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História Bonecos e Bonecas de Porcelana (HIATUS) - Abrigo


Escrita por: SakuraKagamine

Notas do Autor


EAEEEE

EU TENHO UMA NOTICIA! POR FAVOR ATENÇÃO QUQ

Como eu comentei com vocês, eu estava escrevendo um livro e a procura de uma editora. Acontece que eu realmente consegui um contrato com a editora Buqui! E agora estarei vendo como vamos publicar e terei que começar a escrever o proximo livro.

Vai ficar apertado para continuar a fanfic, mas vou tentar ir postando, mesmo que devagarinho.
Espero que compreendam e me desculpem por demorar a postar... Eu amo vocês! Obrigada por todo o apoio que eu recebi de cada um de vocês. São pessoas maravilhosas.

Obrigada! E vamos ao capitulo!

Capítulo 13 - Abrigo


Fanfic / Fanfiction Bonecos e Bonecas de Porcelana (HIATUS) - Abrigo

Ao chegar ao abrigo, os policiais tiraram nossos celulares. Eu fui a primeira a entregar, não conseguia pensar em mais nada mesmo. A última foi a Miku que se olhava na câmera do celular.

No abrigo tinha comida para um ano, roupas simples e uma pequena caixa de som com muitos pendrives de diversos cantores e álbuns.

A policia nos prometeu segurança e paz até que tudo passasse. Mas não tinha como se sentir seguro com aquilo tudo. Olhei para todos daquela sala, estavam arrasados com medo.

Luka abraçava Luki dizendo que jamais desejaria que ele tivesse eu passar por isso, que sempre protegeria seu gêmeo mais novo e que faria de tudo para deixa-lo em segurança.

Mikuo olhava o teto sem compreender a vida. Gumiya, Gumi, SeeU e Usee estavam de mãos dadas rezando pelo bem de todos. Miku olhava as músicas e Gakupo tentava trazer Mikuo de volta a terra.

Procurei por Len na sala, mas não achei. Andei pelo abrigo procurando ele. Cheguei a um quarto e o encontrei olhando o céu pela janela. Me aproximo e me escoro na parede.

— E aí? — pergunto baixinho.

— Ela não é minha namorada... — disse ele ainda olhando o céu.

— Eu sei disso, Sr. Kagamine.

— Eu não amo ela.

— Eu sei.

— Eu não brinquei com você, minha vida sem você hoje não faria sentido algum...

— Calma, Len. Está tudo bem...

— Não, não está. Eu te machuquei por causa dela... — ele vira o rosto para mim com os olhos marejados — De que adianta eu dizer isso tudo, te magoar, e no final... Mesmo assim... Depois de tudo isso...

— Len... Não se culpe assim...

— Mesmo assim não consigo te proteger. Você merece coisa melhor...

Dei um peteleco em sua testa e segurei suas mãos com carinho. Olhei em seus olhos e dei o meu mais gentil e apaixonado sorriso, ele ficou quieto olhando para meus lábios, parecia não ter coragem para me encarar.

— Sabe... Depois que meu pai morreu, eu afastei todos meus amigos. Me isolei e odiei o mundo. Mas desde que você quase abusou de mim na biblioteca do jardim... — ele ri de vergonha — Minha vida vem mudando de pouquinho em pouquinho, e hoje eu tenho meus amigos de volta, novos amigos e uma paixão.

— Sorte do Mikuo, ou do Luki sei lá... — diz Len soltando minhas mãos.

— Quem garante que não é você? — seguro suas mãos novamente entrelaçando nossos dedos. — Pode ser qualquer um, até a Gumi! — ele ri e segura em minhas mãos também.

— Ouvi meu nome! — diz Gumi surgindo do nada — Que putaria é essa? Tu tá abusando da minha amiga seu doente?

— Tô, olha só como vou apertar os peitos dela! — então ele olhou pro meu tórax e fez cara de: — E onde que tá essas porras?

— HÁ HÁ HÁ. — rio sarcasticamente — DEVERAS engraçado. — Os dois riem. Ouvimos música vinda da sala e encontramos Miku dançando e os outros acabados.

— Não sei como você se mantém nessa situação. Você é ridícula. — diz Mikuo para Miku

— Ei, ei! Se animem, está tudo bem! — digo tentando anima-los — Vai ficar tudo bem, a policia já está atrás dela.

— Mas não somos os exatos 12. — Luka — A Neru e Lily correm perigo lá fora.

— Lily me disse que estão na Europa visitando um avô moribundo. — Miku

Geral se calou com as palavras frias de Miku, Mikuo chegou a se levantar cerrando os pulsos, conseguia ver raiva em seus olhos.

