1. Spirit Fanfics >
  2. Bloodstream >
  3. I - A chegada das noivas

História Bloodstream - I - A chegada das noivas


Escrita por: haruhios

Notas do Autor


Obrigado por todas as fichas, comentários e favoritos!
Aviso já que esse capítulo ficou meio bléeeee, porque vocês sabem, primeiros capítulos sempre são assim, já que é só uma descrição dos personagens e etc.
Perdão por qualquer erro e caso a sua personagem não tenha sido muito bem explorada neste capítulo. Procurarei usar bem a história e a personalidade etc, de cada uma durante toda a história.
Boa leitura!
Recomendo que escutem músicas da Avril Lavigne enquanto leem, porque eu escrevi ouvindo, então, pode dar mais emoção, sei lá!

Capítulo 2 - I - A chegada das noivas


Fanfic / Fanfiction Bloodstream - I - A chegada das noivas

Jade Aoki descia as escadas ansiosamente e cantarolando, como sempre.

Suas malas estavam espalhadas pela sala, tornando o cômodo apertado e fazendo com que Yumi, sua madrinha, tivesse que calcular antes de pisar no chão, — sem levar um tombo — mas ela estava feliz por Jade, afinal, não é todo dia que se viaja para o Egito, realizando um sonho de anos.

Claro que ela sentiria falta de sua quase filha, e embora ela não suporte a ideia de ficar 6 meses sem receber nem um telefonema sequer, ela sabia que era o melhor para a jovem; conhecer e amadurecer em um lugar novo, com pessoas novas. E iria esperar todo o tempo necessário para vê-la finalmente realizada.

—Madrinha, eu não posso acreditar que o dia finalmente chegou! — exclamou, animada e correndo para abraçá-la.

Yumi, que estava na porta da cozinha, quase caiu com o enorme pulo que Jade deu para abraçá-la, mas aquilo havia sido ótimo, ela se sentia amada e aquela sensação duraria por mais do que 6 meses; uma vida inteira.

Após alguns segundos naquela posição, Jade se separou, já se policiando para não chorar, ou fazer alguma citação clichê sobre as saudades que sentiria e etc.

—Bem... O carro chegará em alguns minutos, me ajuda a levar as malas até a porta? — pediu, sorridente.

 

 

—Tay, desce logo! — Ludmilla grita, cansada de esperar a amiga terminar de se arrumar — Você vai perder o voo!

—Calma! Estou indo, só preciso terminar de me identificar... — Taylor respondeu, com seu tom sapeca de sempre, com certeza, algo cômico desceria pela escada ao invés de uma garota normal.

Ludmilla resmungou algo sobre a demora, sendo acompanhada pelas outras garotas que também moravam ali.

Alguns minutos depois, ouviu-se um pigarreio do andar de cima, e todas presentes na sala encararam a escada, esperando a mais velha descer.

—Senhoras e senhores, aqui, com vocês: Taylor Devonne! — se anunciou, dando voltas de infinitos graus, exibindo o seu look que no mínimo era... curioso — Andem, aplaudam! — sorriu, provocante.

As meninas riram em uníssono ao observarem o vestido colorido — literalmente, haviam muitas cores ali — e seu chapéu com desenhos de unicórnios arco irizados.

—Você é louca de ir assim? — Dani perguntou, recuperando o fôlego.

—Sim. — ela respondeu, jogando os seus cabelos ruivos para trás e descendo as escadas com a sua última mala — Dizem que somos o que comemos. — ela se justificou, sendo alvo de olhares confusos — Como sou rara e diferente, sou o que eu visto! — arrancou risadas sarcásticas das amigas — Vamos, escravas, me ajudem a levar as outras malas até a porta. 

 

 

—Finalmente. — Hyo murmurou aliviada.

Desceu do carro de Tougo, recebendo um sorriso encorajador do motorista. Ela pegou suas malas e se dirigiu até a enorme — e velha — porta, respirando fundo antes de bater.

Virou-se para trás, vendo o carro dar partida, ficando sozinha novamente

Ela não entendia porquê um trabalho de modelo demoraria meses para ser concretizado, ou até mesmo, porquê deveria permanecer na mansão de seu novo chefe durante esse longo período, mas estava disposta a qualquer coisa para se tornar quem ela tanto sonha em ser. Até mesmo sair de seu país e viajar quilômetros e quilômetros para isso.

Foi retirada de seus devaneios, quando a porta foi aberta, sendo encarada por um jovem — muito bonito — que ajeitou seus óculos, antes de cumprimentá-la formalmente.

