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História Boku no Hero- Nova Era(Interativa) - A Joia Maculada


Escrita por: Venat

Notas do Autor


YOOOOOOOOOOOO
E aqui estamos, com mais um capitulo!
Espero que gostem!

Capítulo 16 - A Joia Maculada


   No ar, Kayaku e Natsuki, que estavam entre os primeiros, ela, soltando as explosões de seus pés descalços, cortando o ar enquanto deixava um rastro escuro. Ele, tal qual Aladin voava em seu tapete magico, permanecia com uma pose inabalável acima de sua nuvem de pólvora, enquanto pequenas nuvens do mesmo material vasculhavam o solo, coletando mais e mais joias. Natsuki o fitou com o canto dos olhos.

– Kayaku! Por que está roubando todas elas?!

– Negociações. – Ele sorriu. – Confesso que fiz umas alianças impressionantes, mas meus parceiros não se dariam bem nesta prova. – Ele deu de ombros. – Estou providenciando o passe de vitória deles.

– Nesse caso...

   Ela, num instante, virou-se na direção dele, com uma explosão devastadora em sua direção.

– Acha que não conheço seus planos?! Estúpido!

– Estupidez é um fato que acompanha todas as formas de vida que se acham superiores, senhorita... – A nuvem de fumaça da explosão se desfez. Kayaku estava envolto de uma esfera negra maciça, a pólvora o cercado. – Portanto, eu nego que eu seja um estúpido. Agora... – As nuvens de pólvora avançaram na direção dela. – Preciso te atrasar até que meu reforço chegue.

    As explosões soaram na frente de ambos, onde Yukki e Ryo, um disparando rajadas de fogo e o outro as repelindo com seus socos, ambos com duas joias, que carregavam em apenas uma das mãos. Na frente deles, Toshinori arrancava com uma velocidade incrível, com Azell tentando o alcançar. Com os raios esverdeados do Full Cowling que aprendeu do pai, Toshinori mantinha. Não tomaria para si nenhuma joia, pois chegar à linha de chegada já faria o serviço.

     Até que, em seu percurso, uma espécie de esfera, de uma cor negra e roxa, materializou-se, Azell e Toshinori, pegos de surpresa, anda puderam fazer quando o gráviton explodiu numa onde de repulsão, jogando ambos para trás, batendo com força no solo.

– Eu já esqueci seu nome. – Disse uma voz familiar, enquanto Azell e Toshinori levantavam-se. – Não me importa saber mesmo. Mas Toshinori não vai passar daqui.

    Yuki ficou de lado com o irmão, com Azell o fitando de longe. Não havia ninguém por perto. E pela narração de Atilla, as câmeras estavam focadas em outro percurso do teste.

    Enquanto Toshinori se erguia, Yuki fez um sinal com a mão, enterrando o irmão no chão novamente, com uma potente força gravitacional. Azell já estava de pé.

– O poder que você mentiu para conseguir não pode salvá-lo agora?

– Cara, ele não tem nenhuma joia, vaza.– Disse Azell, irritado.

– Ainda não. – Yuki levantou as mãos. – Eu quero que confesse. Quero que entregue o poder para seu dono por direito.

    Toshinori tentava falar, mas a pressão o impedia de sequer abrir sua boca. Sentia que a cada segundo seus olhos iriam se desprender.

    Subitamente, o solo rachou quando Azell irrompeu na direção de Yuki. Com as trevas envolvendo seus braços, chocou-se com algo que parecia ser uma parede invisível. Yuki nem precisou fita-lo. Como ele ficou tão forte assim?!

– Você é surdo? – Disse Yuki, com calma. – Isso não tem nada haver com você.

   Com um leve movimento dos dedos, arremessou Azell no chão. Com outro, o repulsou com uma força dezenas de vezes superior a de Tamashi, batendo nas grades usadas para delimitar a área que os alunos deveriam correr.

– E então? – Disse Yuki. – Você vai...

