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História Blaze of glory - Sensível demais


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Voltei rápido dessa vez pra compensar a demora do outro capítulo heheh espero que gostem

Boa leitura

Narração do Sasuke dessa vez

Capítulo 11 - Sensível demais


Finalmente a humilhação acabou e o parque aquático fechou. Pudemos voltar para casa e notei que no caminho de volta, Sakura ainda parecia muito encabulada e, principalmente, ela não consegue olhar na cara do meu irmão. Minha namorada não consegue esquecer o que aconteceu.

Preciso confessar que eu estou totalmente impressionado com o meu irmão. Ele agiu como se nada tivesse acontecido para não deixar a Sakura – mais – desconfortável. E eu sinceramente não sei o que fazer para ela agir naturalmente diante da situação. 

“Ah, Sasuke, mas a sua namorada ficou com os seios expostos no meio do parque aquático e até o seu irmão viu, você não fica enciumado com isso?”. Não. Não, porque a Sakura não tirou o biquíni no meio das pessoas porque ela quis. Foi um acidente, e isso pode acontecer com qualquer um. Seria muito escroto da minha parte, muito escroto mesmo, se eu ficasse aborrecido com ela ou enciumado por isso. 

        Sasuke, pelo amor de Deus, eu vou morrer de fome aqui! — Itachi reclamou, só pra não perder o costume.

Eu estou dirigindo de volta pra casa, óbvio, e meu irmão acha que eu sou o Dominic Toretto. 

        Vai ter que aguentar a fome. — Respondi. — Não comeu no parque porque não quis.

        Nem que eu estivesse passando fome! — Disse ele, indignado. — A pipoca já era cara, eu nem me atrevi a olhar os combos. Certeza que um hambúrguer com batata frita devia competir com os preços do aeroporto.

Não duvido também, inclusive concordo com o meu irmão. Porém, adianta reclamar?

        Sua fome não vai passar só porque você está reclamando, Itachi. — Dei de ombros. — Então só aguenta.

        Se você dirigisse mais rápido, eu poderia estar comendo alguma coisa nesse exato momento. — Bufou.

Quem ouve ele falando, pensa que estamos a um pulo de casa. 

        Se continuar reclamando, eu vou dirigir mais devagar só de pirraça. — Briguei.

        Estamos numa estrada, inferno, você nem pode dirigir devagar! — Ele gritou. — Tá no limite mínimo, daqui a pouco alguém passa por cima de você!

        Podem ultrapassar à vontade, não tô com pressa. — Dei de ombros. — Melhor do que me envolver em um acidente. 

        A gente já foi um acidente, o que é mais um nessa vida?— Eu não posso acreditar que ele meteu essa. Sério?

        Ah, sim, vamos nos abortar 20 anos depois. — Revirei os olhos. — Tá certinho, sim. Continua nesse caminho. 

Ouvi um suspiro alto vindo da minha cunhada.

        Tão maduros, dá até gosto de ver. — Ironizou. 

        Me admira a gente ainda não ter acostumado. — Sakura riu baixinho.

        Sinto muito, cunhadinha, se você não sabe o que é a experiência de ter uma pessoa pra infernizar o tempo todo, sabendo que essa pessoa está fadada a te aturar e te amar pro resto da vida. — Itachi falou penalizado. — Isso é ter um irmão. 

Com isso eu devo concordar, mas a coisa não está equilibrada. Itachi me perturba muito mais do que eu perturbo ele. Tá certo isso? Eu acho que não. 

        Pobre do Sasuke. — Izumi riu. Ela é namorada do Itachi, mas não perde a chance de dar uma zoada com ele sempre. 

        Também te amo, amor… — Lá vem o rei do drama. 

        É o namorado que você escolheu. — Ri. — Você nem precisou ir à igreja pra comprar o seu terreno no céu, Izumi.

        Ai, você é tão engraçado, Sasuke. — Ironizou Itachi. — E pisa esse pé no acelerador! — Resolvi apenas ignorar essa parte. — Inferno!

        A gente não manda no coração. — Brincou Izumi. — O que eu posso fazer se eu amo esse chato? 

