1. Spirit Fanfics >
  2. Between ghosts and demons >
  3. How far would you go for love?

História Between ghosts and demons - How far would you go for love?


Escrita por: TheJuliett

Notas do Autor


Oi, oi :D Eu voltei! Talvez tenha demorado um pouco mais da conta, mas eu espero que entendam :/ Enfim, eu voltei com mais um episódio de Emma, a rainha do drama :3 E vamos de Twiggy e suas revelações neste capítulo! Espero que gostem, eu coloquei todos os meus sentimentos neste capítulo <3 Boa leitura divas *3*

Capítulo 27 - How far would you go for love?


Fanfic / Fanfiction Between ghosts and demons - How far would you go for love?

Emma's Pov

E quando ela sumiu e me deixou ali sentada na cama a ver navios eu tive vontade de gritar, gritar tão alto que seria capaz de estourar todo o concreto das paredes, e talvez minha frustração fosse diminuída em 1%. Eu queria saber, não! Eu TINHA O DIREITO de saber! Porque isso tinha a ver comigo, com a minha identidade, era a minha história, as minhas raízes e caramba! Isso me diz respeito, mais do qualquer um. Eu queria xingar minha mãe do além até não poder mais, grande mãe essa! Que deixa a filha sozinha falando com as paredes sem dar a mínima explicação do que ela é! Mas eu iria descobrir, ah se iria. Nem que para isso tivesse que fazer pacto com o próprio Satanás. 

Por fim quando me cansei e percebi finalmente que toda aquela raiva e lamúria era irracional eu resolvi procurar a solução mais próxima. Minha querida ovelha negra. Talvez Marilyn pudesse me ajudar, na verdade qualquer informação que eu obtivesse agora para clarear um pouco a minha mente confusa já estaria de bom tamanho. Caminhei determinada até o quarto de Marilyn e dei duas batidas na porta. Ele não se demorou a atender, em seu rosto uma expressão de preocupação estava visivelmente estampada, e ele parecia lutar contra o ímpeto de se aproximar da minha pessoa. Talvez pensasse que eu estava passando por uma fase crítica de transformação, em que os efeitos colaterais seriam mau-humor e raiva fulminante, e ele tinha razão. Eu não estava em meus melhores dias, principalmente depois daquele episódio com Berta. Ainda assim não me via no direito de descontar em cima de Marilyn todas as minhas angústias e frustrações, eu tentaria ser na medida do possível sensata. 

"Posso fazer uma pergunta? Só uma. E então eu prometo que eu vou embora". Pedi encarecidamente. "Como se você fosse me deixar em paz se eu não respondesse à sua pergunta". Ele bufou. Tinha razão, eu não iria embora dali sem a resposta. "Olha, eu sinto muito pela forma a qual tratei você antes. Eu só preciso que entenda que eu estou confusa, e a minha cabeça está cheia. São milhares de informações sendo processadas ao mesmo tempo, e eu não sei como lidar com tudo isso. Então, eu acabo descontando nas pessoas. Não só em você, em Ricky também eu o fiz. E-eu só quero entender tudo isso". Minha voz falhou ao pronunciar a última frase. "Emma, não se desculpe. Eu não estou tão bravo, na verdade eu acho que entendo. Lembro como foi comigo. O fato é que acredite, e se serve de consolo, tudo é melhor que ser um demônio. Somos extremamente sensíveis e as coisas acontecem com mais intensidade em nosso olhar. Eu espero que você seja apenas uma anormal humana, porém sei que não é". Ele suspirou com pesar. "Eu sou um demônio, Marilyn. Nível 11". Confessei. "Isso foi uma piada?". Ele gargalhou baixo, porém sem humor. "Eu gostaria que fosse". Suspirei. "Você é a filha de Satã?!". Ele arregalou os olhos. "Como assim? Você sabe algo sobre isso?". Indaguei. "Existe uma lenda de que Satã veio à Terra há alguns anos, ele possuiu uma mulher imaginando que ela fosse uma mortal, nesse caso ela daria a luz à nível 6. Mas ele se enganou, sabe-se lá como, mas o Todo Poderoso se enganou e acabou por possuir um demônio nível 10, do sangue mais puro já existente. Da relação nasceu uma criança, e esta seria superior a toda raça demoníaca. Porém é uma lenda, não se sabe se isso é verdade. Dizem que essa criança era Nível 11, a única no mundo capaz de reduzir qualquer entidade sobrenatural, seja ela celeste ou demoníaca, a pó". Ele terminou dramaticamente. "Isso é loucura, eu não posso ser essa 'coisa' que você falou". Eu estava uma pilha de nervos. "Mas faz sentido. A criança nasceu como mortal, porém ao ser mordida por um demônio seus poderes se manifestam. Se eu nunca a tivesse mordido você continuaria humana para o resto de sua vida. O erro foi meu, eu condenei você. Eles virão, Emma. Virão atrás de você, e não vão sossegar até encontrá-la". Marilyn parecia mais nervoso do que eu. "Mas... Deve haver um jeito! Um jeito de interromper a transformação! Tem um jeito, não tem?! Me diz que tem!". Eu implorei. "Eu creio que não. Não sem matá-la!". Ele berrou. "Marilyn... Eu imploro, pelo o amor que você tem por qualquer coisa nessa vida, seja lá o que for, não deixe eles virem atrás de mim. Eu não quero morrer!". Eu tombei ao chão e comecei a chorar desesperadamente. "Richard! Vá atrás dele!". Marilyn ordenou. "O que tem, Ricky? Ele é inferior a você!". Eu berrei de volta. "Emma, eu não sei o que fazer. Eu estou tão perdido quanto você, criança. Eu imploro à você, descubra um jeito de se salvar". Ele apanhou minha mão e entrelaçou na dele. "Eu estou com medo, Marilyn". Sussurrei. "Escuta. Vá atrás do demônio-gato, peça ajuda à ele. Se ele não souber o que fazer volte aqui. Eu vou tentar pensar em alguma coisa, nada me vem à mente agora porque estou tão nervoso quanto você. Dê-me um tempo, um tempo para pensar". Pediu. "Eu vou... Eu vou...". Comecei a correr. Meus pulmões murcharam, o ar foi diminuindo de meu peito, e eu ofegava. Sentia cada membro do meu corpo doer, meus pés ficando mais fortes, eu estava me transformando. Precisava parar essa coisa. Não podia deixar que isso me matasse. Mas significaria que ao anular o contrato de sangue, eu perderia Marilyn. Então por quê Berta sugerira algo assim? Se sabia que isso não me salvaria. 

