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História Body - Magnífico


Escrita por: GiH_SanRosa

Notas do Autor


Boa Leitura, Puddin's!

P.S.: Considerem os personagens do jeito que vocês quiserem. Coloquei o Shawn Mendes de Armin porque olhei para ele e vi alguma coisa Armindoinica (eu, ein!)

Já esse cara, alguma coisa ( não sei se foi a mão com a manga maior ou o formato do rosto, ou até a roupa), mas em algum lugar tem um Lysandre nele.

Capítulo 3 - Magnífico


Fanfic / Fanfiction Body - Magnífico

— Então, filha, como foi? Conheceu algum garoto bonito?

— A escola é enorme e maravilhosa e, a propósito, já estreei a sala de dança. É magnífica, mãe! — eu sorri.

— Cheguei, família! — ouvi meu pai falar ao fundo.

— Querido, estou falando com a Lynn! — minha mãe se virou na cadeira, o chamando.

Não demorou muito para que ele aparecesse curvado para poder me enxergar na tela do notebook, apoiando a mão no encosto da cadeira da minha mãe.

— Lynn! — ele sorriu.

— Oi, pai. — eu sorri para ele.

— Estamos morrendo de saudades! — ele exclamou, me olhando com o mesmo sorriso bobo e paternal.

— Eu também sinto falta de vocês, mas confesso que estou amando morar sozinha. — dei um sorriso de culpa, abraçando a almofada que estava no meu colo.

— Fala isso agora, quero ver o que vai fazer quando chegar domingo e você não tiver a melhor torta de amoras do mundo como sobremesa. — meu pai se gabou.

Isso era uma verdade. Meu pai fazia, simplesmente, a torta de amoras mais saborosa do mundo. Tudo começou quando eu era pequena, eles estavam tentando me ajudar a falar, então meu pai começou a me dar aulas de culinária, foi quando provei sua torta pela primeira vez. Ele fazia gracinhas para que eu conseguisse rir, mas sujava a cozinha inteira. Foi num dia que minha mãe o repreendeu por ter molho de pizza no teto, que eu soltei uma das minhas poucas gargalhadas. Eles pararam de discutir na hora e me olharam quase chorando de alegria.

— Ah, por que foi falar? Eu já estava me esquecendo!

Fiz bico por alguns segundos, mas logo nós três explodimos em gargalhada.

— Acho que morar sozinha tem seus contras, não é, querida? — minha perguntou arqueando uma sobrancelha.

Os dois riram.

— Vocês são muito maldosos.

— Fazemos nosso melhor. — meu pai sorriu. — Gostando da nova escola?

— Sim, me parece realmente divertida. As poucas figuras que conheci hoje já me deixaram bastante intrigada.

­— Coleen e sua obsessão pelo ser humano. — meu pai disse.

— Não é obsessão, só gosto de observar. — expliquei.

— Já se encontrou com sua tia? — minha  mãe perguntou.

— Ainda não. Quando saí da escola fui resolver algumas coisas que faltavam para finalizar a minha matrícula, a taxa e a foto. Acabei almoçando na rua e dando uma volta, voltei tarde e não quis incomodá-la.

— Essa desculpa não colou. — ela negou.

— Okay. — me rendi. — Do corredor eu estava ouvido a trilha sonora de Titanic. Não quero abordar minha tia em uma das crises emocionais dela.

— Ah, claro. Hoje é segunda. — minha mãe começou.

— Dia do Romance Trágico. — meu pai completou.

— Exatamente. — concordei. — Vou falar com ela amanhã antes de ir para a escola. Prometo.

Ela estava super empolgada porque a sobrinha ia se mudar para o apartamento ao lado. — meu pai começou. — Disse que ia ser a primeira a conhecer seus namorados, ou algo assim.

— Falando nisso, senhorita Coleen, não me respondeu sobre os garotos. — minha mão voltou a tocar no assunto.

— Está namorando? — meu pai perguntou, um pouco surpreso.

Meu pai jamais me proibiu de namorar, até porque, eu nunca me foquei muito nisso, mas é claro que seria estranho eu estar namorando no meu primeiro dia em uma nova cidade. Tive que rir da sua expressão surpresa.

— Não, pai. Estamos falando sobre as pessoas que eu conheci. — expliquei.

— E isso inclui garotos. — ele concluiu.

— Com certeza. — eu afirmei. — Afinal, esse é o assunto preferido da minha mãe. — movi meu olhar para minha mãe que deu um sorriso cúmplice.

Conte, Coleen! — minha mãe pressionou.

— Enfim, vou deixar vocês com o papo de garotas e tomar um banho. Boa noite, Lynn. — meu pai sorriu para mim.