—Bom dia, senhorita Kim Hyo Jung.  — estendeu uma de suas mãos, sendo retribuído pelo mesmo ato vindo da jovem.

—Bom dia, senhor... — deixou em aberto, esperando que ele lhe dissesse seu nome.

—Perdão, meu nome é Reiji Sakamaki, sou o filho de seu futuro chefe. — disse sério, porém, com um certo humor na voz.

—Ah, sim, senhor Reiji. — ela sorriu, tentando ser simpática, afinal, aquilo era muito importante para ela.

Reiji a convidou para entrar e orientou o mordomo para que levasse suas malas ao quarto das "modelos", logo a levando até o quarto, para que descansasse depois da viagem.

Assim que ele fechou a porta para que ela se sentisse à vontade, ela decidiu observar o cômodo, que parecia ter sido decorado pela própria. Muitos móveis em tons pastéis e dourados bem agradáveis e as paredes eram azuis como os seus olhos; haviam outras duas camas além da sua, então, deduziu que aquele projeto seria demorado pelo número de modelos.

Retirou os seus sapatos, os deixando em cima da mala e deitou-se na cama escolhida, dando atenção aos seus pensamentos novamente.

Da última vez que havia aceitado um trabalho como esse, foi surpreendida pelo seu avô e o grande mercado da prostituição de modelos, o book — ou ficha — rosa. Tinha muito medo de se envolver com algo deste tipo novamente.

Mas, ela não poderia ser enganada novamente, certo?

E de qualquer maneira, ela não pretendia ficar nua na frente de ninguém, nem por todo o dinheiro, ou fama, do mundo. Isso não valia para ela.

Tentou mudar de pensamento, afinal, isso ela poderia descobrir quando as outras garotas chegassem, provavelmente alguma já saberia se houvesse um esquema por trás de toda essa formalidade.

Quase pulou da cama, quando a porta foi escancarada por uma garota, — que usava roupas incrivelmente chocantes — rindo alto.

—Caramba, eu não acredito que fui parar num casarão fantasma. — riu — Ah, onde você foi amarrar o seu cavalinho, Taylor? — a garota ruiva entrou, logo jogando o seu chapéu em uma das camas, a de Hyo — Ah, me desculpe! Eu não sabia que já haviam chegado as outras. — ela disse, sorrindo, mas recebeu um olhar confuso — Sou Taylor Devonne, americana. — se apresentou, enquanto Hyo se levantava.

—Ah, sim, perdão, eu demorei um pouco para entender o que você falava... Meu inglês não é muito bom. — Hyo estendeu uma mão, mas foi puxada por um abraço.

—Tudo bem, colega! — exclamou — Você viu que gato aquele vermelhinho? Bem, parece um tomate, mas tudo bem. — comentou, assim que se separaram, como se fossem amigas há tempos.

—Na verdade, eu só conheci um dos filhos do chefe. — Hyo disse, voltando a sua postura inicial.

—Ah, ok, eu só conheci 3. O ruivo gostoso; um com jeito de machão, mas que tem olhos rosa; e um bem engraçado do chapéuzinho. — ela disse, se dirigindo a sua mala.

Embora não tenha gostado da referência ao Reiji, Hyo não comentou nada, apenas retirou seu sapato de cima da mala e começou a organizar as suas coisas, já esperando que a próxima modelo também fosse uma garota extrovertida e do tipo "não estou nem aí para nada", como Taylor parecia ser.

[...]

Jade Aoki entrou no quarto desconfiada, afinal, era para ela estar no aeroporto e não nessa casa assustadora. Mas, o dono da agência disse que seu grupo só partiria no dia seguinte por problemas pessoais, o que era muito estranho.

Dentro do ambiente, estavam duas garotas e ela fez questão de apresentar-se, para tentar sentir-se menos deslocada.

—É... Bom dia, meninas, chamo-me Jade Aoki. — disse, sendo encarada por olhares confusos — Eu acho que vocês não são daqui... — murmurou pensativa, mas logo se arriscou em falar a língua "oficial" dos humanos — Chamo-me Jade Aoki, e vocês? — perguntou.

—Ah, sim, me desculpe, eu sou Taylor e americana, não falo a sua língua. — a ruiva respondeu, sorrindo e se aproximando — Tudo bem, Jay

Ninguém nunca havia chamado-a de Jay, muito menos uma desconhecida. Ela queria ter sido simpática, mas não tanto a esse ponto.

