História Between Notes and Stars - A Festa: Para sempre, memorável

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~Com Akiteru e Tenma 

-You are ready to swallow all your pride. -cantarolou baixo o Tsukishima. 

-Uau, você canta. -Udai falou. Já estava extrovertido na companhia, como se já tivessem amizade há meses, o que possibilitava uma pequena intimidade.  

-Ahn.. Não! Nenhum pouco. -Akiteru respondeu envergonhado. 

O moreno riu. O jeito tímido do outro, assim como o dele, era cada vez mais belo aos seus olhos, e ele era capaz de confessar facilmente o quanto gostara de ouvir a doce voz dele sibilar aquele trecho da música.  

-Então se eu te convidasse a cantar, você recusaria? 

-Me desculpa, mas com toda certeza sim. -o mais alto respondeu. 

-Uma pena. -Tenma disse sorrindo. -Ou não, assim eu tenho um show particular. -completou provocativo, com um sorriso, considerado por Akiteru, cativante e encantador. 

-Ei! Não canto mais. 

-Ah, canta sim. -o moreno retrucou com uma cara de quem tinha uma vitória a espera. -Pretending you don't need anyone. -cantou baixo, ainda olhando o Tsukishima de forma intensa. 

O maior sorriu e o acompanhou. O karaokê dali seria muito melhor aos dois. 

~Com Kageyama e Hinata 

Eles pararam de se beijar, por mais que nenhum dos dois quisesse. Já estava no segundo karaokê e eles não haviam separado os lábios desde a apresentação da nova atração, feita por Sugawara. 

-Você vai cantar comigo, não vai? -Shouyou solicitou abraçado à cintura de Tobio. 

-Hinata... -o ruivo sorriu manhoso. Sabia que logo o moreno cederia, ambos gostavam de participar de karaokês quando saíam. -Tá bom. 

-Perfeito! -disse depositando um selinho em Kageyama. 

Os dois se aproximaram do restante, onde estava o Tsukishima abraçado â Yamaguchi, Kiyoko e Yachi conversando num canto, Sugawara observando Asahi e Noya cantarem, e Sawamura sentado ao lado de Ukai. Os últimos conversavam de forma... estranha, aos olhos de Hinata. O mais velho parecia estar “mais para lá, do que para cá” e Daichi soava como quem estivesse o ajudando a se acalmar. 

Ambos: 

Eu estou aqui 

Yuu e Asahi cantaram o último verso com prazer, tendo os olhares colados e pequenos sorrisos formados em seus rostos. 

-Alguém tá pronto para uma “pimentinha”? -Koushi perguntou se referindo a Asahi, que praticamente, gaguejara a segunda metade da música toda. 

-Eu... 

-Posso comer no lugar dele? Esse grandão é fraco demais. -perguntou Noya dando um tapinha no braço do maior. 

-Bem, eu não deixaria, se não fosse pelo Asahi realmente não ter capacidade para isso. -Suga respondeu provocando o amigo e sorrindo.  

-Suga! 

-Não menti. -o mesmo disse. -Mas vamos, desempaquem o palco pros próximos. 

-Vem! -Yuu puxou o Azumane pelo braço. 

Nishinoya o levou até uma mesa, onde um prato de tacos ao molho de pimenta já os esperava. Um silêncio pairava entre os dois, que era desconfortável. E com certa motivação, o menor atacou o alimento, sentido seu interior queimar e fazendo uma careta.   

-Por que você tá comendo no meu lugar? -o castanho, enfim, perguntou. 

-Porque te convidei pra cantar por puro prazer, e não pra te ver cuspindo fogo que nem um dragão. -o menor respondeu sorridente. -Eu sabia que você erraria. 

-Acho que isso tudo é papo furado pra tomar mais umas depois de uma boa pimenta. -o maior respondeu, brincalhão, fechando a cara em seguida. -Precisava ser aquela música e me olhar daquele jeito?  

-Eu que pergunto. Precisava, Asahi? -o menor falou sério, olhando novamente, no fundo os olhos castanhos alheios. -É mesmo preciso uma música, bastante álcool e um olhar penetrante pra te fazer entender? 

O mais alto estava calado. Um sentimento o percorria por dentro. Não era necessário dizer nada, a música cantada e o atual silêncio, já dizia tudo. Não precisava... 

