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História Black X White - Guerra


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Oláááá~~ <33

Então, neste capitulo você conhecerão um outro lado de Jooheon. Um lado mais descontraído.

Gente, muito obrigada a todo o carinho de vocês, o resultado desta fic está me agradando muito, está sendo bastante positiva, tanto no crescimento dos favoritos quanto nos comentários, que sério. São amazing! <333

Eu tenho algo importante para dizer para vocês, então LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

Bem, desculpem os erros e boa leitura <333

Preparados para a surpresa???
Ps: cuidado para não confundirem o nome do Minhyuk :V

Capítulo 5 - Guerra


Fanfic / Fanfiction Black X White - Guerra

— Vamos, Hoseok. Temos que ir para não pegar trânsito. — Hyungwon batia na porta do banheiro impaciente.

— Tá. — Abriu a porta, agora arrumado. Vestia uma calça jeans preta rasgada nos joelhos, uma blusa branca de mangas compridas e um sobretudo marrom-claro por cima. Hyungwon estava do mesmo jeito, mas vestia uma blusa preta e um casaco vermelho xadrez por cima. — Ainda não entendi o porquê de Kakuji nos mandar para explicar o motivo da espionagem. Você eu até entendo, mas eu?

— É, você não é o melhor diplomata. — Hyungwon concordou. — Mas Kakuji têm seus motivos, sem falar que Gun ainda está incapacitado e Kihyun está em missão.

Ambos saíram da casa, era bem cedo, em torno das sete da manhã. Hyungwon resolveu ir de carro, Wonho sentou no banco ao seu lado trocando as estações da rádio até parar em um Rock agitado, que identificou como Pink Floyd.

A ideia de irem a empresa POSCO sozinhos, para falar com Satoru em nome da Inagawa-kaï parecia suicídio para Wonho, mas se isso fosse o necessário para evitar um conflito maior, então que seja. Talvez esse fosse o motivo de Kakuji ter o eleito à missão. Um diplomata e um suicida. Perfeito!

— Quando chegarmos lá, tente não explodir nada. — Hyungwon prestava atenção na estrada.

O Shin sorriu. — Vou tentar.

Hyungwon balançou a cabeça sorrindo. — Hey, como está o tornozelo?

Wonho balançou em círculos o tornozelo. — Está melhor.

— Vê se toma mais cuidado da próxima vez, você e Kihyun quase foram explodidos.

Deu de ombros. — Quase, mas não fomos.

— Sábado terá uma festa na casa do Yoosu para comemorar que ele voltou da missão. — Hyungwon agora dirigia só com uma mão no volante enquanto a outra levava um copo descartável de café até os lábios.

— Fala sério! Aquele desgraçado sobreviveu? — Sorriu.

— Aquele lá é ruim de morrer. — Riu. — Ele nos convidou, estava pensando em ir. Acho que todos nós precisamos esfriar a cabeça, seria bom para Gun e Kihyun também.

— Claro, se a gente sobreviver até lá. Por que não? — Deu de ombros.

Chae pôs o copo de volta ao apoio. — Você é tão otimista. — Disse com sarcasmo. — Chegamos.

Ambos soltaram os cintos e desceram do carro. Nem um deles estava com armas visíveis, assim que passaram pela porta da empresa foram barrados por dois guardas.

— Viemos falar com Satoru Nomura. — Hyungwon falou com a voz firme.

— Vocês têm hora marcada? — Um dos seguranças, careca e alto, perguntou.

Wonho deu um passo à frente com um sorriso de canto. — Tenho certeza que ele vai gostar de ouvir o que temos para falar.

.

.

.

Seria mais fácil convencer um peixe que ele podia voar do que os irmãos Park que ele só estava indo trabalhar.

— Você não pode sair enquanto não for interrogado. — Um deles, o que vestia vermelho, falou.

— Seria péssimo se vazasse alguma informação aqui de dentro. — O irmão mais baixinho e invocado terminou.

Suspirou. — Eu já disse que só estou indo trabalhar. Não contarei nada a ninguém. — Repetiu, pelo que parecia a vigésima vez.

— E o que te impede de ligar para a polícia e dizer que está sendo mantido em cárcere privado pela máfia? — Sugeriu o menor deles.

— Ele não vai fazer isso. — Um rapaz se aproximou.

