1. Spirit Fanfics >
  2. Bewitched - Jeon Jungkook >
  3. Capítulo 07

História Bewitched - Jeon Jungkook - Capítulo 07


Escrita por: Euphomya

Notas do Autor


Oi!

Capítulo 8 - Capítulo 07


Assim que chegou na editora, Halley pediu ao Mike que lhe mostrasse onde ficava seu escritório. Seu escritório, que ele comentou que ela teria um enquanto estavam a caminho do prédio. Pensou que lá fosse encontrar alguma pista, mas se soubesse o que a aguardava...

O local era bem espaçoso e organizado. As enormes janelas abertas deixavam a luz solar adentrar, e a visão era dos prédios enormes da cidade.

Havia estantes de livros antigos por toda a parte, a decoração era bem interessante, mas não a ponto de deixar o lugar com uma aparência moderna.

Halley não soube dizer o porquê, mas não gostou da sensação que sentiu ao analisar em seu silêncio aquele espaço.

Como se algo de ruim fosse acontecer ali.

— Então — principiou Mike, com sua voz rouca e acolhedora, tirando atenção de Halley da janela. — Eu espero que não se importe quanto à nova decoração. — ele estava fazendo de tudo para que Halley se sentisse à vontade. — Eu vou deixar os papéis aqui, na mesa. Vou estar por perto, se precisar de alguma coisa.

Halley agradeceu e esperou ele deixar a sala, ansiosa por não saber por onde começar.

Ao menos chaves ela teria que encontrar.

[...]

Mas nada encontrou.

Um suspiro cansado foi o que Halley soltou diante da decepção em não encontrar nada. Nada. Foi exatamente como ele disse: ela perdeu tempo.

Antes de ir, Halley tratou de ler e dar um jeito de assinar os benditos papéis sobre a mesa e, assim, voltar para seu apartamento.

Meio tonta, Rowgson saiu do elevador e procurou por Mike pelo prédio para se despedir, encontrando-o depois de um tempo. Ele estava conversando entre risadas com Joyce Scarlet, a tal amiga falsa. No primeiro momento, não quis interrompê-los. Mas pensou direito e decidiu ir até eles, avisar ao Mike que já estava indo embora.

— Mike — os dois pararam de falar no mesmo instante, olhando para ela. — Joyce.

A última citada revirou os olhos minimamente assim que a respondeu. Às vezes, para ela, ser uma falsa era cansativo, principalmente agora que Halley sofreu esse acidente.

— Já vai embora? — Mike perguntou a ela depois de ignorar completamente a presença da outra. — Você quer que eu...

— Mas já? — Joyce que estava perto demais de Mike, fez um bico desapontado. — Você não me parece tão — seu olhar invejoso vagaram pelas vestimentas dela que torceu discretamente o nariz. — ...ruim assim. Da última vez que nos vimos, você estava bem pior, sem ofensas.

— Não ofendeu. — retrucou Halley simplesmente. — Ofenderia se não fosse uma verdade. Aquele dia eu estava mesmo bem pior.

Joyce e Mike se entreolharam. Pigarreando, Joyce se voltou para Halley e deu um sorrisinho de lado.

— Estava?

Rowgson estava começando a ficar aborrecida.

— Desculpa, Joyce, mas você por acaso quer me perguntar algo? Se sim, por favor, fique à vontade. Eu não me importo.

Mike franziu o cenho. Joyce ergueu suavemente os ombros.

— Se é assim — disse ela dando um breve olhada em direção ao Mike, que já havia entendido o que acontecia.  — Você me parece perfeitamente bem, Halley, então por que não volta para cá para, pelo menos, recuperar o fascínio que nós, seus funcionários, temos por você?

— Joyce... — Mike ia repreendê-la, mas Halley o interrompeu.

— Ainda não estou disposta, sabe? Quer dizer, não como você que me parece com energia de sobra para fazer sabe-se lá o quê que você faz por aqui. — Joyce pareceu afetada, e Mike, surpreso. — Aliás, o que você tá fazendo parada aí? Já terminou o expediente?