Jade respirou fundo e balançou seus cabelos escuros, se preparando para responder algo como: "Não dei-lhe essa intimidade", mas a garota de cabelos brancos quebrou o clima, apresentando-se:

—Eu sou Kim Hyo Jung, mas tu podes chamar-me de Hyorin. — estendeu sua mão, sendo retribuída pelo aperto de mão de Jade.

—Você não me disse que o seu apelido era Hyorin. — Taylor fez bico, resmungando.

—Eu também não te disse que tinhas direito. — Hyo murmurou em coreano, apenas sendo observada pelos olhos confusos e vagos violetas da ruiva.

 

 

Ayame Mashiba encarava confusa aquela outra garota, que estava no mesmo carro que ela, indo para o mesmo lugar, fazer a mesma coisa, mas que não fazia ideia de sua existência, até os últimos 50 minutos.

Quando descobriu que havia sido contratada para um trabalho como modelo, ela havia prometido que se tornaria uma pessoa melhor e deixaria de lado todo o seu passado, — incluindo a sua mania de crueldade e julgamentos — mas era difícil encarar a sua colega de trabalho — ou, concorrente — e não pensar mal dela.

Ayame estava sentada do lado oposto da futura colega, e com os vidros abertos, sentindo o vento soprar em seus cabelos negros e longos, embora sua franja continuasse intacta e tapando perfeitamente um de seus olhos azuis. 

Akame Touwa, estava encolhida no canto, também com a janela aberta, porém, não o suficiente para que seus cabelos — também escuros — voassem, como de sua colega, mas a sua franja custava para ficar no centro de sua testa por muito tempo, e ela ria internamente por isso.

Quando finalmente o motorista anunciou que haviam chegado no endereço, ambas suspiraram aliviadas, embora Akame não estivesse muito feliz de estar ali; apenas cumprindo o seu papel de senhorita Touwa, que deveria orgulhar e fazer tudo o que os pais desejavam, inclusive ser modelo.

Ayame foi a primeira a descer do carro, encarando incrédula a mansão assustadora em sua frente.

—Uau, esse tal de Tougo deve ser velho mesmo... — murmurou, rindo sarcástica.

Akame desceu do carro, também encarando a mansão — porém, com um pouco de medo — e logo concordou mentalmente com o comentário da colega de trabalho.

A de olhos azuis fitou e aproximou-se da imensa — e velha —  porta de entrada, pois nunca havia sentido medo, e não planejava sentir. Enquanto o motorista retirava as malas do carro, a outra se aproximou também, dando alguns toques e se assustando com a forma brusca e repentina com que a porta foi aberta. Mas não havia ninguém do outro lado.

—Como assim? — Ayame perguntou-se, incrédula e adentrando na casa sem pensar duas vezes.

—Ei, não podemos entrar nas casas alheias assim! — Akame arregalou os olhos.

—Ah, fique quietinha, pequena. — Ayame a encarou, com um sorriso malvado e Akame se contraiu.

—Não é como se você fosse a garota mais alta do mundo. — resmungou.

Ayame fez um sinal com as mãos e continuou andando, sem ser acompanhada pela menor.

Akame decidiu voltar para o carro e perguntar para o motorista se ele teria algum contato com Tougo, mas assim que deu as costas, alguém a chamou:

—Boa tarde, senhorita Akame Touwa. — ela se virou para ver quem era, e um jovem de cabelos escuros estendeu sua mão para cumprimentá-la.

Ela retribuiu o ato e o cumprimentou, logo descobrindo que seu era Reiji Sakamaki, o segundo filho de seu chefe.

—Reiji, você viu uma garota um pouco mais alta do que eu e com uma franja ridícula entrar? — perguntou.

—Não... Como assim, alguém veio com você? — perguntou.

—Sim, eu pensei que o senhor Tougo havia te informado...

—Bem, ele comunicou que as noivas chegariam, mas separadamente. — disse, pensativo — Talvez vocês residam perto uma da outra, algo do tipo.

—Perdão, "noivas"? — ela perguntou, confusa.

—Noivas? Queria dizer modelos, perdão. — corrigiu-se — De qualquer maneira, vou pedir para algum empregado procurá-la, venha, mostrarei o quarto onde permanecerá durante esses meses. — disse, logo depois orientando um empregado para que levasse suas malas.

 

Ayame passeava pelos corredores com a sensação de estar sendo seguida, embora não tivesse encontrado uma alma sequer naquele lugar imenso e digno de ser usado como cenário de filme de terror.

