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História Biology Teacher - Capítulo 01


Escrita por: jikookings

Notas do Autor


Boa noite

Capítulo 1 - Capítulo 01


Aula de biologia.

Existe aula mais chata que essa?

É tão entediante que eu acho mais produtivo dormir do que tentar prestar atenção na aula. Até porque, se eu prestar atenção vou continuar sem entender nada. Os nomes são simplesmente complicados demais, longos demais, desnecessários demais. Por mais que eu passe a aula inteira com os olhos fixos no professor, eu simplesmente não consigo entender.

O professor já tentou conversar comigo, me dar mais tempo para realizar as provas, dar mais lições para eu fazer, mas nada adianta. Por isso essa mala sem alça chamou meus pais para conversar sobre meu desenvolvimento escolar. Quem ele pensa que é para tirar meus pais do conforto de casa para vir à escola somente para isso? Não é ele que vai ouvir sobre essa pequena reunião a semana inteira depois.

E enquanto meus queridos pais estão na sala da diretora junto ao professor Lee, eu estou aqui, na detenção, tendo que escrever um texto sobre o quão errado é dormir em meio à aula. Pelo menos uma vez ao mês eu estou nessa salinha afastada durante a tarde toda por ter, sem querer, adormecido após dez minutos ouvindo sobre meiose.

Eu geralmente não ligo muito para isso, já que, fora biologia, eu realmente sou muito bom na escola. Minhas notas sempre estão entre as três melhores de toda a instituição, caindo apenas por uma matéria miserável. E é por essa mesma matéria que eu fico de detenção, provando mais uma vez que biologia só me traz desgraça.

O meu nervosismo, no entanto, é pelo fato de meus pais estarem no mesmo local que eu enquanto eu estou preso numa sala minúscula e fedida, tendo que escrever um texto inútil – o qual eu escrevo todo mês. O pior é que eles não sabem sobre a minha pequena grande dificuldade nessa matéria, muito menos sobre minhas notas baixas na mesma e as detenções que eu levo.

Eu realmente estou ferrado quando sair daqui.

Pela primeira vez, em três anos, eu desejo não sair da detenção. Meus pais vão estar furiosos, melhor eu já me preparar para o castigo que com certeza eu vou ganhar depois de hoje. Espero que minha mamãe não se esqueça que eu continuo sendo o orgulho dela e que meu pai sempre se lembre dos meus prêmios escolares.

- Jeon Jeongguk! – Ouço a voz grossa do professor Lee me chamando e então a porta se abrindo. O encaro minimamente, esperando que ele fale mais alguma coisa, mas ao invés disso, ele sorri e entra na sala. – Já terminou de escrever o texto? - Revirei os olhos, entediado e irritado.

É claro que eu já tinha terminado. Já haviam horas que eu estava trancafiado naquele lugar, tendo que escrever a mesma baboseira de sempre. Aposto que, assim como eu, Sr. Lee já decorou meu texto sobre não dormir em sala de aula. Mas, para não piorar a situação, não respondo nada de forma grotesca, apenas assinto à sua pergunta.

- Já pode ir, seus pais estão na diretoria esperando-lhe. – Assinto novamente. Levanto-me da cadeira, pego minha mochila e curvo-me minimamente em sinal de respeito ao professor, me retirando da sala logo em seguida. – Ah, Jeon! Espero que saiba que tudo isso é com o intuito de lhe ajudar.

-Claro que sei, professor. – Sorrio falso. – Darei o meu melhor daqui para frente. – Curvo-me novamente antes de sair da sala e seguir até a diretoria.

Essa cena provavelmente irá se repetir em algum momento. Sr. Lee sempre diz que posso fazer melhor, eu sempre respondo que me esforçarei mais; eu me esforço ao máximo e mesmo assim não alcanço meu objetivo, então vou parar na detenção novamente; e o ciclo continua todo o mês.

