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História Between Our Souls - Taegi (EM REVISÃO) - Pequeno Sol


Escrita por: cherriehopemin

Notas do Autor


Roi, gente. Mais uma atualização da minha bebê. Perdão pelo horário mas é que mais tarde eu vou ficar o dia inteiro escrevendo um capítulo da minha outra fanific, porque eu estou demorando demais para atualizá-la kkkkkkkkkkk


IMPORTANTE: eu vi que muita gente pulou o capítulo 22, então por favorzinho, voltem lá e vejam se vocês não esqueceram de ler pois é um capítulo super importante e eu NÃO RECOMENDO vocês lerem esse sem ter lido o outro. Sério mesmo. Mas, se já tiverem lido, não vou enrolar mais e vou desejá-los uma boa leitura. Beijão<333333

Capítulo 25 - Pequeno Sol


Fanfic / Fanfiction Between Our Souls - Taegi (EM REVISÃO) - Pequeno Sol

“Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe.” - William Shakespeare

A luz do sol queimava os meus olhos e minha cabeça latejava mais que tudo. Senti meu corpo inteiro sofrendo de espasmos agonizantes, como se uma pessoa estivesse pressionando um taser do meu cérebro até o final da minha medula. Eu não conseguia falar nem me mover. Um líquido quente escorria por minhas pernas, e com isso pude entender o que estava acontecendo comigo. Estava tendo uma convulsão. A dor era inexplicável, eu não conseguia conter as lágrimas.

Bem longe, como se fosse um sussurro, escutei meus amigos gritando desesperados. Taehyung estava debruçado sob o meu corpo, conversando comigo, tentando me manter calmo. Sua voz estava embargada por desespero. No canto, Hoseok estava agachado com ambas as mãos tampando os ouvidos, em um estado catatônico. Jimin conversava com alguém pelo celular, ele gritava e xingava.

- Pelos deuses, Jimin. – Taehyung berrou, enfurecido. – Ligue para uma ambulância.

- Eu não posso. – Jimin afastou o celular do ouvido. – Yoongi é um caso a parte.

- Pirou é? – Taehyung olhou para ele incrédulo. – Como ele pode ser um caso a parte?

- Porque Yoongi não é uma pessoa comum, inferno. – Jimin esbravejou. 

A vida era engraçada. Quando você dá cinco passos para frente, simplesmente algo te acontece e você é forçado a recuar ao ponto de início. Era uma tragédia grega. Assim como foi com Aquiles com o seu calcanhar falho, Teseu em uma emboscada e Perseu assassinado. Heróis de sua própria história, mas que no final tiveram um destino inesperado e trágico. Imaginava que os deuses faziam apostas em quem viveria ou morreria.

Talvez a aposta feita em mim não tenha sido boa...

[HORAS ATRÁS]

- Ele se lembrou.

Sabia do que ele estava dizendo. Hoseok teve acesso a todas as memórias de Yuta.

- Onde você está? – perguntei.

- Na casa dele. – Jimin fungou. – Por favor, Yoongi, me ajuda. – a voz dele ficou trêmula. – Ele está descontrolado.

- Estou indo. – encerrei a ligação guardando o celular no bolso.

Olhei para Taehyung e seus olhos estavam arregalados.

- Desculpa, mas eu tenho que ir. – acariciei sua bochecha.

- Certo. – ele assentiu. – Vou com você.

- O quê?

Taehyung virou-se, indo direto para a sala e pegou o celular em cima da mesinha de centro. Eu tinha que impedi-lo de ir, ele não poderia ver Hoseok naquele estado. Seria complicado ter que explicar o motivo de seu surto sem citar o fato de que eu estava envolvido. De que nos conhecemos à seiscentos anos atrás. De que eu não sou uma pessoa normal.

- E aí? – Taehyung pegou sua carteira e a guardou no bolso. – Você vem ou não?

