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História BitterSweet - Dusk Till Dawn


Escrita por: VictorStark

Notas do Autor


I'll be with you from dusk till dawn | Estarei com você do anoitecer ao amanhecer.


Dusk Till Dawn (Do anoitecer ao Amanhecer)
Zayn ft. Sia

Capítulo 16 - Dusk Till Dawn


Stiles repousava o rosto no ombro de Derek, que estava ao seu lado, sem camiseta, naturalmente. Busto e corpo expostos, em uma clara demonstração de força. Poderia não ser o mais forte do lugar, mas sem sombras de dúvidas era o mais imponente. Ostentava nas costas uma tatuagem, apenas merecedores recebiam o direito de poder tatuar algo. Enquanto aquelas crianças que conversavam e apreciavam o fogo tinham em seus corpos seminus os desenhos de tinta desenhados com os dedos.

– Isso é realmente especial – Afirmou o Stilinski, observando as chamas quase dançando, esperava que outra visão saísse dali. Mas eram apenas os fótons pulando de átomo em átomo e iluminando tudo, em uma dança desconhecida.

– É sim – Respondeu Derek, em seu costumeiro tom monocromático. Poucas palavras. Mas talvez fossem as poucas que exprimissem tudo que queria dizer.

Stiles não sabia muito bem o que fazer, então apenas ficou sentado ali, semi-dormindo enquanto observava o fogo e Derek lhe servia de apoio. Queria realmente perguntar “E então?”, parecia que nada realmente iria acontecer, mas achou que seria indelicado.

– E então, vamos perder a noite toda em volta do fogo? – Acabou perguntando, sim, esse era o indelicado Stiles Stilinski – Tô assando já.

O olhar de Derek foi profundo, um olhar quase que agressivo, devido ao formato acentuado de suas sobrancelhas. Mas logo lembrou-se que Derek, por natureza, já tinha aquela cara de gato-mau-humorado. O homem-lobo desenhou nos lábios um meio-sorriso.

– Breve.

– “Breve ele diz” – Resmungou Stiles, se levantando e se afastando do “Seu alpha”, não observou, mas o amigo de Derek, Wolfgang se recostou em Derek para fofocar.

– Você tem um pequeno problema aí, hum, bro – Disse Wolfie, com um meio sorriso, pegou da mochila uma garrafinha, já destampada.

– Pequeno? – Questionou Derek – Grande problema – Refletiu o lobo com um meio sorriso, sem perceber que sorria enquanto observava sua constante irracional se afastar.

Derek roubou uma longneck, bebendo a cerveja semi-gelada, amarga, desceu queimando, uma queimação boa que o álcool lhe proporcionou.

– Direto dos primos da Alemanha – Disse Wolfgang, com um meio sorriso, brindando com o primo.

– Temos muitos primos – Afirmou Derek, segurando a garrafa nos dedos, com o braço apoiado na perna, enquanto movia os pés, de leve, aprofundando-o na terra.

– Primos demais – O outro lobo confirmou, provavelmente sabendo o que Derek queria dizer.

– Sabe que eles vão dar problemas, não é? –

– É.

– Pode contar com meu clã, seu tio é um babaca, nós vamos arrasar com eles.

– Não queria resolver assim. Ouvi meu pai resmungando um pacto de paz com ele, com minha mãe.

– Isso não é bom.

– É, talvez seja hora de sair de casa. Ouvir meu pai falando essas coisas, eu sendo um alpha, ele sendo um alpha. Não tem espaço.

– Ele não vai largar o clã?

– Papai é aquele lobo resmungão que não quer largar o osso. Está roendo, está aficionado, e nem presta atenção na alcateia, só no osso. Eu estou mantendo nosso clã, os lobos mais novos não entendem como funciona, como é. Eles querem se dividir em pequenos clãs novos, separar da família.

– Talvez não seja um problema. Novos tempos estão vindo.

– Talvez eu seja um conservador... – Principiou Derek.

– É, você é – Respondeu Wolfie, se levantando.

– Onde você vai?

– Eu vou ir dar uma mijada, bro. Isso está tedioso, quando os novatos vão começar a lutar?

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– Então o que vamos fazer aqui? – Perguntou Stiles para Scott, o humano vestia o moletom sobre a camiseta com o grande pi no peito. O moletom aberto expunha à todos aquela piada interna que apenas ele e Derek compartilhavam.

– Bem, vamos lutar, é claro – Disse Theo, roubando da própria mochila um vidro de alguma bebida que Stiles supôs, pelo cheiro, conter álcool. – Aceita? – Questionou o rapaz, dando uma golada, sentindo-se mais quente.

– Vocês precisam tanto se provar machos assim? – Ironizou Stiles, colocando as mãos no bolso.

– Na verdade, uma das coisas que é preciso para se graduar é vencer outro lobo – Deu de ombros Theo, tomando mais um gole e praticamente empurrando para que Liam também tomasse.

– Espera, então vocês não estão “Formados”, ou como é que queiram chamar essa maluquice toda. E vocês não são menores de idade, ou algo assim?

– Ei, não zombe do grande ancestral dos lobos... – Respondeu Theo, com certo sarcasmo, ele mesmo zombando dos seus ancestrais. – Para humanos somos menores de idade, para lobos, grandes homens feitos.