Apresso meus passos até a diretoria, querendo ir embora o mais rápido possível. Arrumo minha mochila nas costas assim que chego na sala, sentindo minhas mãos tremerem ao ver meus pais com semblantes sérios conversando com um dos melhores alunos do terceiro ano, Park Jimin. O mais velho vive conquistando prêmios acadêmicos devido suas notas perfeitas; é o maior exemplo de bom aluno de todo o colégio.

Mas o que diabos ele está fazendo conversando com meus pais?

Entrei no cômodo e pigarreei, recebendo o olhar de todos. Corei levemente e abaixei a cabeça, já esperando o sermão do meu pai e o puxão de orelha da minha mãe, mas nada veio. Simplesmente um silêncio devastador e incômodo. Levantei minha cabeça, ainda receoso, e passei meus olhos pela diretora, meus pais e então Park Jimin.

Mesmo em uma situação como esta, foi impossível não notar a beleza do mais velho. Seus cabelos negros perfeitamente alinhados num topete, o uniforme escolar ressaltando seu corpo, os óculos de armação deixando-o estranhamente sensual. Além de suas bochechas rubras, talvez por eu estar lhe encarando sem pudor algum.

- Jeon Jeongguk, tenha mais respeito! – Minha mãe diz, logo desferindo um tapa em minha nuca, me repreendendo. – Onde já se viu, estava praticamente fodendo o pobre garoto com os olhos!

- Querida... – Meu pai sussurra, envergonhado e surpreso pelas palavras da mulher, assim como eu.

- Querida nada! Jimin, querido, se ele fizer algo desse tipo durante as aulas particulares pode dar uns tapas bem dados nele, ouviu?

- Mãe! – Exclamo indignado. Ouço uma risadinha envergonhada vinda do aluno mais velho, se mesclando com a risada da diretora. – Espera, como assim “aulas particulares”? – Pergunto, já torcendo para que tenha escutado errado.

- Isso mesmo que você ouviu, meu anjo. – Reponde minha mãe, sorrindo irônica. – Você vai ter aulas particulares com o Jimin três vezes na semana durante a tarde.

- Mas, mãe...!

- Se reclamar eu mudo para todos os dias, Jeon Jeongguk! – E então outro tapa foi desferido em minha nuca, fazendo-me choramingar pela dor. – Então, Jimin, já passei nosso endereço e o celular do Jeonggukie. Quando poderá começar com as aulas?

Ela parece animada demais para o meu gosto.

- Quando a senhora achar melhor. – Respondeu educado.

- Senhora não, Senhora está no céu! Pode me chamar de Noona, querido. – Devo ter feito uma careta estranha, pois no segundo seguinte outro tapa foi desferido, dessa vez em meu braço direito. – Pode começar amanhã? Assim você já pode se organizar melhor, não acha?

- Claro, senh- Noona! – Sorriu pequeno. Seu sorrio é bonito. – A que horas está bom para você, Jeongguk-ssi?

- A qualquer hora está ótimo, querido. – Minha mãe responde por mim, ignorando minha presença. – Ele não faz nada o dia inteiro, está sempre disponível.

- Mãe!

- O que? Estou mentindo por acaso?

- Aish...

- Tudo bem, uh, eu mando uma mensagem quando estiver a caminho. – Sorriu novamente. – Desculpem-me, mas eu tenho que ir. – Curvou-se a todos nós, ainda sorrindo. – Até amanhã, Jeon.

- Uh, até... – Respondi, porém já era tarde demais, Jimin já havia saído da sala, me deixando sozinho, com meus pais e a diretora, inteiramente arrepiado com sua voz levemente mais rouca.

Após o mais velho sair, fui obrigado a ficar por mais uma hora naquela sala, recebendo o maior sermão da história por dormir na aula. Mas eu não estava prestando muita atenção a isso, na verdade, estava pensando em quanto eu odeio biologia.

Sério, eu já tenho três aulas por semana na escola e agora vou ter que ter mais três depois da aula? Que chatice! Meus pais querem me ver morrer de tédio, só pode. Já perdi a conta de quantas vezes revirei meus olhos pensando nisso e levei um puxão de orelha da minha mãe por isso. Mas só de pensar em ter o dobro de aulas de biologia me dá sono.