Encontrou uma porta, no final de um dos corredores que ela havia se metido, e abriu sem pensar duas vezes, observando o imenso cômodo, mais parecido com um laboratório.

—Isso não parece nem um pouco com um hotel para modelos. — murmurou, pensativa.

Haviam variados livros nas prateleiras, e frascos com líquidos coloridos, uma mesa de escritório e algumas poltronas, com uma mesa entre elas, onde tinham duas xícaras e um bule de chá.

Decidiu beber um pouco do líquido na xícara, — uma ideia bem... louca — pegando a xícara e bebendo o chá, que logo reconheceu ser calmante.

Não que ela entendesse, ou gostasse muito de chá, mas soube reconhecer rapidamente, porque sua mãe tomava muitos chás antes de dormir — os problemas de insônia a atormentavam, quando era viva — e a filha às vezes tomava com a mãe.

Foi retirada de suas tristes lembranças, quando ouviu o barulho da porta sendo aberta, e sem pensar duas vezes, largou a xícara na mesa e se escondeu no primeiro lugar que viu: a mesa de escritório.

—Como eu fui perder uma das noivas? — uma voz murmurou, em um tom decepcionado — Agora, se um daqueles descontrolados encontrarem a Mashiba... Ela pode descobrir tudo. — se aproximou da mesa, se escorando na mesma — Qualquer um deles iria querer prová-la... — murmurou — Não suportam ver carne nova, ou melhor, sangue novo... — continou, voltando a se movimentar, enquanto a garota se contorcia, para não ser descoberta — Daqui posso sentir o cheiro dela... Mesmo que possa ser confundido com o das outras... Ele parece ser bem original. — se aproximou da cadeira.

Ayame ficou paralisada ao ser encarada pelo — lindo — jovem, mesmo com aquele sorriso cruel que ele tinha no rosto e a assustadora maneira com que referiu-se ao seu cheiro, e ao seu sangue.

Reiji retirou-a dali e a sentou em cima da mesa. Com seu sorriso variando entre diabólico e cruel — embora fossem quase a mesma coisa. Ela estava tentando manter a calma e não entrar em desespero. Ele não iria estuprá-la, claro que não, ela poderia fazer o maior escândalo por isso!

—Ayame Mashibi, quem disse que poderia entrar assim em meu local de descanso? — perguntou, segurando fortemente seus braços.

—Que eu saiba, não estava escrito no contrato que eu não poderia entrar em todos os cômodos. — ela retrucou.

O jovem aumentou a pressão em seus braços, mas conseguiu se controlar e soltá-la.

—Um dos empregados já levou as suas malas para o seu quarto. Pergunte para aquela garota que estava com você onde é. — disse, dirigindo-se até a porta, que logo foi aberta.

—Só isso? — ela perguntou, sarcástica — Não vai me espancar porque eu entrei aqui?

—Terei muito tempo para isso. — ele respondeu, com um sorriso frio em seu rosto, mas Ayame decidiu considerar apenas uma provocação.

Saiu, suspirando aliviada. Não queria ver aquele cara novamente, muito menos morar na mesma casa por seis meses.

 

 

Yuuki Tainaka lia Romeu e Julieta, sentada no carro e segurando-se para não chorar de saudades. Embora soubesse que era muito melhor para ela ser adotada, não conseguia se acostumar com a ideia, e um pressentimento ruim continuava a perseguindo. Mas prometeu a si mesma que iria pensar positivamente — mas estava levando seus cigarros, caso tivesse uma recaída.

Tudo o que sabia sobre a sua nova família era que Tougo Sakamaki era um bom político, tinha seis filhos — que ela conseguiu falar por telefone umas duas ou três vezes —  e que ela teria que conviver com eles. Mesmo tendo conversado com o seu novo pai algumas vezes por telefone, aquilo não parecia ser o suficiente para que confiasse nessa família. Ela só descobriria se estava no lugar certo com o tempo.

Assim que o motorista anunciou a chegada, ela tirou seus olhos levemente acinzentados do livro e os pousou na enorme e tenebrosa mansão, sentindo um calafrio.

—Meu novo lar. — pensou alto.

O motorista a ajudou com as malas, enquanto ela se dirigia até a porta, dando um toque e logo sendo atendida pelo seu irmão, Reiji.

—Bem-vinda, irmãzinha. — Reiji sorriu sarcástico, mas Yuuki não reparou em nada além da mansão.

—Obrigado, Reiji. — sorriu inocente, entrando na mansão.