Ele era pouca coisa mais alto que Chang e aparentava ter a mesma idade. Cabelos negros penteados para trás, olhos castanhos e uma expressão que parecia que estava irritado, embora Chang achasse que era a expressão normal do rapaz. Ele trajava um jeans escuro e uma camisa preta sem estampa.

— Parem de perturbar o garoto, ele só está indo trabalhar. Além disso, a polícia não pode ajudá-lo. — Completou. E lá se foi a única esperança que Changkyun tinha de retornar a vida normal. Se nem a polícia podia ajudar, quem mais poderia?

— Mas, Seokwon…

— Mais nada. — Falou e os Park se encolheram. — Vocês não precisam se preocupar, eu me responsabilizo por isso. Agora voltem a fazer o seu trabalho.

Eles anuíram com a cabeça e voltaram a vigia.

— Ahm… obrigado? — Chang arriscou.

— Não por isso. — Agora ele voltava sua atenção a Chang. Seu rosto não possuía expressão, era impossível saber o que ele estava pensando. — É Changkyun, não é? — Anuiu Chang, concordando. — Eu me chamo Choi Seokwon. — Fez uma breve reverencia com a cabeça. — Presumo que esteja atrasado para o trabalho.

Chang olhou para seu relógio de pulso e arregalou os olhos. — Ah, droga! Verdade! — Ajeitou a alça da bolsa transversal e fez uma reverencia rápida, curvando bastante o corpo para frente. — Obrigado novamente. — E saiu correndo.

Por pouco Chang não perdeu o ônibus. Ele só queria ter seu carro agora, sem dúvida chegaria mais rápido. Dr. Jung telefonou para ele perguntando se ele faltaria ao trabalho novamente, Lim explicou que estava apenas atrasado e que logo chegaria e isso foi o suficiente para convencer o pediatra.

Desceu na parada em frente ao hospital, atravessou a rua e correu para dentro, bateu ponto e foi direto para a recepção.

— Joyce, como vai minha agenda? — Perguntou à recepcionista que antes conversava com a amiga.

— Ah, Dr. Lim! — Sorriu breve. — Por que faltou ontem? Estava se sentindo mal?

— Não, não, eu estava bem. Foi apenas, ahm… um imprevisto.

— Entendo. — Sorriu. — Bem, como você não veio ontem, Yoonho teve que cobrir seu horário, ele pegou os pacientes seis e sete, eu vou destrocar. — Falou digitando habilmente em seu computador. 

— Tudo bem, e onde ele está agora?

— Hum… eu acho que ele está tomando café.

Anuiu sorrindo. — Obrigado.

Chang foi até a praça de alimentação do hospital e procurou pelo colega, avistando ele no centro da praça em uma mesa para dois. Se aproximou e sentou à sua frente.

— Dr. Noh.

— Oh! — Sorriu. — E aí, Chang?

— Hey, obrigado por me cobrir ontem.

Balançou a mão como se dissesse "gwaenchanha! " — Não foi nada. Mas, hey! Onde você estava?

— É uma longa história. — Chang sabia que não era uma boa ideia contar a verdade.

— Você não foi preso, né?

— Que? Não. — Estranhou a pergunta. — Por que eu seria preso?

— Eu sei lá. Só sei que logo depois que aqueles policiais chegaram você sumiu sem avisar. — Mordeu um pedaço do seu sanduíche de atum. — E aquele paciente que estava pelado também sumiu, mas o verdadeiro mistério foi que a fita de gravação daquele dia sumiu. Bum! — Gesticulou uma explosão com a mão. — Tudo sumiu.

— É… bem estranho. — Coçou a garganta com uma falsa tosse. — Bem, eu preciso trabalhar agora. — Se levantou. — Bom café pra você, vê se dorme um pouco.

— Eu digo o mesmo. Está com uma cara péssima. — Falou dando mais uma mordida no lanche. — Bom trabalho, Chang.

— Pra você também. — E se retirou.

Ele não duvidava que estivesse com grandes olheiras, a noite passada havia sido muito mal dormida.

No hospital haviam quartos com beliches de metal, não muito confortável, mas eram ótimos para dormir em noites de plantão. Ele foi até seu “quarto”, pegou de dentro de seu armário metálico o seu jaleco e crachá. Mesmo com todas aquelas coisas acontecendo, Chang se sentia aliviado por voltar a trabalhar, as coisas pareciam normais e em ordem de novo.

.

.

.