[...]

Cá estou eu, de volta à escola. Pelo menos hoje não tem aula de biologia, não agora de manhã. No momento estou tendo aula de coreano, uma das minhas matérias preferidas; a qual eu sempre presto bastante atenção. A professora Kim é sempre atenciosa e explica muito bem a matéria, por isso consigo absorver todo o conteúdo apenas prestando atenção em suas palavras, não tendo necessidade de estudar para sua prova.

Em geral, era sempre assim: eu aprendia apenas por prestar atenção em cada palavra e detalhe de todas as aulas. Nunca foi preciso mais que uma passada rápida da matéria da prova para tirar a nota máxima. Minhas dúvidas eram todas sanadas nas aulas seguintes ou simplesmente durante um exercício em casa.

Mas é claro que com biologia tinha que ser diferente. Reviro os olhos ao lembrar que em algumas horas terei aulas desse inferno, ninguém merece! Eu sou um ótimo aluno em tudo, eu sou ótimo em tudo, porque não consigo entender justo a matéria mais chata de toda a grade escolar? Podia ser matemática, física ou química, mas não... biologia.

Fala sério!

Meu melhor amigo, Jung Hoseok, vive zoando com minha dificuldade nessa matéria, já que até ele tira notas boas. Falando nesse idiota, ele ficou sabendo sobre minhas aulas particulares com o Park e não para de dizer que eu sou um baita sortudo por ter aulas com o “cara mais lindo do colégio depois de Min Yoongi”.

Ah sim, Min Yoongi é o namorado do Hobi-hyung. Eles namoram há dois anos mais ou menos, mas já parecem que são casados, pois um não vive sem o outro. Apesar de me deixar de vela em praticamente todas as vezes que saímos juntos, gosto muito dos dois como um casal. Eles realmente se completam. Yoongi-hyung é um ano mais velho que Hoseok, mas parece mais novo quando age manhoso. Devo admitir que é fofo, apesar de um pouco estranho para quem o conhece bem.

Já eu sou tão ruim em biologia que nem o corpo humano eu conheço de forma mais... profunda. O que é um porre, já que eu fico ainda mais indisposto e rabugento por não ter nenhum contato afetivo em meses. Tudo bem que eu só tenho dezoito anos, mas eu tenho minhas necessidades, certo? Nem um beijinho eu tenho dado nesses últimos quatro meses.

- Quem sabe nessas aulas particulares você não aprenda mais sobre como os seres humanos se reproduzem, uh? – Perguntou Hoseok-hyung divertido. Reviro os olhos e lhe ignoro. – Ah, qual é?! Só estou brincando, Jeonggukie! Mas não seria ruim trocar uns beijos com Park Jimin, não é?

- Cala a boca, hyung. – Respondo, pegando minhas coisas quando o sinal toca. – Só vai ser uma aula normal, nada demais. Ele fala e eu ouço, tentando entender esse caralho de uma vez por todas!

- Com certeza você vai entender o caral-

- Cala a boca, hyung! – Bato em sua nuca, recebendo um grito escandaloso e exagerado em troca. – Aish, não grita, hyung.

- Por que me bateu? Sua mão é pesada! – Reclamou, com um bico nos lábios. – Tudo isso porque eu falei que você queria dar uns beijos em Park Jimin? – Sorriu maldoso.

Eu não havia entendido o porquê desse sorriso até ouvir uma tosse falsa atrás de mim, fazendo-me virar lentamente e receosamente. Quis matar Jung Hoseok ao ver Park Jimin sorrindo, me encarando envergonhado. Cocei minha nuca, em sinal de nervosismo, e arrumei minha mochila, tentando a todo custo não o olhar diretamente.

- Uh, tudo bem se eu for com você para sua casa após a aula? N-Não quero me perder. – Sorriu pequeno.

- A-Ahn, c-claro. – Respirei fundo, tentando não gaguejar novamente. – Sem problemas. Eu só tenho mais uma aula e então estou livre para irmos, ok?