– Na verdade, Stiles – Falou uma terceira voz, essa era de Liam – Eu já estou na terceira tentativa. Faz parte – Deu de ombros.

– Terceira tentativa – Theo bateu no peito.

– Eles não facilitam, nem para os novatos – Falou de forma quase catatônica Liz, reflexiva – Ano passado eu quase ganhei. Quase. – A garota entrecerrou os olhos e bebericou a bebida.

– E vocês vão lutar contra quem? – Perguntou Stiles, curioso, imaginando se Derek faria essa maluquice.

– Contra qualquer um, isso que é divertido! – Excitou-se Theo, o teor alcóolico da bebida era tão forte que Stiles tinha medo do vapor do mesmo atrair fogo da fogueira.

– Mas você perdeu já fazem três anos – Afirmou Stiles, curioso pela excitação do outro – Não faz sentido ser divertido...

– Cada perda é uma vitória – Respondeu Theo, com seu orgulho quase prejudicado.

– É... – Stiles inclinou a cabeça – Não nece...

– Stiles, hei – Cortou Scott, vendo que Theo começava a ficar esquentadinho. Scott não queria que nada de ruim acontecesse naquele momento. Sabia o quão... instável podia ser Theo, principalmente quando mexiam com seu orgulho. – Vamos nos preparar, talvez devesse voltar para perto de Derek.

– Está me expulsando do grupinho? – Questionou Stiles, arqueando as sobrancelhas e entreabrindo a boca, pronto para disparar os maiores disparates. Mas logo fechou a boca – Ok. Morram vocês.

– Isso quer dizer boa sorte! – Falou Liz, rindo ao ver o rapaz se afastar, de fato logo começaria tudo, eles eram os últimos a começar a beber, já via outros grupinhos formados bebericando a maior variedade de bebidas alcóolicas.

– Vocês não estão em um teatro! – Respondeu Stiles, já de costas ao grupo e andando de volta para onde pensava estar Derek. E de fato, via o homem, sentado e contemplativo, com uma garrafinha na mão.

– Então, você bebe? – Perguntou Stiles, vendo o namorado bebericar daquilo.

– As vezes, é só uma garrafinha, só uma – Derek sentiu-se envergonhado de ser pego bebendo pelo outro, especialmente naquele momento, que deveria estar sóbrio para tomar conta de que as coisas não saíssem muito do controle. Então tentou se justificar.

– Ei... Calma – Afirmou Stiles, tomando a longneck da mão de Derek e dando uma bebericada – Você é tão badboy que se não bebesse ou coisa do tipo, falaria que você estava fazendo cosplay.

– Não sou badboy... – Resmungou Derek, cruzando os fortes braços expostos.

– Badboys falariam isso – Respondeu Stiles, com um sutil sorriso, devolvendo aquela bebida muito forte e amarga ao outro, que jogou a um canto a garrafinha.

– Começou – Afirmou Derek um segundo depois de jogar de lado a garrafinha.

Stiles virou o rosto, para ver o que Derek falava. Mas logo viu, dois rapazes, eles pareciam discutir algo. Não conseguia ouvir o que era, mas estavam alterados. No pescoço de um, uma pedra brilhava intensamente. No do outro, apenas uma lasca incendiada por luz branca. Um iniciante. Será que ganharia a pedra verdadeira no final do dia? Ou melhor, no princípio do dia?

– É meio idiota – Resmungou Stiles, observando os dois baterem boca enquanto todos observavam, parecia ser alguma briguinha de ciúmes, ou algo do tipo.

Logo uma menina se metia no meio para bater boca e um segundo depois Stiles pôde senti um braço de Derek lhe apartar um pouco para trás enquanto três lobos estavam embolados em dentes, unhas e pelos. Havia sangue também, tépido e vermelho, espalhado aos bocados pelo chão e refletido pelo fogo.

– Espera, então é de verdade? – Afirmou Stiles, com medo dos amigos, do que poderia acontecer-lhes.

– É claro que é de verdade, não iriam lutar de mentirinha. Fica tranquilo, nós temos cura acelerada – Piscou Derek – E eu não vou deixar que ninguém morra...

Stiles suspirou, aliviado.

– ... De novo. – Completou Derek, de forma enigmática, atraindo um olhar assustado de Stiles.

– Isso é completamente irracional.

Stiles logo começou a ver um grupinho confrontando o Seu grupinho. Scott parecia querer encolher-se, e, ao mesmo tempo já vendo o sangue ferver quando um dos caras confrontou Liz “Então, quatro tentativas já, hum? Dizem que depois da quinta reprovação você vira um humano”.

A garota ficava vermelha pelas ofensas, os rapazes eram uns idiotas, e conseguiam falar aquilo na cara dura. Theo se meteu no meio, nem precisou meia palavra para empurrar o cara e logo se transformarem em uma mescla de dois animais grandes e fortes, que lutavam entre si. O grupo de Scott, em partes ficou dividido. Liz atacou um outro cara, enquanto Liam, nervoso com a situação se transformou, ficando meio aparvalhado e sem saber realmente com quem lutar.

Até... abanava o rabo, Stiles quis rir da cena.

– Eu queria que Scott ganhasse... – Afirmou Stiles.

