois homens de terno verde-oliva. Ela abriu a porta da sala de Robert sem pedir autorização:

– Solicito que retire imediatamente a atuação do governo americano nesse caso. Vocês estão violando as leis internacionais com esse julgamento ilegal de uma cidadã chinesa. Lieng, Tianyu, peguem aquela pílula, vamos analisar…

– Sakura Kinomoto é uma cidadã japonesa com poderes especiais desconhecidos. Ela é potencialmente instável e temos plena permissão para conduzir o caso.

– Sakura Li é uma cidadã da República popular da China e esposa de um membro de uma família militar importante do partido. Vocês não tem permissão para encarcerar cidadãos chineses de alto nível.

– O seu primo, senhora Meiling Li, é cidadão desse país. Enquanto permanecer aqui, toda a sua família segue leis do Japão. Eu vou conduzir esse caso e não vou aceitar intromissões aqui.

Os dois agentes que entraram na sala anteriormente voltaram a entrar.

– Senhor Ishikawa, eu posso conseguir uma permissão com o Poiltburo antes mesmo que o senhor peça um big mac na esquina. Se insistir em usar a força, estouraremos uma guerra entre Japão e América aqui mesmo!

A tensão dentro daquele escritório era imensa e Sakura arregalara os olhos no meio daquele fogo cruzado de palavras. Não confiava nem em Robert e nem em Meiling depois de ouvir o que ouvira de Zhang. Nesse momento, Subaru entrou na sala:

– Desculpa, Senhora Meiling. Sakura fica no Japão. Eu, como chefe da família Sumeragi, que protege o Japão de atividades paranormais junto às autoridades, não posso permitir que uma pessoa com poderes tão instáveis saia daqui sem nem sabermos ao certo o grau do alcance da instabilidade dela. As cartas Clow ficam retidas aqui e espero que a senhora compreenda e se retire pacificamente daqui, não importa quantas permissões do seu país tenha, ela é uma cidadã do nosso país primeiro.

Ao ouvir sobre as cartas Clow, Sakura se levantou de um pulo daquela cadeira:

– Esperem!

– É, eu também acho. Deixemos que a própria Sakura decida com quem quer ficar! O que acha? – Perguntou Meiling

– Concordo com você! – Robert apertou a mão de Meiling e Sakura se sentiu jogada a própria sorte. Mas não demorou muito para que Sakura tomasse uma decisão:

– Subaru-kun, se não tem jeito mesmo, prefiro ficar sob custódia do FBI…

– Me desculpa Sakura, são ordens de cima. Nem eu mesmo pude interferir.

Meiling fica espantada.

– Sakura como você pode fazer isso? Sou sua família! Eles vão fazer exames com você, com as cartas…

Meiling nem terminou de falar e Sakura gritou para ela:

– E o Zhang, Meiling? Ele não é seu primo? Não é sua família? Como foram deixar ele acontecer? Meu filho, minha vida… arruinados…

Sakura foi conduzida pelos dois agentes do FBI até a carceragem. Meiling fez uma cara de tristeza e profundo desapontamento:

– Nós também queremos saber mais a respeito desse Heng He Li, Senhorita Li… – Disse Robert, em tom de deboche para Meiling.

As paredes de titânio daquela cela foram feitas para conter qualquer poder especial, mas os americanos tinham dúvidas se poderiam conter os poderes de Sakura.

A cama até que era confortável e ainda estava fardada com o uniforme da polícia. Se sentiu traída, vendida por 30 moedas de prata para os americanos, para os Sakurazukamori. Será que Sonomi e Makoto tinham algo a ver com isso?

Sentiu-se traída por todos, sozinha, sem aliados, sem amigos. Até mesmo Meiling e Syaoran eram partes de suas suspeitas. Não sabia mais o que fazer, se era amada ou odiada, mas se arrependeu, ao menos uma vez na vida, de ter aberto o livro das cartas Clow.

Kero e Yue também estavam trancados em cela de titânio. Sakura se preocupava com eles também. Não poderia estar totalmente arrependida pelo que fez, afinal conhecera Yukito, Kero e as cartas, mas que futuro teriam depois daquilo?

Sakura ouviu passos no corredor e um agente anunciando a visita de Syaoran:

– Sakura, está tudo bem? – Syaoran segurava as grades da cela e olhava agoniado para uma enfurecida Sakura – A Meiling tá falando com o partido, vamos…

– Tá tudo bem? Partido? Olha onde eu tou! Ninguém sabia das cartas Clow até essa maldita organização aparecer na minha vida, agora todo mundo sabe! Todo mundo!