— Boa noite, pai. — mandei um beijo para ele.

— Boa noite, querida.

Meu pai selou rapidamente os lábios da minha mãe antes de se afastar. Bastou ele sair do meu campo de visão, para que minha mãe me olhasse com seu olhar de cumplicidade, preparada para perguntar novamente.

— Conheci poucas pessoas hoje e apenas três garotos. — a respondi.

— Bonitos?

— Muito. — respondi sorrindo.

Minha mãe me olhou com uma cara maliciosa. Me agarrei á esperança de que ela não aprofundasse aquele assunto. Quando se tratava de possíveis genros, minha mãe tinha... Uma imaginação fértil. E agora, longe de mim, ela imaginaria todo tipo de coisa, eu sabia.

— Como eles são?

— Diferentes. Totalmente diferentes dos garotos da minha antiga escola. Aqui todo mundo tem um olhar artista sobre as coisas, não sei. São verdadeiramente legais.

— Me conte mais. — ela se interessou, apoiando o rosto sobre as duas mãos.

— Dois deles são gêmeos, Armin e Alexy.

— São muito parecidos, mesmo?

— São gêmeos idênticos, mas Alexy tem cabelos com as pontas azuis e é muito mais elétrico que Armin, que tem cabelos pretos e é Gamer.

— Parece com alguém que eu conheço. — minha mão apontou com o polegar na direção que meu pai acabara de sair.

A careta engraçada dela me fez rir. Meu pai era bastante viciado em jogos também.  E supercompetitivo

— Mas enfim, Armin foi um amor comigo, me mostrou onde ficava a sala de dança e foi bem simpático. E, antes que você pergunte, ambos são muito bonitos.

— E esse Alexy?

— Alexy é brincalhão, diz que é dois milímetros mais alto que o irmão e jura ser o mais bonito. — eu e minha mãe rimos. — Ele tem olhos de uma cor diferente, meio violeta. Devem ser lentes, não sei. Mas está na cara que eles são gêmeos.

— Acho gêmeos tão fofos.

— E eles são. A maior diferença é que Alexy é gay, mas se ele não me contasse, eu nunca teria desconfiado. Apesar de mais brincalhão, ele não é... Afeminado.

— Que decepção. — apoiou a cabeça na mão fechada, fazendo-a ficar com um biquinho muito engraçado de decepção.

— Verdade — concordei —, mas acho que vamos ser amigos facilmente. — sorri com os lábios cerrados.

— Que bom, Lynn. — minha mãe sorriu. — E o terceiro garoto?

Senti meus lábios se afastarem lentamente, escorregando sobre os meus dentes. Tentei morder o lábio inferior, mas foi inevitável sorrir.

— E esse sorriso, senhorita Coleen?

— É que o terceiro garoto é inacreditavelmente diferente.

— Então comece dizendo sobre a aparência física.

Ela se ajustou sobre a cadeira. Respirei fundo. Eu comecei, agora teria que levar até o fim.

— Ele é aquele tipo de garoto anormalmente bonito. Ele é lindo, e eu não sei explicar. — disse me lembrando dos cabelos claros e do estilo vitoriano.

— Bom, mas pode ser apenas aparência.

— Eu sei, não me deixei encantar. O conheci depois que Armin me levou até a sala de dança. Eu dancei, mãe. Dancei de um jeito que nunca tinha dançado. Foi totalmente sem coreografia, mas meu corpo fez tudo perfeitamente como se eu tivesse ensaiado por muito tempo.

— Está sorrindo desse jeito de novo, Coleen.

— Mãe, foi muito bom. Eu me senti... Fora desse mundo.

— Eu sei, querida. — ela assentiu, feliz —  E o garoto?

— Ele estava me assistindo dançar. Ele ficou lá o tempo todo, não fez nenhum barulho. Quando eu acabei vi ele lá, e ele disse que foi...

— Bom?

— Magnífico.

— Que gentil. — ela sorriu meigamente, tombando o rosto para o lado, mostrando interesse.

Assenti levemente.

— Ele parecia um lorde.

— Um lorde?

— Ele veste umas roupas em estilo vitoriano. Ele tem um corte de cabelo diferente e... — respirei antes de falar, ela ia surtar. — Tem heterocromia.

— Sério?! Que cor?!

Eu ri, ela realmente surtou. Pelo menos foi isso que eu pensei depois que seu pequeno surto fez com que ela batesse a mão contra a mesa que o notebook estava apoiado, fazendo a câmera tremer rapidamente.