– Ele não tem nada contra ninguém... Fica difícil assim – Resmungou Derek – E eu proibi todo mundo de caçoar por ele não ter sangue puro e tudo mais...

– Bem, se alguém caçoasse do meu melhor amigo por isso, eu mesmo arrancaria a cabeça do indivíduo.

– Você? Arrancar a cabeça de um lobo adulto? – Perguntou Derek, conversando com o rapaz e deixando os “garotos” se “divertirem” um pouco, entre rosnados.

– Eu estou ficando perigoso Derek Hale – Afirmou Stiles, abanando a cabeça – Antes de você me conhecer eu não sabia descascar laranjas. Essa semana meu pai me ensinou. Você já descascou laranjas?

– Não – Riu Derek, onde diabos ele tirava aquelas conversas?

– É difícil – Afirmou Stiles resoluto – E depois que eu aprendi isso, sei que posso tudo com facas.

– Hei! Bro! – Falou Wolfgang, puxando Derek para conversar com alguns outros “adultos”, que não estava tão interessados em apreciar a luta, e sim... Fazerem apostas.

“O mundo está perdido”, pensou Stiles. E logo se apartou de Derek enquanto eles se divertiam naquilo. Stiles se aproximou de Scott.

– O que...?! – Exclamou Scott, enquanto alguns lobos rolavam perto de si – Está maluco? Você vai se machucar aqui! – Scott empurrou Stiles um pouco para o lado, enquanto onde ele estivera um par de lobos brigando passara se mordendo e tentando derrubar e ‘submeter’ um ao outro.

– Você não vai perder! – Stiles disse categoricamente – Trate de procurar alguém para brigar! Eu não investi tanto tempo nessas tatuagens falsas de guache para você perder.

– Eu não tenho inimizade com ninguém... – Justificou-se Scott, pensativo com quem poderia brigar.

– Não seja por isso.

Stiles se abaixou e pegou a garrafa semicheia (ou talvez, semivazia, dependendo do seu contexto filosófico), e mirou em um rapaz que conversava com uma garota, era forte e alto, serviria. Atirou a garrafa e, em cheio acertou a cabeça do rapaz.

– Eu não matei ele, não é? – Questionou Stiles, fechando os olhos.

– Não, mas ele está vindo aqui e vai te matar – Respondeu Scott, vendo o rapaz se aproximar, era bem forte e parecia brigão.

– Eu disse, ele server, tem cara de brigão – Disse Stiles, em múrmuros, para Scott, enquanto o rapaz se aproximava.

– QUEM ATIROU ESSA PORRA EM MIM?! – Gritou o rapaz, transtornado, os olhos quase avermelhados.

Stiles apontou para Scott, em silêncio. E nem foi preciso muito mais de meias palavras para que o rapaz pulasse no lobo adolescente ao seu lado, que também se aproximou. O Stilinski deu um grande sorriso, limpando as mãos em uma expressão quase teatral de “trabalho bem feito”, andou um ou dois passos e sentiu os olhos de Derek. Estavam furiosos por estar tão próximo do quase “ringue” aleatório que se conformava ali. Era lobo por todos os lados, mas eles pareciam quase se divertir, naquela guerra de patas, garras, pelos e dentes. Haviam muito rosnados e também risos dos mais velhos, que bebiam, aplaudiam. Logo um ou outro formando voltava ao estado natural, caído no chão, arranhado e sorridente, algo sangrando, enquanto o adversário, saía para a floresta, como lobo, dando uivos raivosos.

Os garotos iam até próximo à fogueira, e caçavam aos pés dela as pequenas joias, lapidadas e colocadas em um amuleto. O primeiro amuleto deles. Stiles logo estava perto do namorado.

– Cadê sua pedra? – Perguntou Stiles, já que não a via no pescoço de Derek. Logo olhou obliquamente para Derek e refez a pergunta – Digo, onde está seu novo amuleto? Perguntar onde está sua pedra... parece que usamos crack ou algo do tipo.

Derek não entendeu muito bem a piada, e apenas ergueu o punho, mostrando que amarrara o medalhão no pulso, em uma espécie de pulseira hippie.

– Eu perguntaria onde está a sua – Rosnou baixo Derek, já conformado que Stiles dera ao amigo sua primeira joia.

– Nós já falamos sobre isso – Respondeu Stiles, observando a briga aleatória dos lobos – Onde está Scott? – Questionou e Derek lhe apontou. O lobo tinha outra longneck na mão. Mas não parecia minimamente alterado. – Você apostou nele?

– Sim – Respondeu Derek, com um meio sorriso. Por alguma razão sabia que aquele rapaz iria ganhar. Scott era um bastardo, mas era tão leal quanto qualquer outro lobo que já conhecera.

– Ótimo, nunca aposte contra meus amigos – Respondeu Stiles, cruzando os braços.

Dois lobos passaram muito próximos de si, eles se mordiam em rosnados bravos. Derek rosnou internamente quando os mesmos passaram por si.

– E se nós brigássemos? – Perguntou Stiles, divagando.

– Se nós brigássemos?

– É, digo, em uma briga normal, de um casal normal, sairíamos no soco, no tapa... ou você se transformaria em um grande lobo e me morderia?