        O amor é cego, né? — Sakura riu.

        Fale por você, eu sou lindo! — Ah, o narcisista. — Namorada minha não vai carregar a cruz de namorar um feio e calvo. 

        O que importa não é a beleza interior? — Perguntei.

        Isso é argumento de gente feia, Sasuke. — Suspirou Itachi. — Esse negócio de beleza interior é papo de gente feia, ninguém ouve gente bonita dizer isso. Igual a história de que tamanho não é documento, quem fala isso tem pau pequeno. 

Sim, isso é o máximo que a gente pode esperar vindo do meu irmão. Aquela maturidade nível quinta série. Melhor nem tentar argumentar com ele, não dá pra espremer muito essa laranja. 

        O Sasuke é bonito. — Isso, Sakura, me defende.

        Hoje. — Itachi começou a rir. — Tem que ver as fotos dele quando era bebê. Parecia que nem era desse planeta. 

        Ah, eu não lembro de já ter visto fotos de vocês pequenos. — Péssima ideia, Sakura, péssima ideia. — Mikoto mostra se eu pedir a ela? — Sakura perguntou inocentemente.

        Não tem pra que você querer ver fotos antigas, amor. — Suei frio. 

Com certeza minha mãe vai querer mostrar as fotos mais vergonhosas das nossas vidas. Preciso fazer a Sakura esquecer sobre isso antes de irmos para a nossa casa de verdade, porque lá vai ter todo o tipo de álbuns de fotografias. 

        Ai, mas eu queria tanto te ver quando você era pequenininho. — Sakura falou com a voz infantil e eu fiz uma careta azeda.

        Ela deve estar querendo saber se vale a pena fazer um filho contigo. — Itachi começou a rir e eu agradeci mentalmente pela estrada estar calma, ou eu teria provocado um acidente aqui. 

        Ninguém vai fazer filho aqui, tá doido? — Sakura também ficou nervosa, pelo visto.

        No futuro, quem sabe… Eu considero uma cria minha. — Itachi falou pensativo e eu pude ver pelo retrovisor quando Izumi fez o sinal da cruz. — Não é agora, amor…

        Não fala, porque atrai. — Izumi reclamou. 

Concordo com a minha cunhada, melhor nem falar nesse assunto. Vai que atrai, né? 

        Num futuro bem distante. — Enfatizei. — Talvez. Quem sabe.

Sakura deu uma risadinha.

        É por isso que a sua namorada já quer conferir as fotos, só pra ter certeza. — Itachi voltou a zoar, só pra não perder o costume. — Porque depois que ela parir um E.T, aí não vai poder dizer que não estava avisada. 

        Era tão ruim assim? — A Sakura ainda dá corda, misericórdia.

        Eu tenho certeza que o parto do Sasuke foi tipo a cena do filme Alien. Era o próprio bebê Xenomorfo. — Eu queria muito dar um soco na cabeça do Itachi nesse exato momento.

        Você esquece que o meu parto também foi o seu parto, imbecil. — Retruquei. 

        Sasuke, a mim a mamãe deu à luz, mas no seu caso foi trevas. — Ele fala isso com a cara mais sonsa do mundo. — Eu vim iluminando o caminho, depois você veio pra assustar os médicos, enfermeiros, a mamãe, o papai e o resto da família. Se duvidar assustou até os outros bebês no berçário. 

        Acho que a Sakura tá reconsiderando a ideia de ter filhos com o Sasuke um dia. — Até a Izumi entrou na zoeira, meu Deus.

Se bem que eu nem tenho argumentos sólidos, porque eu era meio estranho mesmo.

        Deve ser só exagero do Itachi, não é possível. — Sakura ainda tem esperança. — Certeza que o Sasuke não era feio assim.

        O bichinho era sofrido. — Itachi continuou. — Certeza que a mamãe tinha vergonha de sair com ele na rua. 

