História Better Man - Right Guy

Título do Capítulo: Cara certo

Anne Eliott's P.O.V

Abri meus olhos lentamente, com total preguiça de acordar. Tirei o braço do Luke, que estava em cima da minha barriga, ele tinha seus cabelos no rosto, enquanto roncava baixinho. Meu celular tocava bem alto, e nem assim, Luke fez um mísero movimento, indicando que ia acordar. Com a visão embaçada, pelas ramelas, atendi a chamada sem saber quem era. Me sentei na cama enquanto acariciava os cabelos do poste loiro, deitado ao meu lado. 

Anne?- a voz do Ashton sôou do outro lado da linha, coçei meus olhos e bocejei, antes de responder ele. 

Eu...- falei com a voz de sono, ao fundo da chamada eu escutava conversas animadas, e alguns apitos e movimentação. Ashton se pronunciou novamente, mas desta vez, sua voz era animada, como ele sempre era em seus dias normais. 

O Mike acordou Ann! Ele acordou e todos estão aqui, só faltam Luke e você!- ele disse animadamente, arregalei meus olhos e abri um sorriso enorme. Comecei a dar pulos na cama, exclamando que Michael tinha acordado. Escutei a risada do Ash, pelo telefone. 

Como ele está? O que ele disse?- indagei chacoalhando as mãos, pela animação. 

Ele está bem, pediu comida e a primeira coisa que disse foi "perdi o campeonato", falando dos jogos que ele joga- Ash disse, eu dei risada por isso ser bem a cara dele. Me levantei da cama, enquanto tagarelava com Ash, todos estavam lá e eu logo me prontifiquei em ir visitá-lo. Quando desliguei a chamada, eu já tinha feito as necessidades da manhã, voltei para o quarto e Luke ainda dormia, mas agora de bruços, babando no meu travesseiro. Penteei meu cabelo e me vesti, logo em seguida eu ia acordar Luke. 

Chacoalhei ele, que em resposta resmungou comigo. Ele era uma pedra para acordar, eu chamava ele mas o loiro se negava em acordar, bufei estressada. 

Luke acorda logo! O Mike acordou e quer nos ver- falei me inclinando em cima dele, vi seus olhos se abrirem, Luke se virou de barriga para cima, coçando os olhos. Me levantei e cruzei os braços, esperando ele levantar. 

Ele acordou mesmo?- Luke indagou, se sentando na cama, assenti e joguei para ele a camisa, que estava na cadeira perto da cama. Luke a vestiu rapidamente, pulando da cama e se trancando no banheiro. Saí do quarto e fui até a cozinha, onde meus pais estavam. 

Bom dia!- exclamei animada, pegando a garrafa de café, meu pai me respondeu no mesmo tom, já minha mãe se manteve no fogão, preparando seu mingau. 

Peguei dois pães, colocando neles o presunto e queijo, me lembrei que era o Luke, então preparei mais um pão, pois ele comia muito. Derramei o leite e café na caneca e peguei algumas bolachas de chocolate, voltei para o quarto. Luke estava de frente para o espelho, arrumando seus cabelos com a minha escova, sorri ao ver que ele parecia comigo tentando manter o cabelo no lugar certo. 

Trouxe o café da manhã!- exclamei, colocando a comida na mesinha, Luke assentiu e se sentou ao meu lado, na cama. Comemos em silêncio, ansiosos para ir logo ao hospital, ver como Mike estava. 

[...]

Desci as escadas, Luke estava ao meu encalço, peguei a mão dele assim que chegamos no andar de baixo. Minha mãe estava na sala, conversando com a vizinha. Decidi avisar ela que iria sair, para evitar qualquer problema depois.

Mãe tô indo ao hospital visitar meu amigo, volto mais tarde! Olá senhora Lisa- falei, avisando minha mãe e cumprimentando a vizinha, Luke se manteve calado atrás de mim, o loiro apenas acenou para a mulher, bem vestida e elegante. 

Olá Anne, que bom te ver novamente, o que acha de ir na minha casa mais tarde? Minha filha Clara ia adorar te ver!- Lisa disse empolgada, franzi os lábios e assenti, com um singelo sorriso. 

Seria ótimo, mas agora estou atrasada, vou indo- falei, puxando Luke pelas mãos e indo para fora de casa. Antes que eu fechasse a porta, Luke me impediu. Ele e eu colocamos os ouvidos na porta, escutando o que minha mãe falava com a vizinha, assim que saímos. 