"RICKY!". Berrei com todas as minhas forças. Atingi a sala de estar cambaleando. "Emma? O que foi?". Twiggy surgiu de repente. "Onde está Ricky? Por favor! Não me deixe morrer! Eu quero continuar viva! Eu preciso de Ricky!". Berrei. "Emma, eu não estou entendendo nada. Por quê você vai morrer? Quem quer matar você? É Marilyn? Não me diga que eu não avisei! Espera, você está tremendo e suando frio. O que está acontecendo?". Twiggy começou a entrar em pânico junto comigo. "O-onde ele está?". Pedi. "Ricky saiu há pouco, disse que não tinha hora para voltar. E-eu vou tentar ligar para ele". Twiggy apanhou o telefone fixo e começou a discar o número de Ricky desesperadamente. Eu comecei a sentir um forte formigamento que se alastrava desde a ponta dos dedos do pé até minhas mãos. Eu comecei a sentir uma forte vertigem, minha cabeça girava insanamente e logo eu tinha perdido todo o controle das minhas ações. Minha garganta ardia em brasa quente. E só podia pensar naquele cheiro, naquele maldito cheiro que estava contaminando o ar agora. Que cheiro era aquele? Tão bom, quase tão bom quanto cheiro de peru assado na noite de Natal. Eu desejava tanto provar daquilo. 

"Emma, você está bem? Quer um pouco de água? Eu posso trazer biscoitos? Quer um abraço?". Twiggy se aproximou. O cheiro ficou mais forte e com isso me garganta queimou ainda mais. Eu quis gritar. Ele envolveu os braços ao redor de minha cintura e aninhou minha cabeça em seu peito. O cheiro vinha dele. Vinha de Twiggy. Mais precisamente daquele líquido que fluía por dentro de suas veias. Sangue, eu tinha desejo de seu sangue. "O que foi?". Twiggy indagou quando eu o empurrei para longe. "Fica. Longe. De. Mim". Ofeguei. "O que eu fiz? Está magoada pelo que eu disse lá dentro do quarto? Eu posso pedir desculpas se você quiser, talvez eu tenha exagerado um pouco. Só um pouquinho". Ele sorriu e expôs as duas covinhas. Eu me contorci tentando controlar aquela ardência infernal. "E-eu não estou raciocinando direito agora, Twiggy. É melhor você ficar longe de mim, se não eu posso acabar lhe machucando". Implorei. "Emma, você está me assustando com esse papo esquisito. O que você tem? Quer que eu te leve ao hospital?". Ele se aproximou novamente e passou a mão por minha testa para verificar a temperatura. Eu tranquei a respiração, não podia. Não podia mordê-lo agora. "Eu preciso falar com Ricky". Falei. "Ele não atendeu o celular, deve ter se metido em alguma encrenca outra vez. Emma, isso tudo tem a ver com aquele papo esquisito de você ver espíritos e Marilyn ser uma criatura maligna?". Ele me encarou. Eu fiz que sim com a cabeça. "O que você quer? Do que precisa?". A voz de Twiggy me parecia convidativa. "E-eu estou com fome". Sussurrei, perdendo um pouco o controle de meus sentidos. "Quer biscoitos?". Ele indagou. E então eu fui arremessada em uma escuridão imensa e tudo o que eu podia ver e ouvir eram os batimentos cardíacos de Twiggy. Eu me focava naquela direção, e então de repente estava correndo, correndo como um predador prestes a abocanhar sua presa. Não estava pensando em mais nada, até porque não conseguia. Eu só sentia o cheiro, aquele cheiro agradável, doce e convidativo. Em minha cabeça as vozes ressoavam: Devore-o. 

