1. Spirit Fanfics >
  2. Black X White >
  3. Desculpas

História Black X White - Desculpas


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Oláááá´~ <33

Já li os comentários do capitulo passado, e logo, logo estarei lendo e respondendo a todos <3
Ps: teve muitos comentários, e erm enormes <3 estou muito feliz

Agradeço muito a todos vocês por estarem me incentivando e me dando tanto apoio nessa fic <3 muito obrigada por cada um dos comentários e muito obrigada por terem dado uma chance a essa fanfic e a essa escritora maluquinha e terem favoritado a fic =3 TE AMO VOCÊS <333

Bem, neste capítulo vocês iram ver cenas muito fofas (AWWWWWT) muita tensão, uma cena de ação gostozinha, Kakuji vai aparecer pela primeira vez em pessoa, e mais algumas coisinhas <3

Espero que gostem, porque eu gostei muito de escrever <333

Desculpem os erros e boa leitura <33

Capítulo 12 - Desculpas


Fanfic / Fanfiction Black X White - Desculpas

Jooheon foi levado para o quarto com a ajuda de Shownu e Minhyuk. Seus pulmões ardiam pela água que antes os invadiam, ele se lembrava muito bem dessa sensação. Da sensação de se afogar, de estar preso debaixo d’água, de estar sozinho.

— Pronto. — Shownu o pôs sentado na cama.

Ele podia andar sozinho, mas devido ao susto suas pernas simplesmente vacilavam.

— Obrigado.

— O que aconteceu lá? — Minhyuk perguntou. — A gente viu aquele amontoado de gente cercando a porta e quando nos aproximamos vimos você no chão.

— Eu só me desequilibrei e caí na água. — Mentiu. — Estou bem agora.

Minhyuk e Shownu se entreolharam. Eles sabiam que não era verdade, sabiam do trauma de Jooheon e do motivo dele, mas sabiam também que Lee não deixaria que se preocupassem com ele, não deixaria ninguém ver sua fraqueza.

— Tudo bem, mas é bom você passar a noite aqui hoje, você engoliu muita água. — Shownu sugeriu e se virou para o Min. — Vem, nós vamos deixar você sozinho.

— Mas… — Shownu olhou para Minhyuk e ele entendeu o recado. — Tá legal.

Os dois rapazes saíram do quarto, Jooheon se jogou para trás na cama e fechou os olhos. Tudo aconteceu tão rápido, que nem parecia que havia acontecido. Jooheon se exaltou um pouco, mas ele ficou muito ofendido pelo que Changkyun falou. A Yakuza fazia muitas coisas terríveis e desprezíveis? Sim! Mas não era culpa sua, ele não pediu para entrar para a organização, não pediu para ser Kobun. Talvez ele não devesse ter assustado Chang, só de lembrar do rosto do menor, ele se sentia um pouco culpado. Lim estava com medo dele e talvez devesse ter medo mesmo, talvez ele fosse o monstro que diziam que era.

Lee ouviu batidas na porta e antes de dizer qualquer coisa, Changkyun entrou no quarto. Jooheon se sentou na cama e Lim ficou de pé a sua frente.

— Como você está?

— O que está fazendo aqui?

— Eu vim ver se você estava bem. — Chang estava todo molhado, a única coisa seca era seu casaco vermelho que ele trazia na mão.

Jooheon se levantou. — Eu estou ótimo.

Chang segurou seu pulso antes que ele desse o primeiro passo.

— Não, não está. — Jooheon o olhou. — Eu vi o seu estado, aquilo não foi apenas por ter se afogado.

— Você não sabe nada sobre mim! — Puxou o braço e começou a andar.

— É, eu não sei. — Jooheon parou, ainda de costas para Chang. — Eu não sei nada sobre você, eu não sei nada sobre seu passado, sobre a Yakuza. Eu não sei nada sobre tudo isso. — Chang soltou o casaco no chão e andou até parar dois passos atrás de Jooheon. — Por isso, me desculpa. Me desculpa pelo que eu fiz, pelo que falei. Me desculpa, Jooheon.

— Está desculpado. — Começou a andar novamente, mas Chang não o deixaria ir tão fácil, mais uma vez, ele segurou seu pulso.