Eu não sabia que sua filha tinha um namorado Mary, ele me parece um bom rapaz- Lisa disse, e um silêncio se fez presente, por alguns instantes. Luke sorria ansioso para saber a resposta da minha mãe. 

É sim, um bom rapaz- minha mãe respondeu, forçadamente. Tapei minha boca para não rir, ela provávelmente engoliu suas palavras, para responder isso. Olhei para o lado, Luke ria baixinho. Ele me puxou pelas mãos, correndo comigo pelo gramado, até seu carro. 

Pelo menos sua mãe não me difamou na frente da vizinha- Luke disse rindo e entrando no carro. Fiz o mesmo, já colocando o cinto, logo nós estávamos rumo ao hospital, para ver Mike. Em poucos minutos nós já estávamos caminhando até a entrada daquele hospital, pegamos o cartão de visitas e caminhamos até o quarto onde Michael estava. As conversas do outro lado da porta eram claramente ouvidas, e a voz alta do Mike se sobressaía, Luke e eu nos entreolhamos, sorrindo um para o outro. O loiro rodou a maçaneta, abrindo a porta. Vimos Mike sentado na cama, ao seu lado estava Cindy, enquanto Ashton e Calum estavam nas poltronas de frente para a cama. Eles pararam a conversa, assim que nos viram entrar no cômodo. 

Luke! Anne!- Mike disse nos saudando, caminhei até a beira da cama, segurando as lágrimas ao ver Mike. Abracei ele com toda a força e saudade, ele fez o mesmo enquanto batia em minhas costas, parecendo me confortar. Não consegui controlar as lágrimas, eu tentei, mas elas rolaram sem freio e os soluços acrescentavam a emoção. 

Mike resmungou comigo.

[...]

Luke Hemmings's P.O.V

Cumprimentei os outros, enquanto Anne abraçava Mike. Assim que voltei para perto dela, a morena chorava soluçando, enquanto Mike pedia para ela parar, os olhos dele também estavam marejados. 

Não chora, para Ann ou eu vou chorar também! Para menina- Mike disse com a voz chorona, ele afastou Anne que assentia ao seu pedido. A morena limpou seus olhos, controlando os soluços e agarrando mais uma vez o pescoço do loiro, que tinha seus cabelos bagunçados. 

Que bom que está bem maninho!- Ann disse abafado, acariciando os cabelos do Mike, que riu e apertou as bochechas dela sorridente. Finalmente Anne largou o pobre Mike, me dando a oportunidade de abraçar ele também. Dei poucos passos até ele, que sorriu para mim. Abracei meu amigo e ele me abraçou de volta, eu também tive que controlar as minhas lágrimas, ou então choraria igual a Anne. Os outros conversavam e me deixaram mais à vontade para falar com Michael, eu tinha que agradecer ele. 

Obrigado Mike por ter salvo a minha vida, obrigado amigão- falei, batendo nas costas dele mas Mike me puxou para um abraço, eu sorri e escutei seus milhares de "de nada". 

Foi tudo tão rápido, eu só sei que eu não pude deixar que você morresse- Mike disse, sua voz fora mais séria, coisa bem rara vinda do Mike, pois ele sempre era brincalhão. Assenti e agradeci mais uma vez, abraçando forte ele. 

Gente, eu tenho boas notícias!- Ashton se pronunciou, cortando aquele momento entre eu e Mike. Fitamos ele que se levantou da poltrona, chamando toda a nossa atenção. 

O bar Le Blues convidou a nossa banda para tocar lá no sábado! Para o aniversário de dez anos do local- Ash disse todo empolgado, a sala fora invadida por aplausos e comemoração, aquele bar era bem movimentado, um ótimo lugar para a nossa banda. O nosso histórico no bar é bom, pois quando tocamos lá pela primeira vez, lotamos o local e agradamos ao bolso do dono. 

Eu adoro esse bar!- Mike disse batendo palmas alegremente, todos estavam sorridentes, enquanto eu analisava tudo e todos. Aquele peso enorme que eu sentia nos ombros, fora embora por completo. Ver todos empolgados e sorrindo, depois de tudo era a melhor sensação. Ashton contava mais detalhes para nós, com a habitual animação que ele tinha, Michael fazia todos rirem ora ou outra, Anne e Cindy paparicavam Michael, que adorava tudo aquilo, o Cal ficava concordando com tudo, enquanto não tirava sua atenção do celular, conversando com alguém por mensagens. Enquanto eu sorria por estar ao lado de todos os meus amigos, compartilhando com eles os momentos bons e os ruins, tudo o que já aconteceu foi para fortalecer ainda mais, a nossa amizade. 