Eu me interrompi ao ver um par de olhos completamente arregalados, duas mãos segurando com força a minha cintura e ao sentir lábios quentes pressionando os meus. Aos poucos a paisagem abrangente ao meu redor foi se remontando e então eu pude ver Twiggy me beijando completamente desesperado. Quando nossos lábios se separaram eu amoleci, não sentia mais aquela descarga de adrenalina embora minha garganta ainda queimasse em brase viva. "Eu já disse a você que nunca sei o que fazer quando garotas choram". Eu não entendi de primeira, só então percebi que meus olhos estavam banhados em lágrimas. Eu estava em uma luta interna com meus instintos, controlando a minha vontade de sugar cada gota do sangue de meu melhor amigo. Aquilo, aquela dor, aquele desejo por sangue humano era maior do que eu, tomava conta do meu corpo de tal forma que eu me via inútil. Então eu desmoronei. Tombei ao chão e lentamente permiti que meus olhos se fechassem. 

************************************************************************************************

"Você ficou louco? Ela podia tê-lo matado!". Eu ouvia a voz de Marilyn. "Não me diga o que fazer, eu sei muito bem o que faço! Emma não me machucaria!". Twiggy berrou de volta. "Você nunca vai entender". Marilyn suspirou pesado. "Não vou entender o quê? Como posso entender algo se vocês não me explicam? O que Emma tem não é uma doença convencional, é? Ela avançou em cima de mim como se fosse um animal. Como se quisesse me comer, mas então de repente quando eu a beijei ela simplesmente... Caiu em si". Twiggy parecia perdido. "Vou arder mais cedo no fogo do Inferno se lhe contar, mas dane-se! Eu não aguento mais! Ela é um demônio, Twiggy! Ela bebe sangue, ela queria seu sangue. Mas como Emma é e sempre foi uma criatura anormal arranjou algum jeito de lutar contra seus próprios instintos e não se permitiu matá-lo. Mas você não ter a mesma sorte da próxima vez. Ela acaba de se transformar, mais rápido do que qualquer outra criatura no mundo sobrenatural, ela está passando por uma mudança emocional. Emma não é mais a garota que você conheceu". Marilyn anunciou. "Você fez isso com ela! Você a condenou! Você está a matando! Tem de haver um jeito de concertar a sua burrada". Twiggy rosnou. "Se houver um jeito eu não o conheço. De qualquer forma ela tem menos de duas horas antes de a transformação estar completa, passada as duas horas não há mais o que fazer". Marilyn anunciou. "Ela queria falar com Ricky. Ele sabe de algo?". Twiggy indagou. "Eu creio que sim, ele entende mais desse lado... Genético do que eu. Mas este palerma está sumido". Marilyn bufou. "Eu posso não entender nada do que está acontecendo, mas de uma coisa eu tenho certeza. Eu farei de tudo para salvá-la e se conseguir vou levá-la para longe de você, aonde nunca mais poderá arruinar sua vida. Marilyn, eu aguentei as suas burradas durante todos estes anos, eu lhe dei apoio. Mas agora chega! Você colocou em risco a vida da garota que eu amo, e isso não tem perdão". Twiggy esbravejou. "Você não tem o direito! Ela é minha! Eu a possui!". Marilyn berrou. "Não me interessa! Emma não vai ter uma vida saudável ao seu lado, e eu sei que posso não ser o ideal para ela, mas ao menos nunca vou colocá-la em risco". Twiggy ressaltou. "E se ela se transformar? Você vai amá-la do mesmo jeito? Sabendo que ela é um demônio, um ser maligno que destrói lares e dizima famílias? Ela não é um demônio convencional, ela é um nível 11, o tipo de entidade mais poderosa existente. Filha do próprio Satã. Ela é o seu pior pesadelo em carne e osso". Marilyn anunciou. "Emma sempre será a minha garotinha. Não importa se ela bebe sangue ou não, eu vou aprender a lidar com isso. O que eu não posso é ver você destruir a vida dela assim como se não fosse nada". Twiggy suspirou. "Emma me ama. Ela nunca vai amar você se é isso o que espera". Marilyn rosnou. "Eu não espero que ela me ame da mesma forma que ama à você, até porque esse amor que vocês tem não é saudável. Eu só espero que ela se sinta segura ao meu lado, coisa que ela não sente perto de você". Twiggy atacou. "Ah, é? E me diga como! Se você é apenas um mero humano? Ela ficou louca pelo seu sangue, e demônios só se sentem atraídos pelo sangue de mortais e híbridos. Você não será capaz de contê-la, ela vai se tornar uma máquina de matar". Marilyn rebateu. "Eu sei o que faço!". Twiggy insistiu. "Entreguem os pontos, nenhum de vocês dois pode salvá-la". Ricky apareceu na conversa. 