Yuuki estava encantada com a decoração antiga e clássica da enorme casa, seria o cenário perfeito para longa metragens de seus romances favoritos do século dezenove — ou até do século quinze, ah, se ela soubesse... 

Reiji decidiu levá-la até o quarto, como se realmente fossem tornar-se irmãos e ele tivesse o dever de faze-la se sentir confortável em seu novo lar. Assim que ela entrou no cômodo — enorme e decorado da mesma maneira que o resto da casa — sentiu-se angustiada, porque teria que ficar sozinha ali. Não haveriam mais tantos amigos para dividir o quarto, como no orfanato.

Percebendo a expressão triste da garota, Reiji perguntou:

—O que foi? Algo não a satisfez? 

—Não, eu amei... Mas... não sei se conseguirei dormir sozinha. — falou tímida.

Eu posso dormir com você, irmãzinha. — uma voz, que não era a de Reiji, disse em um tom malicioso, fazendo Yuuki corar e virar-se rapidamente para a porta, vendo um jovem de chapéu e com olhos verdes hipnotizantes.

—Laito, não seja tão... petulante. Ela é a nossa irmã. — Reiji bufou, ajeitando seus óculos.

—Ok, melhor irmão do mundo, tratarei a nova Sakamaki como trataria a minha noiva — disse, erguendo os braços e recebendo um olhar intimidador do irmão — com muito respeito, amor e carinho. — se aproximou de Yuuki, que já estava totalmente vermelha — Me responda, irmãzinha, quer que eu durma com você? — sussurrou em seu ouvido, logo lambendo o pescoço da garota.

—Laito! — Reiji o puxou rapidamente — Bem, então você poderia ficar no mesmo quarto que outras duas garotas estão. Elas são modelos, trabalham para Tougo, e vão ficar aqui por um longo período. 

 

 

Durante o resto da tarde, as modelos e intercambistas terminavam de arrumar as suas coisas e de apresentar-se para as outras, causando um grande tumulto no andar de cima, já que os dois quartos estavam fazendo um grande barulho.

Elas comentavam sobre como Reiji era, já que era o único que irmão que a maioria conheceu, mas não perguntaram nada relacionado ao intercâmbio — que Jade e Taylor estavam acreditando participar — e ao trabalho — que Ayame, Akame e Hyo supostamente iriam fazer —, mas todas sabiam sobre a adoção de Yuuki Tainaka, já que Reiji havia anunciado para as novas companheiras de quarto.

É claro que nem todas haviam se dado muito bem, afinal, eram seis garotas cheias de personalidade e com ilusões de rivalidade.

Ayame não havia gostado muito de Akame, o que já era de se esperar, depois que ela contou para Reiji que ela havia entrado na mansão sem permissão — o que causou aquelas marcas vermelhas em seus braços, que ela não contou a ninguém o motivo — e também porque a garota parecia ter uma personalidade parecida com a sua, embora seja um pouco menos valente. Mas, havia gostado de Yuuki e Hyo, que pareciam ser as mais gentis e menos complicadas dali. E quem não havia gostado dela? Jade Aoki, afinal, ela detestava pessoas tão "revoltadas" com a vida como ela era, e Yuuki tinha um pé atrás com ela, já que não fazia muito o seu tipo; ser tão provocadora.

Bem, então, Ayame parece ter sido a primeira a causar discórdia entre as garotas, isso porque nem sabiam sobre o atrevimento e risco que ela correu, entrando em um lugar que não deveria. Mas, mesmo tendo odiado aquele cara idiota, ela não iria afastar-se, pelo contrário, adorava aproveitar-se desse tipo de pessoa e iria provocá-lo.

—Ele parece ser o mais responsável dos seis, um amor! — Hyo comentou, enquanto terminava de guardar seus sapatos no armário.

As outras quatro assentiram, concordando com o comentário, mas Ayame apenas revirou os olhos, sentada na cama de Hyo e dando atenção ao seu jogo no celular.

—Com certeza, além de bonito, é bem formal, dá uma vontade de arrancar a roupa dele e... — Taylor murmurou, alto o bastante para que todas as garotas ouvissem e rirem fraco.

—Bem, eu não quis dizer isso. — disse Kim Hyo, ficando um pouco vermelha.

—Ah, mas você também não discorda, né? — perguntou, maliciosa e se aproximando da colega — Ande, Hyo, assuma que já está caidinha por ele. 

—O quê? Eu mal conheço o cara! — ela exclamou, incrédula, enquanto as outras apenas observavam, sentadas nas camas.

