1. Spirit Fanfics >
  2. Bring me home >
  3. Visita

História Bring me home - Visita


Escrita por: Lullymaniac e projetoharuno

Notas do Autor


Olá amoreeees! Mais um cap fresquinho dessa lindeza que adorei escrever.
Lembrando que este é o 3º de 5, então sim, ela é curtinha, mas bem intensa!
Esse tá bem engraçado, fofo, sem deixar de trazer o foco aos temas relevantes que trago no cerne da estória.
Espero que gostem, e não deixem de ler as notas finais!
Comentem pra deixar uma autora beeeem feliz e dengosa que sou! hahahahahah

Capítulo 3 - Visita



“Ok, faz alguns anos que eu não como isso.” Sakura comentou enquanto ria para seu próprio Cup Noodles.

“Você realmente virou a garota da cidade grande né? Perdendo os costumes que importam, como consegue? Cruzes.” Itachi fingiu indignação enquanto mexia o garfo dentro do seu copo.

“Costumes, Itachi? E quanto aos ancestrais que estão rolando no caixão vendo você comer esse macarrão instantâneo com garfo? Acho que você não tem moral para falar de mim, querido.” Sakura apontou os hashis na direção do rapaz, que ria como se tivesse feito besteira.

“Modernismo, Sakura. Apenas quero economizar tempo com garfo, que traz uma porção maior de comida.” Ele deu de ombros, sorrindo forçadamente.

“Isso é desculpa de quem não sabe usar hashis.” Ela respondeu fazendo movimento de pinça com os palitinhos e Itachi riu concordando.

“Ainda bem que você não se deixa enganar.” Ele comentou antes de abocanhar seu macarrão.

“Logo quem, né Itachi? Te conheço, garoto! Metade da minha vida vi essa carinha aí que você fez pra esconder as merdas que inventava. E muitas delas eu e Sasuke acabávamos pagando o pato porque achávamos você o máximo...” Ela rolou os olhos e Itachi sorriu com a sobrancelha erguida.

“Eu era tão peste assim? Eu não tinha essa noção.” Ele pensou alto, após mastigar.

“Claro que era! Pelo menos até virar adolescente trevoso.” Ela coçou o queixo, pensativa.

“Putz, essa época...” Ele riu sem graça, e Sakura o imitou.

“Fã de “My Chemical Romance”, leitor assíduo de “O Morro dos ventos Uivantes”, você era o colírio das garotas.” Ela falou animada e ele fez uma cara de dor, batendo na testa.

“Pior é que eu aproveitei a fama.” E ambos gargalharam.

“Aquela época foi engraçada.” Sakura falou, levando mais uma porção de macarrão à boca.

“Nem tanto.” Ele argumentou, deixando o cup noodles em cima da mesa.

“Por que?” A rosada indagou com o cenho franzido. Ele suspirou e deu de ombros.

“Pra mim foi bem conflitante. Ser bissexual e lidar com as coisas a flor da pele era foda. Sabe de quem eu gostava naquela época?” Ele cruzou os braços e sorriu de canto. Sakura negou com a cabeça.

“Não faço ideia.” Ela assumiu, perdida.

“Pior que você conhece... Não quer mesmo nem chutar?” Ele incentivou e ela mordeu os lábios vermelhos, olhando em volta como se buscasse a resposta.

“Porra, assim é foda! Me dá uma pista?” Ela posicionou o indicador na frente dos lábios, atenta. Itachi sorriu com a imagem.

“Ruivo, hétero... Rockeirinho também, pelo menos há uns anos.” Ele prendeu os lábios dentro da boca e observou o rosto de Sakura se alterar de concentrado para surpreso.

“Não! Sério? Yahiko!?” Ela colocou a mão no peito e ficou de boca aberta, enquanto o homem ria de sua cara.“É.” Ele concordou sorridente, dando de ombros.

         Sakura ficou um tempo estupefata, encarando o amigo com um meio sorriso no rosto.

“Caralho Itachi. Eu também.” Ela revelou a bomba, e os dois arregalaram os olhos antes de cair na gargalhada.

“Caralho, que isso! Mentira sua!” Ele dizia, negando com a mão e rindo muito.

“Eu tô falando sério! Você acha que eu seria idiota de ficar mirando só no Sasuke? Yahiko era gato, além de engraçado e gentil! Entendo perfeitamente porque você tinha uma queda por ele.” Ela abanou a mão no ar e Itachi vez ou outra ria, ainda sem acreditar na coincidência.

“Aliás, como ele está? Nunca mais ouvi falar.” Ela acrescentou, voltando a comer. Itachi também fez o mesmo e respondeu após mastigar.

“Ele é meu sócio, né?” Sorriu tímido e Sakura ficou novamente surpresa.

“Caramba, sério? Mas isso desde sempre? Você não me contou isso quando inaugurou a Sharingan!”