— Você está certo quando diz que eu não sei nada sobre você… — Falou. — Então por que não me mostra quem você realmente é?

Jooheon se virou para Chang. — Você não quer saber quem eu sou, nem confia em mim, por que iria querer saber?

— Não é verdade.

— Não é? — Se aproximou de Chang, ele recuou dois passos por instinto. — Então por que está com medo? — Se aproximou mais, Chang recuou mais uma vez.

— Eu não tenho medo de você. — Lim já se via encostado na parede.

Jooheon se aproximou mais, ficando os dois quase colados, e pôs uma mão na parede, ao lado do rosto de Changkyun. — Então prova. — Aproximou seu rosto do menor. — Prova que confia em mim.

Jooheon aproximou o rosto ainda mais, ficando a centímetros de distância. Chang fechou os olhos com força, ficando imóvel no mesmo lugar. Jooheon se aproximou mais, seus lábios cada vez mais perto dos de Chang, se aproximou mais e mais, esperando que o Lim se afastasse, virasse o rosto ou o empurrasse, mas não aconteceu. Lee aproximou ainda mais o rosto, tão perto que seus lábios roçaram levemente nos do menor, mas ainda assim ele não se moveu. Jooheon percebeu que ele estava prendendo a respiração. Ele sorriu e se afastou. Chang abiu os olhos e suspirou, soltando o ar preso, seu rosto estava corado.

— Tudo bem, agora eu acredito em você. — Jooheon ainda tinha um sorriso nos lábios.

— Eu achei que você fosse me beijar. — Chang estava extremamente corado, uma cena fofa para Lee.

— E mesmo assim não se afastou. Acho que isso é prova o suficiente para mim. — Jooheon foi até o armário e pegou uma toalha. — Eu vou tomar um banho. — E entrou no banheiro.

Changkyun deslizou a parede até ficar sentado no chão e pôs a mão no peito, seu coração estava acelerado e seu rosto estava quente. Ele passou os dedos nos lábios.

— Ele é maluco.

.

.

.

— E então? Qual é a missão? — Gun estava sentado na mesa de reunião de seu pai, na sala só estavam presentes ele e o Tobirama, o segundo gerente do clã.

— Seu pai já deve estar chegando, ele irá lhe explicar tudo. — O gerente olhou para o relógio de pulso, depois ficou de braços cruzados olhando para Gun.

Gunhee suspirou e afundo na cadeira estofada, pondo os pés encima da mesa. Ele estava morrendo de tédio de ficar ali a quase uma hora esperando o pai, quando o gerente podia simplesmente falar que diabos de missão era. Depois de mais alguns minutos de tédio, um olhando para a cara do outro, de modo que parecia que competiam para ver quem fica sem piscar mais tempo, a porta dupla de madeira polida foi aberta e um homem de óculos redondo e engravatado entrou.

— O Oyabun chegou.

O gerente se levantou elegantemente e foi até porta. O homem de óculos fundo-se-garrafa deu passagem para o lado, em uma reverencia, e Kakuji passou pela porta. Tobirama se reverenciou.

Gun podia olhar para o pai quantas vezes fosse preciso, mas ele continuaria lhe lembrando um cafetão bem vestido. Kakuji tinha os cabelos castanhos penteados perfeitamente para trás em um topete de gel, a barba bem aparada, pele clara, olhos finos e bem puxados, anéis nos dedos, um terno cinca com uma gravata azul-marinho, tudo perfeitamente passado e sem um fiapo, um sapato negro lustroso e um pingente de águia no bolso superior esquerdo do terno. Sua expressão era tão tediosa quanto a de Gun.

— Tire os pés da mesa. — Falou andando até a ponta oposta da mesa, a dois metros de Gun. Tobirama seguiu o Oyabun, quando ele se sentou, o gerente permaneceu de pé, ao lado direito de Kakuji, parecendo um assistente pessoal.

— Oi para você também, pai. — Gun tirou os pés da mesa e se sentou melhor na cadeira, ainda com a expressão de tédio no rosto.

O homem de óculos se reverenciou e fechou a porta, ficando na frente dela como um segurança de boate.