Ele começou a ir em direção a porta. O único jeito de fazê-lo ficar em casa era usar a minha magia. Corri até Taehyung segurando-o pelo pulso.

- O que foi? – perguntou.

Estendi minha mão direita rumo ao seu rosto, pressionando dois dedos no meio de sua testa. Fitei seus olhos intensamente e senti a magia em minhas veias, então falei:

- Você ficará em casa, não sairá daqui até eu dizer que está tudo bem com Hoseok.

Taehyung piscou, franzindo o cenho. Ele se afastou de meu toque e permaneceu parado no mesmo lugar me encarando. Suspirei. Era melhor assim. Eu não estava preparado para falar sobre o meu passado para ele, nem mesmo queria imaginar qual seria sua reação.

Saí de seu apartamento às pressas, entrando em minhas Mercedes e pisando no acelerador. Contornando uma esquina próxima a empresa que fundamos juntos, cheguei na casa do Jung. Ela era pequena e cheia de flores. Hoseok sempre amou plantas e disse que um dia, quando tivesse um tempinho, montaria a sua própria estufa.

Adentrei os portões de ferro da residência e percebi que a porta de entrada estava escancarada. Entrei na casa e vi que estava uma bagunça. Havia vasos de plantas quebradas na sala de estar, papéis espalhados no chão e porta-retratos quebrados.

- Jimin? – chamei. – Hobi?

Escutei passos vindo do corredor e me deparei com a figura de Jimin, estava pálido e uma mancha de sangue sujava sua camiseta amarela.

- Pelos deuses. – senti minhas mãos tremerem. – O que houve?

- O sangue não é meu. – suspirou. – Ele ficou descontrolado, mal me reconheceu. Tentei me aproximar dele e aí ele começou a tacar um monte de coisa em cima de mim.

Analisei o rosto do meu amigo, ele estava completamente cansado.

- Quando ele ia tacar outro vaso de plantas em cima de mim, uma parte do objeto cortou sua mão. – explicou. – Tentei ajudar, mas ele começou a se debater, me afastando. – suspirou novamente. – E foi assim que sujei a minha melhor camiseta.

- Eu não entendo. – franzi o cenho. – Por quê ele ficou assim de repente?

- Quando conversamos, Hoseok falou que queria saber o que aconteceu com o Yuta, ele disse que queria conhece-lo mais. Então toquei sua mente. – explicou. – Eu não sei, alguma lembrança dele deve ter sido extremamente traumática que acabou afetando demais o Hobi.

Assenti.

- Então ele começou a chorar e a ter dificuldades para respirar, o abracei tentando reconforta-lo. Fiquei sussurrando próximo ao seu ouvido para que ele relaxasse. – Jimin passou as mãos entre os cabelos. – Ele olhou para mim e seus olhos estavam opacos, como se não fosse mais o homem que eu amo. Como se fosse outra pessoa.

- Onde ele está agora? – perguntei.

- No quarto. – falou. – Consegui convencê-lo a dormir.

- Posso ver como ele está? – perguntei.

Jimin fez que sim com a cabeça e comecei a andar em direção ao quarto de Hoseok. Entreabri a porta vendo o lugar um pouco escuro, a claridade estava sendo tampada por uma cortina azul bebê. As paredes eram pintadas da cor amarela com papéis de paredes personalizadas por pequenos sóis. Havia uma mesa com alguns cadernos e livros e um abajur para iluminar.

- Pequeno Sol? – sussurrei.

Caminhei em direção à cama, percebendo que havia algo errado. Puxei a coberta, tirando-a do colchão e soltei um suspiro.

- Merda, Hoseok.

Saí correndo do quarto procurando por ele. Fui até o banheiro no fim do corredor, até a cozinha e contornei todo o quintal. Não o achei. Voltei para dentro da casa e encontrei Jimin catando os caquinhos de vidro dos porta-retratos quebrados.

- Ele sumiu. – anunciei.