~No karaokê 

Hinata e Kageyama se posicionaram no pequeno palco e iniciaram: 

All Of Me-Tradução: Tudo de mim 

Hinata: 

O que eu faria sem sua boca esperta? 

Estou me arrastando e você me está me dispensando 

Estou com a cabeça a mil, sem brincadeira 

Não posso te forçar a nada 

Kageyama: 

O que está se passando nessa mente linda? 

Estou passando pelo seu mágico mistério 

E estou tão confuso que não sei o que me atingiu 

Mas eu vou ficar bem 

Ambos: 

Minha cabeça está embaixo da água 

Mas estou respirando bem 

Você é louco e eu estou fora de controle 
 

Porque tudo de mim 

Ama tudo em você 

Hinata: 

Ama suas curvas e todos os seus limites 

Todas as suas perfeitas imperfeições 

Ambos: 

Dê tudo de você para mim 

Eu te darei meu tudo 

Kageyama: 

Você é o meu fim e meu começo 

Mesmo quando perco estou ganhando 

Ambos: 

Porque te dou tudo de mim 

E você me dá tudo de você oh 

Kageyama: 

Quantas vezes tenho que te dizer 

Que mesmo quando você está chorando você continua lindo 

O mundo está te massacrando 

Estou por perto a todo o momento 

Você é minha ruína, você é minha riqueza 

Minha pior distração, meu ritmo e tristeza 

Ambos: 

Não consigo parar de cantar 

Está tocando uma música em minha cabeça para você 

Minha cabeça está embaixo da água 

Mas estou respirando bem 

Você é louca e eu estou fora de controle 
 

Porque tudo de mim 

Ama tudo em você 

Ama suas curvas e todos os seus limites 

Todas as suas perfeitas imperfeições 

Dê tudo de você para mim 

Eu te darei meu tudo 

Você é o meu fim e meu começo 

Mesmo quando perco estou ganhando 

Porque te dou tudo de mim 

E você me dá tudo de você oh 

Me dá tudo de você 

Hinata: 

As cartas na mesa, estamos mostrando os nossos corações 

Arriscando tudo, apesar de isso ser difícil 

Ambos: 

Porque tudo de mim 

Ama tudo em você 

[...] 

Mais uma música que encaminha uma mensagem a um casal? Certamente. Hinata não desgrudava os olhos do moreno, e o mesmo entendia muito bem o porquê de ele sempre escolher aquela música, aquela letra. Eles cantavam tranquilos, enquanto outros convidados os ouviam. 

~Com Daichi e Ukai 

-Sawamura, eu bebi muito, e olha isso tudo tá muito ótimo. Eu nem sei quanto tempo não me divertia de verdade, mas eu acho que já está na hora de eu partir. -o mais velho disse em um tom dramático. 

-Ukai! Parece até que está morrendo, meu Deus. 

Keishin riu alto, acompanhado do moreno. 

-Aí... o Takeda-sensei deve me odiar. E eu realmente já me sinto velho perto de vocês, então preciso dar um tchau. 

-Primeiro: não acho que ele te odeie. E segundo: eu te libero, mas depois do nosso ponto final. A festa ainda não acabou, não vamos deixar, logo você, ir embora antes da hora. E outra: para de drama de bêbado, você está ótimo e novo ainda. -Daichi falou por tópicos, com um grande sorriso. -Aguarde que eu vou falar com o Suga. 

Depois disso, o mais novo se afastou e foi até o noivo, parado perto do palco a observar a dupla que cantava. Ele chegou dando um selinho no pescoço de Sugawara.  

-Olá, meu Daichi. -o platinado disse sorrindo, virando-se até encontrar o olhar alheio. 

-Que possessivo. -o Sawamura sorriu. -Vamos pro fim? Ukai quer embora, e ele não é o único. 

-Tá certo, mas espero que essa outra pessoa que quer dar no pé não seja você. 

-Eu?! Não, que isso? -o ex capitão respondeu sarcástico. -Finaliza por aqui, eu vou lá.  

Enfim, Daichi saiu com um sorriso no rosto, deixando o noivo da mesma forma. 

