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História Blind - EXOTICs


Escrita por: HeeJin_

Notas do Autor


Oie, gente~
Estou me sentindo meio aliviada de ter deixado em aberto mais ou menos os dias que eu ia postar, serião e.e
Enfim, eu mudei a capa da fanfic, alguém viu? Estava enjoada da outra e sei lá~~
Sobre EXO-L não me convenceu totalmente e....... parei IUASDHUIAH~
Parei de falar acho que quase ninguém lê isso aqui '-'
Entoneeeeeees, até lá embaixo~~

Capítulo 4 - EXOTICs


Fanfic / Fanfiction Blind - EXOTICs

 

 

Desci do táxi e olhei para frente deparando-me com um bar construído com paredes de madeira em um estado decadente no meio do nada. Olhei novamente para o papel que havia escrito o endereço para confirmar, mas o lugar estava certo, pelo menos era ali que eu e o meu pretendente havíamos marcado de se encontrar na noite anterior... Bom, o endereço realmente estava certo, então decidi entrar só para confirmar. 

Entrei naquele ambiente decadente, a porta fez um barulho assustador de filme de terror chamando a atenção de todos presentes para mim, olhei para baixo desviando dos olhares curiosos — e assustadores, diga-se de passagem — e decidi sentar-me em um canto escuro e meio escondido do bar à espera do meu pretendente, peguei meu celular para mandar uma mensagem para ele e uma voz grossa chamou a minha atenção: 

— Hey, belezinha. Esperando alguém? 

Belezinha? Quem era o louco sem noção me chamando daquela forma?  Olhei para cima com ódio no olhar para dar uma resposta à altura e me deparei com o meu pretendente, ou pelo menos alguma parte dele, ele ainda tinha as olheiras de panda, mas a semelhança acabava por aí.  

Um olhar assustador pairava nos seus olhos negros, haviam vários brincos na sua orelha esquerda e na direta um brinco em formato de uma cruz invertida, ele estava com uma combinação forte de roupa toda trabalhada na cor preta: Coturno desamarrado, calça jeans rasgada e uma jaqueta de couro cheia de correntes em volta. UMA JAQUETA COM CORRENTES! Como se não bastasse tudo isso ele ainda tinha uma bandana amarrada no seu pulso. Calma, eu preciso me acalmar... Isso só pode ser um engano. O meu pretendente era um motoqueiro? Daqueles que vagam no mundo deserto apenas com sua moto livremente? 

— Acho que me confundi. — Falei tentando me levantar, mas o cara a minha frente soltou um riso baixo. 

— Claro que não, temos um encontro, certo?  Hey, tragam duas cervejas aqui, uma para mim e outra para essa belezinha. — Tao falou alto provavelmente para o garçom do outro lado do bar e me fez sentar-se novamente na mesa me fazendo engolir seco.    

Quando eu pensei que não poderia ficar mais assustadora essa história Tao se virou para pegar as cervejas e eu pude ver um logo em branco na suas costas escrito "EXOTICS". Oh, não! Ele não era um daqueles motoqueiros que vagavam no mundo deserto apenas com a sua moto, aparentemente ele fazia parte de uma... Meu Deus, ELE FAZIA PARTE DE UMA GANGUE! 

E então quando ele ia começar a dizer alguma coisa e meu coração estava batendo loucamente de medo, eu pude escutar o som de uma mesa caindo no chão e gritos. 

— YAH, SEU FILHO DA PUTA O QUE VOCÊ QUER DIZER SOBRE NÃO TER DINHEIRO PARA PAGAR A SUA DÍVIDA COMIGO? — Um cara alto e musculoso começou a gritar, olhei para ele e me deparei com a sua jaqueta de couro igual do Tao e escrito "EXOTICS". Oh, não, meu Deus! A gangue do meu pretendente não irá brigar agora, por favor, me diga que não. Todas as cenas de filmes de motoqueiros onde eles sacavam as armas invadiram a minha mente e eu estremeci.        

Lay estava certo. Toda aquela história era uma péssima ideia, péssima! Será que se eu admitisse que estivesse errada ele viria me ajudar? 

Tao levantou-se e caminhou tranquilamente até o seu companheiro de gangue e eu pude escutar a conversa. 

— Hey, cara. Deixa essa história para lá, eu tenho um encontro agora e não quero assustar a garota com quem estou saindo. 

O homem olhou de canto para mim me medindo com desdém e eu me mantive quieta, se mal conseguia respirar antes imagine agora com esse homem alto e musculoso me encarando? Os meus pulmões estavam pesados como nunca. 