“Porque realmente naquela época eu estava só. Mas ele agregou quando eu corri risco de perder o Café, e hoje felizmente vamos de vento em poupa. Yahiko é um grande amigo além de ser um ótimo profissional. Dei muita sorte.” Ele explicou, sorrindo de forma amena. Sakura lhe lançou um olhar desconfiado.

“Sei, grande amigo...” Itachi riu, rolando os olhos.

“Tô falando sério, somos só amigos. Na época eu percebi que realmente era só uma paixãozinha, mas o que deixava tudo mais intenso era o fato dele ser homem né?”

“Nossa, e como foi isso?” Ela perguntou ao cruzar os braços. Itachi respondeu depois de mais uma garfada.

“Cara, uma merda. Minha mente achava aquilo tudo errado, mas lá dentro eu sabia que poderia ser diferente, mas não errado sabe? No começo não quis acreditar, fingi que nem existia esse sentimento. Não foi à toa que saí me envolvendo com toda garota que me dava condição, tentando ser compulsivamente o homem hétero que eu achava que era... ou que deveria ser. Mas o destino não queria que eu ficasse nessa, e Yahiko acabou sendo a primeira pessoa que soube da minha sexualidade.”

          Itachi falava com fluidez, como se revivesse uma memória distante, e parte de si estranhava a leveza de tratar de um assunto que por tanto tempo foi considerado um tabu dentre os seus entes e amigos. Estar ali, sentado à mesa e almoçando com Sakura, falando dessas vivências com tanta tranquilidade foi algo que o aqueceu por dentro. Ele levantou a cabeça para observar a reação da rosada, que o encarava atenta e até com certa admiração no olhar.

“E então?” Ela o instigou a continuar, e Itachi riu sem graça. Aquela tranquilidade chegava a ser desconcertante às vezes.

“Bem, quando eu contei para Yahiko que era bissexual, já não estava mais afim dele. Então foi mais fácil... Na verdade, foi uma tragédia, mas foi fácil.” E riu, lembrando-se do fatídico dia que atravessava a memória. Olhou Sakura novamente, que mantinha o queixo apoiado nas duas mãos, como se escutasse uma fábula. Ele pigarreou e continuou a falar.

“Estávamos muito loucos numa social; muita bebida, muito som alto, gente de tudo quanto é canto. Era alguma despedida de alguém, mas nem lembro direito, porque fomos praticamente penetras na festa. Só sei que num dado momento puxaram nosso pequeno grupo pra uma roda maior, e a galera bancou a criançada de 13 anos brincando de passar cartão.” Itachi uniu as mãos em cima da mesa, negando com a cabeça e Sakura gargalhou.

“Ah, sério? Aquela de passar cartão com a boca, sem deixar cair?” Ela indagou e ele confirmou, visivelmente desaprovando a brincadeira.

“Pois é. Agora pensa numa roda de umas vinte pessoas, todo mundo muito, mas muito bêbado, Sakura. Pensou? Então, a nossa roda era pior. Imagina quanta gente não se beijou acidentalmente?”

“Ou nem tão acidental assim né? Eu aproveitaria se tivesse um cara que eu quisesse dar uns beijos.” Ela riu despojadamente e Itachi aplaudiu teatralmente.

“Justamente, minha cara. Tivemos exatamente a mesma ideia. Agora pensa na equação: Konan, Yahiko, eu, e a morena que eu queria aplicar essa tática de guerra que você lançou. O cartão vinha da direita, ou seja, de Konan para nós. Sabe o que aconteceu com meu plano infalível?” Itachi perguntou de forma retórica, enquanto Sakura negava já risonha.

“Ele falhou.” O Uchiha deu de ombros e ela gargalhou alto.

“Como, Itachi? Meu Deus, como?” Ela segurava na barriga rindo, já imaginando a merda.

“Yahiko estava nervosão porque era apaixonado pela Konan, que não via uma agulha na sua frente, simplesmente achava que ninguém gostava dela, e aí enfim. Era só ele deixar o cartão cair, dar um beijo nela e me passar o cartão. E aí eu faria a mesma coisa, dando um beijo na morena do meu lado esquerdo e deixaria a brincadeira seguir. O que o idiota fez? Deixou o cartão cair na minha vez quando eu já estava indo ao encontro dele.”

          A gargalhada soou tão alto que Itachi poderia jurar que nunca viu Sakura rindo daquele jeito antes. O rosto ficou vermelho de tanto que ela ria, e com as mãos na barriga, ela tentava sugar o ar que lhe faltava. Aquela cena o fez rir, enquanto a moça reclamava de dor de barriga entre uma risada e outra.

“Cara, como foi isso? Vocês se beijaram então?” Ela perguntou depois de se recuperar e ele afirmou com um bico nos lábios.

“Eu queria a garota, mas o universo estava cagando pros meus desejos, pelo visto.”

“E aí? Como ficou entre você e Yahiko?” Sakura perguntou, mordendo o lábio inferior em tensão.