Ambos: 

Te dou tudo de mim 

E você me dá tudo de você oh 

Assim, foram cantados os últimos versos do karaokê entre Hinata e Kageyama. Assim como as primeiras, eles não erraram.  

-Muito bom! -disse Sugawara quando os dois desceram do pequeno palco. Ele pegou um dos microfones e se pronunciou. -Gente, o nosso Yama não tá dizendo nada, então eu falo: isso aqui tá sendo sensacional. Apesar do aniversário ser dele, eu sei que muitos aqui estão lisonjeados nesse reencontro, e acho que a presença de cada um de vocês é um presente enorme pra todos nós. Então eu quero só agradecer por terem vindo e que mais encontros incríveis venham por aí! -o platinado disse um tanto emocionado. Suga bom em discursos? Não. Suga bom em escrever discurso e decorá-los? Com certeza. -Mas isso não quer dizer que acabou, continuem se divertindo, só que agora a gente voltar lá na adolescência e cantar parabéns pro Tadashi.  

Ps. Yama: Sério isso? 

Koushi desceu do palco e o Tsukishima -que se encontrava atrás de Yamaguchi, com os braços envolvendo a cintura do namorado-, largou-o. O sardento olhou confuso para o loiro e antes que pudesse dizer algo, foi puxado pelo amigo mais velho. O mesmo tinha um sorriso enorme no rosto. 

-Não me diga que vai ter uma mesa cheia de bombons ao redor de um bolo e com uma decoração?! -Yama disse enquanto era arrastado por Suga. 

-Quando chegarmos você terá essa resposta. 

Ps. Yama: Medo.... 

Seguiram para um dos cantos do salão e pararam diante de uma mesa coberta por uma toalha preta. Sobre ela havia um bolo, consideravelmente grande, rodeada dos chamados bombons de Tadashi. No fundo ele imaginou que teria um painel de vôlei, mas no lugar tinha uma antiga foto do time completo, com pequenas letras em balões dourados em cima; Yamaguchi. 

-Agora temos que renovar essa imagem, não é? -Sugawara disse baixo enquanto o aniversariante olhava fixa aquela preparação. 

Yamaguchi não conseguiu dizer nada. Ele via a foto e pensava na presença de cada um naquele momento. Lembranças voltaram: os treinos pesados, sua primeira vez em quadra, sua primeira falha e uma das maiores derrotas, mas aquilo foi o que o fortaleceu, junto ao apoio incondicional que todo o time dava; mais uma participação em jogos importantes, onde ele marcara consecutivos pontos de saque; a vitória para os levarem ao Nacional; cada um dos jogos do campeonato; as reuniões e papos sempre muito agitados; o acampamento com outros times, onde surgiram novas amizades; e até sua briga de motivação com Tsukki. 

Não pôde conter as lágrimas, seguidas de um sorriso, lhe surgirem no rosto. Nesse momento, maioria dos convidados já estavam perto, olhando com sorrisos. Num impulso, Tadashi se jogou nos braços de Suga, ainda com lágrimas de felicidade lhe escorrendo pela face. 

-Obrigado por tudo, vocês são demais! 

-Para de chororô, porque eu não sou forte assim, e cara amassada não fica bonita em foto. -disse Koushi confortando o amigo em seus braços, também com os olhos carregados de lágrimas. 

Yama se soltou e olhou para Kei, que tinha um vasto sorriso estampado no rosto. Aquele novo Tsukki o fazia ficar cada vez mais apaixonado. Ele foi até a parte de trás da mesa e sorriu ainda maior. 

-Não sei nem o que dizer. Vocês são incríveis, e cada momento na presença de vocês são as melhores das minhas lembranças. -o sardento disse, tentando conter mais lágrimas. Ali já estavam todos os convidados. -Obrigado por mais essa!  

Os convidados aplaudiram, já não restava um que não estivesse emocionado, até os mais distantes (Akiteru e Tenma). Depois, veio o vergonhoso “Parabéns Pra Vocês”, puxado por Sugawara. 

-Faz um pedido e assopra. -falou o platinado brincando.  