– Provavelmente a segunda opção – Derek respondeu, com um grande sorriso – Eu gosto de te morder, aliás.

Stiles fez careta e levou a mão ao ombro, onde a mordida ainda espetava, às vezes.

– Onde você colocou a camiseta que eu te dei?

– Está ali – Apontou Derek, para o tronco onde estivera sentado. A camiseta ficara perfeitamente dobrada sobre o tronco, e ninguém se atrevia a mover o objeto do alfa.

– Lá! – Exclamou Stiles, erguendo as mãos. Liz estava um pouco machucada, mas parecia muito feliz. A garota correu nua até próximo à fogueira, o fogo quase queimando suas peles e ela tremendo, enquanto pegava a sua pedra e colocava no pescoço.

Stiles correu até a mesma, abraçando-a. Mesmo em sua nudez.

– HUHULLL – Gritou ela, tirando o cabelo do rosto, deu uma piscadela em Stiles e agradeceu o abraço, a garota voltando à forma de lobo, correndo floresta a dentro para caçar o perdedor e dar-lhe mais umas mordidas no rabo.

Stiles sorria, e logo sentiu alguém passar por si, era Liam, o rapaz nu estava corado, avermelhado e exausto.

– EI! Parabéns! – Exclamou Stiles, vendo o rapaz sorrir muito, os olhos azuis brilhando de orgulho próprio.

– Obrigado Sti! – Respondeu o rapaz, arfando, parecia exausto, além de estar machucado.

– E o Theo?

– Ele... acho que ainda não – Respondeu – Mas... lá está, ainda não perdeu – Deu um sorriso grande, observando o lobo acobreado correr – Espero que não perca... Sério.

– Ele não vai, acredite – Deu uma piscadela – Eu não faço amizade com perdedores. Sou tipo um amuleto para vocês.

– Agora vou correr um pouco.

– Vai uivar – Respondeu Stilinski, vendo o garoto explodir na forma de lobo, correndo floresta a dentro.

A luta de Theo acabou em seguida. O rapaz também havia ganho, e nunca parecera mais feliz. O corpo nu com uma película de pó, suor e sangue. Parecia imensamente feliz, caçou seu medalhão próximo ao fogo, Stiles não pediu um abraço do rapaz, de tão melecado que se encontrava.

– Eu ganhei! – Exclamou Theo, com um imenso sorriso.

– Ganhou – Respondeu Stiles, com um meio sorriso, um sorriso preocupado, porém, Scott parecia não terminar nunca a maldita luta. Não parecia terminar aquilo e vir pegar o medalhão próprio.

Queria, de fato, que o melhor amigo ganhasse.

Theo deu uma piscadela e pulou em forma de lobo, indo se mostrar para Liam e Liz.

– Vamos Scott... – Murmurou Stiles, incapaz de sair do lugar. Derek conversava com os próprios amigos, mas ainda assim mantinha um olhar em si.

Mais rapazes se aproximavam, outras vezes eram garotas, não era muitos, e logo ficava apenas Scott e o brutamontes que incentivara lutar contra seu melhor amigo.

– Vamos Scott... – Disse novamente Stiles. Eles estavam agora atraindo a atenção de todos, que faziam apostas, seja de bebida, dinheiro ou qualquer outra coisa que talvez dispunham. Derek nem mesmo piscava, segurando a garrafinha, bebendo, esperando que o bastardo ganhasse.

Stiles, próximo do fogo sentia o mesmo arder. Olhou para o medalhão iluminado de Scott, depois para Scott. “Vamos!”, pensou.

– VAMOS LÁ SCOTT! – Stiles rompeu o silêncio, angustiado que o amigo não ganhasse logo.

Talvez o chamado de Stiles, o apoio, desse mais coragem para o lobo que era Scott. De forma que o garoto começou a lutar com mais ferocidade, ficando sobre duas patas e enfrentando o outro em uma espécie de luta que lembrava muito os documentários da Discovery.

Por fim, Scott mordeu o pescoço do outro lobo, o mesmo grunhindo e se submetendo ao rapaz, saindo correndo floresta a dentro. Enquanto Scott se aproximou do fogo, na forma de lobo.

Pouco a pouco a figura se decompôs em uma figura humana, o rapaz caindo de bruços contra a terra. Estava seriamente ferido, mesmo que um ou outro ferimento já se fechasse. Ainda assim estava abalado fisicamente. Stiles se aproximou do amigo e pegou sua mão, ajudando Scott a se levantar.

– Vamos lá Dude, dignidade.

– S-stiles... – Gaguejou Scott, mancando até próximo da fogueira e tomando cuidado para não cair dentro do fogo enquanto se abaixava para pegar o último medalhão. – Droga, tudo dói – Resmungou, colocando a mão perto de onde um corte expulsava sangue, sangue que parecia ajudar na própria cicatrização e pareceu acelerar-se quando colocou o amuleto no pescoço.

– Você é o orgulho da família – Falou Stiles.

– O-obrigado... – Respondeu Scott, sem saber muito bem o que fazer, mas logo percebeu que todos haviam ido para a floresta e podia ouvir os uivos – Eu...