— O que é tudo isso? — Jooheon olhou para a pilha de papeis em sua mesa.

— O que você acha? Trabalho. — Seung-hyun falou.

O gerente estava vestido formalmente. Calças e blazer pretos, gravata azul-marinho com listrar pretas, cabelos negros perfeitamente penteados com gel para trás, óculos retangulares finos. O homem era bastante conservado para seus 35 anos.

— Eu faltei ao trabalho um dia. UM. — Fez sinal de 1 com o dedo, indignado. — E já tem tudo isso para mim preencher?!

— Jooheon, você faltou ao trabalho três dias e atrasou metade da papelada que, inclusive, era para ter sido entregue semana passada. — Cruzou os braços. Seung 1x0 Jooheon.

Suspirou. — Como é que eu vou terminar tudo isso?

— Você deveria ter pensado nisso antes de ter saído para beber com seus amigos e pegado um resfriado por dormir na rua.

— Isso só aconteceu uma vez, será que você nunca vai esquecer, não?! — Bufou. Jooheon não era do tipo que se embebedava por aí, mas naquela noite havia extrapolado um pouquinho seu limite alcoólico, tudo por causa de uma discussão com o pai.

Seung massageou as têmporas. — Jooheon, eu sei que você é capaz de fazer isso, você só é preguiçoso. Agora, por favor, termine essa papelada logo.

— Tá. Tá legal. — Se sentou na sua cadeira giratória de frente para a mesa. — Você venceu.

— Eu já fiz a maioria, você só vai precisar assinar e mandar alguns fax. — Pegou o aparelho celular que aparentemente tinha vibrado em seu bolso e digitou alguma coisa. — Agora eu tenho que ir, termine logo com isso. — E assim saiu. Jooheon começou a trabalhar com um grande suspiro.

Realmente Seung havia feito a maior parte, Jooheon nem precisou ler pois já estavam todos revisados e Seung ainda teve a bondade de adesivar os arquivos que precisaria mandar fax. Depois de algumas horas que pareceram sem fim para o rapaz, ele resolveu fazer uma pausa. Se espreguiçou na poltrona/cadeira e alcançou o telefone sem fio no canto da mesa.

— Minkyun, me traga um café expresso.

Você já bebeu quatro!

— Vai logo.

Suspirou. — .

Park Minkyun era um bom funcionário, mas Jooheon não sabia no que ele trabalhava exatamente, para Lee ele era apenas o carinha do café.                                               

Jooheon empurrou os papeis para o lado e puxou o notebook mais para frente, ligou o aparelho e foi verificar seus e-mails. Como o esperado, havia mais trabalho, propostas a discutir, lotes novos estavam chegando, mensagens de traficantes, notícias sobre um depósito de armas e drogas de traficantes de Hong-Kong ter sido explodido e outras coisas. Jooheon respondia alguns e deixava outros para mais tarde.

[Kazetta0923] Lee, aquela encomenda que te pedi semana passada chegou, mas parece que está faltando algumas peças.

Quais são as peças? [Lee Jooheon Nomura]

[Kazetta0923] A-48 e C-22

Eu providenciarei! [Lee Jooheon Nomura]

Abriu outra mensagem e a respondeu.

[Marques_222] O novo lote deve chegar em torno de cinco horas. Os estoques estão cheios, novos produtos chegaram e também tem uma nova linha de câmeras de vigilância.

O.K só preciso de uma dúzia de AK47 [Lee Jooheon Nomura]

[Marques_222] O que aconteceu com o último lote?

Naomi e Yutama perderam no descarregamento de Daegu. Alguma coisa sobre um desnível na estrada e assaltantes iraquianos. [Lee Jooheon Nomura]

[Marques_222] Já notifiquei um novo lote, mando o preço por fax para Seung, o pacote deve chegar daqui uns três ou quatro dias.

O.K [Lee Jooheon Nomura]

Jooheon abriu mais uma, que dizia “compre já o inseticida AEROSETO e acabe com os mosquitos”, ele excluiu logo em seguida. Muitas vezes tinha que checar as mensagens marcadas como spam. Após ouvir uma batida na porta e permitir a entrada, Minkyun aparece com seu café.

— Foi comprar o café na China ou foi fabricar mesmo? — Bebericou o liquido e soltou um chiado em seguida. Havia queimado a língua.

— Está quente.

— Jura? — Falou sarcástico.