— Não. — respondeu Joyce, com os punhos cerrados e uma vontade imensa de explodir em verdades que machucariam a Rowgson. — Pra alguém que "perdeu" a memória...

— Fale em seus pensamentos, Joyce, ainda estou aqui.

Aquele sorriso cínico nos lábios pintados de um vermelho bem vivo foi morrendo aos poucos. Ela já sabia. Rapidamente, Halley viu a falsa sem graça enquanto olhava para Mike, como se esperasse que ele dissesse algo. Porém até ele havia perdido a voz.

— Claro. — disse Joyce, num tom educadamente forçado e, ao se virar para Mike, seu olhar mudou completamente. — Terminamos nossa conversa depois, amor.

"Amor"

O jeito que ela disse fez Rowgson fazer careta. E teve que desviar o olhar porque até se sentiu desconfortável em ver ela beijar o canto da boca dele.

Mike pigarreou. Deu uma última olhada nela, balançou a cabeça e se virou para Rowgson, como se nada tivesse acontecido.

— Encontrou o que procurava?

— Você não me disse que namoravam.

Disseram juntos. Mike ergueu as sobrancelhas e riu, negando imediatamente.

— Ela sempre faz isso.

— Hum. — Fez ela, sem resquícios de desconfianças. — Tem certeza que éramos amigas? Que mal gosto o meu.

— Bem — ele deu uma rápida olhada no corpo da mesma, para cima e para baixo. A outra Halley nunca se vestiria daquele jeito e jamais sairia da casa sem maquiagem. — Fazia um bom tempo que vocês não estavam se falando. Isso desde que...

— Que...?

Mas Mike não completou. Ficou um bom tempo pensativo. Por um instante, como se tivesse chegado à alguma conclusão, olhou para Halley. Seu olhar seu tornou em algo que beirava ao desespero para desaparecer tão rápido quanto surgiu.  Infelizmente Halley não viu a cena.

— Tá pensando em quê, hein? Tá com uma cara.

"O que eles fazem aqui?" pensou ela, vendo os funcionários realizarem atentos suas tarefas. Seus olhos pararam em Joyce Scarlett que os olhava de longe.

— Você e ela devem se dar muito bem, né.

Mike pareceu acordar. Olhou para Joyce e, depois, para ela. Estava tão desconfortável que começou a ficar vermelho. Se ela já soubesse o que eles tiveram, o que ainda têm...

— Talvez...

— Vocês já--

— Desculpa Halley, mas eu preciso voltar ao trabalho. — ele olhou para o relógio em seu pulso, para Joyce, e depois em direção à Rowgson. — Quer que eu te acompanhe?

— Não, tudo bem. — forçou ela um sorriso, mesmo não entendendo o estranho comportamento repentino dele. — Bom trabalho!

Mas Mike não a ouviu porque um dos funcionários lhe chamou a atenção.

[...]


Rowgson revirou os olhos quando adentrou no apartamento. Ela tinha acabado de chegar da editora, ter que receber o olhar do Kookie dizendo "eu te avisei", já era demais.

— Eu disse que perderia tempo, não disse? Eu disse.

Halley jogou o molho de chaves sobre a mesa e tirou seu casaco, com os olhos cansados sobre ele. Claro que ela se assustou, mas não estava a fim de reclamar.

— E como eu ia saber se você estava mentindo ou não, Kookie?

— Isso foi uma pergunta? 

— É faz alguma diferença pra você? Nunca responde mesmo.

— Mas o que houve com você?

— Isso eu também quero saber!

— Na editora — Kookie limpa a garganta. — Aconteceu alguma coisa? Você não parece bem.

— E eu lá tenho motivos para estar bem? Olha só pra mim. Tô péssima. Sem saber o que fazer. E doida pra me jogar pela janela desse prédio.

Não era sobre isso que ele queria saber, mas precisava encenar. Assim, se mostrou preocupado, arregalando os olhos.

— Então, só por precaução...