- Ok. – Assentiu, mordendo o inferior. Droga, ele é realmente muito bonito. – Te espero lá fora, então. – Curvou-se rapidamente e saiu com seu amigo, se dispersando entre a multidão.

- Boa sorte, cara.  – Saí do meu transe ao ouvir a voz do meu melhor amigo. Franzi o cenho e lhe encarei confuso. Ele sorriu pequeno e continuou: - Quero só ver quando ele for te ensinar sobre sexo.

Revirei os olhos e ri soprado. Não iria acontecer nada, apenas aulas extras normais. Ele é dedicado e responsável, assim como eu... tento ser. Vai ser tão fácil como tirar doce de criança.

 

 

Eu estava errado.

As aulas ainda nem começaram, na verdade, ainda estamos andando em direção à minha casa e eu já sei que eu estava completamente errado. Não vai ser nada fácil. Por que? Ah, simples, porque eu sou um adolescente com hormônios fodidos que fica excitado por literalmente qualquer coisa.

Deixem-me explicar melhor.

Assim que minha última aula acabou, me despedi dos meus amigos e fui em direção ao portão da escola, me deparando com Park Jimin e seu melhor amigo, Kim Taehyung, conversando e rindo alto. Devo admitir que a risada do mais baixo é adorável, ainda mais quando seus olhos se fecham em dois risquinhos, deixando sua face com um toque angelical.

Mas não é sobre isso que eu vou falar agora e sim sobre o que aconteceu depois. Jimin se despediu do amigo e veio em minha direção, sorrindo pequeno e me acompanhado até minha casa – que não fica muito longe do colégio. Acontece que está muito calor hoje e nosso uniforme (um terno preto simples e gravata vermelha) não ajuda muito, então o mais velho decidiu afrouxar a gravata, tirar o blazer e desabotoar os três primeiros botões da camisa social, assim como puxar as mangas até o cotovelo. Mas não acaba aí: sua blusa social, branca, já estava com uma pequena camada de suor, deixando alguns músculos de seu abdômen e bíceps visíveis para mim.

E eu, um cara de dezessete anos, no auge dos hormônios e homossexual, não consegui não reparar. E enquanto eu olhava cada canto de seu tórax, descendo o olhar lentamente para as coxas torneadas no mais velho, senti meu membro endurecendo. Apesar da calça social disfarçar um pouco minha ereção, ainda era nítido que algo havia acontecido.

Entretanto, o mais velho não notou o ocorrido. Pelo menos eu acho que não, já que comecei a andar mais apressado, com o blazer em frente à minha calça, evitando voltar meus olhos ao seu corpo. Ele provavelmente estranhou minha pressa para chegar em casa, mas continuou me acompanhando, arfando pelo calor e pelos passos rápidos que dávamos.

Não demorou muito para finalmente chegarmos em minha residência. Abri a porta e lhe dei a passagem para entrar, trancando-a após retirar meus sapatos e jogar minha bolsa no sofá. Jimin seguiu meus passos, porém de forma mais delicada: retirou os sapatos, os posicionando ao lado da porta, e colocou sua mochila sobre a mesa em meio à sala, logo voltando seu olhar para mim.

- Quer comer alguma coisa? – Perguntei, ainda atordoado por sua beleza.

- Se não for muito incomodo. – Respondeu e eu sorri.

- Espero que goste de miojo, pois só sei fazer isso. – Falei brincando. Ele ri baixo, assentindo e se sentando na cadeira em frente a mesa. Fiz nosso almoço e coloquei em pratos separados para comermos. – Pronto, aqui está.

- Obrigado.

Almoçamos em silêncio, sempre desviando os olhos para qualquer canto da cozinha, evitando contato um com o outro. Estava bem constrangedor, já que não nos conhecíamos devidamente, apenas de vista. Não tínhamos muito para conversar, apenas sobre as aulas que começariam a qualquer instante.

- Uh, eu vou tomar um banho antes de começarmos, tudo bem para você? – Perguntei nervoso.

