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História Blue Night - Capítulo 4


Escrita por: LuthorMC

Notas do Autor


Apresento a vocês o Lorenzo.

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Blue Night - Capítulo 4

Lena mordeu o lábio inferior ao ter que negar o convite que recebeu.

- Não fique assim rainha, marque para outro dia. _ Will, tentou anemizar a situação para amiga, os dois estavam sentados em uma cadeira na cozinha, era hora do almoço.

- Você está certo. _ ela suspirou chateada, não era o que ela queria de fato fazer e sim correr para os braços da loira alta de olhos da cor do céu.

- Quer repetir o beijo neh. _ Lena tapou a boca do amigo com as duas mãos para que ninguém mais ouvisse o que ele dizia, o ataque de desespero dela foi o suficiente para que ele caísse na risada, chamando a atenção de todas as meninas que estavam entrando pela porta interna.

- Será que posso saber o motivo de tanta felicidade? _ Lucy perguntou enquanto se sentada ao lado de duas dançarinas Leticia e Vivian. Lena escondeu o celular e deixou para responder a mensagem depois, quando estivesse sozinha.

Rojas, se aproximou dos amigos se sentando ao lado do Will, pegou um pão quentinho da cesta e uma faca para passar a mistura, a conversa entre os três rendeu altas risadas e confidencias sobre a noite do amigo com seu mais novo namorado. Ele estava se sentindo nas nuvens.

A duas mulheres ao seu lado o abraçaram cada uma de um lado o enchendo de beijos, mostrando o quanto estavam felizes com a notícia.

- Só tem uma coisa. _ Andrea Levantou a mão, chamando a atenção para si. – Ele tem que vir pedir a autorização, não é assim, só chegar e ir levando o coraçãozinho mole do meu amigo.

- Faço da suas as minhas palavras And. _ a morena também se posicionou cruzando os braços e fazendo cara de mau.

- Tudo bem, marcamos um encontro entre vocês, e deixo que me envergonhem na frente dele. _ ele sorriu com as caretas que elas fizeram.

Kara estava deitada em sua cama, ainda tinha alguns minutos vagos antes de ir para o consultório, sorria sozinha para o celular ao ler cada mensagem que recebia da morena, rolou na cama como uma adolescente apaixonada ao abrir uma nova mensagem. A lembrança daquele beijou fazia parte de seus sonhos todas as noites, Monel estava fora da cidade a serviço e isso facilitava para que o sorriso doce de Kara fosse ouvido pela casa, coisa que deixava Maria radiante ao ver sua menina feliz de novo.

- O que acha de irmos almoçar amanhã? hoje estou ocupada. _ Lena respondeu o convite omitindo o motivo.

- Por mim, perfeito. _ mordeu o lábio inferior e corou antes de enviar a mensagem. – Queria pode te ver novamente.

- Acreditaria se te disser que senti sua falta? _ Lena sentiu seu coração saltitar ao se lembrar do última vez que estiveram juntas.

- Acredito, porque sinto o mesmo. _ o sorriso dela era capaz de rasgar seu rosto.

- Vamos fazer assim, amanhã eu prometo te recompensar. _ a Luthor não conseguia disfarçar seu sorriso enquanto se preparava parra subir ao palco para ensaiar.

- Aonde vamos? _ Kara perguntou.

- Já que o convite é seu, deixo escolher. _ Kara leu a mensagem e apoiou seu queixo na palma de sua mão e seu sorriso se intensificou quando teve uma ideia.

- Então será uma surpresa, posso buscar você em casa?

- Podemos nos encontrar no parque? _ a vontade de ver Lena era maior do que qualquer coisa que Kara não questionou o porquê não poder buscá-la em casa.

- Perfeito, as onze horas? _ esperou pela reposta. – Tenho que sair agora, tenho paciente em uma hora.

- Tenha cuidado ao sair, e bom serviço. _ Lena era sempre carinhosa quando as duas finalizavam uma conversa e Kara amava esse jeitinho todo Lena de ser, desde o dia que foram ao cinema as duas não se viram mais, mas conversavam todos os dias.

- Lena, vamos dançar? _ Will chamou atenção da amiga batendo palmas, já que ela não largava o celular.

- Disfarça. _ Andrea resolveu pegar no pé dela que estava sorrindo.

- Como vocês são chatos. _ revirou os olhos deixando o celular de lado.