- O que? – Jimin virou-se para mim abruptamente.

- Contornei a casa inteira, Jimin. – meu corpo inteiro começou a tremer. – Ele sumiu.

- Porra, amor. – os olhos dele marejaram. – O que iremos fazer?

- Vou ligar para Namjoon. – retirei meu celular do bolso. – Quem sabe ele possa ter visto Hoseok.

- Talvez eu possa ajudar.

Respirei bem fundo ao escutar aquela voz. Taehyung estava parado próximo à porta de entrada da casa. Um bolo formou-se em minha garganta. Eu tinha jurado que havia colocado um feitiço nele, então como ele havia chegado até aqui?

- O que está fazendo aqui, Taehyung? – perguntei entredentes. – Eu falei para você ficar na sua casa.

- Eu não podia permanecer parado enquanto meu amigo precisa de ajuda. – Taehyung cruzou os braços.

- Vamos deixar isso para outra hora? – Jimin nos fitou. – Hoseok sumiu, precisamos encontra-lo.

- Podemos usar o rastreador do celular. –Taehyung disse. – Tem algum computador por aqui?

- No escritório dele. – Jimin nos guiou até um quartinho pequeno, com várias estantes cheias de arquivos e uma mesa com um computador no centro.

Taehyung se sentou na cadeira e ligou o computador. Acessou um site de rastreamento de celular e colocou todos os dados necessários para encontrar o nosso amigo. Um pontinho vermelho começou a apitar na tela e Taehyung estreitou os olhos.

- Ele está na Ponte Dongho. – falou.

- Ligue para Namjoon. – me virei para Jimin. – Avise ele para nos encontrarmos lá urgentemente.

[...]

- Conseguiu ver ele? – Jimin perguntou.

Fiz que não com a cabeça. Havíamos chegado na ponte em trinta minutos. Namjoon disse que iria demorar, pois era longe de sua casa. Saímos do carro e começamos caminhar, olhando de canto em canto em busca do Hobi.

- Meu deus. – Taehyung sibilou.

Olhei em direção ao que ele estava fitando e avistei Hoseok. Ele estava parado em frente às muretas da ponte, encarando o rio. Sua mão estava sangrando e sua pele estava extremamente pálida. Seus lábios estavam entreabertos e sem vida. Caminhei lentamente até estar próximo a ele.

- Pequeno Sol? – o chamei.

Hoseok virou-se para mim e seus olhos marejaram. Um sorriso fraco esbouçou-se em seu rosto e então fungou. Lágrimas quentes começaram a cair molhando suas bochechas.

- Você me encontrou. – falou.

- Eu nunca te deixaria só. – toquei gentilmente seu ombro. – Você é o meu melhor amigo.

Ele sorriu.

- Nunca imaginei que seria amigo do rei da Coréia. – falou. – Me sinto lisonjeado.

Então percebi. Não era Hoseok que estava ali agora conversando comigo. Era Yuta.

- Eu sinto muito. – chorou. – Eu não queria ter feito toda essa bagunça. – abraçou o seu corpo, como se estivesse com frio. – Eu fiquei assustado. De repente minha mente foi despertada e eu estava num mundo diferente, numa época diferente.

Abracei Yuta já fragilizado, sentindo seu corpo tremendo por conta dos soluços.

- Está tudo bem, eu estou aqui. – sussurrei. – Não vou deixar que nada de ruim aconteça com você nem com Hoseok.

Yuta assentiu, se aninhando um pouco mais em meus braços.

- Obrigado, Yoongi. – murmurou. – Por ter me escutado e me conhecido naquela época.

Assenti, acariciando os seus cabelos.

- Éramos inimigos, mas mesmo assim, você sempre foi bom comigo. – falou. – Fico feliz que agora podemos ser melhores amigos sem que o poder e a responsabilidade possam intervir. Obrigado.