– Vai correr – Respondeu Stiles, soltando para que o amigo pudesse se transformar, antes, porém, deu um tapa audível em uma das nádegas de Scott. Que olhou incrédulo, colocando a mão no lugar, que ardera, enquanto corria floresta adentro, se transformando no lobo que era.

– É impressão minha ou você deu um tapa na bunda do seu amigo? – Questionou Derek, já do lado do namorado. Muito ciumento.

– Eu dei – Respondeu Stiles, rindo.

– E por que diabos você fez isso? – Questionou Derek, já vermelho pelo contato daquelas mãos que eram Suas com o corpo de outro homem.

– Porque é engraçado – Stiles deu de ombro – Quer um tapa também? Dou até dois – Disse rindo.

– Eu... – Derek parecera corar, o que era bizarramente fofo, para Stiles.

Agora sentia-se bem feliz, e abraçou Derek. Até que estava sendo uma noite divertida.

– Quero te mostrar um lugar, onde tiramos as pedras. A mina do meu clã – Afirmou Derek.

– Parece um passeio legal – Respondeu Stiles, começando a andar já.

– Acho que se você for montado em mim, iremos mais rápido.

– Parece um passeio realmente legal – Stiles sorriu grande, já ansioso para ‘andar’ em cima de Derek novamente.

O homem se despiu depois de alguns passos. Toda a nudez se tornara algo quase comum para Stiles, no final das contas, eram bichos, mesmo humanos, e como bichos, a nudez era algo completamente normal.

O grande lobo já estava na sua frente. Grande e imponente. Os olhos eram belos e inteligentes, e lhe olhavam. Sentiu Derek se aproximar, os caninos eram grandes e saltavam de leve no focinho. A respiração quente cortava o véu da noite e batia no rosto do rapaz, preso em sua condição humana.

Por um momento, parecia que não estavam ali. Derek lhe observava, silencioso, enquanto lobos uivavam, enquanto a fogueira crepitava e pessoas conversavam e riam.

Mas era tudo silêncio, e a respiração do lobo na sua frente. Talvez falara muito rápido que o amava. Pois realmente, naquele momento, sem sombras de dúvidas, se existia algo sobre o amor, talvez o bicho na sua frente tivesse algo a ver com isso.

Não se importava que Derek era um homem, não se importava com nada, realmente. Sentiu o focinho quente encostar na própria testa quando se abaixou um pouco, pronto para beijar o tronco robusto do lobo. Sentiu a cabeça pesada, enorme, sobre o ombro e sentia-se bem.

Andaram em silêncio, lado a lado. Stiles pegou a mochila próximo ao tronco onde estivera sentado e subiu lentamente no corpo de Derek e sentiu o lobo começar a correr floresta a dentro, evitando galhos baixos e evitando solavancos intensos. Não era uma ciência exata cavalgar em um animal como Derek.

Alguns vieram correr ao lado do Alpha, que resmungava bravos grunhidos que espantava os outros, Stiles imaginava como que o Sourwolf, o lobo ranzinza, era na sua forma animal. Deveria ser chato em todos os idiomas, inclusive no “cachorrês”.

Caminharam por quase dez minutos, até que uma colina de algo como dêz metros, coberta por vegetação nativa se fez presente. Não era muito larga. A colina tinha uma entrada, uma caverna, com uma porta perfeitamente quadrada, quase um monolito em riste. Desceu de Derek e ficou ao lado. Derek voltou à forma humana, belo, nu, o corpo opaco pela poeira que levantara ao correr.

– Nós... Nós vamos entrar aí? – Questionou Stiles, pegando o celular e ligando a lanterna.

– O que você está fazendo? – Perguntou Derek, olhando para Stiles, com o objeto patético criando um feixe de luz fraco.

– Não vou entrar à cegas em um buraco.

Derek fez algum sinal com os lábios, de desaprovação, pegou o celular da mão do rapaz e desligou, jogando-o de lado.

– Ei...

Stiles pegou-o no chão e guardou-o no bolso. Talvez devesse ter tirado, antes, uma foto de Derek, ele realmente estava belo naquele momento. Parecia animado.

– Vem.

– Ok, estou realmente entrando em uma gruta escura com um cara pelado – Resmungou Stiles, tomando cuidado com os galhos que se embrenhavam no meio do caminho.

A escuridão era assustadora.

Em um segundo atrás, a lua iluminava tudo. Agora, passo após passo a escuridão ia encobrindo mais e mais até que a completa cegueira lhe penetrou os olhos. Tocou em algo mole e vivo, era o braço do homem. Segurou-se ali e sentiu-se ser guiado.

– Você pode ver no escuro?

– Sim.

– É coisa do seu labo cão? Digo, lobo?

Derek rosnou baixo, deveria ser algo concordando e podia sentir pouco a pouco o quão dentro da gruta iam. Até que pararam. A escuridão era densa, palpável. Como um sólido que ferroava suas sensações e fortalecia o olfato e a audição, o tato também. Pois sentia cheiros salinos daquele lugar, quase como se lembrasse do mar. Também podia ouvir o respingo de água e algo pulsante. Seria o próprio coração que, louco, disparara?

E havia também um outro motivo. Segurava-se forte no lobo feito homem. Recusava-se a admitir o medo. Era talvez a intensidade do momento. Prendia-se firmemente à Derek, mas de forma muito máscula, é claro.