- Isso vai da casamento. _ Will voltou a pegar no pé dela.

- Só sei que sou a madrinha. _ levantou a mão se anunciando quando foi interrompida por ele

- Só se for ao meu lado querida. _ ele colou a língua para a latina. – E aí quando vão se ver de novo? _ se virou com as mãos na cintura esperando pela resposta.

- Amanhã. _ os três deram pulinhos de felicidade. Do outro lado da porta, estava o segurança sorrindo feliz pelos três que festejavam do lado de dentro.

Após finalizar a conversa entre elas, Kara desceu as escadas sorridente indo em direção a Maria que guardava uma jarra de suco de laranja dentro da geladeira, ela se virou para a mais nova ainda segurando o recipiente.

- Quer um pouco? Está fresquinho.

- Não, já estou de saída, só vim lhe dar um beijo. _ ela abraçou a mais velha a apertando em seus braços. – E preciso lhe pedir um favor.

- Preciso conhecer a dona desse sorriso. _ Maria era uma mulher muito inteligente, nada passava despercebido por ela. – Eu sei minha filha, não precisa ficar com essa cara de espanto, e seu pai não está em casa por isso falei com tanta tranquilidade. _ a loira sorriu aliviada, não queria uma guerra mundial dentro de casa.

- Preciso que mande, alguém ir limpar o meu apartamento. _ ela segurou as mãos que sempre a enchiam de carinho. – Ele está a muito tempo fechado, mande fazer uma faxina preciso dele pronto para amanhã. _ estava decidida. - Tenho um almoço para preparar.

- Você vai cozinhar? Tem certeza minha filha? _ Maria sorriu do bico que a outra fez. – Tenho certeza de que essa não é a melhor tática para conquistar alguém.

- Maria. _ um bico maior ainda apareceu.

- Você é uma ótima médica, mas um desastre na cozinha. _ ela apertou as bochechas da mais nova. – Deixe o almoço comigo tudo bem?

- Você é a melhor. _ abraçou novamente a governanta e saiu para o trabalho antes que se atrasasse mais.

***

A noite em São Paulo era sempre badalada, por restaurantes e estabelecimentos com músicas ao vivo, pessoas de todas as idades eram encontradas aproveitando o que a cidade tem de melhor para oferecer. Quem passe pela frente do estabelecimento tinha uma vaga ideia do que estava acontecendo do lado de dentro pelo letreiro, uma música alta e sexy saia das caixas de som espalhadas pelo teto, o local estava escuro e apenas as luzes vermelhas, azuis, roxas e verdes bailavam pelos rostos ali presentes iluminando o local, os garçons caminhavam entre as mesas atendendo a todos os clientes, alguns executivos estavam sentados em poltronas ou bancos de couro cada um deles com uma bela mulher quase nua em seu colo.

Alguns casais eram mais reservados já outros não tinham pudor alguns dobre o que faziam.

Todos ali apenas aguardavam o momento mais esperado da noite, quando a italiana daria a eles o prazer de sua performasse. Lena estava pronta atrás da grande cortina pesada que cobria uma boa parte do palco, esperando sua deixa para começar a apresentação.

Fumaças foram laçadas, e uma luz azul direcionada ao palco quando a música escolhida para a noite I Don’t Wanna Live Forever começou a tocar, todos os clientes e funcionários pousaram sua atenção em direção as cortinas negras que aos poucos se moviam revelando quem estava logo atrás

Lena surgiu deitada em um sofá negro com sua cabeça apoiada em sua mão esquerda, os olhos verdes lançavam um olhar hipnotizante, seus cabelos negros estavam maiores que o normal e caiam em cascatas sobre seus ombros, o traje da noite era um vestido medieval de ceda na cor azul com detalhes roxos, estava vestida como a realeza da idade média, detalhes bordados em linhas douradas complementavam o vestido, uma tiara com pedras preciosas caiam do meio de seus cabelos finalizando em sua testa, brincos que reluziam combinavam com seu traje e um véu fino transparente na cor azul fazia parte do look da noite, todos estavam boquiabertos com sua beleza e sedução que ela exalava mesmo ali deitada em um sofá.

Been sitting eyes wide open

Behind these four walls

Hoping you'd call

It's just a cruel existence

Like there's no point hoping at all

Lena estava linda, incorporou seu personagem e ao ritmo da música ela se sentou no sofá, afastou as pernas descendo seus ombros para que suas mãos tocassem seus pés, seus cabelos escorregaram para o lado enquanto com toques suaves retirou seus saltos os deixando de lado.