“Cara, a gente se beijou e foi muito estranho. Porque as bocas se chocaram por causa do meu movimento e o dele, e a gente demorou a reagir por não acreditar que aquilo tinha acontecido, saca? Sem falar na merda da letargia do álcool! Enfim, foram os três segundos mais longos das nossas vidas e mesmo que eu já tivesse tido uma queda pelo Yahiko, eu realmente estava a fim da morena. Uma merda, eu sei.” Itachi concluiu, e Sakura fez um movimento de continuidade com a mão.

“Não, mas pera lá! E como ele ficou sabendo que você era bi? Você disse que contou, não foi?” Ela indagou animada e o rapaz acenou com a cabeça.

“Porra, o Yahiko bêbado é mais insistente do que sóbrio; me alugou pra caramba e eu nem consegui abordar a garota. E ele, por sua vez, nervoso de querer me pedir desculpas, acabou não dando atenção pra Konan. Estávamos só nós três no gramado do lado de fora da casa; Konan com as pernas dentro da piscina, deitada na grama e viajando na marola e no céu estrelado... Eu estava tentando matar a frustração com uma cerveja e Yahiko choramingava no meu ombro, falando “cara foi mal, que nojo isso, desculpa!”.”

“Eita, ele disse isso mesmo?” Sakura perguntou com uma careta e Itachi confirmou, colocando as mãos na própria nuca, enquanto encarava o teto. Ficou assim por um tempo, até que encarou a amiga de novo, e gesticulando, expressou o que sentira naquela ocasião.

“Aquilo bateu tão mal, sabe? Eu estava muito incomodado com o “nojo”. Mas ele insistiu naquele discurso até que eu mandei calar a boca com toda minha força. Ele me encarou alarmado e eu estava ofegante. Não sei se era a bebida, se era toda a pressão de nunca ter falado nada, mas só sei que comecei a chorar ali mesmo, e me sentei no chão com as mãos na cabeça, cena digna de filme. Ele insistiu em saber o que tinha acontecido e eu reparei que Konan estava em seu próprio mundo, sem prestar atenção na gente, então só ele saberia. Daí contei. Falei que era bissexual, que me doía ouví-lo falar assim, vomitei palavras rápidas e botei tudo pra fora.”

“Nossa, Itachi. Que intenso tudo isso, né?” Sakura perguntou, se abraçando enquanto acariciava o próprio braço, aflita por seu amigo.

“Bastante. Mas Yahiko ficou ao meu lado, compreendeu tudo e até me pediu desculpas pela pisada de bola. Mesmo nos dias seguintes quando ficava um clima esquisito, eu senti que ele se empenhava para mostrar apoio, sabe? E então aos poucos eu fui me sentindo à vontade para não me silenciar entre nossos amigos.”

“Que ótimo, né?” Sakura sorriu com sua face alterando para uma mais alegre.

“Mais ou menos. Foi a partir desse não silenciamento que Nagato se juntou a nós numa social dessas da vida. Ele é amigo de Konan, e é assumidamente homossexual, o que me encantava um pouco pela liberdade que parecia pairar ao seu redor. Queria isso pra mim também, sabe? De não precisar fingir ou esconder. Mas se eu soubesse quem ele era de verdade, teria ido embora na mesma hora que ele chegou, só pra evitar os traumas e as dores de cabeça.”

“Sério? Quer dizer, você não teria vivido esse amor?” A rosada perguntou, curiosa, e Itachi negou veemente com a cabeça.

“Não, porque aquilo não era amor. Hoje em dia posso te afirmar com tranquilidade que já tive relações, com mulheres e homens inclusive, que foram muito mais sinceros, sabe? No caso de Nagato, as coisas eram unilaterais e ele me fazia acreditar que se por acaso existisse algum problema conosco, provavelmente era minha culpa. E o pior: eu não sei como, mas sempre acabava concordando com ele, entrando em seu joguinho... Tu acredita nisso?”

“Acredito. Uma pessoa assim é capaz de tudo.” Sakura respondeu de forma semelhante à de Itachi na noite anterior, e ele percebeu isso, dando um sorriso sem graça.

“Imagino que o término tenha sido conturbado, então...” Ela acrescentou, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Ele reparou no movimento e demorou a respondê-la, só se tocando tempos depois e afirmando com a cabeça.

“Bastante, até. Nós tínhamos um relacionamento fechado, só que pelo visto não significava nada pra ele, que me traiu na frente de todo mundo num barzinho agitado daqui.” Itachi respondeu com a cara enfezada.

“Putz, sério?” Sakura indagou, incrédula. O rapaz confirmou depois de bufar.

“Sim! E ainda usou várias merdas como argumentos, sobre como ele fez isso porque se sentia inseguro comigo por ser bi, essas coisas tão atrasadas quanto o preconceito num todo... Uma merda. Mas felizmente aconteceu pra que eu desse o ponto final mesmo. Nada a ver ficar num lugar onde não te aceitam como você é, te colocando abaixo de esterco e ainda chamando aquilo de amor.”