        Itachi, você já parou pra pensar que você pode um dia ter um filho parecido com o Sasuke? — Sakura perguntou como quem não quer nada e eu juro que vi pelo retrovisor um certo desespero no olhar do meu irmão. — Pensa bem, vocês são irmãos e são bastante parecidos, e além do mais o Sasuke é a cópia masculina da mãe de vocês… Não é incomum uma criança puxar para os avós, então pensa nisso… 

        Você desbloqueou um medo que eu não tinha. — Itachi pareceu mesmo preocupado com isso. — Vamos parar de falar nesse assunto.

Amém, finalmente. Itachi calou a boca, e calou pelo resto do caminho todo. Se eu soubesse que seria tão fácil, eu já teria ameaçado um possível futuro sobrinho de nascer parecido comigo. 

Finalmente chegamos em casa e mamãe já estava com o jantar pronto, colocando à mesa. Minha barriga roncou ao sentir o cheiro da comida deliciosa que minha mãe faz, senhor, que saudade eu sinto disso todos os dias. E não que minha namorada não cozinhe bem, eu amo quando a Sakura cozinha pra mim e ela me ensinou muita coisa, mas comida de mãe é outro nível. 

        Se divertiram? — Mamãe perguntou com um sorriso quando entramos.

        Demais! — Disse Itachi, olhando para a mesa. — Tô azul de fome!

        Vamos esperar seu pai, ele está tomando banho. — Mamãe respondeu, o que fez um bico do tamanho do mundo se formar no rosto do meu irmão. — Para com isso, parece criança!

        Ah, por falar em criança… — Ih, lá vem… — Eu queria tanto ver fotos dos meninos quando crianças. — Sakura pediu com a voz doce. 

        Claro, querida. — Não, mãe! Não. Não. Não. Não. Não. — Eu tenho mais em casa, mas tenho umas aqui também.

Que mania estranha de gente mais velha é essa? Pra que ter fotos antigas em celular? Isso é algo que toda mãe faz, não é possível. Tirar foto da foto só pra ter no celular, mas pra que?

Mamãe pegou seu celular e imediatamente Sakura e Izumi foram curiosas para o lado dela.

Itachi e eu nos encaramos. Deveríamos saber que esse momento chegaria.

        Olha só, que bonitinhos. — Disse Izumi, parecia encantada.

        Essa foto foi no aniversário de dois aninhos deles. — Mamãe falou, com um sorriso nostálgico. — Olha só essas bochechas, eles eram muito fofos.

        Itachi tinha uma cara de sapeca e Sasuke tinha uma carinha tão doce… — Disse Sakura, o que fez Itachi revirar os olhos.

        Sim, ele era um doce de menino. — Minha mãe respondeu. — A criança que fazia qualquer mulher querer ser mãe.

        E o Itachi? — Perguntou Izumi.

        Itachi era o que fazia qualquer mulher desistir de ser mãe. — Dona Mikoto riu, mas eu sei que isso é 100% verdade, porque Itachi era uma peste. — Olha essa outra foto aqui, eles eram menorzinhos, deviam ter entre nove e dez meses. 

        Ai, que sorriso mais fofo! — Disse Sakura. — Eles eram bebês muito lindos. 

        Aqui foi o primeiro dia de aula deles. — Minha mãe mostrou outra foto para elas. — Olha o Sasuke com carinha de choro, tadinho… Ele agarrou na minha perna e não queria mais soltar, chorou horrores na porta da escola durante os primeiros dias de aula. Já o Itachi, corria pra dentro da escola e nem olhava pra trás. — Riu.

        Sensível demais desde pequeno. — Itachi zombou. 

        Eu não sou sensível demais. — Bufei.

        É sim. — Meu irmão retrucou. — Todo melindroso. 

Ai, como ele é exagerado, credo!

        Ai, eu amo essa foto. — E minha mãe continua mostrando foto para as meninas. — Foi numa apresentação de dia das mães na escola, eles estavam com cinco aninhos aqui. 

    – Engraçado como eles eram mais parecidos um com o outro quando crianças. — Izumi comentou. — Talvez a diferença maior seja o fato do Sasuke ser um pouco mais branco e ter o cabelo mais rebelde. 