Tadashi o fez sorrindo com satisfação. Então, o Sawamura organizou todos perto de Yamaguchi, claro, que tinha Kei à sua esquerda e Suga à direta. Pediram para um garçom bater uma foto, já que fizeram até o Tsukishima mais velho e o novo amigo fazer parte dela. Todos soltaram um sorriso na bela pose, e a nova recordação foi tirada. 

Depois, algumas pessoas presentes, como Yachi, Noya e Hinata, tiraram fotos individuais com o aniversariante. E enfim, partiram o belíssimo bolo de chocolate meio amargo, servindo a todos ali, que deliravam com o sabor. 

-Parabéns mais uma vez, Tadashi! Tudo de bom, e quem sabe até uma próxima. -Ukai se despedia de Yama e Kei. 

-Obrigado, Ukai, mal posso esperar para isso. -disse o mais novo com um aperto de mãos. 

O mais velho foi embora, e Yamaguchi já poderia dizer que sentia saudade daquele grande homem com aura mais adolescente que os próprios alunos no colegial. 

-Tô muito feliz por isso, Yama. Até logo, e olha, posso dizer isso com toda certeza. -Takeda falou. Ele sabia que em breve encontraria o sardento na escola, dando suas designadas aulas. 

-Digo o mesmo. Obrigado por ter vindo, sensei. -o mais novo respondeu, o abraçando, já que ali a intimidade já era maior. 

Depois do mais velho sair, veio Ennoshita. Ele se despediu graciosamente dos demais, inclusive do parceiro de noite, Tanaka. O moreno foi embora sorridente. 

~Com Noya e Tanaka 

-Bela noite pra você e o Chikara, não é mesmo? -o menor perguntou sorrindo safado. 

-Foi um deslize da bebida. -o careca respondeu corado. 

-Deslize ou desabamento todo? Qual é, Tanaka?! Não pense assim depois do beijaço que vocês deram. Ele é um cara legal e... 

-E eu não sou como você, Yuu, vocês terão que entender. 

-Eu também me enganava no começo, mas vê se não seja rude com ele.  

-Nem sei quando nos veremos de novo, e melhor assim. -Tanaka respondeu seco, encarando a porta que o moreno passara. Ele não entendia os próprios pensamentos. Gostara tanto do beijo que tivera com Ennoshita que o fazia se desentender com tudo que já sentira antes. -Quanto a você e Asahi? 

-Aquele ali é casca dura, quando toma uma atitude não muda. Queria conseguir fazê-lo mudar... -falou lento Nishinoya, soltando um suspiro enquanto olhava o Azumane, que conversava extrovertido com Daichi. 

Dois amigos, duas paixões estranhas, dois leves bêbados e duas mentes agitadas. Era o que possuía aquela mesa, até Ryuu se levantar. 

-Acho que também devemos ir. A ressaca que nos aguarde. -o careca disse com um pequeno sorriso, talvez forçado, ao menor. O outro, estava cabisbaixo, provavelmente pelo fato de mais uma vez ter ficado com Asahi sem darem um novo passo. -Vamos, eu pago o Uber. 

Noya então se levantou, dessa vez, com um sorriso. Ele olhou para o amigo e então disse: 

-Eu só preciso me despedir, mais uma vez... -Tanaka assentiu com a cabeça e o menor saiu. 

~Com Kiyoko e Yachi 

Depois do karaokê, as garotas ficaram conversando no canto e, por fim, os parabéns. Agora elas estavam sentadas em uma mesa. 

-Kiyoko, posso ser sincera com você? -Hitoka perguntou enquanto um silêncio se estendia entre elas. 

-Claro que sim. -a morena respondeu sorrindo. Por um momento, a loira nada disse, apenas a olhou. Shimizu não sabia o que dizer, o olhar penetrante e brilhante da outra era o mais belo possível, e a aquelas horas de uma festa muito movimentada, ela já era capaz de acha-la ainda mais linda. -O-O que foi? 

Antes que Yachi respondesse, ela pegou a mão da mais velha e dirigiram-se até um canto do salão, parando frente a frente. Sem desgrudar os olhos da morena, a mais nova aproximou-se da mesma e selou seus lábios.  

Kiyoko não tinha uma reação. Ela sentia o doce e fino lábio da loira lhe tocando, de forma suave. Não tinha o que esconder. A morena pousou a mão no rosto da outra, enquanto deixava os corpos totalmente colados.  