   Subitamente, uma esfera de luz explodiu de frente com Yuki, fazendo-o capengar para trás e cair. Liberto, Toshinori correu, disparando novamente. Yuki fuzilou Noelle com o olhar, irritado. Noelle se manteve firme.

– E quem é você?

– Você não tem o direito de humilhar ele. Não aqui, e nem em nenhum outro lugar!

– Você não entende. Ele mentiu. Ele tem que pagar!

– E você é pior que uma criança. – Disse, com um olhar firme.

   Yuki teria avançado, mas quando viu Alice e Drake se aproximando, praguejou. Por instinto, Noelle virou-se e fitou a platinada e o homem lobo se aproximarem. Ela, montada num lobo feito do próprio cabelo. E ele, quase saltando, apoiado sobre os quatro membros.

– Alice!

– O que houve?! – Disse Alice. – Ouvimos barulho de batalha e...

– O Yuki... – Noelle virou-se. Yuki já não estava mais lá. Atônita, procurou por ele, sem o encontrar. Azell também não estava lá, mas pelas marcas no chão, voltou a correr. 

– Yuki? – Disse Drake. – Detesto esse cara.

– Noelle? – Alice a estranhou. – Onde está o Yuki?

– Ele estava bem aqui...

                                                                                 •••••••••••

– Há! – Thomas simplesmente apanhou mais uma joia, era a sexta que encontrava largada no chão, perdida.

   Antes que pudesse voltar a correr, abaixou-se, escapando do jato d’água. Um fosso formou-se ao seu redor, onde logo a água jorrou. Estava ilhado. Tsukiko e Haru o observavam como se fossem lobos que acabaram de se deparar com uma ovelha. Uma ovelha de lã vermelha, claro. Isso é considerável... As joias estão ficado escassas...

– Haru! Tsukiko! – Esbanjou surpresa. – Podiam ter tido uma apresentação melhor.

– Três para cada um, okay? – disse Haru, confiante.

– Confesso para você que eu odiaria me molhar... – O ruivo deu de ombros, enquanto pequenos pedaços da ilha desapareciam dentro da água, aos poucos. – Vocês realmente acham ter tempo para me fazerem uma tortura dessas?

– Concordo. – Disse Tsukiko, sorrindo. – Não leve para o lado pessoal, okay?

    Com um movimento, a água de dentro do fosso encobriu Thomas, e estava a ponto de engoli-lo, se a torrente não tivesse apenas parado de se mover, como se o tempo estivesse parado. Tsukiko franziu o cenho. Haru procurou um culpado. Mas quando o encontrou, os fios de Mitsuki o prenderam completamente, enroscado por todo o corpo. Sora, que claramente estava copiando a individualidade de Tsukiko, avançou contra ela, em luta corpo-a-corpo.

    Pega de surpresa, Tsukiko pouco conseguiu fazer. Haru tentou manipular o território, mas pela sua visão periférica, Sora já estava precavida, e copiando o poder de Haru, prendeu Tsukiko, formando um buraco cilíndrico abaixo dos pés dela.

– Vocês não possuem nenhuma joia? – Sora praguejou. – Então só temos que...

– Sora! – Mitsuki esbravejou, apontando para um Thomas ensopado, que corria em pulinhos. – Ele está fugindo!

                                                                                    ••••••••••

   Togami mantinha-se quase como uma aranha gigante, mantendo-se sobre algumas kagunes, enquanto já havia terminado por coletar quase dez joias, que mantinha enroscadas por outras kagunes. Podia cobrir longas distancia em segundos. Estava tudo tão calmo, apenas observando os competidores o ignorarem, que foi pego de surpresa quando um cabo de tração amarrou-se na kagune que carregava suas joias.

– Me sinto como se estivesse em Titans on Attack! – Disse uma voz masculina.

   Quando Togami virou-se, sentiu-se um titã sendo atacado por Revi, o mais poderoso dos assassinos dos titãs no anime Titans on Attack. O que viu foi um garoto coberto de itens de suporte, que incluíam um dispositivo puxado por cabos de aço amarrados em seu cinto de utilidades, uma espécie de propulsor de gás na parte de trás, tudo acoplado em seu corpo por um colete de couro legítimo.