        Sim, o cabelo do Sasuke sempre foi mais difícil de domar, então eu deixei de lado. — Mamãe comentou rindo. — Ele tem o cabelo super liso, mas fica arrepiado… pra piorar, ele sempre detestou pentear, então eu só deixei. Já o Itachi, sempre teve o cabelo super escorrido. 

Ah, meu cabelo bagunçado é o meu charme, do que ela tá falando? 

        Sim, a diferença do cabelo é bem clara… Mas eles tinham os rostos muito iguaizinhos, é engraçado pensar como ficaram diferentes quando cresceram. — Sakura comentou.

Nós sempre fomos diferentes, mas acredito que quando tínhamos os traços infantis acabávamos ficando mais “iguais”, afinal, somos irmãos e seríamos parecidos de qualquer maneira. Mas, quando crescemos, consequentemente mudamos.

        Eles ainda são bastante parecidos, na verdade. — Analisou Izumi. — Só que eram muito mais. Principalmente quando bebês. 

        Ah, sim, eles tiveram uma fase em que dava pra confundir. — Minha mãe falou rindo. — Passavam por univitelinos facilmente.

        Ué, Itachi, você disse que o Sasuke era um bebê feio, mas sua mãe acabou de dizer que vocês já foram iguais. — É claro que Sakura não perderia essa. 

        Mas isso foi quando o Sasuke já parecia gente. — Ele retrucou.

        Itachi! Não é pra tanto, meu filho. — Repreendeu nossa mãe.

        Mãe, o Sasuke era um recém nascido muito feio. Até a senhora, que é mãe, tem que concordar com isso. — Itachi respondeu, o que me fez revirar os olhos.

        Ah, então quer dizer que você só estava se referindo a fase de recém nascido? — Perguntou Izumi. — Ah, amor, mas todo recém nascido é feinho mesmo.

        Amor, você não tá entendendo, a feiúra do Sasuke era fora do normal. — Ele diz que eu sou sensível demais, mas ele é exagerado demais. — E fale por você quando diz que todo recém nascido é feinho, porque eu era lindo.

        Itachi era um bebê lindo mesmo, até as enfermeiras comentavam. — Minha mãe disse com um sorrisinho meigo, não vou nem perguntar sobre mim.

        E o Sasuke? — Não perguntei, mas a Sakura perguntou e minha mãe esboçou um sorriso amarelo. 

        Ah, olha essa foto, que coisa mais fofa. — Exato, minha mãe desviou o assunto porque não quer concordar com o Itachi. 

Ok, eu era um recém nascido meio feio, mas não é como se isso fosse algo incomum. Recém nascidos são feios. Privilégio é ser um recém nascido bonito, que foi o caso do meu irmão… droga! Até nisso ele levou vantagem. 

        Ai, que fofos! — Disse Izumi. — Por que o Sasuke tá com cara de choro na foto? 

        Ele já tinha cara de choro. — Ninguém merece o Itachi. — Era só olhar pro moleque, que ele já se desmanchava em lágrima.

Talvez porque meu irmão gostasse de me infernizar. 

        Nesse dia ele tinha arrancado o primeiro dentinho. — Minha mãe contou e eu ouvi Itachi segurar o riso, porque ele lembra muito bem do que aconteceu. — Então estava um pouco choroso.

        Ah, sim… A camisa dele tá mesmo suja de sangue na foto. — Observou Sakura. 

        Chorou por causa do dente, chorou por causa do sangue… Chorava por causa de tudo… — Meu Deus, como o Itachi é cínico. 

        Ele parece bem novinho, parece ter menos de cinco anos nessa foto… Começou a trocar os dentes tão cedo? — Sakura perguntou. 

   —  Realmente, o Sasuke perdeu o primeiro dente bem novinho e o permanente demorou para nascer quando o de leite caiu. — Minha mãe falou pensativa. — Eu nem tinha reparado que estava mole. Eu até suspeito de que ele possa ter caído e batido o dente em algum lugar, sabe?

        Nossa, que estranho… — Sakura coçou o queixo, pensativa, e então lançou um discreto olhar julgador para Itachi. Sim, ela percebeu.

O dente foi obrigado a cair antes do tempo. E o Itachi continua querendo rir, porque ele sabe bem que a culpa foi dele.

