"Você é a melhor coisa que eu nunca soube que precisava
Tanto, que quando você estava aqui eu não fazia ideia
Você é a melhor coisa que eu nunca soube que precisava
Tanto, que agora está tão claro, eu preciso de você aqui sempre,...''
Eu estava amarrado em uma cadeira, com uma maluca dizendo que era minha irmã.
— O que está fazendo? — mamãe gritou assim que comecei a me debater na cadeira.
— Estou tentando sair desse pesadelo!
— Jimin, não é um pesadelo — disse mamãe. — Ela é realmente sua irmã.
— Como?
— Cuidei tão bem de você, Kira. Por que se transformou em um monstro? — Anny estava aos prantos.
— Alguém me explica o que está acontecendo? — gritei.
— Não grite, irmãozinho — Kira pressionou uma arma na minha cabeça. — Matei minha irmã mais nova, Kiara, para poder ficar no lugar dela. Malévola me ensinou tudo o que sei. Ela me tratava como filha — Kira aproximou-se do meu ouvido. — Taehyung ficaria com ciúmes — gargalhou.
— Por que matou sua irmã? — Chapeuzinho chorava.
— Malévola me contou tudo, e eu fiquei com muita raiva. Por que só meus irmãos tiveram uma vida maravilhosa? Fiquei trancada nesse mundo chato e sem magia, porque toda magia ficou para meu querido irmão, Jimin!
— Kira, eu não queria que fosse assim — minha mãe tentou se explicar.
— Não deixei você falar, Sunny — era evidente o ódio no olhar de Kira. — Quando descobri que meu irmãozinho do meio estava destinado ao Jungkook, vocês não têm noção da minha felicidade. Matei Kiara para ninguém desconfiar do meu plano. Além disso, ela era uma inútil.
O jeito como ela me chamava de "irmãozinho" me dava calafrios. O tom era carregado de sarcasmo e ódio.
— Não diga isso, Kira.
— Você é uma psicopata — sussurrei.
— Precisei esperar um pouco para me aproximar do Jimin, e deu muito certo! — riu. — O pobrezinho estava tão desesperado com os poderes dele. E eu, como uma boa irmã, ajudei e ainda descobri como roubar os poderes dele para mim.
— Sua imbecil! — gritei.
— Jimin, se acalma — mamãe gritou.
— Escute a mamãe, Jimin, se acalme — gargalhou. — O Jungkook ter ido embora com o Jimin foi a melhor coisa que aconteceu. Consegui fazer com que a rainha Moon ficasse doente, e sabia que Jimin iria salvá-la e ficar fraco.
— E o que você ganha com isso?
— Minha vingança será cumprida, e eu serei imbatível com os poderes de Jimin, Jungkook e Taehyung. Logo, terei os poderes de todo o Reino de Ouro.
Vi Jungkook e Taehyung entrarem no local escondidos.
— E vai matar a gente? — arqueei a sobrancelha.
Jungkook e Taehyung estavam atrás de Kira. Percebi que precisava distraí-la.
— Sim.
— Tudo bem, me mate.
— Jimin! — mamãe gritou.
— Ela pode me matar e libertar vocês.
— Vou matar todos, Jimin. Sua família, seus amigos, todos que respiraram perto de você.
— O quê?
— Não vai, não — Taehyung pegou a arma da mão de Kira e a empurrou.
— Seu bruxo inútil! — gritou. — Você tem inveja, porque sua mãe sempre gostou mais de mim.
— Não tenho inveja de gente como você, Kira. Tenho pena.
— Me dê a arma! — gritou.
— Não.
Jungkook me desamarrou sem fazer barulho.
— Jimin! — Taehyung jogou a arma para mim, e eu a peguei desajeitadamente. — Atira! — Tae segurava Kira por trás.
— O quê? — arregalei os olhos. — Não, eu não sou um assassino.
— Vamos, Jimin! Me mate — gargalhou. — Esqueci, você é fraco para isso.
— O que você disse? — cheguei mais perto de Kira.
— Que você é fraco — Jungkook desamarrou as mais velhas e se escondeu novamente. — Você sempre foi fraco, e sempre será.
— Você não me conhece, Kira. Não pode simplesmente sair dizendo o que sou ou não sou. Sou muito mais forte do que pensa — mirei a arma na direção da sua cabeça. — Mas hoje você não vai morrer, porque não sou um assassino como você — joguei a arma em um canto.
Kira tentou correr, mas Jungkook a impediu e congelou suas mãos e pés.
— Você vai me pagar muito caro, Park Jimin. Todos vocês!
Que frase clichê...
— Você será muito bem-vinda, Kira.
— Vou levá-la até a masmorra — disse Jungkook.
— Não! — protestei. — Tenho um lugar perfeito para ela. Obrigado, Kira, você vai me salvar de uma acusação.
[...]
— Como está sua irmã? — perguntei. Jungkook empurrava Kira com sua magia.
— Ela está bem — sorriu. — Ela é linda, Jimin.
— Ela é sim — sorri de volta. — E qual é o nome?