– Eu avisei o Norman! – Ele gritou, não se importando com Togami. – Eu disse que o meu DMT funcionaria!

   Ele usava óculos que pareciam um radar, bem no estilo steampunk. Parecia quase idêntico a um dos personagens do anime. Togami, surpreso, usou as sete kagunes que dispunha para ataca-lo. O garoto loiro, de olhos vidrados, como se tudo aquilo fosse uma brincadeira, arremessou uma esfera na direção das kagunes de Togami, que explodiu num liquido gelatinoso, petrificando as pontas delas, e com o peso, fazendo com que todo seu equilíbrio pendesse para o peso imenso que a gelatina verde-clara criava, puxando suas kagunes para o chão. O garoto do DMT girou no ar, o rastro do gás dos cilindros o dando propulsão.

– E Satoshi Kei, da turma de suporte, honra sua classe incapacitando Togami da 1-A!

   Maldição... Pensou Togami. Se eu resolver caminhar, o peso dessas coisas vai me atrasar totalmente... Tenho que destruir isso! Mas primeiro...

    Tentando se manter com os três kagunes, Togami usou a quarta para avançar contra Satoshi, que subitamente desligou a propulsão, caindo, com os cabos de tração nas cinturas, amarrou-se numa das três kagunes que Togami usava de sustentação, e ainda sendo perseguido pela outra que avançava, sedenta contra ele, o jovem ousado da turma de suporte passou para o lado de Togami, e por alguns segundos, ficou face a face com ele.

– O antídoto para te livrar dessa gelatina por cinco joias.

    A kagune veio veloz, mas Satoshi esquivou com sua propulsão, parando de volta no solo. Togami dificultava em se movimentar, e pelo visto, mais alunos se aproximavam. Satoshi tentou novamente, com uma pinta de negociador.

– Posso te petrificar inteiro, mas você me parece um bom freguês. Vamos lá, só cinco delas.

                                                                            ••••••••••

   De volta ao estádio, Atilla e Murasame conversavam, com o microfone desligado:

– Quem imaginaria que sua turma estaria capengando tanto assim... – Atilla gargalhou. – Isso está ficando tão imprevisível quanto uma boa briga de rua.

– Essa é uma turma que nasceu com muitas expectativas em suas costas. – Ponderou Murasame, resoluto. – São filhos de grandes heróis, e, para a maioria das pessoas, essa turma tem que ser a melhor.

– Mas me parece que não é só aqueles carinhas. – Atilla analisou o painel das câmeras. – A garota da explosão e o cara da pólvora ainda estão brigando, e perdem cinco posições.

– Esse Kayaku é um problema para todas as turmas. – Disse Murasame. – Ele é estratégico, imprevisível e duas-caras. Conhece muito de seus colegas de turma, e principalmente daqueles que os competidores mais temem... Natsuki e Angras.

– Mas... – Atilla coçou a cabeleira vermelha. – Se sua turma é considera a melhor, por que estão com tantos problemas?

– Muitos motivos... Inveja, principalmente. Muita gente não gosta que a U.A aponte os holofotes para uns alunos desconhecidos e simplesmente dizer que eles são melhores. – Ele suspirou. – Mas, obviamente, alguns alunos vão ser melhores que outros. Nem todos têm chances nesse campo de batalha.

    Atilla curvou-se, observando o painel.

– São quantas áreas com desafios que armamos?

– Apenas uma, no final do percurso.

– Parece que os dois que estão na frente, Toshinori e Azell, chegaram.

                                                                                    •••••••••••

    Toshinori freou com força, arrancando terra enquanto parava diante do pântano de árvores secas e um líquido roxo borbulhante em sua base. Não havia terra firme. Teriam de passar pelas árvores com cuidado, pois muitos galhos, apenas observando de longe, pareciam ceder sem o mínimo esforço. Azell percebeu o mesmo, pelo seu olhar preocupado.