“Nem fala...” Sakura comentou, olhando para a janela. Houve um momento de silêncio no qual o moreno encarava a jovem, com certa agonia no peito.

“Algo me diz que você entende bem isso, não é?” Itachi perguntou, olhando o rosto de Sakura se alterar para uma feição amarga, com um sorriso sem humor.

“Infelizmente sim. E fico me perguntando como pude perder tanto tempo numa situação dessas. Francamente...” E riu, desgostosa.

“Eu demorei o dobro seu tempo para perceber isso. Não é foda? Três anos que eu poderia ter aproveitado de outra forma, mas não. Tive que lidar com uma pessoa tão infeliz e inescrupulosa como Sasori que nem sei o que dizer...” Ela divagou, encarando as próprias unhas.

“Eu diria escroto, babaca, manipulador... Um merda mesmo.” Itachi concluiu, e Sakura gargalhou ao concordar.

“Cada vez mais assertivo, Uchiha. Parabéns!” Ela disse cruzando as pernas enquanto batia palmas leves. Estava sorrindo e Itachi fez o mesmo, porém não evitou em reparar no destaque que as coxas grossas tiveram com aquela posição. As meias pretas que ele lhe emprestara caíram perfeitamente em suas pernas, que eram cobertas pelo pano pouco antes do joelho.

          Itachi ficou encarando pelo que julgou ser tempo demais e umedeceu os lábios ao desviar o olhar para a janela, pigarreando de forma desconfortável. Estranhava a mudança de temperatura debaixo dos seus cabelos e desfez o enlace para fazer um novo. E foi assim que sentiu a nuca levemente molhada de suor, apesar do clima nada quente naquele escritório.

          Ele estava com as pernas levemente abertas enquanto se concentrava em seu ato, apesar de ficar nervoso ao constatar que a imagem de Sakura a todo tempo vinha à sua mente – e se ele bem quisesse, era só olhá-la de novo, naquela mesma posição, usando as roupas dele de uma forma tão despojada, natural, simples... sexy.

          Repreendeu a si mesmo com aqueles pensamentos e nem se permitiu refletir; apenas levantou num impulso e pegou os potes de cup noodles vazios, colocando-os na lixeira. Se olhasse para frente antes de se levantar da cadeira, veria uma Sakura atenta aos detalhes de seu ato, reparando em como os anos fizeram bem à Itachi.

O corpo alongara, perdendo aquela aparência de adolescente. Itachi era um homem feito, de traços marcantes e presença forte, e os cabelos lhe davam um toque a mais, um verdadeiro charme que ajudava a emoldurar as feições bem desenhadas.

Sakura estava observando suas costas quando ele abriu a geladeira, buscando sabe-se lá o que – talvez se livrar daquele mal estar e daquele calor que começava a chamuscá-lo – e tratou de buscar algo para se refrescar.

“Você quer beber alguma coisa?” Ele perguntou ao enfiar a cabeça para dentro da geladeira, pegando uma garrafa d’água.

“Ah, tanto faz. Água está bom.” Sakura respondeu e ele acenou com a cabeça, segurando a porta e dispondo a água em dois copos, devolvendo a garrafa para a geladeira. Ele pegou os copos e estava se virando quando Sakura o surpreendeu, aparecendo logo a seu lado ao colocar alguns utensílios na pia.

Ele se assustou e deu um pequeno pulo, fazendo um pouco de água dos copos pular em cima de ambos.

“Meu Deus, o que foi isso? Tá devendo, garoto?” Sakura perguntou rindo da cena e o moreno bufou antes de rir também.

“Porra, você vem igual a uma assombração! Quer o que?” E colocou os copos na pia, pegando a base da sua blusa e levantando para secar seu rosto, deixando seu abdômen desnudo.

          Ele fez isso inconscientemente, e Sakura que estava rindo, parou de fazê-lo na hora que deu de cara com o torso nu de Itachi. Quando o rapaz tirou a cara da blusa, pegou a rosada o encarando com a boca entreaberta, e ele franziu o cenho, até que algo passou pela sua mente.

“Ah, foi mal! Vem cá.” Ele disse enquanto segurava o rosto de Sakura e o enxugava com as mangas da sua blusa.

          Era engraçada a forma cuidadosa que Itachi fazia as coisas, principalmente em como segurava sua face enquanto a secava com o tecido de algodão. Era engraçado também a sensação que surgia dentro da jovem ao reparar em como o sorriso de Itachi tendia puxar mais para o lado direito que o esquerdo, deixando suas feições harmônicas, idiossincráticas.

          Itachi sempre fora alguém que transmitia a sensação de familiaridade, de casa. Mas era inegável que nas últimas 24 horas, aquilo tinha adquirido outro nível; mais profundo, mais certeza daquilo que já era verdade para Sakura. Ela estava reparando nas pintas miúdas que ele tinha perto da base do nariz, quando ambos ouviram o barulho da porta se abrir e o Uchiha mais novo passar pela mesma, com uma bolsa de mercado pesada na mão.