Meu pai finalmente apareceu e pusemos um fim nessa exposição de fotos. Já era tempo. Mas eu sei bem que quando chegarmos em casa haverá outra exposição de fotos, dessa vez mais ainda, e também haverá as minhas fotos de recém nascido. Deus, me ajude. 

Nos sentamos à mesa para comer e Itachi já foi servindo seu prato com a fome de três maconheiros. Meu irmão sempre engorda nas férias, mas não poderia ser diferente, porque a comida da nossa mãe é incrível. 

        Querido, eu estava mostrando fotos dos meninos pequenos para Sakura e Izumi. — Isso lá é assunto pra mamãe tocar no meio do jantar? — Me deu uma saudade de quando os dois eram novinhos. 

        De quando a gente tirava a paz da senhora. — Itachi riu. 

        “A gente” uma vírgula, você tirava a paz de todo mundo. — Retruquei. — Tira até hoje. 

        Os dois eram terríveis juntos, mas o Itachi conseguia ser pior. — Nosso pai comentou rindo. 

Claro que eu acabava sendo terrível, tinha o Itachi junto. Meu irmão era aquela criança que, se quisesse, conseguiria liderar uma rebelião de crianças sem fazer esforço algum. Tudo que acontecia de errado, nem precisava investigar pra saber que o Itachi estava envolvido. 

        O Itachi era muito pior. — Eu acho incrível essa ênfase da nossa mãe, soa muito como a de uma pessoa traumatizada mesmo. Talvez meu irmão seja o culpado por não termos mais irmãos. 

        “Muito” quanto? — Sakura gosta de dar corda, hein?

        Talvez o mais leve tenha sido prender o Sasuke na máquina de lavar… e eles tinham dois anos e meio. — Minha mãe contou. — Deixei os dois sozinhos por dois minutos, só para ira o banheiro, e quando voltei, cadê o Sasuke? Ainda perguntei ao Itachi e ele disse “não sei, mamãe”. Fiquei feito doida procurando pelo Sasuke na casa inteira, chamando por ele, até ouvi-lo tentando abrir a máquina de lavar por dentro. 

        Veja pelo lado bom, eu não liguei a máquina com ele dentro. — Itachi ainda acha que tem direito de defesa. — E o menino era tão sonso que nem gritar pedindo ajuda, não gritou. 

        Tadinho do Sasuke. — Sakura falou rindo, acho que ela não está com tanta pena assim. — Izumi, se você casar com o Itachi, talvez seja bom pensar mil vezes antes de ter um filho. 

É só ela ter só um filho, aí ele não vai ter ninguém pra infernizar. No caso vai infernizar os próprios pais. Tomara que infernize o Itachi, ele merece. 

        Muito cedo pra falar sobre filhos, prefiro manter o anticoncepcional em dia. — Disse Izumi. 

        Você está mais do que certa. — Mamãe concordou. — Espero que os quatro tenham juízo. Esperem terminar os estudos, terem uma vida estabilizada, aí vocês podem pensar em filhos.

        Depois do tanto de criança com ranho que eu vi hoje no parque aquático, sei não… — Itachi e seus comentários totalmente sem noção.

        Itachi, não fala assim. — Minha mãe tentou repreender, mas acabou rindo.

        Sério, um bando de criança ranhenta. Que nojo. — Disse ele. 

        Ah, e você não era ranhento, não? — Provoquei.

        Eu não, eu era lindo. — Alguém merece. — Todo mundo gosta de criança bonita, Sasuke. Agora criança feia, é tudo ranhenta. 

        Então você tá querendo dizer que um filho seu seria feio? — Sakura perguntou.

        Talvez, já que tem a possibilidade de sair parecido com o Sasuke. — Ele até estremeceu só de falar isso. — Esse medo foi desbloqueado, real. 

Dizem que a criança nasce parecida com o membro da família que faz raiva para a mãe. Então nesse caso, eu teria um filho parecido com o Itachi… Ih, tô pensando na possibilidade de uma vasectomia. Se puxar em aparência, tudo bem, o foda é se puxar a personalidade, aí eu não mereço! 