— Vamos pular as formalidades meu filho. — Na mesa havia uma caixinha de madeira esculpida, Kakuji a abriu e tirou um charuto de lá, pegou do bolso um isqueiro prateado entalhado com gravuras de uma serpente, empurrou a tampa para cima e acendeu o fumo, o levando até os lábios em seguida. — Já se recuperou da cirurgia?

— Sim, aliás eu estou muito bem, obrigado por perguntar. — Deu um sorriso sínico de canto.

— Deixe de sentimentalismo. — Tragou o charuto e assoprou fumaça pela boca. — Tobirama lhe avisou sobre a missão, acredito eu.

— Avisou, só esqueceu um pequeno detalhe. O de falar que missão é essa.

O homem riu. — Se acalme. Quer um charuto?

— Eu não fumo.

— Mas deveria. — Deu de ombros e Gun revirou os olhos. — A missão não é muito difícil, você só terá que sequestrar uma pessoa.

— Se é só isso, então porque Tobirama não me contou logo? — Arqueou uma sobrancelha. — Aliás, se essa missão é tão fácil, porque não manda outra pessoa? Por que justamente eu?

— Tudo bem, você me pegou. — Sorriu de canto. — Eu já havia mandado gente atrás dessa pessoa, da primeira vez que mandei, outro cara já estava atrás dele, tentando o sequestrar, na segunda, Jooheon interferiu e na terceira, quando mandei dois de meus homens, ele conseguiu fugir e para piorar, Jooheon conseguiu localiza-los.

— Espera, o que o Jooheon tem a ver com essa tal pessoa?

Deu de ombros. — Provavelmente Satoru mandou ele proteger o garoto.

— Entendi, então você resolveu me chamar para essa missão só por que Jooheon está envolvido? — Estalou a língua —Típico.

— Você o conhece melhor do que qualquer outro, ninguém melhor que você para essa missão. — Falou. — Você só vai precisar esperar até que Jooheon não esteja por perto e então sequestrar o garoto.

— Que garoto é esse?

Kakuji estendeu a mão para Tobirama, o gerente tirou um envelope pardo do bolso interno do blazer azul-escuro e o entregou para o Oyabun. O Inagawa olhou dentro do envelope, conferindo o conteúdo e o jogou para Gun, o envelope deslizou pela mesa até parar na outra extremidade, na ponta da mesa, de frente para Gun. Ele o pegou e abriu.

— O nome dele é Lim Changkyun. — Falou Oyabun. Gun tirou o conteúdo do envelope e viu algumas fotos do rapaz. Ele reconheceu Lim na mesma hora, se lembrou do médico que havia feito a cirurgia em si. — Tem 24 anos, é cirurgião geral. Aí tem todas as informações sobre ele, sexo, tipo sanguíneo, os horários em que vai trabalhar e o que sai do trabalho. Tudo.

Gun franziu o cenho. — Qual o seu interesse nele?

— Você não precisa saber, apenas o sequestre e traga para cá. — O Oyabun se levantou e Tobirama se reverenciou novamente. — Kwangji foi para o Japão, Jooheon provavelmente vai atrás dele, então será mais fácil para você ir atrás do garoto enquanto Lee Nomura estiver fora. — Seu pai percorreu a extremidade da mesa, ficando ao lado do filho. — Eu quero ele vivo. — E saiu da sala de reunião sendo seguido por Tobirama e o segurança.

Gun ficou encarando as fotos e informações de Changkyun.

— Isso está muito estranho.

.

.

.

Wonho estava escondido dentro de um dos vagões do trem de carga em movimento, carregava uma mochila nas costas e uma pistola na mão.

— Eu sei que você está aqui, seu desgraçado! — Ouviu a voz masculina e grave se aproximando. A cerca de dois metros e meio ele ouviu um tonel ser chutado. — Vai se esconder até quando? Aparece seu covarde.

— Tudo bem. — Wonho saiu de onde estava escondido e levantou as mãos. — Eu me rendo, você venceu.

Ele apontou a arma para Wonho. — Solte a arma no chão. — Ele obedeceu. — Agora a mochila. Anda!