Baby, baby, I feel crazy

Up all night, all night and every day

Give me something, oh, but you say nothing

What is happening to me?

Já descalço se levantou do sofá com delicadeza, cada movimento era ensaiado, seus quadris se moviam ao toque da música, com o véu transparente em suas mãos moveu seus braços passando leveza e sensualidade para a dança, dois homens que estava em frente ao palco, jogaram uma rosa cada um para presenteá-la, ela virou de costas para eles dando continuidade a apresentação. Os gritos entusiasmados eram ouvidos pelos quatro cantos do salão.

Ela jogou seu quadril para a direita seguindo a batida da música depois jogou para esquerda, seus baços. Se virou para a plateia em movimento delicados segurando o véu com a pontas dos dedos, bailou o pequeno tecido sobre seu rosto revelando somente seus olhos verdes que brilhavam junto com a jóia em sua cabeça.

Ela era graciosa em cada movimento, e sem que alguém esperasse jogou o tecido perfumando para os clientes, um deles o pegou eufórico apertando em suas mãos fortes e levando ao rosto sentindo a fragrância.

I don't wanna live forever

'Cause I know I'll be living in vain

And I don't wanna fit wherever

I just wanna keep calling your name

Until you come back home

I just wanna keep calling your name

Until you come back home

I just wanna keep calling your name

Until you come back home

- Linda. _ um dos clientes gritou erguendo sua cerveja, Andrea estava acompanhado por um milionário que visitava a casa quando estava na cidade a trabalho. Will estava no bar, roendo a unha de ansiedade, ele sabia que a morena era a melhor e mesmo assim sempre ficava nervoso a cada apresentação.

I'm sitting eyes wide open

And I got one thing stuck in my mind

Wondering if I dodged a bullet

Or just lost the love of my life

Lucy estava sentada no colo de um cliente que ela odiava, já ele a adorava porque sempre procurava por ela. A expressão de inveja no rosto dela ao assistir há apresentação não passou despercebido nem por ele.

Lena continuou sua apresentação e com delicadeza cada peça do seu vestido ia ficando pela chão revelando uma parte da sua pele macia, quando a última estrofe da música foi cantada pelo salão, a italiana encerrou sua performance vestido apenas uma calcinha e sutiã negros como seus cabelos.

As cortinas negras cobriram o palco novamente escondendo seu corpo semi nu, aplausos podiam ser ouvidos do camarim da italiana, Lena pegou um robe que esperava por ela para cobrir seu corpo, Will correu de encontro a amiga segurando suas roupas que tinham ficado em cima do palco.

- Linda como sempre. _ ele a elogiou.

- Preciso descer hoje. _ falou retirando as jóias de seus cabelos olhando para o seu espelho enquanto falava.

- Hoje a casa está lotada, tem certeza? _ ele ficou preocupado a atitude dela.

- Sim, não posso perder uma oportunidade como essa. _ Zorel estava presente naquela noite, não só ele assim como alguns amigos, enquanto Lena dançava seus olhos verdes estavam presos a mesa ao fundo do salão, onde ele sorria e bebia com alguns homens, que pelo que pareciam era mais alguns dos seus capangas.

- Lena. _ Will tentou adverti-la.

- Não vou fazer nada de mais, apenas preciso chegar o mais próximo possível para ouvir algo. _ ele sabia que não iria conseguir fazer com que ela mudasse de ideias.

- Tudo bem, você um dia ainda vai me deixar de cabelos brancos. _ ele ergueu as mãos balançando contrariado e ela sorriu beijando o rosto dele. – Monel esta pela casa, sabe que se ele te vê vai ficar em cima. _ ela revirou os olhos, tinha nojo do homem que sempre tentava com gracinhas levar ela para cama.

- Esse é um sonho que ele nunca vai realizar. _ a morena falou convicta do que dizia. – Ele pode ter dormido com todas as meninas da casa, mas eu jamais. _ ela terminou de se vestir e saiu deixando Will admirando suas costas.

A Luthor saiu de seu camarim, e sem ser notada caminhou entres as mesas, podia ouvia as conversas de algumas colegas com clientes, mas nada que lhe interessasse. Monel, estava sentado em um sofá ao lado do de Zorel, Vivian estava sentada em seu colo enquanto as mãos do homem acariciavam suas coxas, foi inevitável revirar os olhos.