Por fim, da escuridão veio a luz.

Pouco a pouco. Era quase como um sonho vívido. Primeiro foi a pulseira de Derek, no pulso o medalhão começou a se acender, com um brilho fraco e tão logo um céu inteiro se fez luz.

As joias se iluminaram na grande caverna abobada. A única luz vindoura daquelas pedras mágicas. Luz própria. Bela e brilhante. Era como se milhares de estrelas povoassem um céu só deles. Como se uma constelação se iluminasse para eles. Boquiaberto observava, enquanto Derek se afastava sorridente.

Como eram belas as noites escuras.

Como eram belas as noites escuras iluminadas por estrelas próprias, e aquele olhar irresistível que o humano fazia. Uma expressão única, tão única quanto qualquer uma das joias ali dentro.

Havia um lago, um lago pequeno, mas ainda assim um lago. As estrelas refletiam na superfície. Derek entrou na água para se limpar da poeira e Stiles sentou-se na borda, tocando a água com os dedos.

– É a coisa... Mais incrível... Que eu já vi.

Estava ainda absurdado demais. Era muito lindo. Deitou-se de barriga para cima, no chão áspero de pedra e terra. Há quantos anos aquelas pedras deveriam estar ali? Quanto tempo estavam sem presenciar a luz do sol, ou a luz da lua?

Joia tão bela não deveria viver sem brilhar.

E ainda assim brilhavam,

rompiam o tédio e o medo.

Fosse como fosse, quem sabe pela solidão, perturbação de quem sente, que elas brilhavam a sós, dentro daquela escuridão de doer a alma.

– Pensei que iria gostar.

A voz cálida e retumbante de Derek lhe fez assustar. As luzes das pedras iluminavam e moldavam o rosto dele de forma diferente. A água em seu corpo dava um brilho que lhe lembrava algo como Ulisses, ungido em óleo perfumado, um deus feito homem. Queria ter para ele a possibilidade de ofertar a imortalidade e juntos serem imortais.

Mas lembrava-se que si próprio era tão mortal e frágil. Sentia-se frágil perto do mundo que estava então inserido. De dentes, pelos, patas e sangue.

Ainda assim Stiles levou as mãos ao pescoço de Derek. Viu que o mesmo ficou apreensivo. Derek não estava acostumado de ser o cordeiro e sim o lobo que caça. O lobo que pega.

Deixou-se.

Stiles se apoiou ali. Sentiu a pele úmida e quente – muito mais – molhada. Beijou o pescoço do homem que dissera amar. Será que de fato amava?

Beijou-lhe mais, beijou-lhe de língua os lábios. Um beijo tenso e necessário. O rosto alegre e brincalhão do rapaz tornou-se cheio de necessidade. Por fim, sentia-se pego em flagrante. Não era tipicamente sério, não era tipicamente necessitado por aquilo.

Derek se deitou ao lado do bem amado e deixou-se ser tocado. Ser explorado pelas mãos curiosas de um rapaz que descobria com ele os prazeres do mundo palpável. Sentiu-se ser agarrado. A mão de Stiles não brincava, lhe agarrou e lhe masturbou de forma viril. Arrancou dos lábios rígidos do homem gemidos.

Stiles beijou o seu pescoço. Tremeu, o prazer era intenso. Mas teve que impedir.

O olhar curioso e acuado do humano foi devastador. Mas apenas sorriu e ajudou que ele mesmo se despisse.

– Não quero que direcione o prazer para mim – Falou Derek. Por alguma razão, Stiles parecia querer lhe agradar apenas – Amor se faz a dois.

Aquelas palavras não foram ditas.

Foram desenhadas.

As estrelas pessoais e solitárias que tinham pareciam brilhar mais intensamente. Ou talvez fosse pelo reflexo das lágrimas delicadas que ousavam tremer nos olhos de Stiles.

“Amor se faz a dois”.

Gemeu baixo quando sentiu Derek lhe pegar o membro e lhe masturbar. O corpo tremeu levemente. Ficou de frente ao outro, passou as pernas por cima das pernas de Derek.

Um de frente ao outro.

Um tocando o outro.

Quem era quem?

Era quase música, era a noite virando dia. Ou era o dia, virando a noite.

Stiles tocou o peito de Derek, lhe roçou ali, acarinhou os mamilos já excitados. Se olhavam e se conheciam. Se beijaram novamente. Derek moveu uma das mãos às nádegas do seu humano.

Lhe acarinhou ali.

O silêncio do lugar fazia Stiles enlouquecer, já que podia ouvir a respiração do outro, tal como a própria. Podia ouvir os corações acelerados, as arfadas e os beijos.

Assustou-se, à priori, quando sentiu a mão lhe tocar lá. Tão agressiva e curiosa. Sentia medo, o coração disparou, mas era tudo tão bom e normal que se deixou.

Sentia ainda Derek lhe tocar, e era prazer duplo e delicioso.

Sentiu dedos lhe roçarem, lhe penetrarem de leve. Gemeu baixo. Era estranho e diferente. E era bom.

As mãos do Stilinski deslizavam pelo tórax do homem e depois foram às costas. Roçaram-se ali os dedos, arranharam Derek quando sentiu os dedos mais afinco dentro de si. Gemeu.