— Calma, já estou largando. — Wonho tirou uma alça da mochila do ombro lentamente, depois a outra, quando a abaixou para soltar, fez um movimento rápido, pegando sua faca do cinto e a arremessando como um dardo. A faca cravou na garganta do homem, ele soltou a arma no chão, pondo as duas mãos na garganta, caiu de joelhos e em seguida de cara no chão. — Na mosca. — Sorriu vitorioso.

Ele juntou a arma, pôs no cós da calça e juntou a mochila.

— Ele veio por aqui! — Ouviu uma voz feminina gritar do vagão a sua direita e passos pesados se aproximando.

— Qual é, dá um tempo. — Resmungou e correu para a porta do vagão a esquerda.

Assim que abriu a porta, cinco homens corriam em sua direção do vagão a esquerda, ele pulou para o seguinte vagão e fechou a porta. Furos de bala perfuraram o metal da porta do vagão, Wonho olhou em volta. Esse vagão transportava carnes bovina, nada que ele pudesse usar para explosivos. Continuou correndo e passou para o próximo vagão, esse transportava caixas com tecido, do vagão seguinte ele ouviu homens correndo e gritando ordens, do vagão anterior os homens se aproximavam correndo. Ele correu e pulou para o próximo vagão, nessa hora a porta se abriu, quase o fazendo cair nos trilhos. Wonho deu de cara com um homem barbado e cabeludo, na hora que ele ia lhe desferir um soco na cara, ele desviou para a esquerda e subiu as escadas, ficando de pé em cima do vagão do trem em movimento.

Era difícil se equilibrar em cima de um trem em movimento, mas Wonho se esforçou. Mais uma das típicas missões suicidas que ele era mandado. Ele correu pelos vagões, correndo e pulando de um para o outro. Se vocês já acham que isso é difícil o suficiente, imagina correr em cima de um trem em movimento, com mais de sete homens armados e uma mulher correndo atrás de você.

— Peguem ele! Capturem! Não deixem ele escapar! — A mulher corria atrás dele no vagão, tentando inutilmente correr e atirar ao mesmo tempo.

— Está vendo muito Corrida Maluca. — Debochou, ainda correndo.

— Argh! Matem-no!

Faltava uns cinco vagões até a cabine do piloto, onde ele precisava chegar, ele continuou correndo, mas antes que chegasse ao próximo vagão dois homens escalaram a escada e pararam a sua frente, com as armas apontadas para ele, atrás de si, a mulher corria em sua direção com mais dois homens, agora ele estava sem saída.

— Desista, você está cercado. — A mulher falou ofegante.

Ela era alta, cabelos compridos e negros, olhos amendoados, pele clara em um tom cinzento, aparência típica japonesa. Suas vestimentas lhe lembrava um soldado americano, com calça e blusa verdes camuflados, coturno de couro e um colar retangular de identificação. Wonho sabia disso pois já serviu ao exército americano.

— Você não vai atirar em mim. — Sorriu com as mãos levantadas.

— E por que você tem tanta certeza? — Sua expressão era de pura raiva.

— Qual é, vai dizer que não gostou da noite que tivemos? — Os homens olharam para a mulher com o cenho franzido e ela corou.

— Você me enganou! — Rangeu os dentes. — Isso só me dá mais um motivo para atirar em você!

Wonho estava em um beco sem saída, olhou para os dois lados discretamente, mais a frente um trem se aproximava da segunda linha. Ele precisava ganhar tempo.

— Eu não te enganei.

Ela riu. — Você se deitou comigo apenas para conseguir informação. — Fechou a cara. — Depois as mulheres é que são as putas. — Apontou a arma com mais firmeza para Wonho, pronta para puxar o gatilho.

— Wow! Calma aí! — Falou com um risinho forçado. — Vamos negociar.

— Você não tem nada que eu queira.

— Ah, eu tenho sim. — Olhou de relance para os homens e deu dois passos discretos para a beirada do vagão. — Eu tenho uma… ahm… uma informação sobre sua mãe.

Sorriu de canto. — Boa tentativa, mas minha está morta.

— Espera! — Ela pousou o dedo no gatilho. — Deixa eu fazer um último pedido.