— Hey, acabaram de chegar dois caras aí. — Falou se deitando no divã marrom escuro do canto da sala, brincando com um cubo mágico tirado de cima da mesinha de centro com revistas da Yamaguchi-gumi e um controle universal.

— Legal. E daí? — Assoprou o café e bebeu.

— E daí que eles são da Inagawa-kaï. — Jooheon o olhou e franziu o cenho. 

— Como você sabe sobre isso?!

— Dã! Eu sou assessor aqui a dois anos, por que você acha que seu pai me contratou?!

— Achei que você fosse uma “pessoa normal”. — Falou. Não sabia se estava mais surpreso por ele ser da Towa-kai ou por ele ser assessor. Acho que ele não é só o carinha do café. Pesou. — Enfim… quem são esses dois caras?

Deu de ombros. — Não sei.

— Muito útil, obrigado.

— Disponha. — Sorriu e se levantou. — Pelo amor de deus, pare de me pedir café, você acha que eu sou seu empregado?

— Ahm…sim. — Pela cara de “fala sério” de Minkyun, Jooheon deduziu que ele não achou tão engraçado quanto ele. — Eu sou seu superior na empresa e na Towa, então é. Eu meio que mando em você.

Suspirou baixando os ombros. — Que droga. — Jooheon 1x0 Minkyun. — Só vê se diminui a cafeína, eu sou muito ocupado, sabe?

— Ah, tá, tá. — Abanou a mão não dando muita bola. — Da próxima vez traz um expresso.

Minkyun balançou a cabeça, pensando "ele não tem jeito", e saiu da sala.

Jooheon terminou de enviar os fax e guardou os restantes dos documentos na sua pasta, ele terminaria isso em casa. Passou pela sala de Seung avisando que já havia terminado quase tudo e que terminaria o resto em casa. O mais velho apenas respondeu um “É? Que legal! Uhum! ”, enquanto trabalhava em seu computador. Após isso passou por Minkyun que fazia algumas cópias na impressora e conversava (lê-se flertava) com uma garota. Avisou para ele que havia alguns documentos em sua mesa que eram para serem entregues para Seung-hyun e para seu pai e saiu.

Quando estava abrindo a porta do veículo, avistou Hyungwon encostado em seu carro olhando para os próprios pés. Jooheon se lembrou de Minkyun falar sobre dois membros da Inagawa, mas não vira uma segunda pessoa. Cogitou a ideia de ir falar com ele, mas achou melhor não, ele ainda deveria o odiar.

Entrou no carro e deu a partida. Era meio dia e seu estomago roncava implorando por comida. Lembrou-se de ter visto os horários de trabalho na casa de Chang e deduziu que a essa hora, se ele tivesse ido trabalhar, ele estaria saindo do trabalho. Pegou seu celular e digitou alguns números.

— Alô, Kwangji?!

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.

.

Hyungwon e Wonho trocaram olhares significativos, como se estivessem conversando por telepatia.

É agora que a gente morre?

Cala a boca!

— Então vocês estão tentando me dizer que Kakuji mandou vocês aqui para dizer que o fato de uma joalheria em meu nome ter sido roubada e um espião estar nos vigiando é um mal-entendido?! — Falou incrédulo.

— Falando assim até parece uma desculpa idiota. — Wonho murmurou e Hyungwon deu uma cotovelada discreta em suas costelas.

— Entenda, a uns dias atrás nossos lotes de armas foram desviados de seu percurso e mais tarde descobrimos que o novo percurso era para cá. Parte do dinheiro que estava depositado em uma conta no banco foi desviado e novamente apontava para cá. Não estou tentando culpar ninguém, mas tudo aponta para uma conspiração, não podíamos ficar parados, então nos foi dada a ordem de roubarmos a joalheria e recuperar o dinheiro e também foi mandado um espião por motivos óbvios. — Hyungwon terminou a explicação.

— E vocês foram mandados aqui para…? E por favor, não me diga que foi para fazer uma oferta de paz pois eu não caio nessa. — Cruzou os braços.

— Não, fomos mandados aqui apenas para mandar esse recado, explicar os motivos de nossas ações e para entregar isso. — Cutucou Wonho que pegou um envelope pardo do sobretudo marrom-claro e entregou-o para Satoru, que o pegou prontamente.

— O que é isso? — Perguntou olhando para Hyungwon, mas Wonho respondeu antes.