Syaoran fez uma cara infeliz.

– Sakura… nem todo mundo… quero que saiba que tem leis internacionais contra a divulgação de identidades de pessoas com poderes especiais e…

– Que p**** de leis internacionais! Tem uma lei pra me proteger de você? Da Meiling? Dos americanos? Dos Sakurazuka? Não tem, não é?

– Sakura, eu não tou te entendendo?

– Que não tá te entendendo sou eu, Syaoran! O que você tem a ver com isso tudo? Com essa organização? Com esse Zhang? Ele é seu primo, primo de vocês! Você sempre insistiu pra eu levar as cartas Clow pra China não foi? Vocês não conseguiram meu sim daí tentaram tirar a força, não é?

– ISSO É MENTIRA! Como você fala uma coisa dessas! Isso tá me afetando mais do que está afetando você! Olha pra mim, Sakura! Eu sou reserva do meu time, um time que eu era titular, a torcida não me apoia mais… nem fazendo meu trabalho direito eu faço mais! Agora você me vem com essa desconfiança!

– Cala a boca, Syaoran! Só existe a sua vida, é? E a minha?

– E eu não já lutei pra te proteger?

– Me proteger ou se proteger? O que aquele Xia Yu protegia tanto pra você arrombar a cabeça dele? E a minha expulsão da corporação? Não teve dedo seu não?

As perguntas de Sakura martelavam Syaoran com uma precisão espantosa. Syaoran sentia que não conseguiria penetrar com suas palavras na camada de desconfianças que havia ao redor de Sakura.

– É isso que você pensa de mim depois de 14 anos de história juntos?

– Eu não sei nem no que acreditar mais… nem em Sonomi, nem em você…

Sakura se afastou da cela e sentou-se no chão, abraçando os joelhos. Syaoran saiu.

Sakura não recebeu mais visitas naquela noite até receber uma visita de Meiling no dia seguinte, para lhe informar sobre a situação que se encontrava. A mulher não estava fardada. O rosto de Sakura estava tão desfigurado por conta das lágrimas que chorou e tão sério que Meiling pensou se tratar de outra pessoa:

– Sakura, não vou nem te perguntar se tá tudo bem… pelo que o Shoran me contou… você está muito brava e desconfiada da gente.

Sakura não olhou para Meiling e continuava sentada no chão, abraçada aos joelhos como ontem.

– Sakura… eu sempre fui sua amiga… sempre fui a favor de você com o Shoran…

– … Amiga da onça! Quem planejou isso? Yelan? Seu pai? As irmãs do Shoran? Era o plano de vocês desde o começo… tornar a minha vida num inferno… tomar meu filho… minhas cartas… minha vida… vocês se aliaram com os Daidouji, seus inimigos, não é?

– Sakura, não é assim…

– VOCÊS NUNCA ME FALARAM NADA! DESSA INIMIZADE TODA!

– EU SEI QUEM QUIS ROUBAR AS CARTAS! NÃO ME CULPA! NÃO CULPA MINHA FAMÍLIA! – Meiling deu um grito tremendo que chamou a atenção dos agentes que estavam fora da área das celas. Sakura se levantou de um pulo e se aproximou de Meiling na porta da cela:

– Então me fala quem foi encrenqueira!

As palavras de Sakura doeram fundo no peito de Meiling. Nunca Sakura a tratara assim antes.

– Eu… não posso falar… não agora… mas um dia… você vai entender tudo isso…

– PARA DE ACHAR QUE EU SOU UMA IDIOTA E DESEMBUCHA LOGO DE UMA VEZ, SUA ENCRENQUEIRA!

– NÃO POSSO!

Sakura ficou extremamente frustrada com o que ouvia de Meiling. Se não podia falar nada, porque tocou no assunto? Tentou ver o lado dela, pensou na questão dos segredos militares, mas, naquele caso, segredos eram demais.

Meiling deu as costas para Sakura aos prantos e saiu daquele lugar, ignorando os xingamentos da cardcaptor e lembrando-se de Heng He sendo arremessado do topo daquele prédio e tendo seu corpo capturado pelo testa de ferro da organização no Japão. Olhou para o homem com a luneta da escopeta e não acreditou no que vira. Não era um membro específico da família Li ou do Exército chinês…  



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