— Claro. — Deu de ombros. — Você vai morrer de qualquer jeito, mesmo.

— Muito obrigado! Muito obrigado mesmo! — Falou com falsa comoção.

— Fala logo.

Sorriu de canto. — Pode me chupar?

Ela ficou vermelha de raiva e vergonha. — Agora você morre! — Grunhiu. — Suas últimas palavras?

O trem passou meio metro do vagão no sentido oposto. — Calcinha bege é broxante. — E pulou para o trem ao lado antes de ser baleado.

Assim que aterrissou no vagão verde-escuro do trem que ia para o sentido oposto ao que ele estava antes, ele deu uma cambalhota e ficou de pé, na ponta do vagão, quase caindo nos trilhos.

— Wow! — Se desiquilibrou, mas por pouco não caiu.

Ele conseguiu ouvir o grito enfurecido da mulher e comandos de morte. Wonho começou a correr. Ele precisava correr para a frente do trem, em contramão, indo em direção a cabine do trem ao lado. Era como correr em uma escada rolante ao contrário, só que mil vezes mais rápida e perigosa.

Wonho nunca precisou correr tão rápido quanto agora. Foi um péssimo plano, mas se o plano não fosse péssimo, ele não se chamaria Shin Hoseok. No trem oposto, a sua esquerda, a mulher descia as escadas, entrando dentro de um vagão com mais quatro homens atrás dela. O quinto tinha ficado para trás. Mais à frente um túnel se aproximava, Wonho correu mais rápido e desceu as escadas do vagão. O homem do trem oposto mirava a arma em si, tentando mata-lo.

— Hey, cuidado a cabeça. — Ele franziu o cenho, mas era tarde demais, ele já havia sido esmagado pelo teto do túnel. — Eu avisei.

A sorte de Wonho, foi que o trem era longo, se não ele nunca conseguiria chegar até a cabine do motorista no trem oposto. Ele entrou dentro de um vagão e correu, pulando de um para outro. O túnel havia passado, então ele voltou a ficar de pé em cima do vagão, mas dessa vez, ele precisava pular de volta para o trem que estava antes. Shin estava quase sem fôlego, mas ele correu e pulou de vagão para vagão, até chegar ao último, um anterior a cabine do motorista. Quando olhou para frente, viu uma divisão nos trilhos, que fazia o trem que ele precisava estar, ir para a esquerda. Ele deu dois passos para trás, correu e pulou, se agarrando nas escadas da lateral do contêiner. Ele escalou, foi para o teto do contêiner vermelho e pulou para o segundo vagão. O próximo era a cabine do motorista. Mais uma vez ele correu, mas antes que ele pudesse pular, uma mão agarrou seu pé, o fazendo cair e ficar pendurado na borda do vagão. A mão era do barbudo que tentou lhe socar.

— Te peguei!

— Eu acho que não. — Tirou a arma da bainha da calça e atirou no ombro do homem. Ele grunhiu e caiu nos trilhos.

Ele desceu as escadas e abriu a porta da cabine do motorista. Assim que entrou, fechou a porta atrás de si. O motorista estava sentado lendo uma revista com os pés apoiados no painel, o trabalho dele deveria ser muito fácil, porque o trem não precisava ser dirigido, então ele apenas precisava acelerar, frear e buzinar. Assim que o homem lhe viu, pegou uma arma de cima do painel, mas Wonho foi mais rápido e atirou na sua mão.

— Desgraçado!

— Se eu ganhasse um dólar a cada vez que ouvisse isso… — Falou e tirou a mochila dos ombros, pegou o notebook e o pôs em cima do painel, pegou um cabo e conectou o notebook a uma máquina que parecia um gerador de energia. Assim que ligou o aparelho, começou a digitar o mais rápido possível.

Uma barra azul se enchia aos poucos, na tela estava escrito: 95% concluído. Faltava pouco, mas Wonho não tinha tanto tempo. Atrás de si, a porta se abriu e de lá surgiu a mulher a qual Wonho não se deu o trabalho de lembrar o nome.

— Achou que iria conseguir escapar?

— Olha, na verdade eu achei sim.

Ela tinha sua arma apontada para Wonho. — Acabou a brincadeira Wonho. Você perdeu.