— Então vamos para outro lugar antes que eu mate esse filho da puta. — O homem falou. Espera, eu escutei matar? Tipo matar, esfaquear, tirar a vida? Ainda de olhos arregalados eu tentava processar aquilo em minha mente. 

— Tudo bem. — Tao disse sorrindo veio até mim e me puxou pela mão. — Vamos para outro lugar, já andou de moto? — Assenti em negativo. — Você irá adorar! 

— Hm... Tao... E-eu... Será que eu posso ir embora? — Perguntei com receio. Queria me livrar daquela situação para ontem, na verdade eu não queria ter estado naquela situação! 

— Não! Eu e você temos um encontro ainda, você já quer dar o fora!? Você nem me deu uma chance ainda! — Tao falou com raiva e eu estremeci de medo. Ele continuou me puxando pela mão para fora do bar e toda a sua gangue estava atrás da gente. 

— Então... Posso saber para onde nós estamos indo? — Perguntei cautelosamente. 

— Guri. — Respondeu calmamente.  Eu havia entendido certo? Estávamos indo para outra cidade? — Temos um encontro de motoqueiros de uma gangue aliada a nossa, lá poderemos conversar calmamente. 

Eu não sei o que conversar calmamente em um encontro de gangue de motoqueiros significava para Tao, mas para mim significava desespero, muito desespero

 Peguei meu celular e rapidamente digitei uma mensagem de socorro para o Lay, porque se acontecesse alguma coisa comigo pelo menos alguém iria saber quais seriam minhas últimas palavras: 

"Lay, você estava certo! O cara é um motoqueiro e faz parte de uma gangue, agora ele está me levando para GURI para encontrar os aliados dele ou alguma coisa do tipo de moto. Meu Deus, o que eu faço? Me dê um daqueles seus conselhos sábios!" 

 
 

Tao olhou para mim de canto com um sorriso que eu julguei assustador e depois olhou para frente e então entendi o que ele queria: que eu fosse de moto, na garupa dele.  Era uma daquelas motos grandes e estava escrito Harley nela. Ele me puxou pela mão quando viu que eu estava estática e me fez sentar-se na moto colocou um capacete na minha cabeça e outro na dele sem antes dar um sorrisinho, sentou-se na minha frente e pegou meus braços me fazendo abraçar a cintura dele. 

— Você tem medo de velocidade? — Perguntou em tom divertido e eu sentia que aquilo não era uma pergunta retórica tendo a confirmação logo em seguida quando ele pisou no acelerador com tudo me fazendo apertar mais a cintura dele. 

 

 
***

No caminho na qual eu me segurei fortemente em Tao vendo a paisagem mudar drasticamente e me arrependendo de todos os meus pecados pedindo por uma nova chance para essa vida eu ainda podia sentir Tao rir uma ou duas vezes quando ele diminuía a velocidade lentamente e depois acelerava com tudo. O que eu fiz para merecer isso? Menti para um ou dois clientes é um pecado tão grave assim? Infernizar meus vizinhos sem ter a intenção era tão pecador assim? 

De repente Tao parou a motocicleta junto com a sua gangue, ele se levantou e tirou o próprio capacete e depois tirou o meu. Minhas pernas estavam tremendo e meu coração acelerado, não acreditando que estava naquele tipo de situação. 

— Chegamos! — Tao falou sorrindo e eu  comecei a olhar para os lados. 

Eu não pude acreditar aonde eu estava. 

Eu não conseguia acreditar na minha própria vista. 

E, pela primeira vez no dia eu me permitir sorrir, um sorriso genuíno feito uma criança que acabou de ganhar um doce. 

— Uau, que lindo! — Exclamei encantada assim que recuperei as palavras. 

Estávamos em um lugar deserto sem casas em volta, era localizado no topo de uma colina e tinha uma vista panorâmica dos prédios altos e coloridos da cidade que estava há uma distância considerável. Tao olhou para mim com os olhos brilhando e um sorriso nos lábios. 

— Sabia que você iria gostar. — Disse animado. 

— Eu adorei... É maravilhoso! 

— Muitas pessoas não se dão a oportunidade de observar a vista, olhar para o céu... E eu mesmo não te conhecendo quis mostrar isso para você. — Falou parecendo ligeiramente constrangido e eu me permiti sorrir para ele. 

— Ei, ei, panda, vamos se encontrar com o pessoal ou vai ficar aí no seu encontro romântico? —  Um cara extremamente alto e loiro apareceu chamando a atenção para a forma na qual ele se referia a Tao: panda

— Vamos com o pessoal? — Perguntou-me calmamente e eu assenti sorrindo, já não havia medo, já não havia nada. 