Eu precisava urgentemente de um banho gelado. Não só pelo calor infernal lá fora, mas por ainda ter uma ereção dolorida entre minhas pernas, que implorava por alívio – de preferência vindo de Park Jimin, com suas mãos pequenas e gordinhas ou de seus lábios inchados e rosados, os quais com certeza proporcionariam um imenso prazer.

- Claro. – Respondeu corado, talvez por eu estar novamente lhe encarando de baixo à cima. – Só deixe seu caderno de biologia comigo para eu ver por onde podemos começar.

Apenas assenti, lhe entregando o caderno antes de correr para o meu quarto. Retirei minha roupa, colocando no cesto de roupas sujas e entrei no banheiro, ligando o chuveiro na água fria. Me recusei a me masturbar pensando no mais velho, pensando em qualquer coisa broxante para que a ereção abaixasse o mais rápido possível. Após alguns minutos, já limpo e sem qualquer pensamento indecente em mente, me retirei do box e fui ao meu quarto, onde coloquei um short preto qualquer e uma blusa larga cinza.

Voltei para sala, pulando alguns degraus da escada, encontrando Jimin sentado no chão com os olhos fixos em minhas anotações. Sentei-me ao seu lado, esperando ele terminar de ler o que estava escrito. Apoiei minha cabeça em minha mão e lhe encarei por um momento.

Ele é realmente muito bonito. Seus traços foram perfeitamente desenhados. Seus olhos pequenos, assim como seu nariz e seus dedos, suas bochechas gordinhas e coradas, seu maxilar definido, seus lábios rechonchudos e rosadinhos. Ah, seus lábios parecem ser tão macios e apetitosos, assim como sua pele levemente bronzeada, perfeita para deixar marcas.

- Uh, Jeon? – Pigarreou, chamando minha atenção. Pisquei algumas vezes até que saísse do transe e lhe encarei. – P-Podemos começar? – Me ajeitei ao seu lado e assenti, pegando um lápis e um caderno novo que comprei ontem. – T-Tudo bem, uh... vamos começar com o sistema reprodutor, aparentemente foi isso que o Sr. Lee passou na aula passada, certo? – Franzi o cenho, assentindo hesitantemente. – Não se lembra da aula?

- Na verdade, eu acabei dormindo. – Respondi envergonhado.

- Tudo bem. – Sorriu pequeno, se ajoelhando no chão. – Posso explicar tudo novamente, sem problemas. – Apenas assenti agradecido. – Vamos começar pelo sistema reprodutor feminino....

E então a aula começou. Ficamos cerca de três horas estudando os órgãos, suas funções, sobre fecundação e suas características. Ele explicou muito bem e me ajudou em alguns exercícios, tirando todas as minhas dúvidas, desde as mais bobas às mais complexas até que eu entendesse tudo que ele havia falado.

Depois vimos sobre o sistema reprodutor masculino, que o professor terminaria de explicar na próxima aula. Assim como o feminino, vimos sobre os órgãos, suas funções e características, o aparelho reprodutor e etc. Também fiz vários exercícios e tirei todas as minhas dúvidas, sentindo-me orgulhoso de mim mesmo por ter entendido tudo até agora.

- Para entendermos melhor é sempre bom ver imagens, principalmente as que têm explicação ao lado; assim você vê onde cada coisa fica. – Terminou de explicar. – Vamos procurar.

Enquanto ele se concentrava em pesquisar imagens no Google, seus dentes, levemente tortos, prendiam seu lábio inferior inconscientemente. Meus olhos ficaram fixos em sua boca, vendo sua língua umedecê-la vez ou outra, para então voltar a maltrata-la com seus dentes.

Como eu queria beijar ele agora, ah...

- Jeon? – Estalou os dedos em frente a meus olhos.

- Sim?

- Pode parar de ficar me encarando assim? Está me deixando constrangido. – Admitiu, com as bochechas coradas.

- Desculpa, eu não-

- Tudo bem, só... não faça mais isso. – Mordi o interior de minha bochecha e assenti, me sentindo envergonhado. Jimin murmura algo que não consigo entender antes de dar continuidade. – Aqui, seria bom você imprimir essa foto ou redesenha-la para que entenda melhor. Qualquer dúvida é só me perguntar ou perguntar ao Sr. Lee na próxima aula.