— Stella. O nome que você escolheu.
— Sério?
— Se não fosse por você, uma delas não estaria aqui — disse.
— Ainda me sinto tonto, mas não me arrependo.
— Eu te amo.
— Eu também te amo.
— Será que podemos ir logo? — Kira perguntou.
— Minha casa fica do outro lado do rio — disse Anny, a Chapeuzinho. — Obrigada, Jimin, Jungkook e Taehyung — sorriu.
— Não quer ir com a gente? — mamãe perguntou.
— Muito obrigada, Sunny, mas tenho que cuidar da minha mãe.
— Entendo. Bom, qualquer coisa, você já sabe.
— Até mais! — acenou.
— Até!
[...]
— Você tem certeza de que essa mulher é a mesma que raptou você? — o delegado perguntou.
— Sim.
— Raptei mesmo, e se não fosse por esse pirralho do príncipe Jeon Jungkook e aquele bruxo inútil, eu teria completado minha vingança — cruzou os braços, me fazendo lembrar o quão difícil foi remover aquele gelo.
— Essa moça com certeza consumiu algum tipo de droga — o delegado suspirou. — Policial Choi! Pode prender a moça — o policial entrou na sala e algemou Kira. — Vocês são bem semelhantes.
— Ela é minha irmã — revirei os olhos. — Meus pais a deram para adoção, e ela ficou com muito ódio.
— Entendo.
— Jimin, precisamos ir. Eu disse que faria o jantar hoje.
— Felicidades ao casal — disse o delegado.
— Obrigado, senhor!
[...]
3 anos depois...
— Eu estou bonito, Jiminie? — Jungkook perguntou enquanto se arrumava em frente ao espelho.
— Você está lindo, Jungkookie. — sorri.
— Estou nervoso. E se as pessoas não aceitarem?
— Problema delas. — dei de ombros.
— Jimin! — ele riu. — Eu preciso agradar o meu povo.
— Jungkook, você quer ser rei?
— Não.
— Então você não será. As pessoas precisam entender. Eu e os outros estamos te apoiando.
— E se acontecer alguma coisa com o meu pai? Eu vou ter que assumir. Stella é só um bebê, não pode ser rainha.
— Jungkook, seu pai é novo e forte. Com certeza ele viverá muito.
— Só você para me confortar. — ele me abraçou. — Eu te amo.
— Eu te amo. — dei um selinho nele. — Seu cabelo está ridículo!
— Sério?
— Sim. — Baguncei o cabelo perfeitamente penteado de Jungkook.
— Jimin!
— Te vejo lá embaixo. — gargalhei e fechei a porta.
Caminhei pelos corredores do castelo e cumprimentei os empregados com um bom dia.
— Estou nervosa por ele — disse a rainha Moon.
— Ele vai se sair bem. — sorri. — Tenho certeza de que todos o compreenderão.
— Ele vai ficar tão chateado se as pessoas ficarem contra ele.
— E como está o rei?
— Nervoso também.
— Se ninguém aceitar a decisão do Jungkook, eu mostro o dedo do meio para todos eles. — peguei Stella no colo. — Quem é o bebê favorito do tio Jimin? É você! — dei um beijinho na bochecha da pequena.
— Você já pensou em ter filhos?
— O quê? — arregalei os olhos.
— Você e o Jungkook estão juntos há bastante tempo.
— Não sei se estou preparado para ser pai, mas adoraria.
— Ótimo.
— A senhora sabe de algo? — perguntei desconfiado.
— Não, claro que não. Vou apressar o Jungkook. Você cuida da Stella?
— Claro.
— Licença.
— Ei, Jimin! — Taehyung gritou. — Você fica muito tempo com a Stella. Eu quero segurar ela.
— Não.
— Eu sou padrinho dela também!
— Não perguntei.
— Jimin!
— Não! — respondi. — O Tae é muito chato, não é?
— Ela é minha irmã também! — Taehyung finalmente havia aceitado que fazia parte da família real, e sua relação com Jungkook estava cada vez melhor. — Eu sou padrinho e meio-irmão.
— Você é tão chato. — revirei os olhos.
— Com licença, mas eu fico com a Stella. — Jungkook pegou o bebê do meu colo.
— Ei!
— Ela está tão lindinha com essa roupa. — ele sorriu. — Minha princesinha.
— Filho, você precisa ir. — a rainha pegou a filha no colo e colocou sua mão direita no ombro do filho mais velho.
— Tudo bem. — suspirou.
Jungkook caminhou até a varanda, e toda aquela multidão o encarava. O rei Jeon estava um pouco atrás de Jungkook. A rainha, com a filha, Taehyung e eu estávamos logo atrás do rei.