— Elas vão ficar bem! Pessoal se se deixarem abater assim, já teríamos perdido desde a primeira ligação.

— E afinal, por que não nos contou disso tudo Len? — Usee — Somos seus amigos, merecíamos saber!

— Ela tem o endereço, nome dos pais, empregos, nossa escola e toda nossa agenda durante a semana. Um telefonema ignorado e ela começaria a atacar um por um. — Len olhou para mim — Ela sabe da sua mãe também...

— Mamãe? — sussurrei — Eu não disse tchau para ela... Eu nem sei onde ela está... Ela vai matar minha mãe! — comecei a chorar e cobri metade do rosto com as lágrimas escorrendo de medo.

Len veio me abraçar, mas recusei. Corri para um quarto qualquer, acabei na dispensa e me tranquei lá. De fora pude ouvir SeeU dizendo: Se a Rin entrou em desespero, logo ela que suporta bem, estamos fodidos.

Em minha mente eu lembrava de todas as vezes em que xinguei minha mãe a tratei mal, e agora que estava indo tudo bem com ela, ela pode correr risco de vida.

Não quero culpar o Len, como se ele tivesse escolha disso. Mas me sinto um pouco arrependida de estar com ele. Não queria envolver minha família e morte por uma paixão boba.

Está decidido, depois disso tudo eu vou embora, e enquanto fico aqui, vou dizendo adeus a todos. Minha família vem em primeiro lugar. Não importa se eu fiquei feliz novamente ao lado deles... Já perdi meu pai, não posso perder minha mãe também.

Como se não bastasse a enxurrada de pensamentos negativos na minha cabeça, escuto da sala a musica “Hurt” da Christina Aguilera. Isso foi suficiente para me destruir por dentro.

Esta não é a hora certa de se ouvir isso! Daqui a pouco o açúcar e o sal vão embora de tantas lágrimas que eu derramei. Dói tanto se sentir culpada desse jeito, e agora eu só posso lembrar o quanto eu devo ter ferido você.

Eu fui uma péssima filha, quando papai foi embora eu te ignorei, te deixei sozinha. Não pensei que você estaria sofrendo também, e hoje eu vejo o porque do álcool ter entrado na sua vida.

Dizem que se bebe para esquecer dos problemas, mas quando se volta a ficar sóbrio... A tristeza vem em dobro não? Quanta dor você carregou nas costas? Quantas vezes eu te neguei ajuda e carinho? Quanta dor eu causei a você?

Eu deveria morrer, você não tem nada a ver. Mamãe eu não quero perder-te também. De que me adianta uma paixão e amigos se eu não tiver você? Por favor, Senhor, me ajuda...

E assim os dias foram passando, eu me distanciei de todos, e mesmo que doa ver que eles se sentem culpados por eu estar nesta situação com eles, eu não posso me deixar levar. Isso é pela proteção da minha mãe, a única família que eu tenho.

Quando estava preparando um sanduiche de geleia de morango com requeijão Mikuo entra na cozinha e fecha a porta.

— Vai ser assim mesmo? Vai nos largar de novo porque sente dor? Acha que não nos importamos com você? Sabe o quanto a Gumi chora antes de dormir por ser sua amiga? — Mikuo

— Não posso fazer nada por isso.

— Pode sim, mas é idiota e se colocou naquela bolha que só você pode estar de novo. Sabe, eu me lembro da sua mãe dizendo-me uma coisa no enterro do seu pai.

— Calado Mikuo... — sussurrei

— Ela me pediu para te proteger, porque sabia que você se fecharia para não sofrer.

— Cala a boca.

— E sabe o que você fez? Exatamente o que está fazendo agora.

— Eu disse para se calar! — gritei

— De que adianta “proteger” sua mãe se ela vai se sentir culpada por você abandonar quem te fazia feliz?

— Vá pro inferno. — peguei o prato com o sanduiche e me dirigi a porta. Mikuo segurou meu braço e me puxou me abraçando. O prato caiu no chão e se quebrou em milhões de pedaços.

Os outros ouviram o barulho e vieram ver o que era, a primeira pessoa a entrar foi justamente Len, e em seguida Gumi.

Mikuo me abraçava com força e sussurrava em meu ouvido a canção de ninar que meu pai cantava para mim quando era mais nova. Sem nem perceber comecei a chorar e retribui o abraço do garoto, o apertando com força.