Conversamos até o horário permitido por visita se expirar. A única permitida para ficar, foi Cindy. Enquanto os pais do Mike iriam até o hospital à noite. Eu caminhava com a Anne, até o carro enquanto ela tagarelava alegre pelo Mike. Sorri para a garota ao meu lado, abrindo a porta do carro para ela. 

[...]

Michael Clifford's P.O.V

Peguei o pudim que tinha na bandeija, enquanto Cindy foi pegar um café para ela. Eu teria alta amanhã mesmo, já podendo ir ensaiar com a banda, para no sábado tocarmos no bar. Eu sentia falta disso, fazia um bom tempo, que a nossa banda não tinha algo agendado, e o nosso sonho era lotar a agenda.  A porta fora aberta por Cindy, me afastando dos meus pensamentos. A loira bebia seu café, enquanto caminhava até a poltrona, no canto da sala. 

Eu sei que não é a mesma coisa, mas dá para distraír- Cindy disse, tirando de uma sacola um jogo de tabuleiro, ri pelo nariz pela tentativa fofa dela. Me ajeitei na cama e a loira se sentou na minha frente, ajeitando as peças do jogo, como um xadrez, mas com soldados de guerra, deixando o jogo mais interessante. A partida foi iniciada, e quem perdesse ia pagar um mico, ideia minha essa. Eu fiz de tudo para ganhar, mas Cindy parecia conhecer o jogo muito bem, fiz bico por estar prestes a perder. 

Ganhei! Ganhei! Ganhei! Eu quero que você...- ela disse, pensando em uma prenda para mim. A loira se aproximou de mim, com um sorriso sapeca. Sorri para ela, quando seu rosto estava bem perto do meu- Eu só quero um beijo Mikey- ela completou, encolhi meus ombros aliviado, pois eu temia o tipo de mico que teria que pagar. Sorri grande e selei nossos lábios, começando um beijo calmo. Suas unhas se enroscaram com os meus fios de cabelo, enquanto eu segurava a cintura dela. 

Agora quem vai ganhar sou eu, e seu pagamento não vai ser um simples beijo- falei, assim que paramos o beijo. Arrumei os soldados novamente, Cindy formou um bico, cruzando os braços, mas logo seu semblante mudou, ela riu e me desafiou. 

Vamos ver Clifford!- ela disse, dando a primeira jogada, para o meu azar. Cindy sabia jogar e me prendia em armadilhas, mas logo eu aprendi como jogar, deixando aquele jogo mais interessante para nós dois. 

As horas passaram rapidamente, e em algumas horas a mais, eu estaria fora desse hospital, dedilhando a minha guitarra. 

[...]

Calum Hood's P.O.V

Enquanto eu estava no hospital, mandei mensagens para a Charlotte, marcando um encontro com ela. Seria a primeira vez que nos veríamos pessoalmente, eu li sobre algumas coisas em sites para, fazer o meu melhor para agradar ela. Fui em casa rapidamente, me arrumar e ir até a praça, onde eu marquei de encontrar com ela. Me lembrei das coisas que o Ashton disse, então peguei uma rosa para entregar à ela. 

Fechei a porta e fui caminhando até a praça, até porque, não era longe da minha casa. Arrumei mais uma vez meus cabelos, para ter a certeza que eu estava bem, aparentemente. Em questão de cinco minutos, eu já estava na praça, rodando meu olhar procurando pela garota ruiva. Respirei fundo, nervoso. Era meu primeiro encontro, oficial. 

Oi- falei tímidamente, tocando levemente os ombros da garota, que mexia em seus cabelos ruivos encarando o pequeno espelho em suas mãos. Ela levantou seu olhar para mim, sorrindo e se levantando. Abracei ela e senti o cheiro do seu perfume, muito bom na verdade. 

Oi Calum, nossa! Você é bem mais bonito pessoalmente- a garota disse, senti meu rosto queimar, ela pegou sua bolsa, guardando o espelho nela. 