— Não sabemos. — Deu de ombros. — Ele apenas nos mandou entregar e disse que você saberia o que é.

Satoru olhou para os dois e depois abriu o envelope, puxando só uma parte do documento para fora e arregalando os olhos. Seus músculos estavam tensos e isso não passou despercebido por ambos os rapazes. Ele guardou o conteúdo de volta no envelope e sorriu seco.

— Eu só tenho uma coisa a dizer sobre isso. Mande esse recado para Kakuji… — Falava estridente. — Eu tenho algo que você quer e procura a muito tempo.

Hyungwon franziu as sobrancelhas sem compreender.

— Mas o que isso significa?

— Ele saberá o que é. — Se virou de costas andando até a janela e olhando para fora. — Se é guerra que você quer… é guerra que você vai ter.

.

— Cara, o que foi aquele papo de guerra e o que tinha naquele envelope? Eu tenho certeza que ele tirou daquela maleta que eu e Kihyun roubamos. — Wonho falava com o amigo, mas Hyungwon estava muito distraído para prestar atenção. — Hey, eu vou no banheiro e já volto — Deu um tapa nas costas de Chae.

— Ahm? Ah, tá. Eu vou esperar lá fora. — Wonho concordou e Hyungwon foi para fora, o esperando encostado em seu carro. Estava pensativo sobre a conversa de mais cedo. Foi muito rápido, mas ele tinha certeza de ter visto a foto de Jooheon no envelope. Ergueu o olhar e viu Jooheon entrar no carro, ele não parecia ter lhe visto. Fazia tempo que não se viam. Hyungwon notou como ele estava mais alto e parecia mais sério do que antigamente. No que você está envolvido Jooheon?

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— E então, quando eu posso ir para casa? — A mulher de 34 anos lhe perguntou sentada na cama com sua roupa rosa hospitalar.

— Você tem se recuperado bem rápido, pelos meus cálculos você poderá ter alta daqui dois, no máximo três dias. — Sorriu Chang com a prancheta na mão.

— Que alivio. — Suspirou contente. — Obrigada Dr., não sei o que seria de mim se você não tivesse aceitado fazer a cirurgia aquele dia, mesmo com seu emprego em risco.

Chang se lembrava daquele dia perfeitamente. Quando a mulher chegou em um estado deplorável, quase não dava para reconhecer seu rosto de tantos hematomas. Os médicos a deixaram de cama por dois dias, pois a cirurgia era muito arriscada e se ela morresse seu pai iria processar o hospital e o médico responsável, mas Chang não poderia deixar ela morrer, se continuasse em coma sem fazer a cirurgia ela morreria, sua única chance era a cirurgia e então Changkyun a realizou sem que o pai tivesse consentimento, seus colegas e chefe protestaram, mas ele jurou assumir a responsabilidade. Sua carreira, seu futuro e até sua liberdade estavam em jogo, mas principalmente, uma vida estava em jogo. Naquela noite ele ficou horas na cirurgia e a satisfação, alivio e alegria que sentiu na hora que a cirurgia acabou bem-sucedida e a paciente sobreviveu foi incomparável. O pai da moça ficou tão emocionado e feliz pela filha estar viva que a hipótese de processo desapareceu, dando lugar a gratidão. Esse era um dos prazeres de ser médico. Salvar vidas. E agora, depois de meses, sua paciente estava ótima e pronta para receber alta, praticamente sem sequelas.

Chang sorriu e afastou os devaneios. — Uma vida vale mais que um emprego.

— Você é tão bom doutor, o mundo precisa de mais pessoas como o senhor. — Sorriu a mulher. Era estranho ser chamado de senhor por alguém que era dez anos mais velho.

— Agora descanse, amanhã sua filha virá lhe visitar e você não vai querer ser vista com olheiras, não é?

— Está certo, você me convenceu. — A mulher deu uma risada gostosa, fazendo Chang lhe acompanhar curto.

Changkyun deixou uma capsula de remédio em cima de um guardanapo na mesinha ao lado da cama e um copo d’água, se retirando do quarto em seguida. Olhou para o relógio no pulso e viu ser 13:35, já havia passado do horário de trabalho, até mesmo do horário de hora extra. Geralmente Chang estaria louco para ir para casa, tomar um banho e assistir séries na tevê, mas ele não estava tão empolgado assim para voltar para a mansão.