- V-Você já vai? – Perguntei, agarrando seu pulso assim que ele se levanta. – Não quer f-ficar para o jantar? Já está tarde e não comemos nada desde o almoço.

- Não quero incomodar, Jeongguk-ssi.

- Não vai incomodar! E pare me chamar assim, me chame apenas de Jeongguk ou Gguk!

- Tudo bem, uh, eu fico então.

Sorri vitorioso, o puxando para se sentar novamente. Após desenhar a imagem em meu caderno, sentindo os olhares do mais velho em mim, guardei minhas coisas e o trouxe para meu quarto. Agora, Jimin se encontra sentado no canto de minha cama enquanto analisa todo o cômodo. Estávamos apenas esperando minha mãe acabar de cozinhar a janta para descermos.

Eu o observava discretamente enquanto ele passava os olhos por todo o cômodo, ás vezes sorrindo pequeno, ás vezes franzindo o cenho. Admito que ele estava fofo com os lábios num bico, que somente saía de sua boca quando a mesma se repuxava num sorriso.

É meio difícil não reparar em sua beleza natural. Ele não precisa de muito para chamar atenção, é lindo da maneira mais simples possível; de uma maneira que poucos conseguem ser. Não vou mentir, se ele fosse homossexual, provavelmente eu tentaria algo, afinal é muito atraente em meus olhos.

- O que acha de hm.... nos conhecermos melhor? – Perguntei, querendo quebrar o silencio desconfortável que nasceu entre nós. – Sem segundas intenções, claro.

- Não sei não... – Respondeu hesitante.

- Por favor, Jimin-hyung. Posso te chamar de hyung? – Ele assente rindo baixo. – Então, por favor, hyung! Assim eu te conheço melhor e vice-versa, afinal vamos nos ver muito daqui para frente.

- Tudo bem.... Eu começo, então. – Respondeu, sorrindo tímido. – Hm... Qual sua cor favorita? – Rio baixo de sua pergunta antes de responde-la.

- Vermelho, e a sua?

- Azul. – Sorriu, fazendo-me sorrir junto. – Quantos anos tem?

- Dezessete. – Faço um bico emburrado. – O hyung tem dezenove, certo? – Ele sorri assentindo, se sentando de frente para mim. – Qual sua comida preferida?

- Essa é difícil... – Soltou uma risadinha ainda mais adorável que seus olhos em formatos de lua. – Hambúrguer? É, acho que sim. – Fez um bico fofo antes de sorrir novamente. – E a sua?

- Acho que... carne em geral. – Respondo rindo e ele me acompanha. – Hyung, sua risada é tão bonita. – Ele cora com o elogio inesperado, abaixando a cabeça envergonhado. – Você tem namorada, hyung?

Não consegui me segurar, essa dúvida já estava me incomodando.

- N-Não. – Mordeu o inferior. – E você, Jeongguk-ah, tem?

Devo dizer que me arrepiei inteiro ao ouvir meu nome sair de forma arrastada por entre seus lábios. Se ele não fosse não tímido, diria que estava me provocando apenas com seu tom de voz. Mas tenho certeza que essa não foi sua intenção, mesmo tendo obtido sucesso.

- Não. – Respondi simplesmente. – E namorado, o hyung tem?

Porra, Jeongguk.

Jimin ri soprado, arrastando seus dedos gordinhos por seus fios de cabelo pouco bagunçados, os colocando para trás de forma extremamente sensual e inconsciente. Ele joga os braços para trás, os apoiando na cama de casal, negando levemente com a cabeça enquanto sorria de lado.

- Não também. Você namora, Jeongguk-ah? – Perguntou com voz rouca, num tom baixo. Eu nego minimamente, sem desviar meus olhos de seu inferior sendo mordiscado por seus dentes. – Você também é gay, Jeongguk-ah?