Eu digo o mesmo Charlotte!- exclamei elogiando ela, a garota riu sem graça. Caminhei com ela pela praça, eu lhe entreguei a rosa e ela agradeceu sorrindo, a guardando na bolsa em seguida. Franzi o cenho, pois eu pensava que, quando uma garota recebia uma flor, ela sorria e cheirava a flor, logo depois não largando ela mais. Charlotte apenas sorriu e a jogou em sua bolsa Channel, mordi os lábios nervoso. 

Onde está seu carro?- a garota indagou, parando de andar e ajeitando seu salto. Coçei a cabeça, sorrindo sem graça. 

Eu não vim de carro, o restaurante é aqui pertinho, podemos ir andando, algum problema?- questionei ela, a ruiva mordeu os lábios, demorando para me responder. Depois de alguns segundos ela negou, sorrindo e caminhando na minha frente. Estranhei e segui ela. 

Charlotte se vestia muito bem, seu vestido vermelho era bem delicado e seu salto era bem alto, seus cabelos bem cuidados e sedosos, a garota parecia ter se arrumado para algum evento elegante, mas eu disse que a levaria para um restaurante, não um evento de gala. Ela estava em silêncio, e isso me incomodava. 

Quer apoiar no meu braço? Sabe, para ter mais conforto com esses saltos?- perguntei, Charlotte se negou sorrindo, mas aquele sorriso não fora singelo. Franzi os lábios. 

Tudo bem Calum, eu posso andar sozinha, falta muito para chegarmos?- ela indagou, parando por um sengundo, arrumando seu salto em seus pés. Aquele sapato parecia ser um instrumento de tortura, pois ele deixava os dedos dos pés dela, estufados para frente, enquanto seu calcanhar estava sendo apertado por uma tirinha preta. 

É aquele alí, só atravessar a rua!- falei, apontando para o restaurante, onde era a loja do Ash. Charlotte enrugou o nariz, disfarçadamente, mas eu  me senti estranho por isso. Atravessamos a rua e eu abri a porta do restaurante, para ela.  

Charlotte rodou seus olhos esverdeados pelo local, franzindo os lábios. Tossi e guiei ela até uma das mesas, puxei a cadeira para ela e me sentei à sua frente. O garçom não demorou a vir nos atender, mas Charlotte ainda pensava no que pedir, fitando e folheando entediada o cardápio.

Por quê não pede o Fish and Chipps? Eu gosto muito- comentei, apontando o prato que eu havia pedido, Charlotte se negou, largando o cardápio.

Batata engorda, nem tem Sushi no cardápio!- ela disse, se levantando. Encarei ela enrugando a testa.

Onde vai?- perguntei, ela sorriu minimamente e pegou sua bolsa, olhando ao redor.

Onde fica o banheiro?- a ruiva indagou, mostrei à ela onde era, a garota caminhou até lá, fazendo barulho com seu salto e chamando a atenção de alguns homens alí. Enrijeci meus ombros, tenso. Ela não parecia estar muito agradada, e diferente da garota da internet, ela quase não falava comigo, como se eu tivesse ido contra suas expectativas. Bufei e comi sozinho, o peixe com batatas. A garota demorou para voltar, e quando isso aconteceu, eu já tinha terminado a minha refeição, sozinho.

O que houve? Por quê demorou tanto?- indagei a ruiva, que nem sequer se sentou novamente, ela apenas bebeu um copo d'água e se despediu de mim.

Eu tive um imprevisto, desculpa Calum mas eu tenho que ir- ela disse apressadamente, caminhando para longe de mim, como se corresse dalí. Bufei e passei as mãos pelos meus cabelos, frustado. Ela nem sequer comeu nada, e nem pareceu interessada em falar comigo. Vi Charlotte entrar em um carro caro, com um cara bonitão e bem mais arrumado do que eu. A ruiva sorria grande e falava algo animadamente com o homem. Diferente de minutos atrás. Ela era uma oportunista, e se decepcionou comigo, partindo para a próxima jogada.

Paguei pela comida e voltei para minha casa, caminhando e pensando em como algumas garotas eram.

[...]

Anne Eliott's P.O.V

Eu andava de mãos dadas com o Luke, sentindo a areia da praia entre meus dedos. Assim que voltamos do hospital, Luke me chamou para irmos até a praia, eu aceitei e agora estamos sentados em uma rocha, apreciando o pôr do sol, que acontecia com o passar dos minutos.

Seu sorvete tá derretendo Ann- Luke comentou, apontando para o meu sorvete de chocolate. Eu ri e lambi a ponta dos dedos, que estavam sujas pelo sorvete que derretia.