Hitoka soltou um sorriso em meio do beijo e o intensificou ao perceber a reciprocidade da outra. Elas se entregavam enquanto as línguas vasculhavam o sabor de chocolate na boca alheia.  

-Eu gosto de você, desde sempre, Shimizu. -Yachi soltou após elas se separarem.  

Como se fosse possível, ambas coraram os rostos ainda mais. A loira sempre soube que sua admiração, e até inspiração, pela outra era algo a mais, porém tanto tempo se passou e uma distância se fez. 

Já a morena nunca havia pensado nessa possibilidade, mas como estava acontecendo, ela gostara. Não sabia o que responder a outra. Ela gostava dela também? Mais que uma ótima companhia de festa?  

Num impulso ela puxou a cintura da menor e deu-lhe um novo beijo, como uma resposta muda que foi compreendida. 

~Com Akiteru e Tenma 

-Akiteru, me desculpa, mas eu acho que já está na hora de encaminhar aqueles dois ao hotel. -Udai disse quando ambos estavam sentados, após acabarem de deliciar o bolo. 

O moreno olhou para o único casal na pista; Kageyama e Hinata. Onde o ruivo parecia querer seduzir o outro com sua “sexy” dança. O  Tsukishima também reparou, e sorriu. 

-Tudo bem. Foi uma noite e tanto.  

-De fato. -Tenma concordou, se levantando da mesa. Ele deu de costas ao parceiro da festa e deu um passo à frente, mas voltou o olhar ao outro em um pequeno giro com o corpo. -Ei, Tsukishima? 

-Sim?! 

-Vamos nos ver de novo? -ele falou direto. Suas bochechas adquiriram uma tonalidade rosa, e ele também viu isso estampado no rosto alheio. 

-Talvez?! Digamos que, eu espero que sim. -Akiteru o respondeu gentil. 

-Digo o mesmo. Então... até uma próxima, Akiteru. 

-Até a próxima, Tenma. -o mais velho disse, atingindo a maior coloração rubra possível de seu rosto, sem nem mesmo ter um porquê concreto. 

O Pequeno Gigante sorriu o deixando para trás e se dirigiu até o local onde estava o casal e cutucou Tobio. 

-Vamos?! Acho que você já pode controlar seu... “amigo”. -o moreno disse como se não fosse tão próximo a eles, sem deixar de sorrir. 

-Hinata, já está na hora de ir embora. -o levantador falou olhando para os castanhos olhos. 

-Está cedo! -o ruivo respondeu, prendendo-se a cintura do outro. 

-Não está não, e você já não é criança. Vamos falar com o Yamaguchi. 

Ainda que emburrado, o menor concordou. Os três começaram a andar até a saída, e antes que chegassem, Hinata virou-se para o mais velho. 

-Como foi com o Tsukishima? Noite boa?  

-Hinata... nós nos conhecemos há algumas horas, você bebeu muito e está imaginando coisas. -Tenma respondeu-o. 

-De conhecer vocês passam a ser amigos, de amigos a primeiro beijo, de primeiro beijo a primeira... -Shouyou começou a dizer, mas foi interrompido pela mão de Udai, que lhe tampou a boca. 

-Não posso discordar. -Kageyama disse sorrindo. 

-Pode sim!  

Os três foram brincando até a saída do salão. Chegando lá, Hinata correu abraçar Yamaguchi, que foi pego de surpresa.  

-Foi muito bom te ver de novo, Yama. -ele falou envolvendo o sardento no abraço. 

-Digo o mesmo, Hinata. -Tadashi retribuiu sorrindo. 

-E a festa estava ótima, Kei. -o ruivo disse após separar-se do abraço, olhando para o loiro, que respondeu com um sorriso e um aceno de cabeça. 

-Obrigado pela recepção inusitada, foi um prazer conhecê-los. -Tenma se pronunciou cumprimentando o casal. 

-Principalmente os Tsukishima. Ele não diz, mas eu digo. -Shouyou cochichou, mas alto o suficiente para todos ali ouvirem e rirem com tal afirmação. 

-Hinata! Bem, vamos indo, porque ele já está fora de controle. 

-Estou nada, você que não é sincero e é ler... -o menor ia dizer mais, mas Kageyama o interrompeu. 