— Âmbar e verde. Mãe, era lindo. Na hora em que foi pego no flagra ele ficou meio corado e arregalou um pouco os olhos e eu tive vontade de pular dentro das íris dele. — eu ri, me sentindo um pouco obssecada — Aquilo sim era magnífico.

Suspirei, quase em êxtase. Mal me lembrava de como aquilo tinha mexido

— Então ele é educado, se veste de modo diferente, tem heterocromia e é bonito. — listou.

— Sim. — concordei.

— Mais alguma coisa? — perguntou sarcasticamente, arqueando uma sobrancelha.

Eu ri. Olhei para baixo e comecei a, instintivamente, mexer nos pingentes da pulseira. O que era aquilo? Eu estava com vergonha?

— Não sei. — dei de ombros, voltando a olhá-la — Ele, assim como os outros, deve fazer parte de algum projeto da escola. Acho que ele é um artista. Ele ficou meio aéreo e encarou o teto do salão, sorriu e disse que teve uma ideia, depois saiu dali. Ele me pareceu totalmente imerso em arte. Tanto no modo como ele descreveu minha dança, ao modo que olhava para as coisas. Tudo parecia muito...

— Magnífico? — ela disse rindo.

— Sim. — concordei rindo também.

— Meu chute é que ele escreve.

— Eu acho que ele desenha.

Minha mãe sorriu.

— Gostou dele?

Mordi o lábio inferior.

— Lysandre me parece um garoto extremamente maravilhoso, assim como Armin.  E aposto que muitos outros da escola que eu ainda não encontrei. Mas eu tenho que focar, mãe.  Eu batalhei muito para chegar até aqui e eu não posso descansar agora. Já passei por cima de tanta coisa, já superei tantas fraquezas, já quase desisti. Parar agora é burrice, não acha?

Perguntei, implorando mentalmente para que ela concordasse. Tudo que eu queria era ter certeza de que estava indo na direção certa

— Parar agora seria burrice, com certeza. Mas um garoto bonito não seria parar, seria ter um porto seguro.

— Não quero me agarrar a nada nem ninguém. Essa história de porto seguro faz a gente se acomodar. Não vou me acomodar agora, mãe. Não vou parar. Tenho que melhorar, cada dia mais. Eu tenho que me destacar.

— Eu só não quero que fique sozinha.

— Esses garotos me pareceram excelentes amigos. — dei um sorriso de consolo para ela.

Ela não se sentiu melhor com isso, mas fingiu considerar.

— Se você acha isso, quem sou para intervir? Você batalhou quase sozinha e olha onde está, deve saber o que é melhor para você.

— Eu sei, sim, mãe. Vai doer, vai ser cansativo, não vou conseguir dormir a noite e talvez tenha dias que meus tornozelos não me deixem dar dois passos sem ter que me apoiar a algo. Mas eu vou resistir.

— Só me prometa uma coisa.

— O que?

— Não se machuque.

— Mãe, isso é...

— Não estou falando da dança. — ela me interrompeu.

— Como assim?

— Se você começar a ficar confusa, não guarde isso para você. Não importe para quem conte, mas não reprima nenhum tipo de sentimento.

— Do que você está com medo?

— Você sempre foi uma criança introvertida, tinha que ser observada de perto. Quando veio a dança, pensei que falando você se abriria mais, mas você só focava, focava, focava. Agora que você estava começando a se comunicar bem, se tornado uma garota alegre e sociável, você vai para longe de mim. Tem muitas coisas para as quais eu não te preparei.

— Eu posso cuidar de mim mesma, mãe. Confie em mim.

Ela suspirou e sorriu.

— Só não pense que vai ser fácil. Não é só realizar os nossos sonhos que é complicado, o dia a dia vai te impor novas experiências. E resistir a garotos bonitos é mais complicado do que parece. — ele se abanou, o que me fez rir. — Só... Faça o que sempre fez desde que a dança chegou à sua vida: siga seu coração.

Eu sorri.

— Boa noite, mãe.

— Boa noite, filha. Nos falamos amanhã.

Eu fechei o notebook, e, ainda com os dedos sobre ele, soltei uma risada leve, me lembrando... De tudo. De absolutamente tudo. Algumas coisas que minha mãe me diz funcionam mais como enigmas, mas tudo bem. Eu só preciso sentir esse sentimento louco que me trouxe até aqui. Sinto que essa batida diferente do meu coração vai me levar exatamente aonde eu preciso ir.

Mexi mais uma vez nos pingentes ao redor do meu pulso, antes de desenganchar a pulseira e tirá-la.


Notas Finais


Mil desculpas!!!
Esse capítulo deveria ter saído na segunda, mas os Spirit simplesmente não enviou e eu não percebi.
Comentem e Divulguem, Puddin's

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