Acho que está mais do que na cara que eu sou gay, mas meu foco não foi em sua pergunta óbvia, mas sim em seu “também”. Quer dizer que ele é gay, que ele gosta do que eu gosto, que há uma chance, mesmo que pequena, de eu poder provar dos seus lábios.

Droga, Hoseok tinha razão. Eu realmente quero beijar Park Jimin.

- Sim. – Respondi.

Ele sorri, voltando a se endireitar na cama, passando os dedos por seus fios negros mais uma vez enquanto molhava seus lábios com sua língua aveludada. Ah, como eu queria prova-la. Vendo-o assim, encarando-me do mesmo modo que eu o encarei na sala da diretora e hoje mais cedo: sem pudor algum; me faz pensar que ele não é tão inocente quanto aparenta.

Eu estou tão ferrado....

- Você sabe bastante coisa sobre o corpo humano, Jeonggukie? – Perguntou com um timbre baixo.

Apesar de seu semblante ser inocente, estava explicito sua provocação na simples pergunta que me foi dirigida. Isso me faz perguntar como uma pessoa consegue ser assim: tão tímida, porém provocativa. Pois é exatamente assim que Park Jimin é. E eu não sei dizer se isso é bom ou ruim.

Entendi muito bem o duplo sentido dessa pergunta e sei muito bem o que responder. Sim, eu já sei sobre o corpo humano, assim como ele quis dizer. Já beijei, com direito a mãos bobas e já transei, não muitas vezes, mas sei o que fazer. Porém, já há meses que eu não toco em outra pessoa ou em mim mesmo, meses que eu simplesmente deixei de conhecer o corpo humano dessa maneira tão pecaminosa. E adoraria aprender novamente com alguém ainda mais experiente.

Com alguém como Park Jimin.

Engulo em seco, pensando em como lhe responder sem que minha voz saia falha ou trêmula. Como ele conseguiu me deixar assim, sem reação, com uma frase tão simples? Nós mal nos conhecemos e ele já tem esse efeito sobre mim? Não consigo responde-lo, não com palavras concretas e coesas, por isso apenas balanço a cabeça em negação.

- Quer que o hyung te ensine, Jeonggukie?

Seus olhos brilhavam em luxuria, esperando por minha resposta. Tenho absoluta certeza que eu não estava tão diferente. Eu já estava necessitado há tempos, só de pensar em aprender tudo e um pouco mais com o mais velho já sinto meu baixo-ventre dar leves sinais de vida.

- A janta está pronta, crianças!

Sério, mãe? Justo agora que eu estava prestes a aceitar uma foda com um homem tão lindo como esse, você fala que a janta está pronta? Parece praga, não é possível.

- Venham, vamos comer! – Minha mãe aparece no quarto, olhando-me brava ao notar meus olhares zangados para si. – Jimin, querido, ele deu muito trabalho? Conseguiu explicar alguma coisa?

E assim eles desceram as escadas, indo em direção à cozinha e me deixando para trás com os pensamentos a mil. Ela poderia ter esperado eu responder “Sim, Jimin, eu quero que você me ensine tudo sobre o corpo humano, porra, como eu quero” para então falar que a janta estava pronta.

Eu nem estou com fome mais, a única coisa que eu quero de janta é Park Jimin. Ou melhor, eu quero ser a janta dele! Ou podemos ser a um do outro. Ah, isso mesmo, eu quero foder com Park Jimin, estar por cima, por baixo, não me importa. Mas que droga!

Agora eu estou puto com minha mãe e excitado com todos esses pensamentos indecentes que Park Jimin fez questão de colocar em minha mente. Droga!

Continuei descendo as escadas, tentando ignorar os sorrisos do mais velho e os comentários de minha mãe, pouco me importando com a ereção que continuava intacta em meu short. Me sentei ao lado de Jimin na mesa, pegando o prato e o enchendo de kimchi e jjajangmyeon apenas para me distrair de toda a situação.