 Peguei meu celular para ver o que Lay havia me respondido e deparei-me com a falta de respostas o que era estranho, mas agradeci silenciosamente, talvez meu celular estivesse com aquele problema antigo novamente de não enviar todas as mensagens, isso arrecadaria comigo tendo que ligar para a operadora para reclamar, mas pelo menos não deixaria Lay preocupado. Sorri com a minha falta de sorte. 

Fomos de encontro aos motoqueiros que estavam sentados em uma roda de frente à uma fogueira com várias bebidas e dois caras tocando músicas em um violão, o clima era agradável diante de uma noite com o céu estrelado. Eu não era a única mulher ali e isso me fez se sentir mais confortável diante de tantos homens tão machos

Tao se sentou do meu lado com uma latinha de chá gelado em frente a fogueira e me estendeu outra lata que eu apenas aceitei. 

— Acho que você não esperava isso... — Falou olhando para a fogueira, parecendo evitar me olhar. 

— Bom... É meio difícil esperar sair em um encontro com uma gangue, sabe como é, né? Não são todos os dias que isso acontece. — Falei rindo e Tao voltou o seu olhar de uma maneira interessada para mim. — Mas, eu esperava que você fosse um artista independente... 

— Quê? Por quê você pensou isso? — Perguntou divertido. 

— Seu currículo estava especificado como anônimo então... Eu deduzi. — Falei a última parte baixinho e Tao se permitiu sorrir livremente de uma maneira inocente fazendo-me se perguntar como uma pessoa que parecia tão assustadora segundos atrás pode sorrir de uma forma tão linda agora. 

— Eu dou aula de Artes Marciais. Serve? 

— Hm... Isso é muito violento. — Falei franzindo o cenho. 

— Depende da forma com que você olha isso. — Tao mudou o seu semblante ficando mais sério e me olhando nos olhos. — Eu, por exemplo, nunca machucaria ninguém. 

— Isso é... Admirável. — Falei dando um meio sorriso. 

De repente a nossa conversa foi interrompida pelo som de alguém chamando Tao, ele olhou para mim e disse que já voltaria enquanto foi ao encontro do outro membro da sua gangue. Tudo bem, Tao até poderia ser adorável mas eu jamais me acostumaria com a ideia de sair com um cara que faz parte de uma gangue de motoqueiros. Isso é demais até mesmo para mim. 

O motoqueiro loiro que havia chamado Tao e eu minutos antes se sentou ao meu lado com um sorriso gentil assim que viu que Tao havia sumido de nossas vistas. 

— O Tao parece um pouco assustador, né? — Ele perguntou com um meio sorriso, e eu apenas assenti. — Mas acredite, ele não é o que parece. A primeira vez que eu vi ele eu fiquei completamente assustado, mas depois descobri quem ele era realmente. A propósito, eu me chamo Kris. — Falou estendendo uma mão para mim e eu apensas apertei. 

— Bom... Honestamente falando e sem preconceito nenhum, ou talvez com um pouco, bem pouquinho de um preconceito onde eu gostaria deixar BEM claro que eu já mudei de opinião, mas... Ele faz parte de uma gangue de motoqueiros e se veste daquela forma... Huh, você sabe... Além de ter esse olhar maléfico... Eu fiquei muito assustada! — Confessei fazendo o cara loiro ao meu lado dar uma risada alta. 

— Yah, Kris! Você está dando em cima da minha menina!? — Tao perguntou bravo e eu me questionei quando foi que eu virei a menina dele. 

— Não, jamais que eu faria isso. 

Tao veio caminhando rapidamente ao meu encontro e de Kris e sentou-se no meio de nós dois com uma cara emburrada como uma criança mimada e eu dei risada. Ele era muito mais adorável do que parecia e eu me peguei sorrindo. 

— Está rindo do quê? — Perguntou sério, mas a maneira na qual ele falava era tão engraçada que eu não consegui parar de sorrir. 

— Nada. Você é engraçado. — Disse simplesmente e ele corou. 

De repente uma voz invadiu o lugar, fazendo o som presente no ambiente sumir e toda as atenções serem voltadas para uma única pessoa. 

— Yah, Juli! 

 

Uma voz extremamente conhecida por mim. 

Oh, Deus... Talvez a minha operadora estivesse funcionando perfeitamente bem.

 

 


Notas Finais


Eaí, eaí?
~~Guri é uma cidade mais ou menos 1:30h de Seul, pelo menos foi o que o Google Maps me informou KKKKK

Eaí, gente? O que acharam? Me digam, pfv~~~
Se verem qualquer erro me avisem~
Enfim, bjbj


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