“Caralho Itachi, você enfiou esse celular aonde, porra? To te ligando há...” E parou depois que notou que o irmão não estava sozinho. Colocou a bolsa no chão e sua cara era de surpresa.

“Pô, foi mal, não sabia que você tinha visita.” O tom da voz de Sasuke mudou completamente, ficando sem graça e até fez uma careta sem perceber, vendo apenas as costas da jovem diante do irmão.

E a situação não poderia ser mais constrangedora; a blusa de Itachi levemente pra cima, Sakura com apenas um blusão e meias, e o mais velho segurando o rosto da moça tão perto que dificilmente pensariam algo sem “segundas intenções”.

Sakura deu um passo para trás e se virou para o Uchiha caçula, que arregalou os olhos e abriu a boca em choque.

“E desde quando eu sou visita, garoto?” A rosada abriu um sorriso e foi andando de braços abertos até Sasuke, que gaguejava sem parar, olhando dela para o irmão.

“S-Sakura! Porra, é você? Que que você tá fazendo aqui?” E a abraçou ainda sem jeito, tentando ser cordial ao mesmo tempo que buscava digerir a situação estranha.

“Nossa, quanta receptividade hein Uchiha?” Ela brincou, dando uns tapinhas nos ombros dele e saindo do abraço, colocando as mãos na cintura.

“Porra, foi mal, é que eu estou muito chocado cara. Tipo, eu não vejo você há anos, e aí do nada você tá aqui, com o Itachi, juntos, meio que... Uau!” Sasuke gesticulava sem saber onde enfiar a cara e o sorriso de Sakura sumiu quando entendeu o que ele queria dizer.

“Ah! Não, não!” Ela explicou rindo e Itachi se ajeitou, vindo ao encontro do irmão, rindo de nervoso também.

“Tu entendeu errado, maninho.” O mais velho se pronunciou, apoiando uma mão no ombro do mais novo. “Sakura chegou ontem à noite, pouco antes do Café fechar. Eu a convidei para tomar um chocolate quente e comer alguma coisa, ficamos papeando até tarde da noite quando a chuva torrencial caiu. Então decidimos dormir no escritório e estamos aguardando o tempo melhorar. Só isso.”

“É, e Itachi me emprestou umas roupas para eu não ter que dormir com as minhas e poder tomar um banho digno. Entende?” Sakura acrescentou sorridente e o silêncio se estabeleceu.

          Sasuke piscou várias vezes para o irmão, e depois encarou a amiga. Olhou para o irmão de novo, e mais uma vez para ela. E então coçou a nuca, completamente envergonhado pelo que sugeriu.

“Puta que pariu, me enterra, mano.” Ele falou olhando pro chão enquanto os outros dois riam da sua fala.

“Relaxa, tá tudo certo! Me fala de você!” Sakura puxou a mão do caçula e ambos sentaram à mesa, Sasuke ainda desconfortável por ter pensado merda.

“Hm, tá tudo bem, nada demais. Ainda tô fazendo a faculdade de direito, tenho tentado manter alimentação regrada e atividades físicas com a minha namorada... E é isso.” Ele deu de ombros, encarando Sakura como se fosse uma novidade.

“Tô sabendo que você virou crossfiteiro, é isso mesmo?” Ela comentou, colocando a mão debaixo do queixo enquanto apoiava o cotovelo na mesa. Itachi veio e sentou ao seu lado.

“Pois é! Que doidera, né? Mas e você, cara? Seu cabelo tá rosa!” Sasuke exclamou, apontando para o cabelo enquanto sorria surpreso.

“Pois é! Gostou?” Sakura perguntou segurando uma mecha entre os dedos.

“Eu achei... legal! Diferente...” O mais novo sorriu, ainda analisando a cabeleira.

“Exótico?” Ela sugeriu, com uma sobrancelha arqueada.

“Isso! Essa é a palavra!” Sasuke afirmou, sorrindo mais aberto.

          Sakura e Itachi se entreolharam e riram.

“Viu só?” Ela apontou para Sasuke, ainda encarando o mais velho, que riu com os braços cruzados.

“Mas é o Sasuke, cara!” Itachi tentou argumentar, e Sakura rolou os olhos.

“Nem tenta defender, sabe que não tem nada a ver.” Ela contra-argumentou, e o moreno ao seu lado suspirou, rindo logo depois.

“É verdade.”

“O quê?” O caçula perguntou, confuso.

“Todos acham meu cabelo exótico, Sasuke. Só Itachi acha que eu estou linda e vou abalar a galera com meu cor-de-rosa.” E ela soltou os cabelos, balançando-os propositalmente perto da cara de Itachi, que riu e a abraçou de supetão.

“Pára de tirar onda com a minha cara, garota! Também não elogio mais!” Ele ameaçou, bagunçando os cabelos dela num carinho na cabeça.