Eu me distraí com o sol, é tão bonito- falei, encarando Luke e seus lindos olhos azuis, que naquele momento estavam mais claros do que já eram. Luke terminou o seu sorvete e logo eu também já tinha terminado o meu.

Você aceita ir jantar na minha casa? Eu posso aprender a fazer algo diferente- ele disse rindo, me fazendo rir também. Com toda certeza eu aceitei, Luke sorriu largo e me puxou para um beijo. Ele me beijava com toda a calma, segurando minha cintura sem força. Seus dedos acariciavam levemente a minha pele, enquanto nossas línguas brincavam uma com a outra. Meus dedos se misturavam com seus fios de cabelos loiro escuro, enquanto eu controlava a respiração, para poder prolongar o beijo.

Eu adorei o macarrão com queijo, afinal!- comentei risonha, depois que apartamos o beijo, Luke riu se lembrando do dia em que fui na sua casa, pela primeira vez.

Ah! Esse dia...- Luke disse, suspirando e se recordando de tudo, ele mordeu os lábios e eu ri, socando de leve seu ombro.

Você estava completamente bêbado- falei, me lembrando de bancar a babá com ele. Cuidando dele.

E você cuidou de mim, por quê simplesmente não me deixou lá sozinho? Me lembro que você estava brava comigo, então tinha motivos para fazer isso- Luke disse e eu analisei seu comentário. Sorri de lado e mordi meus lábios para respondê-lo.

Eu não consegui, eu senti que você precisava de mim, eu deixei de lado as desavenças e apenas cuidei de você- falei sorrindo, Luke assentiu e me puxou para mais perto, acariciando meus cabelos castanhos. Ele depositou leves beijos em meu pescoço, me arrepiando. Soltei um suspiro pesado.

Foi naquele dia que te beijei pela primeira vez, valeu a pena ter ficado em pé no fogão, para fazer o macarrão com queijo e te agradar- Luke disse entre meu pescoço, eu ri e tombei a cabeça para trás, lhe dando mais liberdade de explorar a pele quente do meu pescoço.

Se você quiser eu posso cozinhar hoje!- comentei, oferecendo a minha ajuda, Luke parou com os beijos e negou.

Não, vai ser a nossa segunda tentativa de encontro, mas desta vez vai sair tudo certo!- o loiro disse, sorri animada e concordei com ele, me levantando para voltar para casa. Caminhamos devagar pela areia, aproveitando os últimos raios solares, que logo seriam trocados pela lua, iluminando a noite estrelada.

Luke me levou para casa, mas antes que eu saísse do carro, ele me puxou para o seu colo, me surpreendendo com um beijo mais intenso. Sorri entre o beijo, agarrando os cabelos dele. Desci os meus beijos para seu pescoço, deixando a minha marca alí.

Te pego às nove- o poste loiro disse, assenti concordando, saíndo do carro depois de um longo tempo. Acenei para Luke, no meio do gramado. Assim que fechei a porta atrás de mim, escutei o barulho do seu carro, arrancando para longe dalí. Suspirei.

Até quando vai se iludir com esse rapaz?- minha mãe indagou, atrás de mim e me assustando. Respirei fundo e neguei com a cabeça. Andando até as escadas.

Ele não está me iludindo mãe, por quê apenas não aceita ele?- perguntei, parando no meio das escadas. Minha mãe riu pelo nariz, cruzando seus braços.

Ele não é o tipo que eu procuro para você, eu queria um rapaz com uma faculdade boa e um futuro brilhante pela frente!- ela disse, caminhando até mim e parando no degrau debaixo. Eu assenti perante seu comentário, mas minha mãe teria que aceitar Luke, era ele quem eu escolhi, ninguém mais.

Eu entendo mãe, você quer o meu bem, mas eu quero o Luke, eu amo ele mãe- falei, abrindo o jogo com ela, na esperança de que essa discussão rotineira desaparecesse de vez.

Minha mãe se calou depois da minha confissão, esperei que ela dissesse algo, mas o silêncio permaneceu entre nós. Decidi ir para o meu quarto, me arrumar para o encontro com Luke. Mesmo em poucos meses, Luke e eu passamos por muitas coisas juntos, e ninguém vai saber o quanto isso fortaleceu a nossa relação. Eu sabia o quanto o amava, e isso não mudaria, nem mesmo a negação da minha mãe.

Luke Hemmings era o cara certo para mim. 

Continua...