Eu abri os olhos exasperada. Olhei ao redor e me vi deitada em minha cama costumeira, envolta por meu cobertor preferido de flores. Eu contive o meu ímpeto de sair correndo dali e gritar para todo mundo que estava condenada a ser um monstro. Eu continuava ouvindo vozes com uma clareza anormal, Marilyn havia me avisado sobre a audição aguçada, porém era estranho provar dela. Então eu me lembrei da parte da conversa que havia ouvido, duas horas! Eu tinha duas horas para descobrir a solução! Eu me livrei rapidamente dos cobertores e desci correndo às escadas na velocidade de um jato, minhas pernas moviam-se com uma velocidade extrema, eu parecia estar flutuando no ar, se duvidar poderia apostar corrida com um carro da Stock Car e ainda me sairia vencedora. Assustei à todos na sala com minha aparição repentina e inesperada. Meus olhos encontraram os de Marilyn e eu sorri fraco. Ele devolveu o sorriso e acenou com a cabeça como quem diz: que bom que está viva. Eu olhei para Twiggy e minha garganta ardeu mais forte, tratei de desviar o olhar rapidamente. 

"Emma, como se sente?". Ricky indagou. "B-bem, na medida do possível". Mas a voz que saltou de meus lábios não parecia-se nada com a minha, estava mais forte, mais sedutora, eu parecia mais velha. "Eu devo lhe confessar que lhe caí bem a imortalidade". Ele sorriu. Eu revirei os olhos. "Eu preciso que me ajude, eu não posso ser assim para sempre! Eu quero ser humana outra vez!". Implorei. "Você deveria ter me escutado quando eu lhe alertei sobre os riscos de se envolver com um demônio, eu jamais quis o seu mal, Emma. E se tivesse me tornado o seu protetor você teria se saído melhor, sem ofensas Marilyn". Ricky piscou para Marilyn que soltou um rosnado baixo. "Você vai me ajudar ou não vai?". Pedi. "Só há um jeito, mas não é garantia de sucesso total. Se Marilyn falhar você morre". Ricky anunciou solene. "E o que ele tem de fazer?". Indaguei. "O veneno de Marilyn ainda fluí pelas suas veias, se ele for capaz de sugar gota por gota do veneno você estará livre da transformação, porém se ele não for capaz de parar e perder o controle de seus sentidos, ele sugará cada gota do seu sangue. E você morrerá. É simples, como brincar do jogo da confiança! E então, Emma querida... Você confia em seu demônio?". Ricky sorriu malicioso. Eu troquei olhares com Marilyn, Twiggy e por fim Ricky. 

"E então, Emma querida... Você confia em seu demônio?". As vozes ressoaram em minha cabeça e de repente a sala se encheu de espíritos, faces desconhecidas, pessoas amarguradas. Todos fazendo um coral: "Qual a sua escolha, pequena Emma? Até onde você iria por amor?". Cantarolavam. 

                        "Marilyn". Eu disse. Ele me encarou. "Eu te amo". Sorri.

                         Se o Inferno é o preço a ser pago, eu pagarei e com prazer. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :) Eu prometo não demorar muito para postar o próximo! Amei os comentários do capítulo anterior <3 Muito obrigada mesmo minhas divas *----* Não se esqueçam de comentar nesse também, eu amo vocês >3< Beijão de feijão da Juliett *3*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...