— Hey Chang, já esta tarde, vai para casa. — Yoonho disse se aproximando dele no corredor. Bem que eu queria. Pensou.

— Daqui a pouco eu vou. — Sorriu.

— Tem um cara procurando por você lá embaixo. — Apontou com o polegar por cima do ombro.

— Um cara? — Chang petrificou. — Que cara?

— Eu não sei, só sei que é um médico, ele disse que estava procurando por você e que o nome dele era Jonathan.

— Jonathan? — Chang só estava mais certo que poderia ser um sequestrador ou assassino.

— É, Jonathan, João, eu sei lá. — Deu de ombros.

— Ahm… tá bom, eu vou lá ver. — O amigo assentiu com a cabeça e seguiu reto no corredor, de volta a seu trabalho.

Chang pegou o elevador e desceu, torcendo para ser algum tipo de engano. Ele só não estava tão nervoso porque estava em um hospital e ninguém seria tão burro de o sequestrar ou matar ali, com tantas testemunhas. Isso era o que ele esperava. Assim que chegou na recepção olhou em volta e foi falar com Joyce.

— Chang, tem um rapaz te procurando.

— Yoonho me contou. Onde ele está?

A moça olhou em volta e apontou. — Ah! Ali.

Chang seguiu com o olhar e se surpreendeu com o que viu. O rapaz assim que avistou Chang acenou com um sorriso sapeca no rosto e usando um jaleco de médico. Jooheon veio em sua direção e Changkyun só conseguia pensar: Por que ele está aqui?, Porque está vestido de médico?, Porque está sorrindo igual um maluco? E: Porque Yoonho confundiu Jooheon com Jonathan e João?

— O que você está fazendo aqui?

— Oi pra você também.

— Jooheon, você é maluco? Por que está vestido de médico? E onde foi que você conseguiu essa roupa? — Olhou para o crachá que dizia “Hospital de Incheon” e “Dr. Lee: Psicólogo”. Ele não era um psicólogo, precisava de um.

— Primeiro: não, eu não sou maluco e segundo: estou vestindo isso porque médicos não podem receber visitas em horário de trabalho. Agora vamos, estou morrendo de fome. — Começou a puxar Chang pela mão em direção a praça de alimentação.

— Você não respondeu a terceira pergunta. — Mas Jooheon o ignorou e escolheu uma mesa.

Pediu macarrão com alga e uma Coca-Cola, pedindo o mesmo para Changkyun. Não demorou muito e logo um garçom trouce os pedidos.

— Pode me explicar o que é tudo isso agora?

— Claro. — Apontou para o prato de Chang, fazendo sinal para que ele começasse a comer e assim ele fez. — Então, eu mandei uma mensagem para um amigo meu de Toyota e ele disse que tem feito muitas entregas para a Inagawa. — Comeu uma porção de macarrão e tomou um gole de Coca.

— “Entregas”?

— É, armas, drogas. Essas coisas. — Deu de ombros. Claro, supernormal. Pensou o Lim. — Enfim, ele me disse que os últimos lotes de armas haviam sido desviados do percurso e que a rota alternativa foi na empresa POSCO.

— Espera. O que essa empresa de metal e alumínio tem a ver com isso?

— Ferro e aço. — Corrigiu. — E essa é a empresa do meu pai. Continuando… rumores de que uma das contas no banco com milhões de dólares canadenses de Kakuji, o chefe da Inagawa, havia sido desviado também para a empresa, por isso todo aquele lance de roubo na joalheria e espionagem.

— Tá. E onde eu entro nessa história?

— Ah, sim, sim. — Tomou mais um gole do refrigerante. Jooheon parecia que tinha injetado cafeína na veia. — Depois que você se envolveu com Gun, Kobun de Kakuji...

— Espera. Ele era o filho do “chefão”? — Changkyun tentava acompanhar tanta informação.

— É. Agora deixa eu continuar. — Falou impaciente. — Depois que você se envolveu com Gun, os membros começaram a achar que você era um membro da Towa, até aí tudo bem. Mas quando foram checar o cadastro de todos os membros das quatro famílias, não encontraram você, obviamente porque você não é da Yakuza.

— Exatamente. Eu não sou da Yakuza, então por que eles têm tanto interesse em mim?