Len saiu da cozinha e Gumi me abraçou junto a Mikuo. Por mais que eu quisesse ficar longe deles para não ser pega no tsunami de problemas, o que eu vou fazer? Voltar para minha vida antiga? E isso lá era vida?

No final eu nunca me distanciei de verdade, porque toda noite, quando Gumi dormia eu lhe cobria e pedia perdão, porque beijei a mão de Luki e Mikuo também durante o sono. E Len? A pele dele a luz do luar me parece a mais refinada e delicada porcelana, para ti guardei meus beijos em tua testa.

Me pergunto se algum dia conseguirei me perdoar por ser tão egoísta. Na situação em que estamos, precisamos, necessitamos ficar unidos. Se eu me distanciar quebraria a corrente de esperança.

Quanto mais os dias passavam minha insônia aumentava, eu não sabia se minha mãe estava bem, a policia e exercito não falavam conosco, apenas nos mantinham presos naquela casa no meio do nada.

Jogamos jogos de tabuleiro, mas não dava nem para vibrar por ganhar de alguém, já que o pensamento que ficava era “Vou morrer depois de perder no jogo, que idiota”. Cada pensamento depressivo destruía e enferrujava nossa corrente, a situação estava piorando.

Em um noite qualquer, me levantei de minha cama e fui para sala, me deitei no sofá olhando pela janela o grandioso céu azul. Pensando em todos seus segredos, de tudo que ele sabia, era curioso entrar na mente do céu. Imagino que ele já viu coisas maravilhosas e terríveis. Fico pensando o que ele acha de tudo isso agora.

Eram três da madrugada e meus olhos insistiam em ficar abertos, olheiras já tinham se formado e minha pele esbranquiçado. Levantei da cama lentamente para não acordar as outras meninas. Sai do quarto e fui para varanda da casa.

Chegando lá encontro Len olhando o céu, sento ao seu lado e junto dele admiro o céu. Em momentos difíceis como este, talvez eu me deixasse levar por covardia e pensasse em suicídio. Mas o que Len e Meiko fariam se isso acontecesse? Na pior das situações, seguiriam meus passos.

— Bonito, não é? — pergunra Len sem olhar para mim

— Até de mais. Sem a poluição luminosa as estrelas aparecem mais.

— Você acha que as estrelas são o que?

— Bolas de ar quente? — ele ri da minha resposta

— Que pensamento fraco.

— Sinto muito.

— Eu acredito que as melhores pessoas viraram estrelas. Acho que seu pai é uma delas.

— Você nem conheceu meu pai, por que diz isso?

— Porque ele te criou, e você é uma das garotas mais gentis que eu já conheci, você é incrível Rin.

— Obrigada... Eu também gosto de você, você é corajoso.

— Por algumas pessoas vale a pena arriscar a vida. — ele olha para mim pelo canto dos olhos e sorri.

— Ownt, que meloso.

— Te catar. — e acabamos rindo. — Sem sono?

— Desde que cheguei aqui.

— Sinto isso também... — ele olha para o horizonte e muda seu semblante para duvida — Quem são aqueles?

— Quem? — olhei e vi pessoas de branco vindo até nós rapidamente. — Talvez seja o governo!

— Tem certeza? — pergunta Len relutante.

Os guardas notam a movimentação e veem para nossa frente apontando as armas para as pessoas de branco. Len e eu nos levantamos da varanda e demos passos para trás.

— Crianças, entrem e tranquem as portas! — gritou um guarda e logo outro começou a atirar.

Eu e Len corremos para dentro e fizemos o que ele mandou. Os outros acordaram com os tiros e vieram em desespero para perto de nós.

— Que porra é essa?! — Gumiya

— Eles vieram nos pegar! — SeeU

— Calma maninha! — Usee abraça SeeU

— Todos se acalmem e tranquem todas as entradas! — Gakupo

Trancamos tudo, portas, janelas, bueiros, tudo. A casa esta impenetrável. Mas não demorou a ouvirmos gritos de dor e pessoas caindo no chão. Em instantes tufo se calou. Estávamos todos perto da porta da frente a encarando espertando que os guardas dissessem que estava tudo bem.

Mas não foi isso o que aconteceu... Eu me lembro de uma explosão, de cair no chão e ver Len por cima de mim como se me protegesse e Gumi deitada ao meu lado estendendo a mão tentando tocar a minha.

Depois disso tudo... Apenas as luzes de velas no chão, meu corpo estendido preso em uma cruz e meus amigos presos por correntes ao redor.


Notas Finais


Postarei mais um capitulo que tenho guardado em instantes! Aproveitem a leitura, e como sempre... Bye Bye! S2


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