Jimin também se serviu, sem parar de responder as perguntas de meus pais sobre a aula de hoje. Ainda conversando com os mesmos, ele coloca sua mão direita sobre minha coxa esquerda, comendo sua comida com a outra mão, sempre sorrindo doce aos mais velhos presentes. Engulo seco ao senti um aperto em minha pele por baixo do short, o qual foi erguido à medida que sua mão subia discretamente por baixo da mesa, até parar em meu membro ereto.

- Ah, sim, conversamos bastante sobre o sistema reprodutor feminino e masculino hoje.... – Começou a relatar sobre a aula naturalmente, como se não estivesse me masturbando agora mesmo! Não consigo prestar atenção no que ele diz, apenas mastigo minha comida para que nenhum gemido ouse escapar em qualquer momento. Desço minha mão esquerda até que estivesse sobre a sua, fazendo com que ele apertasse meu membro mais um pouco, aumentando a carícia. Posso ver Jimin sorrindo de lado após morder o inferior, continuando a me massagear discretamente, porém de forma mais rápida, quase fazendo-me engasgar com a comida. – Não é, Jeongguk?

Não faço ideia do que ele perguntou, apenas assinto, concordo com o que quer que seja, contanto que ele continuasse me acariciando desse jeito. Ele ri baixo, descendo sua mão e a enfiando para dentro de minha cueca, segurando meus testículos entre seus dedos, os massageando deliciosamente. Deixo um arfar escapar, mas logo disfarço colocando mais comida na boca.

A tensão sexual presente ali era notável, ainda mais com os olhares nada castos ou os leves grunhidos que escapavam de meus lábios sem eu conseguir controlar. Mas minha mãe continuava ali, falando e falando, como se estivesse apenas me testando; testando minha paciência, assim como Jimin.

Mas então, quando eu já estava próximo ao ápice, Jimin retirou sua mão de minhas vestes e se levantou. O encarei indignado, esquecendo da presença de meus pais na cozinha. Jimin franze o cenho, fazendo-se de desentendido e eu bufo irritado e frustrado, cruzando meus braços de forma emburrada.

- Está tudo bem, filho? – Perguntou meu pai preocupado. Assenti ainda emburrado, mas ele dá de ombros.

- Obrigado pela janta, Noona. – Agradeceu, meu querido professor. – Voltarei daqui a dois dias para a próxima aula.  – Sorriu largo, deixando que seus olhos se fechassem.

- Não agradeça, querido! É sempre bem-vindo aqui agora! – Não me lembro de minha mãe ser tão simpática com visitas. – Jeongguk, cadê a educação que eu te dei, hein? Acompanhe ele até a porta. – Diz, desferindo um tapa em minha nuca.

- Aish, mãe, pare de me bater! Já estou indo, não está vendo? – Me levantei e segui até a porta da casa, abrindo-a em seguida. Jimin calçou seus sapatos e pegou sua mochila enquanto eu lhe encarava fixamente. – Sabe, eu já estava quase lá. – Resmunguei baixo, recebendo uma risadinha fofa em troca.

- Tchau, Jeonggukie. – Ele diz, ainda rindo baixo.

- Espera, hyung! – Fechei a porta e segurei seu pulso, fazendo-o parar de andar. Ele se vira novamente e me encara, sorrindo e arqueando as sobrancelhas. – E-Eu... eu quero que me ensine mais sobre o corpo humano, hyung.

Minhas palavras saíram baixas, mas ainda firmes e confiantes. Eu queria aquilo, droga, como que queria. Sentia meu corpo esquentar só de pensar nas diversas possibilidades de conhece-lo melhor, de conhecer o meu corpo; de conhecer o seu corpo.

Jimin sorriu, mordendo o inferior em seguida, para então rir baixinho e provocativo. Ele se aproxima de mim, deixando que nossas respirações se misturem – fazendo com que eu sinta um friozinho na barriga de ansiedade – para então desviar o caminho até minha orelha após depositar um leve selar em minha bochecha esquerda.

- Até amanhã, Jeongguk-ah.


Notas Finais


tchau

só um ps aqui, desculpem os erros, eu estou morrendo de enxaqueca e não consegui revisar direito :(


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