— Você quer parar de me interromper?! Obrigado! — Limpou a boca com um guardanapo. — Bem, essa é a parte que eu ainda não descobri, mas quando pesquisaram sobre você acharam seu paradeiro, como por exemplo seu tipo sanguíneo, seu CPF, a escola que você estudou e outras coisas, eu não sei o porquê, mas parece que a Inagawa tem um interesse em você.

— E o que eu devo fazer?

— No momento não há muito o que fazer, mas eu continuarei pesquisando. — Falou e continuou comendo seu macarrão.

Chang comeu seu macarrão em silencio e terminou o refrigerante, mas estava muito intrigado. — Hey, por que está me ajudando?

Jooheon parou de mastigar e ergueu o olhar para Chang, o encarando por poucos segundos e então engoliu limpando a boca uma última vez.

— Sabe, eu sei que você acha que eu sou uma pessoa terrível, um assassino a sangue frio. — Falou. Chang gostaria de dizer “você é! ”, mas se conteve. — Mas eu tenho meus princípios, sabia?! Tecnicamente foi eu quem te pôs nessa situação, talvez se eu apenas tivesse te deixado no hospital ao em vez de ter te levado para meu apartamento, teria sido melhor, mas sem dúvida você seria sequestrado ou morto. De qualquer forma, eu não posso voltar no tempo e sinceramente não me arrependo, pois sei que foi a melhor opção, mas eu sou uma pessoa de coração muito bom. — Pois a mão no peito dramaticamente. Chang revirou os olhos. — E também… eu estou com preguiça de terminar os fax e papelada, se eu te ajudar o Seung-hyun não pega no meu pé.

— Fala sério. — Jooheon estava o ajudando apenas porque não tinha nada melhor para fazer. Obvio! Pensou Chang. Mas, na verdade, Jooheon só estava tentando descontrair. Ele não falaria que sente-se responsável pelo menor.

Riu. — Eu estou brincando. — Chang não sabia se ele estava zoando da sua cara, mas deduziu que para o maior ele era apenas uma espécie de passa tempo. — É melhor irmos logo, Hyungwon esteve mais cedo na empresa para falar com meu pai. Isso nunca é um bom sinal. — Se levantou. 

— Eu estou trabalhando.

— Não, na verdade você já terminou seu expediente. — Chang abriu a boca para perguntar, mas Jooheon foi mais rápido. — Eu vi na geladeira da sua casa.

Chang suspirou derrotado. — Tá, mas eu vou com o meu carro.

— Você que sabe. — Deu de ombros. — Vamos.


Notas Finais


Oieeeeeeee~ <333

Não confundiram Minkyun com Minhyuk, né?! XP

Bem, como puderam notar, a surpresa deste capitulo foi a aparição dos meninos de No. Mercy. Kwang Ji, YooSu, MinKyun, SeokWon, YoonHo e o Gun, claro.
Embora eles não tenham aparecido muito, pudemos ter um vislumbre deles :D espero que vocês tenham gostado, sei que alguns estavam ansiosos por eles, eu estava bastante! ><

Esses mistérios todos, agora mais essa do Jooheon e uma declaração de guerra. FERROU!
Vocês notaram que, mesmo com essa tenção dos mistérios, esse capitulo foi mais descontraído né?! Inclusive Jooheon, que se mostrou mais aqueles oppas de dorama que só zoam as mocinhas :V sahahshsa também espero que tenham gostado e ALIÁS, essa capa do Jooheon de médico levantando a mão foi super como eu imaginei a cena >< espero que vocês tenham conseguido imaginar também <33

Gwaenchanha = Tudo bem (em coreano)

AVISO IMPORTANTE:

Segunda agora já começa minhas aulas e domingo de tarde ou de noite eu estarei indo para casa, então como já avisei antes, estarei sem internet e pode ser que eu demore para postar e/ou para responder seus comentários, mas eu não desisti da fic okay?! Então, por favor. Não desistam de mim também! >< <333

Estou amano muito essa fic e mesmo que demore... Eu voltarei porque AINDA TEMOS TEMPO
AAHHHH desculpa, precisava falar isso :V

Enfim, eu espero que vocês tenham gostado, estarei escrevendo capitulos e tentarei roubar o wi-fi do colégio para postar :V

DEIXEM O MAIOR COMENTÁRIO QUE CONSEGUIREM. QUERO UMA ÚLTIMA MOTIVAÇÃO ANTES DE VOLTAR PARA A MINHA CASA ><

Obrigada a todos <33 Amo vocês <33


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