-Realmente estava tudo ótimo. Até logo, nós esperamos. -o moreno falou com um sorriso raro de ser visto naquele rosto. 

Depois os três se retiraram. Tsukki olhou para o salão, quase vazio, se não fosse por Daichi e Suga se despedindo de Tanaka, assim como Asahi e Noya, e o “pobre” Akiteru sentado sozinho, parecendo refletir. 

-Eu vou falar com meu irmão. -o loiro disse deixando um selinho no namorado. 

~Com Asahi e Noya. 

-Então esse é mais um adeus? -Nishinoya perguntou com uma cara manhosa ao maior, que estava à sua frente. 

-Noya... eu queria fazer diferente, mas... 

-Não tem “mas”, você não faz porque não quer. -o menor disse em um tom alterado, e logo suspirou, trazendo calma. -Mas não sou eu que vou te fazer mudar. Sabe que eu sempre vou estar aqui, com o coração totalmente seu, e quando quiser deixar todo esse orgulho de lado, vou continuar a sua espera e... 

Antes que o mesmo continuasse falando, o Azumaneu calou-o com um beijo. Leve e apaixonado. Ele queria fazer diferente, estava esperando o momento certo, as palavras certas, mas estava demorando. Tinha medo de perder Yuu, mas não queria prendê-lo em uma relação complicada. Enfim, separou seus lábios aos dele. 

-Isso é um até logo, e eu também gosto de você, mais que qualquer coisa. Mas não podemos agora, por... 

-Por conta do seu trabalho. Já disse, eu entendo, e quando quiser alguém pra aliviar essa tensão, terá a mim. 

-Você não é só meu brinquedo, não quero que veja assim. Eu só... -o maior parou, buscando as palavras. -Como você me mostrou na música, eu só sei bagunçar as coisas. 

O menor então se agarrou ao grande corpo. Abraçado ao peito do seu amado, sentindo o seu cheiro. Asahi retribuiu, pousando seus braços no pequeno corpo que o envolvia. 

-Então, até logo, Asahi. -Noya falou, dando um leve beijo na bochecha do maior. 

O castanho ficou parado, vendo o menor caminhar até Tanaka e o casal mais velho. 

Ps. Asahi: Ainda vou organizar as coisas, Yuu, você merece isso. 

~Com os Tsukishima. 

Akiteru estava sentado à mesa, praticamente imóvel desde a saída de Tenma. Se encontrava bebendo água quando viu a aproximação do irmão. 

-Sozinho? -Kei disse com um sorriso safado nos lábios. O loiro se sentou ao lado do irmão. 

-E você, não devia estar com o Anjo? -o mais velho respondeu, fazendo-lhe outra pergunta. 

-Cansei de me despedir de cada um que passava perto daquela porta. -respondeu descontraído.  

-Você reclama muito. Tudo da festa estava ótimo. 

-Tudo da festa, ou tudo do Pequeno Gigante? -o loiro indagou sorrindo ainda mais. 

-Kei, Kei. Nem eu, nem ele, seguimos essa orientação sexual, apenas iniciamos uma conversa de dois convidados perdidos em uma festa. -o mais velho respondeu tranquilo. -Ele é muito humilde para alguém com tanta fama. 

-É, pude perceber. Só assim pra você pegar amizade, não é? -Tsukki perguntou desfazendo a expressão de malícia do rosto. -Digo, sendo um outro cara tímido. 

-É, acho que sim.  

-Vai mesmo me esperar pra ir para casa? Tenho que acertar tudo com o Sugawara e o Sawamura ainda, talvez demore. 

-Pode resolver essas burocracias tranquilo, eu não passei uma festa toda sem beber atoa. Vou levar você e o Tadashi para casa. 

O loiro apenas sorriu em agradecimento ao irmão, e se retirou novamente. Caminhou até onde estavam os que precisava conversar. 

-Ah, tchau para você, Kei. Boa iniciativa, me parece que você tornou um cara muito melhor. -Tanaka disse franco. 

-Tanaka! -Daichi disse estapeando a cabeça careca do amigo, enquanto Suga escondia sua face em suas próprias mãos. 

-É... bem, obrigado, eu acho. -o Tsukishima respondeu um tanto envergonhado. 