Ele ficou mole em meus braços e pude perceber que havia desmaiado. O segurei firmemente, fazendo com que ele se sentasse no chão recostado nas muretas da ponte.

- Ele era gentil... – sussurrou.

Sorri. Hoseok havia voltado. Seus olhos abriram lentamente e então sorriu.

- Ele está em paz, Yoongi. – falou. - Finalmente em paz.

Assenti, sentindo meus olhos arderem. Jimin se aproximou de nós e agachou-se perto do namorado, seu rosto estava vermelho de tanto chorar. Então segurou o queixo de Hoseok e o fitou.

- Nunca mais faça isso, Jung Hoseok. – falou. – Nunca mais.

Hobi sorriu.

- Eu não me chamaria Hoseok se não te passasse um sustinho ou outro. – riu.

Jimin sorriu e o abraçou, seu choro ficando cada vez mais alto. Hoseok ria dos soluços que saíam da garganta do namorado, fazendo com que o seu corpo tremesse. Ele acariciava as mechas de cabelo castanho de Jimin, depositando beijos em sua cabeça.

- Eu fiquei por muito tempo fora? – Hoseok perguntou. – Não me lembro do Yoongi com cabelo de alface.

Revirei os olhos.

- Agora que você falou. – Jimin me encarou. – O que você fez com o seu cabelo?

- Pergunta pro Taehyung. – apontei para o meliante que nos encarava sem entender nada.

- Ficou bonito. – Hoseok falou. – Fez um ótimo trabalho, Tae.

- Obrigado. – ele começou a massagear a nunca. – Mas, o que aconteceu aqui?

- É uma boa pergunta. – Hoseok se levantou. – Jimin, quer dar as honras de explicar a esse jovem sobre a vida cheia de aventuras que nós temos?

Ri. O velho Hoseok estava de volta. Jimin fitou o namorado com raiva e deu um tapa na cabeça do mesmo. Os dois começaram a discutir na nossa frente como se não tivesse ninguém os observando.

Senti Taehyung me observando e o encarei, ele ria da situação estranha e não pude deixar de notar aquela sensação que começou a preencher o meu peito. Comecei a sentir que, mesmo se eu contasse a verdade para ele, alguma parte dele acreditaria em mim, mesmo que parecesse a maior loucura. Então uma onda de coragem começou a me inundar e me aproximei dele, decidido a contar tudo.

- Tae, eu... – quando eu ia falar algo, meu nariz começou a sangrar.

- Meu deus, Yoongi. – Tae pegou um lenço de seu bolso e o colocou em meu nariz.

Senti minhas mãos ficarem frias e suadas, alguma coisa estava acontecendo comigo.

- Isso está errado. – Jimin se aproximou de nós dois, com o cenho franzido. – Yoongi, você não sangra.

Minha cabeça começou a girar e a minha visão embaçou. Meu corpo inteiro caiu para trás e bati com a cabeça no chão. Tudo ficou lento. Vi meus amigos se agacharem perto de mim, falando comigo, mas tudo o que eu escutava era um zumbido e suas vozes ficaram baixinhas. Meu nariz havia parado de sangrar, mas um estalo acertou minha coluna, como se fosse um choque, então meu corpo se contorceu.

Meu inferno havia começado.

[...]

Depois de te convulsionado, perdi a consciência. Senti que estava deitado em algo macio e percebi que era uma cama, mexi meus dedos e suspirei, aquela sensação desconfortável havia passado. Abri meus olhos lentamente e analisei o lugar em que eu estava. Pisquei várias vezes para que a minha visão voltasse ao normal e olhei ao redor, vi que estava em meu quarto.

Ainda fraco, permaneci deitado e reparei que havia alguém comigo. Seokjin estava de pé, em frente a minha cama, com as mãos e a cabeça erguidas, sussurrando:

- In Benedictione autem mater Adscriptio tres gradus comprehendit eam roboris, salutis, et virtute ut iter perageret. – a íris de seus olhos estava lilás, emitindo um brilho representando sua magia. - Praesidio ei, Mater Dei Adscriptio tres gradus comprehendit.