Agora Wonho queria ter um plano, até um de seus planos idiotas seria melhor do que nada. Ele olhou de relance para a tela do notebook, onde se via escrito: 97% concluído.

— Para trás! — Apontou a arma para o homem no chão, que choramingava pela mão machucada. — Ou eu mato ele!

— Há! Pode matar. — Deu de ombros. — Eu não me importo com ele.

— Mas ele é um dos seus.

— Não, ele é apenas um incompetente que só tinha uma tarefa para fazer e fracassou.

98% concluído.

— V-Você não pode me deixar morrer! Estamos do mesmo lado! — O homem reclamou no chão.

Suspirou. — Infelizmente você não é mais útil para mim. — Mirou o olhar antes do homem para Wonho. — Pode matar ele se quiser, eu não me importo. Você mata ele, eu mato você, não importa a ordem, os dois vão morrer de qualquer forma.

Wonho apontou a arma para a mulher. — Você é ainda pior do que eu. Eu nunca abandonaria um companheiro.

99% concluído.

— E eu não estou nem aí. — Sorriu de canto. — Se toca, Wonho. Ninguém aqui é importante, são todos soldados que seguem as minhas ordens. Eu mando e eles obedecem e agora… você vai morrer.

100% concluído. Arquivo baixado com sucesso.

O homem apontou a arma para a mulher. — Acho que não, vadia! — E puxou o gatilho.

Mesmo ele estando segurando a arma com a canhota, ele conseguiu acertar na virilha da mulher. Não muito heroico, mas certamente foi o suficiente para ela gritar e se distrair o suficiente para Wonho lhe dar um chute no estômago e lhe derrubar nos trilhos.

— Eu sugiro que corra garoto, eles chegarão aqui daqui a pouco. — Wonho se virou para o homem.

— Por que está me ajudando?

— Eu estou me ajudando. — Falou se levantando, a mão esquerda segurando a direita. — Depois que essa vadia morrer, quem você acha que vai assumir o comando? — Sem tempo de Wonho responder, ele continuou. — Agora se apresse, eles não ficarão contentes ao saber que você matou a líder.

Wonho assentiu e ejetou o cabo do notebook e do aparelho, guardou tudo na mochila e foi até a porta lateral da cabine, a abrindo. O trem estava passando por uma ponte alta, abaixo da ponte passava um córrego largo de rio. Ele tinha medo de altura, mas não tinha muita opção no momento.

— Lá vamos nós.

Dois homens armados apareceram na porta da cabine e então ele pulou. A queda até a água foi grande, enquanto caía ele não conseguia calcular a distância, podia ser dez metros, ou vinte. O percurso inteiro se ouviu seu grito esganiçado. A aterrissagem também não foi nada heroica, ele caiu de barriga na água, afundou alguns metros para baixo e nadou até a superfície. Nadou até a margem da água e se sentou nas pedras.

— Essa doeu. — Pôs as mãos na barriga.

 Tirou a mochila das costas e pegou o aparelho de lá, ligou o notebook e ele estalou e soltou faíscas. Que maravilha, eu deveria ter comprado um notebook a prova d’água. Pensou. Virou o aparelho eletrônico de ponta cabeça, pegou uma chave de fendas da mochila e abriu o notebook, tirou de lá um chip de memória onde estava o arquivo e também a bateria, porque ela estava boa demais para ser jogados fora, podia facilmente ser vendida ou reutilizada. Depois disso guardou o chip e a bateria na mochila, a fechou e pôs nas costas. Descartou o notebook velho em uma pilha de lixo que havia ali, junto com um colchão velho de algum sem-teto.

Wonho olhou para o relógio, constatando ser dez da noite.

— Será que têm um Mcdonalds por aqui?

.

.

.

Chang esperou Jooheon sair do banheiro para tomar banho. Ele ainda estava nervoso com o que havia acontecido mais cedo. Naquele momento ele achou realmente que ele fosse o beijar, até mesmo sentiu os lábios do maior sobre o seu e sua respiração batendo em seu rosto. Chang não conseguia compreender as atitudes de Jooheon, mas ao menos agora eles não estavam mais brigados. Jooheon saiu do banheiro e Chang entrou, tomando um banho rápido. Rápido o suficiente para não ficar pensando sobre o ocorrido. Assim que saiu do banheiro, viu Jooheon trocando os lençóis da cama de baixo, que estavam molhados.