– Acha que dá para passar de um em um?

– Sim. Ou tentar saltar por ele, mas parece ser tão arriscado...

    Subitamente, as explosões tornaram-se mais fortes. Kayaku e Natsuki, mesmo brigando, estavam se aproximando. E pelo movimento de pequenas pedrinhas, que agitavam-se com a pressão do solo, Toshinori contou mais de duas dezenas de pessoas se aproximando.

    Azell subitamente arrancou, e conseguindo equilibrar-se nas árvores, foi passando de galho em galho. Apesar do repentino ataque de Yuki, Toshinori se concentrou. Isso tem quer ser deixado para depois.

    E avançou, prestando atenção em Azell para equilibrar-se nos mesmos galhos. Notou varias joias em meio as árvores, algumas suspensas por tiras de tecido, quase beirando o liquido roxo borbulhante e fedorento.

– A propósito! – Disse Atilla pelos auto-falantes. – O liquido do pântano não passa de um piche grudento e enriquecido com algumas pitadinhas de enxofre. A temperatura está regulada em quarenta graus contínuos!

                                                                           •••••••••••••

– Se aquela Noelle não tivesse atrapalhado... – Yuki praguejou, escondido na mata escura que ladeava o trajeto da corrida. Outra figura também estava ali.

– Calma... – Uma voz feminina sorriu. – O pequeno poder que Diablos me agraciou me permitirá te recolocar no pequeno jogo da U.A... Você terá outras chances. – Ela riu. – Você ainda quer justiça não?

– Claro...

– Toshinori mentiu. Ele não merece o One for All. – Ela repetiu, alimentando a raiva de Yuki. – Seu irmão estava sedento por poder. Você acha que o poder do seu pai e do antigo All Might deveria ser sujo por uma pessoa daquelas? Esse poder deveria de ser meu.

– Imaginei que estivesse morta... E enquanto a sua fil...

– Ela é essencial também. Todos são essenciais.

    A mão pálida com anéis e um esmalte pintado com sangue real entregaram uma seringa a Yuki.

– A segunda etapa do torneio será uma batalha de cavalaria. Consiga fazer um time com a pessoa que te indiquei. E aplique isso no seu irmão. Apenas um pouco de sangue, o que seria para encher uma taça. – Yuki tomou a seringa e a guardou. – Com a confusão da batalha de cavalaria, você conseguirá sem problemas.

– Certo. – Ele pareceu resoluto. – Não vou parar até que justiça seja feita. Eu confio em você, senhorita Gravelyn...

– Claro, claro. – Yuki apertou a mão pálida, desaparecendo na individualidade de tele transporte.

– De qualquer forma... – Sorriu. – Confiando ou não, eu ainda vencerei no final. Daria uma ótima heroína.

                                                                     •••••••••••••

– Inacreditável! – Berrou Atilla nos auto-falantes. – Mais da metade dos que passaram ficaram presos no piche do pântano!

    Enquanto quem havia caído na armadilha no pântano, tal qual formigas fugindo do afogamento, debatiam-se para se livrarem do piche que os afundava e os trazia lentidão, dois garotos pareciam não se importar muito com o que acontecia. Caminhavam lentamente.

    Um dos garotos possuía cabelos castanhos lisos e sedosos, presos num coque, desabando num respeitoso rabo-de-cavalo. Os olhos eram dourados, a pele clara, com uma expressão resoluta e calma no rosto. Era alto, com uma descendência chinesa e japonesa percebível em seu rosto. Ao seu lado, caminhando com a mesma calma, cabelos castanho escuro longos e levemente bagunçados, com fios firmes e lisos. Próximo ao final de toda a extensão de seu cabelo, começavam mechas de cor avermelhada, tão vermelhas quanto sangue. Seus olhos eram dourados, e a pele, uma cor parda variando entre tons de branco. Uma tatuagem de um dragão, iniciando-se no ombro e acabando no braço esquerdo, tendo o corpo do dragão se “enroscando” ao redor do braço, terminando com sua cabeça próxima ao punho davam a ele uma postura ameaçadora, que misturados aos traços robustos de uma descendência egípcia juntavam-se entre sua outra descendência holandesa, davam a expressão de um predador calmo, aguardando sua presa.