(Tradução: Com a benção da Mãe das Três Fases, dê-lhe força, saúde e coragem para que continue sua caminhada. Proteja-o, Mãe das Três Fases.)

Percebendo que eu havia acordado, Seokjin parou o que estava fazendo e sorriu para mim.

- Fico feliz que tenha acordado. – disse por fim. – Ficamos preocupados com você.

- O que estava fazendo? – perguntei. – O que é você?

- Estava invocando a benção da Mãe para que você melhorasse. Seu corpo estava muito mal. – explicou. – Eu sou um bruxo, Yoongi.

Pisquei.

- Sempre pensei que você fosse um cara normal.

- As aparências enganam, de fato. – sorriu.

Respirei fundo.

- Há quanto tempo você é praticante? – perguntei.

Jin sorriu terno, acariciando meus cabelos.

- Eu não me lembro. – falou. – Parei de contar os anos desde que reneguei a minha vida mortal.

- Então você sabe o que eu sou. – ele assentiu. – Sabe quem eu sou e o que aconteceu comigo.

- Eu sinto muito, Yoongi. – falou. – Deve ter se sentido solitário durante todos esses anos.

Senti meu peito ficando apertado.

- Uma pena não termos nos conhecido antes.

- Tudo bem. – sorri. – Somos amigos agora, certo?

Jin sorriu.

- Tem alguém que quer falar com você. – falou. – Posso deixar que entre?

Assenti. Ele caminhou até a porta do meu quarto e a abriu, fazendo um gesto para quem quer que fosse entrasse. Jimin adentrou com passos largos, sentando-se em minha cama, me dando um abraço caloroso.

- Você está bem. – sussurrou. – Graças aos deuses, você está bem.

Ele se afastou, enxugando as lágrimas que ameaçavam cair e olhou para trás. Taehyung entrou logo em seguida de cabeça baixa, escondendo o rosto avermelhado.

- Tae. – o chamei.

Ele olhou para mim e pude ver seus olhos brilharem por conta das lágrimas que não caíam. Andou até a mim, subindo na cama e engatinhou, repousando seu rosto em meu peito.

- Você me assustou. – chorou alto. – Eu pensei que o pior tinha acontecido com você. – soluçou. – Por deus, Yoongi. Meu coração está despedaçado por sua causa.

Sorri. Não era uma das melhores ocasiões, mas ver que ele se preocupava comigo aqueceu meu coração. Acariciei seus cabelos com o restante de força que havia em mim, e depositei um beijo singelo em sua cabeça.

- Estou bem agora, viu? – sussurrei. – Não precisa se preocupar comigo.

Ele assentiu, levantando-se e sentando com pernas cruzadas na cama, limpando as lágrimas teimosas que ainda escorriam de seus olhos.

- Jimin me contou algumas coisas... – murmurou.

- Que coisas? – fitei Jimin.

- Ele me disse que você não é uma pessoa comum. – falou. – Que é imortal.

- E como você está levando isso numa boa? – franzi o cenho.

- Eu mostrei pra ele. – Jimin respondeu por Taehyung. – Ele me permitiu tocar em sua mente e lhe dei acesso um pouco de minhas lembranças.

- Não sabia que você podia fazer isso. – balbuciei.

- Achou mesmo que eu ia mostrar todas as cartas da manga? – debochou.

- Fofoqueiro do jeito que é, imaginei que contaria mesmo. – brinquei.

Jimin lascou vários tapas em meu braço, fazendo-me rir da pouca força que ele tinha.

- Mas agora sério. – ele disse. – Tem alguém que quer falar com você.

- Quem? – franzi o cenho.

Ambos fitaram a pessoa que estava entrando no quarto e não pude conter a surpresa. A Morte me encarava com um sorriso fraco no rosto.