“Porra, não desajeita!” Ela reclamou, tentando se soltar enquanto ele a apertava mais contra si e ambos riam daquela brincadeira.

Aquilo soava tão íntimo aos olhos de Sasuke, que ele se sentiu um intruso ali, mas sem exatamente sentir-se mal; achava legal que o irmão e a amiga agissem como se anos não tivessem distanciado nada entre eles.

“Mas você está bonita também.”

Sasuke se viu dizendo as palavras, enquanto encarava o rosto da rosada, que parou de rir e o olhou. Pigarreou, constrangida por momentaneamente esquecer de sua presença ali, e agradeceu sem graça. Ela e Itachi se desfizeram do abraço, se ajeitando em seus lugares.

“Consertar é pior, maninho.” Itachi quebrou o gelo enquanto Sakura prendia o riso, e Sasuke abriu a boca em protesto.

“Mas eu tô falando sério!”

“Tarde demais, cara.” O irmão pontuou, e o mais novo bufou.

“Mas eu não tô tentando consertar não!”

“Sasuke...” Itachi advertiu, fazendo “tsc tsc tsc” com a boca, e Sakura deu uma risadinha.

“É sério!” O mais novo insistiu.

“Para enquanto dá tempo, aproveita vai.” Itachi sussurrou e Sasuke perdeu a linha.

“Porra Itachi, eu tô sendo sincero! Sakura, você tá gostosa pra caralho!” O caçula apontou a mão aberta na direção da rosada, que o encarou com uma cara engraçada.

“Ih, objetificou o corpo, fez merda maninho. Volta dez casas.” Itachi disse de braços cruzados e negando com a cabeça. Sakura explodiu em gargalhadas e Sasuke segurou a testa com a mão.

“Não foi isso que eu quis dizer! Ai, que merda!”

“Tá tudo bem Sasuke, faz parte. Sakura foi seu primeiro amor, é normal a gente ficar confuso.” Itachi disse enquanto gesticulava com a mão.

“Por que você não vai à merda, Itachi!?” Sasuke disse, levemente irritado.

“Olha o respeito com seu irmão mais velho!” Itachi fingiu estar indignado, e Sakura seguiu rindo daquela cena.

Vendo a feição emburrada de Sasuke, poderia jurar que aquela era a mesma que ele fazia quando o irmão implicava consigo há alguns anos, e riu disso. Algumas coisas nunca mudavam.

“Desculpa, Sakura. O que eu quis dizer é que você está bonita, tá bem?” Sasuke explicou, falando pausadamente, com o rosto vermelho.

“Tá tudo bem, Sasuke. Eu entendi, obrigada.” Ela esticou a mão e acariciou a dele sobre a mesa.

“Moleque só faz merda, cara.” Itachi sussurrou e Sasuke fechou a cara, dando um peteleco bem no meio da testa.

“Ai, caralho!” O mais velho reclamou, e o mais novo sorriu zombeteiro.

“Agora aprende, diabo.” E cruzou os braços, enquanto Sakura ria da situação.

“Porra, tu não vai me defender?” Itachi se virou para a rosada, que deu de ombros com a cara chocada.

“Itachi, você infernizou o Sasuke. Como sempre né.” Ela explicou, fazendo uma cara óbvia.

“Obrigado!” O caçula respondeu e ela piscou para si.

“Caralho, tu é foda hein. Te salvei do machismo, do patriarcado e olha como você agradece?” Ele simulou uma careta brava, e Sakura gargalhou alto.

“Ainda bem que sou letrada em ironia e sarcasmo, viu? Também te amo, seu idiota.” Ela disse, apertando a bochecha dele, que num movimento rápido puxou o braço dela e mordeu, fazendo Sakura entrar em risadas histéricas e implorar pra que ele parasse.

          E novamente, Sasuke sentiu-se estranho ali. Mas sorriu com a cena, vislumbrando coisas que talvez só não estivessem nítidas para os dois à sua frente. Itachi foi o primeiro a notar o olhar do irmão e se recompôs, disfarçando a timidez ao perceber como o caçula lhe olhava e sorria.

          Sakura seguiu seus movimentos, e se ajeitou na cadeira, cruzando as pernas e penteando o cabelo com as mãos. Sasuke reparou nas pernas expostas por algum tempo e desviou o olhar para o irmão, que arqueou uma sobrancelha para si e o mais novo riu, sendo pego pela fiscalização do gavião.

“Ai gente, essas risadas me deram vontade de ir ao banheiro! Licença.” Sakura comentou, se levantando num pulo, deixando os irmãos à sós.

          Sasuke estava com a feição desconfiada e um sorriso ladino no rosto, encarando Itachi, que franziu o cenho.

“O que foi?”

“Não me venha com essa merda de ‘que foi’, Itachi! Sério, tá rolando?” Ele sussurrou com o sorriso se abrindo.

“Não! Não tem nada rolando, cara. A gente é só amigo. Amigo que não se vê há muito tempo.” O mais velho deu de ombros, unindo as mãos em cima da mesa e fugindo do olhar do irmão.