– Precisaríamos de Senchiku aqui. – Disse o de cabelo longo, calmo e resoluto. – É uma pena que foi eliminado no começo...

– Não dependerei dele. – Disse Marshall, seco. – Posso conseguir sem que ele precise transformar todas as árvores em coelhinhos, como fez da última vez.

– Tem que concordar que seria essencial numa hora dessas. Ainda mais agora, com aquela grandíssima confusão. – Rebateu Ren, observando a confusão que formou-se no pântano, com a cada segundo, alguém caindo no piche. – As pessoas estão tão determinadas em passarem a tempo que até se esqueceram das joias...

Azell Fumikage passa em primeiro lugar no exame!  Restam nove vagas garantidas para o primeiro lugar! E nesse exato momento, Toshinori Midoriya chega em segundo!

– É melhor nos apressarmos. – Ren suspirou.

– Concordo.           

                                                                            ••••••••••

   Sakuya desceu em rasante, passando pelo pântano sem maiores problemas. Após ter deixado Tatsuya das asas de cristal e Tori, a harpia, a primogênita dos Iida arrancou, a um metro do solo, passando por ele, com sua nuvem de fuligem cegando aqueles atrás de si.

– Eu normalmente não faria isso... – Sakuya escutou a voz de Yuki. – Mas você seria um problema durante a batalha de cavalaria, portanto...

   Subitamente, aproveitando-se da cortina de fumaça da fuligem e da velocidade de Sakuya, Yuki saltou para dentro da pista num impulso gravitacional. Yuki sorriu, diabolicamente:

– Não leve para o lado pessoal.

   Pega de surpresa, Sakuya não percebeu o gravitón que se formou ao lado de seu rosto, explodindo numa pressão tão forte que a empurrou para frente, com a nuvem de fuligem escondendo Yuki das câmeras. Sangue manchou o solo. Aparentemente, tudo que Atilla e Murasame perceberam foi o que ambos disseram em uníssono:

– Sakuya... Perdeu o equilíbrio?

    Yuki, com a maior falsidade, esperou alguns minutos, ignorando Sakuya, que bateu de frente com a parede do coliseu, para correr como se fosse um competidor normal. Com uma voz incrédula, Atilla continuou:

– E Yuki Midoriya avança, tomando o terceiro lugar!

   Ainda com a cortina de fumaça cobrindo o trajeto, pode-se ver as figuras que agora corriam com toda velocidade. A empolgação e a determinação deles fizeram Atilla soar como se estivesse diante de um coliseu:                    

Drake Stalhke vem em quarto! Alice Schineider em quinto! Ryo Kurokiba em sexto! Tamashi Chimimare em sétimo! Itadaki Van’Yukki e Killumy Todoroki brigam pelo oitavo lugar!

– Sabe... – Killumy começou, após esquivar-se de uma lavareda de Yukki. – Meu avô fez soar como se eu fosse uma versão imperfeita de você...

   Enquanto corria, retirou seus sapatos, ficando descalço. Yukki observava aquilo com um olhar atônito.

– Eu acho que ele estava um pouco errado...

    Subitamente, Killumy arremessou de suas mãos uma grande quantidade de lava, e como se estivesse patinando com ela, arrancou, surfando e suprindo a trilha de magma que ia criando.

E Killumy Todoroki passa em oitavo, deixando para Yukki uma trilha de magma! E Yuki Midoriya passa a linha de chegada em terceiro lugar!

   A agitação de todos tornou-se ainda maior quando, acima de Drake, Alice e Tamashi, Natsuki, que escapava das explosões de Kayaku, era ladeada de lado por Tatsuya, numa velocidade supersônica. Atrás de Yukki, Akane avançava de costas, usando seu grito sônico para empurrá-la para frente.  A esquerda de Akane, Dojin usava sua individualidade para fazer com que o pedaço de solo onde estava rasgasse o mesmo, avançando sem nenhum esforço. A direita de Akane, e surpreendendo a todos...