Era uma música, cantada entre eles.

Gemidos e arfadas.

Uivos.

Lá fora, cá dentro.

Eles tinham as estrelas para si, e se tocavam, e se descobriam.

– Fala que me ama – Pediu Derek, os olhos azulados enegrecido pela luz superficial. O rosto lúgubre.

Stiles mordeu os lábios, o corpo era dele, na maior parte. Já que sentia os toques de Derek por todo o corpo.

– Por que diabos eu falaria isso? – Perguntou Stiles, com seu tom ácido-sarcástico. Um meio sorriso de quem gostava de torturar Derek.

O lobo rosnou baixo e avançou para cima do rapaz que se encolheu daqueles braços e daquele corpo.

– Porque eu quero – Derek exigiu. Tocou o rosto de Stiles com a mão, agarrou o pescoço humano, frágil e quebrável. Mas que jamais machucaria.

Talvez não muito.

Mordeu novamente o rapaz, que gemeu e choramingou de forma bela. Musical.

– Isso dói – Resmungou Stiles, afastando o outro, enquanto levava os dedos ao local da nova mordida.

Stiles abraçou Derek Nu, e o beijou o pescoço. E o mordeu com força o ombro. Era difícil arrancar sangue dali, mas fez Derek rosnar baixo.

– Eu disse que dói – Falou o humano, deitado no chão, acariciando o rosto de um homem que agora se apoiava com os braços ao redor de sua cabeça – Eu te amo.

Falou, pegando de surpresa Derek. Que sorriu.

Sorriu aquele sorriso.

O sorriso que sugava a luz.

Que tornava as luzes das pedras obsoletas.

Aquele sorriso dele.

Derek lhe beijou novamente, com intensidade. Sentiu-o roçar-lhe entre as pernas e despejar o corpo contra o seu. Era pesado, maciço.

Deslizou os dedos pelas costas semi-molhadas de Derek. Arranhou-lhe as costas com ímpeto, arrancou arfadas entre o beijo e se beijaram mais. Derek estava muito ansioso, dava para sentir no descompasso de sua respiração. Muito mais do que queria, precisava.

– P-posso? – Pediu ele.

Talvez Stiles não soubesse muito do que acontecia ali. Derek não era o tipo que pedia permissão. Não. Nas noitadas, não tinha a fama de ser um bom menino, que era cuidadoso e leal.

Mas não agora.

Era cuidadoso, leal, fiel. Mesmo que o semblante transpassasse a ideia de um lobo raivoso. Ali, Stiles lhe vestia a coleira e os dentes se escondiam. Beijou mais o humano, queria dar prazer a ele, de uma forma que Stiles voltaria a lhe procurar, voltaria a lhe pedir – mais e mais.

Stiles ficou avermelhado com a pergunta do outro.

– Eu queria... Que você... Er... Colocasse... Sabe.

– Mas... – Derek sorriu – Eu não fico doente, fique tranquilo, é a primeira vez que faça isso com você e... Nunca fiz sem, eu juro. – Explicou-se o lobo, delicadamente. A quase inocência de Stiles e preocupação era adorável, mesmo naquele momento.

– É que... Prometi ao meu pai. – Arfou, piscando os olhos – Desencargo de consciência.

– Tudo bem – Derek sorriu, adorando a situação – Mas você me veste.

Stiles corou e na mochila tirou a camisinha e... Aparentemente um sachê de lubrificante. Corou. Seu pai era um pervertido, só podia.

– Veio em preparado, hum? – Derek sorriu, sentado de pernas abertas, colocando as mãos atrás da cabeça, em uma clara pose de exibição, analisava sutilmente a figura do amado, refletido pelas estrelas artificiais.

Stiles abriu o preservativo, parecia tremer, e não sabia bem qual lado usava. As aulas de educação sexual nunca fora seu interesse. Sempre pensara ser fácil vestir um preservativo. Mas no calor do momento não conseguia muito bem.

– Do outro lado – Explicou Derek.

– Eu sei colocar uma camisinha – Respondeu o rapaz com olhos nervosos, mas virando como o outro falara.

O preservativo, de fato, incomodou Derek. Não que tivesse um pênis enorme, mas o tamanho comum sempre lhe causara desconforto.

– S-stiles... – A sensibilidade era grande, Derek tremeu e levou a mão às mãos de Stiles que tentava colocar a coisa à força dentro – This... No... Fit. – “Isso não veste”.

Stiles então desistiu e sorriu. Deu de ombros.

– Bom, tentamos.

E pegou então o envelope com o lubrificante. Derek sorriu ao ver o entusiasmo do outro, em desconsiderar até mesmo o pedido de proteção do pai. Gostava como ele tivera esse medo, mesmo consigo.

– Ei... Deixa que eu uso isso – Falou o lobo, pegando o lubrificante e deitando Stiles no chão, lambendo-lhe a orelha enquanto o acariciava.

O garoto encarava o teto, sorria de lado, sentia Derek ir lhe manuseando até colocar-lhe de bruços. Era, de fato, naquela situação, mais confortável assim. A terra não era tão fofa, e até mesmo um pouco áspera. Mesmo assim Derek passou um braço embaixo de seu pescoço, lhe abraçando em uma posição dominante.