— Vai posar aqui hoje? — Tentou ao máximo agir naturalmente.

— Não, só estou trocando os lençóis molhados. — Falou casualmente, como se nada houvesse acontecido. — A festa vai durar até tarde e elas costumam ser bem barulhentas.

— Hum. — Chang tinha a toalha envolta do pescoço. Ele trocou o peso do corpo de um pé para o outro, olhando ao redor, ainda constrangido.

Aparentemente isso não passou despercebido por Jooheon, que assim que terminou de trocar os lençóis e jogar os molhados em um cesto de roupa-suja, se aproximou de Chang, que paralisou no lugar, apenas o observando se aproximar.

— Vai pegar um resfriado. — Pegou a atoalha do pescoço de Chang, a pondo em sua cabeça e secou seus cabelos. Lim corou, cumprindo o objetivo de Jooheon, que sorriu. — Você está muito tenso. — Terminou de secar.

— Eu só estou surpreso pelo que aconteceu mais cedo. — Falou tirando a toalha dos cabelos e pondo de volta ao redor do pescoço. — Será que podemos conversar direito agora?

— Tudo bem, mas podemos fazer isso em casa? Estou cansado.

Anuiu e soltou a toalha em cima de uma cadeira. — Tudo bem.

— Ótimo, então vamos.

Lee saiu do quarto e Chang o seguiu em silêncio. Shownu passou por eles, vendo que Jooheon parecia melhor, apenas acenou um tchauzinho para eles e não perguntou nada. Eles foram até o estacionamento da mansão e entraram na BMW, dessa vez os seguranças e o motorista Charles/ChaeLee não estavam mais ali. Jooheon deu a partida e acelerou o carro, saindo da mansão. Estava um silencio constrangedor, pelo menos para Lim, então ele ligou a rádio. Estava passando um grupo pop coreano famoso, Chang não acompanhava muito mas reconheceu como sendo SHINee. Não foi o bastante para o clima não ficar tão perturbadoramente quieto, mas era melhor do que nada. Em pouco tempo eles já se viam no estacionamento do prédio. Ambos desceram e foram até o elevador, clicando no úmero doze.

— Vai ficar em silêncio até quando? — Jooheon perguntou.

— Você disse para conversarmos no apartamento.

— Isso não significa que você tem que ficar quieto até lá.

A porta se abriu, os censores de luz ligaram e eles andaram até o número quatro, entrando no apartamento.

— Eu queria conversar sobre o que aconteceu na piscina.

— Mas nós já falamos sobre isso. — Jooheon andou até seu quarto e Chang o seguiu pelo corredor.

— É, mas não direito. — Entrou no cômodo. Notou em seguida que era a primeira vez no quarto de Jooheon. — Você pode parar de andar para eu falar com você?

Jooheon se sentou na cama. — Eu estou cansado, vamos falar sobre isso amanhã.

— Você está evitando isso.

— Não estou evitando nada, estou com sono.

Chang estava de frente para Jooheon a dois passos dele. — Tá legal, se você não quer falar, então apenas escuta. — Chang puxou a cadeira da mesa do computador e se sentou em frente ao maior. — Primeiro, sobre o que eu falei naquela hora, eu queria me desculpar.

— Você já se desculpou.

— Não adequadamente. — Insistiu. — Eu falei coisas cruéis, sobre você encomendar escravos sexuais e tudo o mais, eu não deveria ter falado aquilo.

Jooheon sorriu de canto. — Sério Chang, não precisa.

— Deixa eu continuar. — Respirou fundo e se levantou, andando de um lado para o outro enquanto falava. — Você já salvou minha vida e me ajudou muitas vezes, e eu percebi que também não agradeci adequadamente, pelo contrário, eu lhe acusei e você tinha toda a razão de ficar com raiva de mim.

— Chang.

— Eu também não deveria ter te empurrado, se eu não tivesse feito aquilo você não teria se afogado. Meu deus, eu quase matei você!