Blum Frühling, da 1-B, acaba de passar Akane Hayashi com propulsões incríveis! Sinto o cheiro das flores até daqui!

   Os cabelos negros esvoaçavam no vento, com Blum, de costas, a mão esquerda apoiada na mão direita, disparava rajadas poderosíssimas de pressão, com pétalas de flores acompanhando-as, vertendo da palma de sua mão. E acima dos três, uma estrela incandescente, um pequeno sol, avançava sem demora.

E acima dos três, Angras da 1-B, parece não estar se importando em ultrapassá-las!   

   Mas, atrás de Akane, três garotos, que pareciam resistir aos efeitos do grito sônico de Akane, e muito menos do canhão de flores de Blum.

– Brian! – Logan sorriu, coberto por sua armadura de ossos, avançando com mobilidade e proteção, destruindo o solo por onde passava. – Vamos mostrar a Leon o resultado daquele nosso treino!

   Brian, os cabelos loiros e os olhos azuis, o sorriso de desafio, de aventura no rosto, a empolgação, deslizava num escudo de ossos, cortesia de Logan, que deu a ele o material. Conseguia propulsão por hora o outra cria um bastão de pedra para “esquiar na rocha”.

– Ele não sabe brincar, melhor reconsiderarmos nossa ideia.

    A frente deles, liderando, um garoto de cabelos brancos curtos, olhos tão azuis quanto os de Brian, a estatura menor e mais reservada, parecia cortar o ar e o solo num a propulsão infinita, deixando um rastro de vento difícil de se lidar.

– Quem é que arruma tempo para conversa em meio a uma confusão dessas? Isso é uma corrida de morte!

    Logan gargalhou, observando os que corriam atrás dele, e se surpreendeu.

– Mais rápido, cambada de lerdos!

– O que foi? – Perguntou Brian. 

   A resposta se fez presente quando um tigre espectral, de dois metros de comprimento, forte e robusto, saltou por cima dos três, feito de algo que parecia uma aura azulada, Ren e Marshall montavam nele, que ainda soltou um rugido feroz enquanto arrancava numa corrida desproporcional para pernas humanas.

– Maldito Ren e seus familiares! Rápido! – Leon tentou motivar o grupo. – Temos que alcança-lo!

Drake Stalhke, Alice Schineider e Ryo Kurokiba passaram em quarto, quinto e sexto lugares! Numa virada, Natsuki Bakugo passou por Killumy e Tamashi, tomando o sétimo lugar para si! Killumy passou em oitavo! Tamashi em nono! E por último, Kayaku em décimo! Esses dez estão obrigatórios a participar da segunda etapa! Os próximos serão avaliados pela chegada e pelas joias que carregam!

                                                                                  •••••••••••

   Enquanto os vitoriosos são aclamados, na enfermaria de Heal Empress, Iida Tenya e Hatsume Mei acompanham a filha, desacordada pela forte pancada que levou.

– Mas o que houve?! – Indagou Iida, violento. – Como uma pancada desse tipo é causada com um desequilíbrio?!

    Midoriya Izuku e Shoto Todoroki, que antes estavam neutros em relação à situação, se manifestaram:

– Temos de contatar Erwin. – Disse Midoriya. – Tem algo muito errado nesse torneio.

– Sua filha foi mirada, Iida. – Disse Shoto. – Seja quem foi, veio da floresta. Mas as câmeras não capitaram quem foi. E desacordada, ela não poderá nos contar nada. Acalme-se.

    Hatsume, que segurando as mãos da filha num aperto forte, virou-se para eles.

– Gravidade. Foi um ataque de repulsão.

– Temos muitos com habilidade de repulsão. – Pensou Midoriya.

– Como o seu filho, Yuki. – Disse Iida.