Beijou o pescoço do amado enquanto murmurava palavras de puro amor. Derek passava o lubrificante com a mão livre, roçando a glande naquela entrada rosácea e apertada, sexy. Forçou e sentiu o rapaz gemer rouco, escondendo o rosto em seu braço.

Forçou mais. Sentia vontade de parar ao ouvir os gemidos de uma dor diferente de Stiles, mas não parou, continuou pouco a pouco, voltando, parando e lubrificando. Era de fato a primeira vez dele e, talvez, sentia como se fosse sua primeira vez também.

Era algo delicioso, sentia um cheiro diferente, um cheiro exalando de Stiles. Era um cheiro transcendental e diferente de tudo. Além de que havia algo a mais, algo que ambas as almas se conectavam entre si.

Estava todo dentro, sentia-se um com o seu Stiles. Sentia-se completo agora. Sexo era muito mais do que prazer, muito mais. Além de qualquer coisa que poderia imaginar.

Era assim estar com o parceiro para a vida toda?

Naquele momento em que estava completamente dentro soube que uma vida sem ele não seria vida. Stiles era sua vida. Mesmo humano, mesmo frágil.

“Frágil”. Mas não.

Era o ser mais forte que conhecia. Stiles nem ao menos chorara ao lhe receber todo, tinha no rosto apenas a força do olhar, daquele olhar com olhos marejados, mas não chorosos. Lhe puxou para um beijo apertado e desconfortável, com o rosto virado, enquanto movia e movia.

Arfavam, era bom, muito bom.

Puxou Stiles para trás, deixando-o de quatro, uma posição boa. Ancestral.

Assim podia amá-lo de forma mais compenetrante. Penetrante. E de fato amou.

Colocou em Stiles com virilidade, ouvindo gemidos, gemidos arfados e resistentes, e sentiu Stiles tremer quando começou a lhe masturbar com uma mão enquanto agarrava sua cintura com a outra.

Amou-o assim por alguns eternos minutos, até virá-lo e olhá-lo. Quando o virou, foi como a descoberta do mundo. Como estar de frente ao novo e ao inesperado. Aquela cena, aquela passividade.

Derek sorriu e quis chorar, tamanha felicidade que sentia, tamanho prazer. Agora entendia de fato o que era estar nesse pacto de vida com alguém, mesmo que Stiles não conseguisse entender completamente.

Beijou-o e voltou a amá-lo. Lenta e profundamente.

Mãos, toques. Deslizantes, por todo o corpo.

Era um filme, talvez uma música.

E enquanto a noite virava dia, eles ali, tornavam do dia, noite.

O movimento coordenado fez que a sincronia fosse perfeita. Stiles não conseguia mais raciocinar depois dos primeiros minutos. Era algo bom demais. A dor, a priori, fora substituída por um misto de prazeres. Da forma como Derek lhe masturbava, era muito bom, era diferente de qualquer outra sensação já sentida.

E não aguentou muito quando ele intensificou o impacto em seu corpo. Olhares se trocando, aquele duplo estímulo.

Gozou.

Farto e abundante, sobre o próprio corpo que era amado por Derek. E tão logo sentiu o lobo arfar e lhe olhar e lhe beijar profundamente, depositando dentro de si as sementes.

Era uma sensação muito estranha.

Molhada e quente. Tal como os lábios do homem que lhe beijava em seguida.

Era aquele Derek?

Sim, era ele, talvez da forma mais pura que poderia conhecer. E sentiu as mãos dele em suas costas, lhe puxando lentamente até que se sentasse – ainda que penetrado – sobre o colo dele.

Abraçou-o, com força.

– Derek... – Sussurrou o rapaz, testa molhada, olhos fechados. Abraçando o outro, sentindo-se abraçado.

– Hum?

– Talvez seja clichê... – Ponderou Stiles – Mas... Eu te amo.

– Eu adoro clichês – Respondeu Derek, com a voz no habitual tom sério e profundo. – Pi.


Notas Finais


Babes. Quantos likes essa princesa merece? ahuahussa
Então, gente, eu realmente quero agradecer a todos até aqui (não, a fic não tá terminada, ahuh), e obrigado pela compreensão de todos pelos meus vestibulares.
Sério, tá sendo super, mega, hiper corrido esses dias, Semanas passadas o Enem. Agora tive uma ainda hoje, cheguei, sentei e escrevi o chap, pois estava necessitado. Era mais forte que eu. XD E domingo... Poing, mais vestibular...
Sério, esse ano não acaba logo T..T. Apesar de que ver panetones nos mercados já é um bom sinal. (y),
Enfim, sério, eu sei que tenho sido um péssimo escritor e não tenho respondido aos comentários. Mas é que não consigo pelo App do Spirit no celular, não sei que bug que não me permite T..T E é justamente a forma mais eficiente de eu fazê-lo.
Mas pretendo responder todo mundo amanhã <3
Amo vocês, e me dizem o que acharam desse Lemon xD
Foi meio complexo escrevê-lo, devo dizer. Pois queria algo, ao mesmo tempo divertido, sério, gostoso, (6). Acho que algo que reflete bem uma primeira vez. Talvez um pouco confuso também?...

Hehe, beijos e até os coments ou o próximo! <3


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