— Chang.

— Eu agi errado em te julgar sem conhecer. Você nunca fez nada de ruim para mim e mesmo assim eu falei aquelas coisas.

— Chang, hey! Eu não estou com raiva de você, está bem? — Segurou a mão do menor, o fazendo parar de andar se um lado para o outro.

Lim piscou. — Não está?

— Não. — Sorriu de canto. — Naquela hora eu estava, sim, talvez mais magoado do que zangado, mas isso já passou, okay? Não precisa ficar se culpando.

— Mas…

— Está tudo bem, Chang. Eu estou bem. — Sorriu mostrando as covinhas.

Chang o observou por breves momentos. Jooheon conseguia ser fofo e atencioso quando queria.

— Você tem certeza? Porque você parecia bastante abalado quando saiu da piscina.

— Isso é algo do meu passado, não tem nada a ver com você. Não é sua culpa.

— Mas…

— Fica quieto, Chang.

Com a mão que ainda segurava a de Changkyun, Jooheon o puxou, fazendo o menor se sentar no seu colo, e o beijou no rosto. Na bochecha.

Lim o encarou sem reação. — O que…?

— Isso foi o meu agradecimento por ter me salvado… — Beijou a outra bochecha de Chang. — E isso foi meu pedido de desculpas.

— Desculpas pelo que?

— Por ter te assustado, não foi minha intenção.

As bochechas de Chang ruborizaram. — Que tipo de pedido de desculpas é esse?

— Eu não sou muito bom em me desculpar. — Sorriu de canto e aproximou o rosto do outro. — Mas se você quiser eu posso tentar de novo.

Chang corou ainda mais (se é que era possível) e cobriu o rosto com as mãos, ainda sentado no colo de Jooheon. — Por que está fazendo isso?

As mãos de Lee estavam em sua cintura. — Porque você fica fofo tímido.

— E-Eu vou para o meu quarto. — Se levantou do colo do maior e correu para fora.

Jooheon sorriu mais. Você realmente fica fofo tímido. Pensou sozinho.

Chang foi para seu quarto e se deitou, cobrindo o rosto com o travesseiro. Ele não conseguiria dormir tão cedo.


Notas Finais


Olá meu povo maravilhoso que me aguenta a cada capítulo <3

O que vocês acharam desse capítulo? Vou dizer que estou com grandes expectativas sobre a reação de vocês =3

Primeiro, aquela cena do início, do Jooheon dizendo “estão prova! ” eu quase pirei de tão fofo. Eu queria que eles tivessem se beijado AAAAAAAAHHHH

Depois teve a aparição de Kakuji. Foi a primeira vez que ele aparece na fanfic, o que vocês acharam dele? Aiai a relação pai e filho dele e de Gun é uma porcaria :V Mas de Jooheon e Satoru não é muito melhor, então…

E sobre a cena de ação do Wonho, o que acharam? Espero que não tenham se confundido com os detalhes e que tenham conseguido imaginar direito. Eu queria saber o que vocês estão achando das cenas de ação, porque eu sou novata nesse lance, não sei se está boa, se está muito forçado, fora da realidade ou se está muito “fácil” dos personagens ganharem, sei lá. Me digam com sinceridade o que vocês acharam =3
Ps: O que falar sobre “Pode me chupar? ” e “Calcinha bege é broxante! ” ? SAHASHASHSAH Eu amo o Wonho cara, ele é um personagem muito divertido ><

Agora por fim, vamos falar daquele Jookyun do final do capítulo…
Manooooo o que foi aquilo? Achei muito fofo. Mais uma vez iludindo vocês, fazendo achar que ia rolar algo a mais, mas foi só um beijinho na bochecha :V Mas vou admitir que mesmo que eu é que tenha escrito, achei a cena do beijinho na bochecha muito fofa <33

Bem, eu acho que é isso, espero que tenham gostado, não esqueçam de deixar seu comentário <3 E se preparem para o próximo capítulo ><

Obrigado por lerem e até o próximo capitulo <3 desculpem novamente os erros <3 AMO VOCÊS! <333


Beijossssssssss~ <333


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...