    Gravelyn sorriu, passando pela porta da enfermaria, de onde observava os heróis, tão juntos, cortarem suas relações em segundos. Pôde ouvir a discussão de Midoriya com Iida até retornar para a área pública. Aquilo era sinfonia para seus ouvidos. Preciso vencer mais. Riscou as unhas na parede, sorrindo, diabolicamente.

                                                                                •••••••••••••

   Os alunos, quarenta e dois no total, reuniram-se com Lionheart novamente, diante do pequeno pódio por onde ele ficava acima dos demais. O herói pareceu estar falando com alguém por meio de uma escuta, e pelo tom que conversava, obviamente era com o diretor.

– Alguém sabe o que aconteceu? – Perguntou Shiro.

– Sakuya. – Toshinori firmou o punho, dirigindo um olhar assustador para Yuki, que sorria com a dúvida dos demais. Vou estourar essa sua cara.

    O murmúrio dos estudantes cedeu quando Lionheart engoliu em seco, e com um olhar e voz firme, diferente do tom brincalhão de antes, disse:

– Bem, vamos para a segunda parte. – Apertou no botão do seu controle, mostrando no telão a próxima prova. – Há algumas décadas, um grupo de heróis promissores passou por esse teste. A Batalha de Cavalaria. – Disse ele, sério.

– Ele não é tão sério assim. – Analisou Thomas.

– Conspiração... – Ouviu-se a voz de Angras. – Brian, Logan...

– Angras? – Responderam os dois, com Leon intrometendo-se.

– Peço que fiquem de olho no irmão de Toshinori Midoriya.

– Por quê?

– Ódio. – Completou Marshall. – Está fluindo entre eles.     

   Os três se entreolharam.

– Certamente. – Assentiu. – Ficaremos de olho.

– Peço desculpas por incomodá-los – Disse Angras, que parecia estar focando a conversa inteira em algo além dos três.

   Lionheart continuou:

– Cada um de vocês recebeu um valor de pontos de acordo com a eficácia de vocês no exercício anterior. Nesse teste, vocês poderão formar times de até quatro pessoas, onde a somatória dos pontos de todos os participantes estará estampada numa faixa dessas. – Ele mostrou, uma tira de velcro que prendia um tecido branco, numa faixa. – Os primeiros que obtiverem mais pontos, passarão para a próxima fase. Vocês terão quinze minutos para formar seus times, enquanto a batalha de cavalaria durará de quarenta minutos. – Ele sorriu. – E por último, não se esqueçam de que Azell Fumikage tem o valor de um milhão de pontos. Ou seja... A faixa dele é um passe livre para a vitória.

    Azell xingou Lionheart mentalmente, antes de ser fuzilado pelos olhos de todos. Como uma presa cercada por predadores.

– Quer dizer que um antissocial está com o maior prêmio? – Natsuki sorriu. – Isso vai ser tão fácil.

– Então, meus caros... – Kayaku reuniu-se com seus “aliados”. – Me consigam a faixa de um milhão. Esse é meu preço pelo meu pequeno auxilio na primeira etapa.

   A resposta de Azell foi curta, potente e séria:

– Podem vir.

ESCOLHAS

Qual time, estratégia e postura seu personagem irá tomar?(Note que para times com pessoas que participam da fic, todos terão que entrar em acordo. Usem o grupo da fanfic no discord para isso. Não é obrigatório, obviamente. Mas, se seu personagem fizer grupo com um personagem de alguém que participa da fic sem o consentimento de todas as partes, todos serão eliminados da prova.)


Notas Finais


SEGUINTE
Criei um jornal com a classificação dos personagens, incluindo quirks, pontos e classificação
https://www.spiritfanfiction.com/jornais/boku-no-hero-classificados-na-corrida-13745715
Vocês podem criar um grupo com personagens originais meus, mas obviamente, dependerá da relação do seu personagem com eles.
Se alguém ainda deseja entrar no grupo do discord da fic, só pedir nos comentários que eu mandarei o link de convite


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