Enfim, o careca se encontrou com Noya e os dois partiram. Kiyoko se aproximou dos três que ficaram, despedindo-se. 

-Foi ótimo! Eu vou levar a Yachi até casa dela, até mais menino. -a morena disse, enquanto a loira sorria grande perto dela. 

-Até mais, Shimizu, e tomem cuidado. -Koushi disse sereno. Confiava na mais velha, ela conseguiria dirigir tranquila por não ter digerido tanto álcool, mesmo assim, seu instinto protetor apitava. 

Depois, as duas se despediram de Yamaguchi e se foram. Restando os dois casais, Akiteru e Asahi. O último ficou sobre responsabilidade de Daichi e Suga, que o levaria para sua residência. 

Por fim, os noivos e Tsukki finalizaram a festa, e os três -antigos- veteranos, foram embora. O Tsukishima mais velho disse que ia pegar o carro –que estava a algumas quadras, para não atrapalhar a surpresa-, enquanto Kei fechava o salão. O loiro o fez e, junto a Yama, parou em frente ao local. 

A brisa batia nos belos cabelos esverdeados, enquanto ele fitava o salão, lembrando-se memoravelmente, de tudo. Esbanjavam um sorriso integralmente lindo e um silêncio absurdo, quebrado apenas pelos breves táxis que passavam na rua, naquelas 3:17 da madrugada. 

-Você... tá tão quieto. -Kei disse, quebrando o silêncio quase desconfortável. Recebeu um doce sorriso do outro. 

-Queria fazer esse momento congelar, sabe? Todo mundo junto de novo. Aí poderia descongelar e reviver cada instante mais uma vez. -o moreno respondeu. -Eu só tenho a agradecer a vocês por tudo isso. -completou, abraçando o namorado. 

O loiro retribuiu, sorrindo. Era a melhor sensação que sentira, de dever cumprido, vendo Yamaguchi feliz daquela forma.  

-O que você pediu enquanto assoprava a vela? -Tsukki perguntou. Fora meio aleatório, mas ele só percebeu isso depois de dizê-la por completo. 

-Hum?! -o sardento separou o abraço, um tanto confuso. -Ah, se eu disser não realiza. -respondeu sorrindo.  

Kei ia dizer algo, mas Akiteru surgiu, parando o carro. O casal entrou no mesmo e Yama passou seu endereço ao mais velho, mesmo que o Tsukishima insistisse ao mais novo dormir na casa deles. 

Enfim, pararam diante do edifício de Tadashi, Tsukki ficou responsável por levá-lo até dentro do prédio, o que logo foi feito. 

Chegando na recepção, eles se aproximaram.  

-Tchau, amor. -Kei disse abraçando o menor, deixando um selinho no pescoço, levemente coberto por sardas. -Espero que tenha gostado mesmo, e que descanse essa noite.  

-Claro que sim, mas... 

-Mas o quê? -o loiro perguntou um tanto espantado, se afastando o suficiente para encarar o namorado. 

O sardento então, juntou seus corpos novamente, deixando o queixo sobre o ombro do mais alto.  

-Eu ainda quero meu presente de aniversário. -sussurrou próximo ao ouvido do maior, causando-lhe um arrepio visível. Em seguida, deu uma leve mordida no lóbulo do mais alto. 

O loiro estremeceu com aquela declaração, e como soube o que era? Ah, ele também queria. Os dois estavam, mais uma vez, corados. Tsukki soltou uma risada baixa e carregada de malícia. 

-Certo. Boa noite, Tadashi. -disse puxando o namorado para um beijo leve, que foi retribuído com carinho. 

Enfim, Yamaguchi subiu e só então, Kei voltara pro carro e seguira até sua casa, junto ao irmão. 

O sardento entrou no apartamento e apoiou suas costas na porta do apartamento, já dentro dele, e se deixou deslizar sobre ela, quase delirando de prazer sobre a noite. 

A satisfação o preenchia após aquela noite tão memorável, era algo inexplicável em seu interior, ainda mais ao último acontecido, onde ele não sabia dizer se era efeito do álcool ou apenas o desejo que tanto circulava em seu interior. 

Mas ele realmente queria aquele presente.