—Tudo bem, tudo bem... — Taylor riu — Bom, estou morrendo de sede, vou me perder até encontrar a cozinha, beijos, asiáticas. — disse, dirigindo-se até a porta e saindo em seguida.

O corredor já estava um pouco mais escuro, já que a noite aproximava-se, e Taylor se preocupava com o fuso horário, já que demorariam dias até que ela conseguisse dormir durante a noite do Japão.

Ela caminhava pelo corredor, sem saber que estava indo para o lado errado, só via portas e mais portas, perguntando-se quantos quartos haviam ali. Foi preciso chegar até o final do corredor, para se dar conta que a escada ficava do outro lado.

Suspirou fortemente, soprando sua franja ruiva, e voltou a andar — agora, indo na direção certa. Mas tendo a sensação de estar sendo seguida, embora não visse nada, quando virava-se para encarar o que havia atrás de si.

—Pare de ser paranóica. — murmurou para si mesma, finalmente avistando a escada — Como eu não vi isso antes? — perguntou-se em um tom incrédulo, afinal, a escada era grandiosa, como tudo na casa.

Desceu as escadas, reparando que os cômodos de baixo também estavam escuros, ignorando tudo isso, seguiu procurando pela cozinha. Assim que encontrou, suspirou novamente, aliviada, e pegou um copo no armário para beber água. Logo retornando para a porta da cozinha, querendo sair o mais rápido possível dali.

Mas, assim que foi abrir a porta, o vampiro ruivo apareceu em sua frente, — sério, literalmente, apareceu do nada — com um sorriso malicioso, anunciando que não faria coisas boas.

—Ah, olá, ruivinho gostoso. — ela disse, sorrindo — Poderia me dar licença? 

—Quero o seu sangue antes. 

—Uau, você é um vampiro? — ela perguntou e ele riu fraco como resposta — Que bom, porque eu sou uma garota zumbi e quero o seu cérebro! — exclamou, em tom de brincadeira, logo rindo, mas sem ser acompanhada pelo ruivo.

Ele a encarava, ainda com o seu sorriso malicioso, e aproximando-se cada vez mais da jovem, que finalmente percebeu que ele estava falando sério.

—Não, cara, você é um vampiro mesmo? — perguntou séria, logo se afastando, mas o jovem segurou seus dois pulsos.

—Estive esperando o dia inteiro por isso. — ele murmurou — Você não pode fugir de mim — sussurrou, causando um arrepio na garota — E mesmo se fugir... Eu vou encontrá-la. — lambeu seu pescoço e a sentou no balcão da cozinha, enquanto ela se debatia inutilmente.

—Eu vou gritar, Ayato, não ouse! — ela exclamou, mas o vampiro ignorou.

—E o que humanas fracas poderiam fazer contra mim? — ele perguntou desinteressado, voltando a atenção ao pescoço da jovem — Se você ficar calminha, eu posso ir devagar... — sussurrou novamente e cravou suas presas sutilmente no pescoço da garota, que gemeu de dor.

Mas logo ele também gemeu de dor — e olha, talvez uma dor maior do que a da garota.

—É isso que humanas fracas podem fazer, sua aberração! — ela exclamou, pulando do balcão e saindo correndo da cozinha.

Taylor subiu as escadas correndo e entrou no quarto, onde as outras garotas permaneciam, e foi recebida por olhares assustados.

—O que aconteceu, Taylor? —Yuuki perguntou, quase pulando da cama, ao ver o pescoço de Taylor sangrando.

Levou suas mãos até a ferida e correu até o espelho, paralisada e impressionada. Encarou o seu reflexo por alguns segundos e logo pronunciou:

—Vampiros... — falou fraca.

—O quê?

—Como assim?

—Quem fez isso com você?

—Você quer dizer que existem vampiros nessa mansão?

—Não brinque com isso, Taylor!

—Eu vou chamar o Reiji. — Yuuki disse, levantando-se e dirigindo-se até a porta, mas foi interrompida pelo próprio.

—Não precisa, eu já estou aqui. — falou, aproximando-se de Taylor.

—Ela disse que foi atacada.

—O que aconteceu?

—Reiji, vampiros existem?

—Aonde está indo com ela?

—Um dos empregados virá chamá-las para o jantar. — essa foi sua resposta, logo em seguida, levando Taylor para longe dali.

Ela quase estragou tudo.

Quase.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Se sintam livres para comentarem o que quiserem (claro que com educação) e darem a opinião de vocês, primeiras impressões e etc.
Obrigado por ler, boa tardeeeeeeeeeee! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...