- piccolo uomo spregevole. _ por conta do som alto de dentro da boate, ninguém pode ouvir suas palavras e alguns não entendiam o italiano mesmo, sorriu a esse pensamento.

A morena pegou uma taça com martini da bandeja de um garçom que se aproximou dela, em agradecimento o jovem recebeu uma piscadela da amiga. Andrea passou no momento exato por ela e Lena segurou em seu braço pedindo que a amiga ficasse um momento a sua frente, sem protestar ela obedeceu.

Lena estava a alguns passos de distância de Zorel, tinha uma boa visão de sua mesa conseguia ver alguns papeis sobre o móvel, algum tipo de contrato que ele analisava enquanto outro homem vestido em um terno preto segurava uma caneta na esperança de que o assinasse.

- Sai chi sono? _ ela perguntou a amiga, que estava entre os clientes desde a abertura da boate. Andrea olhou para onde a amiga olhava.

- Proibiu que qualquer uma das meninas se aproximassem da mesa deles, e somente o César pode servir as bebidas. Lena ficou ainda mais curiosa para descobrir o que tanto eles estavam planejando. Ela se virou fingindo conversar com algum cliente que estava passando na hora, quando Zorel passou por trás delas. Respirou aliviada por não ter sido notada.

- Conseguiu ler? _ Andrea estava curiosa.

- No, è un contratto, ma che dire? E detto da lui sappiamo che non va bene. _ a morena deixou seus ombros caírem derrotada.

***

No dia seguinte Maria e Kara entraram em casa sorrindo, as duas tinham ido ao apartamento da mais nova para os últimos retoques da surpresa.

As duas mulheres ansiavam pelo horário do encontro, Kara dançava pelo quarto enquanto escolhia a roupa perfeita, para rever aquelas esmeraldas brilhantes, tudo estava como o planejado o apartamento foi limpo e decorado com algumas flores para dar vida ao ambiente.

Maria bateu na porta e esperou pela resposta para entrar.

- Entre. _ Kara falou, enquanto passava um batom clarinho em seus lábios, a governanta abriu a porta sorrindo com a imagem à sua frente.

- Está lindíssima. _ se aproximou da médica arrumando a gola do seu blazer branco.

- Estou nervosa. _ confessou como se fosse seu primeiro encontro.

- Por quê? Ela com toda certeza vai amar. _ encorajou-a.

- Não sei, a Lena mexe comigo e me sinto uma adolescente se descobrindo de novo.

- Confie no que sente, que tudo dará certo. _ Maria baixou o olhar, não queria tocar nesse assunto, e Kara percebeu a hesitação. Esperou que ela criasse coragem para falar. – E o Monel minha filha? Você sabe que não gosto dele, mas não quero que você se sinta culpada por algo.

- Está certa como sempre, Mariazinha, assim que ele voltar de viagem, irei por um ponto final nessa história. _ suspirou - E terei que conversar com o senhor Zorel, que Deus me ajude.

- Agora vá, não deixe a bela moça lhe esperando. _ Maria sorriu para a outra que pegava sua bolsa e saia sorridente do quarto.

Lena já estava no parque como o combinado, tentava conter a emoção de rever a médica de novo, seu sorriso se iluminou quando o carro branco da médica estacionou ao seu lado.

- Demorei? _ perguntou ao baixar o vidro da janela do carro.

- Não, cheguei a pouco. _ Kara desceu do carro e deu a volta abrindo a porta para Lena se acomodar no banco do carona. – Obrigada. _ agradeceu prendendo o cinto de segurança.

- Preparada?

- Sempre. _ Kara sentiu na voz dela o quanto ela se sentia segura ao seu lado.

- Trouxe um presente para você. _ Kara se esticou para o banco traseiro pegando um pacote embrulhado com um laço vermelho e entregou nas mãos da morena.

- Obrigada. _ Lena estava emocionada com o gesto, e como uma criança empolgada rasgou o pacote seus olhos brilharam ao encontrar um livro. - O Otelo Brasileiro de Machado de Assis, eu amei. _ Lena se esticou no banco beijando o rosto da outra em agradecimento. – Já estou ansiosa para ler.