- Oi, Yoongi. – falou.

- Morte. – fiz um gesto de cumprimento para ela. – Para você estar aqui em minha humilde residência significa que alguma coisa ruim aconteceu.

Morte suspirou.

- Sinto muito, Yoongi. – ela falou. – Sim, alguma coisa aconteceu.

Ela se aproximou de mim a passos lentos e sentou-se na borda da cama, passando a perna direita por cima da esquerda. Trajava um decote V no blazer e uma calça social preta, sapatos de salto vermelho aberto e uma corrente de ouro. Ela começou a mexer no brinco prateado em formato de foice, uma mania que possuía. Suspirou novamente e passou os olhos por Taehyung e em seguida, por mim, nos fitando.

- O quão próximos vocês dois são? – perguntou.

Taehyung enrubesceu, desviando o olhar e passando a fitar suas próprias mãos.

- Ah, somos só amigos. – murmurei. Taehyung concordou comigo.

Ela respirou fundo, e assentiu.

- Lembra da condição que aquele imbecil colocou? – perguntou. – O imbecil que te trouxe de volta.

Assenti.

- Você será mortal novamente quando encontrar o que tanto deseja. – Morte recitou. – Havia uma mensagem implícita nisso.

- O quê? – Jimin franziu o cenho, com os olhos arregalados.

- Quando você está perto do jovem Kim, Yoongi, você perde sua imortalidade. – Morte explicou. – E isso faz com que o seu corpo tenha um colapso, trazendo sua mortalidade de volta e te tornando propício a sentir os impactos que o corpo humano sofre depois de anos de estresse, alguma doença, dores, os malefícios que toda pessoa normal sofre.

Não percebi que estava prendendo a respiração até sentir uma falta de ar.

- Mas, como sua imortalidade te impedia de sofrer esses impactos, todas as vezes que você tiver um traço de sua mortalidade, você sofrerá um desses impactos ou, todos de uma só vez. – continuou. – Pode ser um sangramento nasal, convulsão, falta de ar, esses tipos de coisa. É um prejuízo para o seu corpo.

Suspirei.

- Então é por isso que não consegui impedir Taehyung de me seguir, não consegui usar minha magia. – falei. – Eu já era um homem normal perto dele.

Morte assentiu, respirando fundo.

- Eu não queria ser a pessoa a dizer isso, mas como eu sou a morte, eu preciso dizer. – ela suspirou. – Você não viverá por muito tempo, Yoongi.

- O quê? – meus lábios tremeram.

Ela direcionou sua mão até o bolso de sua calça e retirou de lá um envelope vermelho com uma estrela de três pontas desenhadas. Entregou para mim e fez um gesto pedindo para que eu abrisse e lesse o que havia escrito. Abri-o e tirei de lá um papel amarelado. Li o conteúdo e prendi o folego.

- Há anos que eu tenho esse envelope comigo. – Morte falou. – Você nunca ficou longe de sua morte, Yoongi. Só estava desviando dela.

Engoli em seco.

- E agora que encontrou a solução de sua imortalidade, seus dias estão contados. – explicou. – Eu sinto muito, mesmo.

Apertei o papel com firmeza, relendo novamente o que estava escrito:

"Min Yoongi"

1750 - ?

Causa da morte: desconhecida.

Então era isso. O que desejei depois de tantos anos. Minha morte, minha liberdade. Mas agora, eu não queria mais isso. Eu quero viver, quero permanecer ao lado de meus amigos e de Taehyung. Pelos deuses, o que eu faço? 


Notas Finais


Geeeente, não me matem kkkkkkkkkk, era necessário isso acontecer. O que acharam do capítulo de hoje? Espero que tenha superado as expectativas de vocês. Essa parte baseei na série Lúcifer. Espero que tenham gostado. Até a próxima~~

Se você der fav pra fic, você ganhará um presentão hihihi


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