        Tá me chamando de ranhento? — Retruquei. — Eu não era, não.

        Era sim, ainda mais que vivia chorando. — Disse Itachi. — Vivia cheio de ranho. Catarrento horroroso.

        Dá pra parar? — Mamãe falou mais séria, chamando a atenção de Itachi. — Estamos comendo. 

        Então, imagino que vocês estejam cansados do parque aquático. — Nosso pai desviou o assunto.

        Sim, estamos moídos. — Falei. 

        Ainda têm pique pro parque de diversões? — Mamãe perguntou divertida.

        Sim. — As meninas responderam em uníssono, para meu desespero e do Itachi também. 

Primeiro foi o parque aquático, agora ainda vai vir um parque de diversões pra terminar de foder com tudo. 

Depois do jantar foi quase uma guerra para tomarmos banho, isso porque todo mundo queria ir primeiro. Só depois eu tive a ideia de sugerir que os casais tomassem banho juntos, isso já com a intenção de que rolasse alguma safadeza no banheiro já que estamos sem privacidade no quarto, mas não foi dessa vez. 

Itachi foi o último a tomar banho, ficava reclamando tanto que acabava perdendo a vez. Bem feito. Quando ele voltou para o quarto, todo mundo já estava devidamente acomodado em seus colchões de ar, só faltava ele. 

     — Finalmente o merecido descanso. — Meu irmão se deitou ao lado de Izumi. — Cadê o Floyd? 

        Tá por aí, andando pela casa. — Disse Sakura.

A porta do quarto está um pouco aberta, ninguém fecha totalmente quando entra no quarto, isso porque temos um gato aqui e ninguém é idiota a ponto de fechar uma porta com um gato em casa, pois isso é sinônimo de levantar mil vezes durante a noite para ele entrar e sair. 

        Eu tô quebrado. — Meu irmão reclamou pela milésima vez.

        Amor, busca água pra mim? — Sakura pediu com a voz arrastada, e a única coisa que eu fiz foi me cobrir até a cabeça com o edredom. — Sasuke… — Ela insistiu.

        Amor, vai lá. — Respondi. — A distância é a mesma pra mim e pra você. Tô com preguiça. 

        É pra tomar meu anticoncepcional, tá na hora. — Disse ela.

        Não precisa pedir duas vezes. — Levantei rapidamente e fui buscar água. 

Enquanto estava na cozinha, vi o Floyd encarando algo embaixo do armário. Será que ele está caçando algum bichinho? Provavelmente. Boa sorte para ele. 

Voltei para o quarto e entreguei o copo com água para Sakura, que já estava com a pílula na mão apenas esperando. 

        Obrigada. — Sakura disse com um sorriso. 

Não levei o copo de volta para a cozinha, apenas deixei em um canto no chão. Amanhã eu ponho na pia, sem pressa.

Floyd voltou para o quarto e subiu no colchão de Itachi e Izumi, indo direto para cima do meu irmão.

        Ele me ama. — Itachi falou todo bobo enquanto Floyd andava sobre o seu peito, mas logo eu vi o pobre do gato voar longe seguido de um grito do meu irmão. — Gato filho da puta!

        Que foi? — Perguntei preocupado, pegando o Floyd. Ainda bem que gatos caem de pé. 

        Ele tava com uma barata na boca e largou em cima de mim! — Ele esbravejou enquanto se sacudia todo, então todo mundo se levantou para procurar a barata. 

Foi então que a barata caiu no chão. Estava enrolada no cabelo do Itachi e estava viva, pois saiu correndo. 

        Mata, mata! — Sakura gritou, nesse momento ela acabou derrubando o copo de vidro e pisando nele. — Merda, meu pé! 

        Sasuke, acode! — Disse Izumi, apontando para Sakura que está com o pé sangrando.

Floyd pulou do meu colo e voltou a perseguir a barata, que está correndo pelo quarto.

Barata correndo pelo quarto, Sakura com o pé cortado, gato possuído… Tem como esse dia terminar pior? 


Notas Finais


A música do título é do Jorge Vercillo

Como essa noite vai terminar, hein?

Bjs


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