No mesmo momento, Halley se assustou ao ouvir um baque seguido de outra e de outro vindo de direções diferentes do seu apartamento.

— Meu Deus — exclamou ela. — Você não chamou um dos seus pra cá sem a minha permissão, chamou? Olha aqui, Kookie, meu apartamento não é abrigo de fantasmas, se você...

Kookie bufou.

— Só tranquei as janelas, não tem como você pular agora. De nada.

— Fechou as...?

Rowgson riu, cética, movendo a cabeça para os lados lentamente. Era inacreditável.

Jungkook realmente era uma incógnita. E hoje estava impossível.

— Eu não tava falando sério.

— Não?

Halley fez que não, com um gesto de cabeça impaciente.

— Me pergunto porquê eu ainda não te expulsei daqui.

— Me pergunto porquê você ainda não pediu a chave do caderno ao Mike.

Halley piscou para ele.

— Chave?

Jungkook deu um suspiro cansado e fitou o teto, apontando para a foto na parede do apê.

Rowgson olhou para ela sem esperar nada, mas sua expressão mudou drasticamente quando a foto começou a se movimentar.

Para Rowgson, foi como ter um déjà-vu

— A chave.

Rowgson piscou repetidas vezes. Parecia ilusão, uma visão de óptica, mas não era. Era muito, muito real. A foto realmente está em movimento contínuo.

— Por que você está me mostrando essas coisas?!

— O gato é bem bonito. Ele é seu?

Rowgson desistiu de ir tomar banho e se afundou no sofá, sendo agora assombrada pelo que está presenciando bem atrás de si.

— O que tá acontecendo aqui?

— Responda a pergunta, Rowgson.

— Eu não sei!

— Tem uma chave no colarinho dele.

Para confirmar ou só no automático mesmo, ela levou seus olhos até o pescoço do gato na foto. E sim, era tão pequeno que quase não era visível.

— Tem.

— Esta é uma das provas de que eu estou aqui para te ajudar. Fale com o Mike a respeito disso.

— Mas o quê que o...?

Halley se calou quando percebeu que Jungkook sumiu outra vez. Ela recostou-se no sofá e nem mesmo quis procurar por ele.

— Não sou besta.

***

04 de setembro.

09h06


Já era a sétima vez que Rowgson olhava para seu celular desde que entrou naquele táxi. Ela havia comprado o aparelho há pouco tempo, mas já tinha o deixado cair umas dez vezes e nem era exagero.

Mike não havia aparecido ontem à noite no seu apartamento, por isso decidiu ir atrás dele na editora.
Mesmo com pressa, ela não deixou de cumprimentar as pessoas que entravam em seu caminho.

"Onde será que ele se meteu?"

Então se esbarrou por acidente num corpo mais curvilíneo que o seu, pensava ela.

— Ah, Smith, que surpresa! Pensei que não levaria a sério minhas palavras.

Ela não levou.

— Estou procurando o Mike. Não o viu por aí?

— Ele precisou sair. Por quê? Você precisa de ajuda?

Halley, para a surpresa de Scarlett, dispensou a ajuda.

— Quando ele chegar você me avisa? Eu vou está esperando no meu... No meu escritório.

— Sim, claro. Eu irei.

— Então, com licença.

— Quer que eu te faça companhia? — Rowgson parou ao ouvir. Franziu o espaço entre as sobrancelhas ao encará-la. — Mike me falou algumas coisas e fiquei tão precupada com você.

"Falou algumas coisas?"

— Que coisas?

Joyce mordeu o lábio inferior e olhou em sua volta. Por um momento, Rowgson pensou que ela estava desconfiada.

— Vamos para seu escritório? Alguém pode nos ouvir.

Nem esperou Halley responder e já saiu a puxando pelo braço. Mas claro que ela não se importou, pois realmente queria saber o que o Mike havia dito a ela.

Assim que entraram no escritório, Halley foi direto ao ponto.

Joyce estava contendo um sorriso maldoso.


Notas Finais


Vou tentar não demorar. Quero terminar logo essa fic.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...