— Eu passei a minha vida inteira me preparando para ser rei, e muitos acreditaram em mim — Jungkook começou. — Eu agradeço o apoio de todos. — sorriu. — Mas eu nunca quis ser rei. — Vi algumas pessoas revirando os olhos, outras xingando e algumas indo embora. Jungkook ficou pensativo por um instante, mas logo voltou a falar. — O que deixa vocês alegres? O que faz vocês se sentirem bem? O que me faz alegre e me faz sentir bem é estar com as pessoas que amo. E eu não seria feliz sendo rei. Mas isso não quer dizer que eu não amo o meu povo. Eu estarei aqui sempre. Eu sempre serei o príncipe Jeon Jungkook de vocês. — sorriu. — E é por isso que eu passarei a coroa para a minha irmã mais nova, princesa Jeon Stella. Ela ainda não tem idade para governar, mas será a nova rainha de vocês.
Todos aplaudiram Jungkook. Ver o homem da minha vida feliz me deixava ainda mais feliz.
— Feliz Natal! — ele acenou.
— Você conseguiu. — dei um selinho no moreno.
— Eu nem acredito que eles aceitaram.
— Vamos comemorar! — disse Taehyung. — Vocês não vêm?
— Eu preciso falar com o Jimin, Taehyung. Estamos logo atrás de vocês.
— Claro... — Taehyung sorriu malicioso.
— O que você tem de tão importante para me dizer? — sentei ao lado do moreno.
— Eu estou criando coragem faz um tempo, mas ainda tenho medo.
— Medo? Medo de quê?
— De você não gostar.
— Jungkook!
— E se você não estiver preparado...
— Jeon Jungkook!
— Eu consegui toda a papelada e obtive a guarda de uma criança.
— Jungkook...
— Jimin, eu sei que deveria falar com você primeiro. Talvez você não esteja pronto para ser pai, mas fiquei tão feliz quando a Fada Madrinha disse que eu podia adotar aquela criança.
— Jungkook, eu estou muito feliz. Eu realmente não estou pronto, mas quero muito ter um filho com você. — sorri. — Você não tem noção de como estou feliz.
— Que bom que você ficou feliz, Jimin. — os olhos de Jungkook se encheram de lágrimas. abracei o maior e limpei suas lágrimas. — Vamos ser a família mais feliz.
— Vamos sim. — eu não conseguia parar de sorrir.
— Eu acho tão engraçado o fato de que a gente não se gostava anos atrás e agora vamos ter uma filha.
— É menina? — Sorri.
— Sim!
— Nossa princesa.
— Sim, nossa princesa. — Jungkook e eu nos beijamos apaixonadamente. — E eu vou mimar muito a nossa filha.
— Você vai ser o pai mais babão. — gargalhei. — E eu também.
— Eu te amo. — ele riu. — Eu te amo muito.
— Eu também te amo.
— Só falta vocês! — Taehyung estava de mãos dadas com Hoseok.
Entramos no portal que nos levou até a sala da minha casa.
— Você não vem? — Jungkook perguntou.
— Sim, eu só vou pegar algo no meu quarto.
— Estarei te esperando.
Corri até o meu quarto e peguei o livro que mudou minha vida.
— É hora de dizer adeus. — sorri fraco. A família Jeon agora passava por outro portal, então o livro não seria mais útil. — Eu encontrei o Reino de Ouro, vovó. — sorri. — Eu encontrei ele. — abracei o livro com toda minha força.
Fui até o porão e guardei o livro dentro do baú onde estavam os livros favoritos da minha avó.
— Jimin!
— Yeo! — abracei o menor. — Estava com tanta saudade de vocês.
— Nós também. — disse Yon. — Prometemos tentar visitar você mais vezes. — abracei a mais nova.
— Por favor. — sorri.
Abracei todos que estavam ali. O Natal era uma data muito especial para mim nos últimos anos, pois era a única em que conseguia estar com toda minha família e amigos.
— Jimin! — Yoongi me abraçou.
— Yoon!
— O Jungkook disse que você estava aqui na cozinha. — sorriu.
— Estou feliz que você tenha vindo. Pensei que esse ano estaria ocupado.
— Eu sempre passei o Natal com você e sua cara feia. — gargalhou. — É lógico que não quebraria nossa tradição.
— Jimin! — Jin gritou. Seokjin e Namjoon se tornaram grandes amigos meus e da família. — Vamos brindar!
— Vamos, hyung? — perguntei.
— Vamos!
Jungkook me entregou uma taça de champanhe.
— 4, 3, 2, 1. Feliz Natal! — Gritamos.
— Feliz Natal, meu amor. — abracei Jungkook.
— Feliz Natal, anjo. — ele deu um beijinho na minha testa.
— Feliz Natal, casal! — Taehyung gritou. Ele com certeza havia bebido bastante. — Feliz Natal, Algodão Doce. — o mais novo praticamente pulou em cima de mim, me fazendo gargalhar.
Eu achava que minha vida era ruim e que jamais seria feliz. Mas eu finalmente encontrei a felicidade. E quer saber o segredo? Se você quer ser feliz de verdade, faça cada dia valer a pena.
— Feliz Natal, vovó. — olhei para o céu estrelado com um grande sorriso no rosto.
Assim como prometi encontrar o Reino de Ouro, também prometi amar Jungkook para sempre.
Fim.
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