“Porra, Itachi. Sério? Não é só isso. Não é possível que você não esteja vendo direito.” Sasuke rebateu, negando com a cabeça.

“Vendo o que, cara?” Itachi perguntou, confuso e um pouco incomodado com aquela conversa.

“Que vocês estão afim um do outro? Toda essa interação, assim, do nada?” Sasuke sugeriu com as mãos viradas pra cima, falando como se fosse óbvio. E talvez fosse.

“Cara, você tá viajando. A gente só... Se dá bem. Muito bem.” Itachi deu de ombros, pegando um guardanapo e dobrando em nervosismo.

“Bem demais, até. Qual é, cara! Isso não é só saudade. Até porque eu e Sakura éramos inseparáveis, e a gente não tá nessa efusividade toda não!”

“Efusividade? Karin tem feito um ótimo trabalho, maninho. Honestamente falando.” Itachi quis mudar o assunto, mas Sasuke rolou os olhos.

“Para de desvirtuar a conversa, caralho! Tu não mente pra mim não, hein! Eu sei que tu tá afim dela.” O caçula apontou um dedo na direção do irmão, que o olhou sério.

“Não tô não.” Respondeu, sentindo as palavras saírem azedas da boca.

“Tá sim!” Sasuke riu, tendo a confirmação de suas suspeitas ao ver Itachi nervoso. “Relaxa, ela visivelmente tá também.”

“Você tá querendo achar chifre em cabeça de cavalo.” Itachi riu em descrença, negando com a cabeça.

“Ué, cara. Que mal tem nisso? Para pra pensar, vocês dois são livres, Sakura é uma garota incrível, gata pra caralho, vocês tem história, sempre se deram bem! Por que não? E outra, já era hora de você começar a se envolver com outras pessoas desde aquele cara babaca lá.”

“Ei! Eu me envolvi com outras pessoas.” Itachi ralhou, e Sasuke lhe olhou com tédio.

“Sexo desgovernado e casual para superar o chifre não é exatamente o que quero dizer.” O moreno mais novo analisou com os braços cruzados.

“Foda-se, transei pra caralho mesmo. Bons tempos, inclusive.” Itachi sorriu, se lembrando dos dois primeiros meses em que não passava um dia sequer sem dividir o colchão com alguém. O irmão suspirou.

“O que estou dizendo é: se permita viver, sentir. Entende?” Os irmãos se olharam por um tempo e Itachi sorriu, afirmando com a cabeça.

“Ca-ra-lho. A Karin realmente fez um bom trabalho.” Sasuke rolou os olhos e riu.

“Eu não posso negar, ela é foda. Eu gosto muito dela.” Ele falou sincero e Itachi sorriu sincero.

“Eu sei, posso ver isso! Fico feliz por você, irmãozinho. De verdade. É bom quando nos empenhamos para sermos a melhor versão de nós. Não é fácil, mas você tem se saído bem.” Sasuke piscou para o irmão, e deu de ombros.

“Eu faço o que dá. Mas você parece estar inspirado também, falando coisas tão profundas! Porque será, não é mesmo?” E ele cruzou os braços, caçoando do irmão, que discordou.

“Ei, qual é! Eu sempre fui profundo!” Itachi argumentou, e ambos ouviram a porta do banheiro destrancar, com uma Sakura saindo lá de dentro.

“Acho que tinha xixi acumulado desde o século passado.” Ela comentou risonha, e antes de sentar, deslizou as mãos pelo ombro de Itachi, que a seguiu com o olhar.

“Ah, aí tu limpa a mão de xixi em mim? Você é podre, garota!” Ele disse e ela riu incrédula.

“Cara, você não tem jeito! Dá um tem-po!” Ela tentou dar dois tapinhas em si, e ele segurou os pulsos dela com facilidade, sorrindo sarcástico. Ela tentou se soltar e ele cada vez intencionava a feição, nitidamente caçoando de sua incapacidade em se libertar.

“Me larga!” Ela pediu rindo.

“Diga que eu sou lindo.” Ele fez cara exagerada.

“Você é horrível.” Ela disse com tédio.

“Diga que eu sou maravilhoso.” Ele a encarou sorridente.

“Filhote de cruz-credo.” Ela devolveu, fazendo cara de nojo.

“Diga que eu sou o rei da pedra do rei.” Ele insistiu com o cenho franzido.

“Belzebu dos infernos.” Ela respondeu, rolando os olhos.

“Sakura!” Ele exclamou rindo e ela o acompanhou.

“Me solta, perturbado!” E ele atendeu seu pedido, fingindo estar emburrado.

“Vou te soltar só porque achei seu cabelo exótico.” Ele comentou e ela finalmente acertou um tapa em seu ombro.

“Itachi, vai à merda!” Sakura riu, prendendo o cabelo num rabo de cavalo alto.