- Fico feliz em ter acertado no presente, vamos? _ recebeu um aceno como resposta, Kara ligou o carro e acelerou seguindo para a estrada. - Pode escolher uma música se quiser. _ Lena aceitou e ligou o radio escolhendo uma música que lhe agradasse.

Meia hora mais no trânsito caótico de São Paulo, Kara estacionou o carro em frente ao condomínio onde residia seu apartamento, Lena desceu do carro olhando para cima, a procura do fim do edifício gigante a sua frente, com toda certeza aquela parte da cidade residia somente a classe alta da sociedade, tudo ao seu redor denominava muito luxo.

- Vamos? _ Kara estendeu sua mão para ela que aceitou cruzando seus dedos nas mãos fortes, Lena estava visivelmente encantada com tudo ao seu redor, dentro do elevador, Kara apertou o botão do décimo segundo andar a cobertura e se escorou no metal ao lado da menor. – Está com fome?

- Sim, você vai cozinhar? _ ela ergueu a sobrancelha direita, esperando pela reposta.

- Não tenho esse dom. _ fez um bico adorável, que Lena teve que controlar a vontade de morder ela. – Mas não se preocupe, está tudo preparado. _ confessou. – Não fui eu exatamente quem cozinhou, mas ajudei. _ falou orgulhosa.

- Tenho certeza de que vou adorar. _ o elevador parou no andar solicitado e as portas de metais se abriram, dando espaço para as duas saírem de dentro dele, Lena pode notar que cada andar continha um apartamento.

No fim do corredor tinha uma porta de madeira talhada muito bonita e ao seu lado um vaso enorme com uma flor de nome desconhecido pela morena, Kara abriu a aberta dando espaço para que a outra entrasse primeiro, e novamente sua expressão foi de surpresa, tudo estava extremamente organizado e decorado com algumas flores de diversas cores, o aroma que exalava pelo ambiente era de casa e aconchego, Lena se permitiu fechar os olhos e deixar a emoção tomar conta.

Kara se aproximou da mesa arrumada para duas pessoas, puxou a cadeira para ela se sentar, Lena caminhou até ela aceitando a gentileza, Kara pegou a bolsa pequena a deixando sobre o balcão, e pegou um buque de flores sobre o mármore que a estava esperando, voltou a se aproximar da mesa.

- Não sabia qual era sua flor preferida, e como acho rosas um tanto clichê, espero ter acertado. _ Lena se viu presa nas garras do sorriso da loira.

- Flores do campo são as minhas preferidas, também acho rosas um tanto clichê. _ retribuiu o sorriso luminoso e com delicadeza puxou a loira para se abaixar e assim poder depositar um beijo em seu rosto. – São lindas, obrigada. _ levou as flores ao seu rosto aspirando o perfume delas.

O almoço decorreu agradável, Lena se sentia bem na companhia de Kara que a todo momento conseguia lhe roubar um sorriso ou a fazer corar com seus elogios. A conversa fluía com facilidade entre elas que esqueciam do mundo la fora.

Lena se deliciou com a lasanha feita por Maria com a ajuda de Kara.

- Posso garantir que é uma das melhores que já comi. _ passou a língua em seus lábios retirando um pouquinho do molho que ficou ao lado da boca.

- Fico feliz, que tenha agradado uma italiana com minha lasanha. _ sorriu bebendo um pouco de suco optaram por não beber vinho, Kara teria que dirigir mais tarde. - Posso ver uma foto do Lorenzo? _ a cada dia que passava, Kara conseguia conquistar um pouquinho a mais a morena quando ela se referia ao seu filho.

Lena se levantou pegando seu celular dentro da bolsa em cima do balcão da cozinha e se sentando ao lado da loira, abriu sua galeria de fotos e mostrou algumas fotos do pequeno.

- Como ele é lindo Lena, vontade de aperta essas bochechas. _ Kara estava encantada com a criança. – Olha esses olhos. _ Kara se derretia.

- Foi a única coisa que ele herdou de mim. _ sorriu. - Meus olhos. _ Kara parou de encarar o celular e pousou sua atenção na morena.

- Ele é parecido com o pai?

- Sim, digamos que só servi de barriga de aluguel. _ Lena sorriu. – A mãe os carrega por nove meses e nascem a cara do pai. _ revirou os olhos.

- Desculpa a pergunta, mas onde ele está? _ Kara era muito curiosa quando o assunto era a vida de Lena.