“O My little poney mais lindo que eu já vi na vida, te juro.” Ele disse e escapou da mão que tentava lhe acertar de novo.

          Sasuke riu daquela cena e se levantou da mesa.

“Ué, já vai?” Sakura parou de rir e o olhou confusa.

“Sim, tenho que fazer algumas coisas.” Ele respondeu sorridente.

“Mas tá tudo suspenso hoje, cara.” Itachi argumentou e Sasuke lhe lançou um olhar incisivo.

“Eu tenho que fazer coisas em casa, irmão. Só vim aqui porque a chuva deu uma pequena estiada e porque vim trazer as compras que você anteontem pediu. Depois a gente acerta isso, preciso ir e aproveitar, antes que meu carro vire canoa, ou pior!” E fez uma pausa dramática e olhou de forma sapeca para os dois. “Ser obrigado a ficar aqui com vocês.”

          O moreno mais velho e a moça abriram a boca para argumentar, mas Sasuke não deu atenção.

“Tchau Sakura, foi bom te ver, aparece um dia lá em casa para conhecer Karin e comer umas comidas boas. Vai ser divertido.” Ela se levantou e ambos se abraçaram ternamente.

“Tchau Uchihinha, se cuida. Avisa quando chegar, tá? Vamos marcar sim, eu levo um vinho bom.”

“Pelo amor de Deus, melhor do que aquele que você me indicou da última vez.”

“Eita, por que?”

“Ele era doce demais, eu odeio vinho doce! Na verdade, não curto doces de maneira geral.” Ele comentou dando de ombros e Sakura arregalou os olhos.

“Oh Deus, isso sempre foi verdade então? Achava que você bancava essa por achar descolado!”

“Não, eu realmente não curto doces.” Sasuke respondeu tediosamente, e Sakura o encarou com estranheza.

“Entendi! Você já está morto por dentro, só não sabe.” Ela repetiu a fala que anteriormente proferiu para Itachi. Este por sua vez, riu por ouví-la novamente.

“Também senti sua falta, querida.” E bagunçou o cabelo rosa de leve, levando um pequeno empurrão da amiga.

“Tchau irmão, depois a gente se fala.” Ele disse ao abraçar Itachi, que concordou num aceno.

“Aproveita a minha deixa, caralho.” Sasuke sussurrou no ouvido de Itachi, que tentou disfarçar o constrangimento em ouvir isso e dar de cara com Sakura os encarando sorridente.

“Claro, maninho. Nos falamos sim.” Ele respondeu automaticamente, sorrindo amarelo.

“Certo, até mais!” Sasuke se despediu e saiu porta a fora, deixando ambos sozinhos.

“Que sorte a nossa ele trazer essas coisas, não?” Sakura perguntou enquanto Itachi mexia na bolsa, retirando alguns alimentos.

“Pois é. Sorte que ele mora aqui perto também.” O moreno disse, cheirando o ramo de cheiro verde antes de colocar na pia. “Adoro isso.”

“Eu também!” Ela comentou alegre. “E aí, o que vamos fazer para jantar?” Ela perguntou, parando atrás dele.

          Itachi se virou com uma peça de queijo na mão, e encarou o rosto de Sakura. A chuva lá fora caía insistente, porém em menor quantidade, conforme Sasuke havia falado. Ele voltou a olhar a rosada, olhou o queijo, viu o baguete em cima da mesa e lhe sorriu.

“Então... Curte fondue?”


Notas Finais


E aí galerooooooo!
Pois é, Sasukinho na área, chegando como? Num momento TENSO porém veio que veio, inclusive abrindo novos caminhos aí né? Colocando umas ideias na cabeça do big brother, apontando umas obviedades hehehehe.

Gostaria de destacar a importância de termos uma rede de apoio em momentos difíceis, né gente? Como faz diferença ter alguém que te escuta, que te aceita como você é, que te respeita e te admira por tudo que você representa e significa. Sakurinha sendo uma pessoa linda e sensata com nosso amado Itachi - e quem sabe sendo um conforto diante de tanta dureza sendo uma pessoa LGBTQIA+.
Ao tempo que Itachi não fica pra trás, sendo um homem cis, bissexual, que a escuta e busca deixá-la confortável diante das feridas do relacionamento abusivo que a rosada viveu.
Precisamos estar sempre rodeadas de pessoas que nos façam sentir bem, que mantenham uma relação saudável e que sejam companheiras - e nem sempre isso está presente na nossa família, ou no nosso entorno. Difícil, eu sei. Mas, é possível buscar encontrar esse apoio em outras pessoas, assim como aparentemente Sakura e Itachi encontraram um no outro. Que bom, né?

E sim, para a alegria da nação mundial, capítulo que vem tem o esperado HENTAI.
Quero ver geral comentando por motivos de: gente eu sou tão insegura com escrita, quem dirá com hentai ;; Por favor, sejam pessoas boas kkkkkkkkkkkk
Até breve! E ah, digam aí o que acharam ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...