- Não tem o que se desculpar, pode me perguntar o que quiser.

- Lena não diga isso, ou vou quer saber tudo. _ sorriu envergonhada.

- Pois pergunte, e sobre o pai dele, eu sou viúva. _ Kara ficou espantada.

- Desculpa, não quero trazer histórias doloridas para você. _ a loira ficou arrependida de fazer Lena se lembrar de momentos doloridos de sua vida. Lena segurou as mãos da loira a tranquilizando.

- Kara, está tudo bem. Já aprendi a lidar com essa situação. Me lembrar do Enrico me trás lembranças boas, tivemos um filho lindo e hoje ele faz parte do meu passado. _ ela viu que a outra continuava se jeito. – Ele era policial, um dos melhores e morreu para salvar a vida da minha melhor amiga, que é madrinha do Lorenzo. _ ela olhou para o celular onde mostrava a foto do filho. – Pode continuar com suas perguntas. _ ela sorriu.

- Minha melhor amiga, também trabalha na polícia, Alex, aquela que eu encontrei quando nos conhecemos na cafeteria lembra?

- A ruiva bonita? _ Lena notou um os azuis mudarem de tonalidade.

- Sim, a ruiva bonita. _ falou com desdém, estava com ciúmes, algo que fez Lena sorrir.

- Você é muito mais. _ Kara corou até as raiz dos cabelos com a declaração.

- Vamos voltar a nossa conversa, antes que eu morra de vergonha. _ o som da gargalhada da morena soava pelos cômodos do apartamento.

- Você me disse que morou na Itália, quando voltou?

- Fui para a Itália com nove anos, e faz exatamente uns dois anos que estou de volta. _ ela pegou sua taça sobre a mesa e bebeu mais um gole do seu suco. – Agora vamos falar sobre você.

- Manda. _ Kara se ajeitou na cadeira, se preparando para as perguntas que viriam.

- O que te faz feliz? _ por essa ela não esperava, estava ciente de que Lena iria perguntar sobre Monel.

- A minha profissão me faz feliz, quando estou em uma sala de cirurgia e sei que posso salvar vidas, isso me gratifica, me sinto extremamente realizada.

- Posso dizer que te entendo, claro que não sou médica, mas a minha profissão me permite por atrás das grades quem merece. _ a emoção estava na voz da Luthor.

- Qual área da advocacia você trabalha?

- Direito Penal. _ preferiu mudou de assunto. – E a sua família? Tem irmãos? _ queria saber mais.

- Bom, vivo com meu pai por enquanto, eu morava aqui nesse apartamento quando sofri um acidente com minha mãe, onde ela não resistiu e desde então moro com meu pai para não ficar sozinha, mas tenho pensado sobre voltar para cá. _ olhou ao redor da casa. – Sou filha única.

- Qual era o nome dela?

- Alura. _ Kara se sentiu nostálgica. - Tenho certeza de que você iria amar conhecê-la. _ Kara sorriu ao imaginar a mãe interagindo com a morena. – Sou suspeita para falar, mas ela era a melhor mãe do mundo.

- Acredito, ela fez um ótimo trabalho. _ Lena colocou uma mexa de cabelos loira atrás da orelha dela.

- E estou com muita vontade de fazer uma coisa, será que você me permitiria? _ a morena sorriu, também queria a mesma coisa que ela e com um sorriso tímido Lena se aproximou.

Sentiu os lábios doces da médica pousarem sobre os seus, o toque foi tão sutil que Lena sentia como se asas de uma borboleta lhe tocassem os lábios, Kara escorregou da cadeira, puxando o corpo da outra contra o seu e aprofundou o beijo, um suspiro escapou anunciando a profundidade daquele toque.

Lena arranhou o couro cabeludo da outra com suas unhas curtas, sentindo a macies dos cabelos dourados em seus dedos, Kara mordeu o lábio inferior dela puxando com os dentes, quando estava com Lena perdia a razão. Esquecia tudo a sua volta e principalmente do noivo.

Somente a falta de ar fez com que o beijo cessasse, a advogada encostou sua testa na da médica permitindo que seu coração se acalmasse. Kara tocou de leve o rosto dela, fazendo círculos com as pontas dos dedos acariciando as bochechas vermelhas, sentindo a suavidade da sua pele macia, Lena fechou os olhos sentido o carinho que fazia sua pele se arrepiar a cada toque.

 



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