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História Bring Me the Mermaids - Sympathy


Escrita por: Blonder

Notas do Autor


EI! <3 <3 DEMOREI DE NOVO, MAS CHEGUEI! HAHAHAHAHHAA *-*
Então, quero agradecer pelos favoritos e comentários LINDOS que tem chegado aqui, devo muito agradecer vocês, porque de fato, sem vocês a fic nem andaria, então muito muito obrigada mesmo! Vocês são demais! Com 22 capítulos a fic tá andando que é uma beleza e vocês são aqueles que fazem ela continuar maravilhosa, então, muito obrigada! <3
Peço imensamente desculpas pela demora, meu computador reviveu - Aleluia irmãos! - e estou conseguindo fazer os capítulos, planejamentos, pesquisas e pá e tá saindo bonitinho!! É pra glorificar de pé irmãos!!! Então é isso, espero que gostei do capítulo, ele tá lindo e tem uma pitada de amizade muito legal ai, além disso, tem um bônus. Jés, se está lendo, então espero que goste mesmo, fiz uma parte lembrando e pensando em você. - Não espere algo romântico dessa frase. u.u
Espero vocês nas notas finais!
Boa leitura meus lindes! <3

Capítulo 22 - Sympathy


~Simpatia

Os dias passavam com poucas mudanças relevantes, os tripulantes trabalhavam incansavelmente pensando em possíveis atitudes que poderiam fazer com que conseguissem se relacionar com a sereia azulada. A opinião sobre a azulada era unânime: ela exalava perigo e isso fazia com que eles tivessem um medo absurdo dela, porém ver que a mesma azulada sorria genuinamente e amavelmente para a loira, os motivava a pensar em planos para se aproximar.

Alguns piratas ousavam criar planos depravados, não ignorando o corpo escultural que Juvia tem, era impossível os homens negarem que não pensavam nela antes de dormir. Outros, querendo seguir os pensamentos de Kana, planejavam se aproximar da sereia azulada de forma natural, plano na qual tinha grandes chances de falhar, uma vez que a azulada não abria brechas para nenhum humano. Entretanto eles não podiam negar: sentiam inveja da Alberona ao ver que ela se aproximava tão simples e espontânea, como se já tivesse amizade com a sereia. E ela sabia disso, a morena fazia questão de mostrar para todos que aos poucos estava se tornando amiga da azulada, repetindo animadamente e convencidamente no deck inferior que não demoraria muito para ter a amizade de duas sereias do navio.

Era engraçado de ver a situação no todo, pois enquanto os piratas no deck inferior ficavam insatisfeitos com a situação naquele momento, a Heartfilia sentia-se alegre por ver que duas de suas amigas estavam se aproximando, ainda mais quando sabia que a vinda de sua amada amiga para o navio foi inesperado e não tão bem-vindo.

Contudo, os tripulantes não eram os únicos que queriam se aproximar da azulada, os líderes ficaram interessados em como Juvia poderia realmente ser, uma vez que a própria Heartfilia se mostra diferente de quando eles a conheceram. Diferente de Kana que conseguia ter qualquer assunto não relevante com a azulada, o trio ficava em dúvida do que conversar com ela.

Naquele momento, os líderes e Natsu se encontravam na cabine lendo todas as cartas que receberam das bases e juntando as informações que receberam, começaram a formular planos que os preparassem para um possível ataque de qualquer frota inimiga. Mesmo diante a tantos problemas, tanto Erza quanto Laxus não paravam de pensar em possibilidade de conseguirem se aproximar de Juvia, o que fazia com que a Strauss se irritasse devido à quantidade de pensamentos que acabava por ouvir, era verdade que ela controlava a telepatia e que se quisesse, poderia escolher não escutar, mas na reunião que estavam fazendo pretendia saber o que cada um pensava para acompanhar e sugerir novas ideias. Irritada por tanto pensamento inútil, bateu fortemente na mesa, chamando a atenção dos três presentes ali.

– Que saco em! Se querem tanto conversar com a sereia vão logo de uma vez, parem de pensar tanta coisa inútil. – Juntou alguns papéis na mesa.

– Não estamos em coisas inúteis! – Defendeu a ruiva recebendo um olhar cético da albina. – Estou pensando no que essa carta quer dizer!

– Erza, vai mesmo tentar mentir pra mim? Eu, que tenho a telepatia? – A ruiva abaixou a cabeça rubra. – E você Laxus?

– Eu o quê? – Andou para a estante e retirou um livro, colocando dentro uma carta que tinha lido. – Nem vem Mira, sabe muito bem que dificilmente vou falar com a sereia. – A albina suspirou em resposta.

Durante toda a tarde seguiu dessa forma, até Mirajane se irritar verdadeiramente com o rumo dos pensamentos e mandar eles para outro lugar que não fosse a cabine. Os dois saíram as pressas antes que a albina descarregasse a raiva neles, sobrando para Natsu aguentar durante toda a tarde a raiva da albina, ele tinha plena consciência de que pensar na sereia azulada faria com que não só a Strauss se irritasse, mas ele também. Desde a última conversa que teve com a azulada, não conseguia ficar calmo diante a ameça explícita que ela fez.

O que achava deveras irritante o jeito que seus líderes estavam querendo fazer, poderia confessar que o que eles queriam da sereia azulada seria totalmente impossível, uma vez que eles sequer foram amigáveis com ela quando chegou. Natsu não conseguia pensar que alguém desse navio, além da Heartfilia, queria começar uma amizade com a azulada.

[…]

Com o passar dos dias, os tripulantes aprenderam a conviver de maneira pacífica com a azulada, embora ainda sintam animados a tentar puxar alguma conversa. Durante a noite, Gray e Levy comentavam com Kana que sentiam certa inveja dela por ver que a morena conseguia conversar sem problemas com a sereia sem que houvesse a possibilidade de algum acidente ocorrer com ela. Fato que fez a Alberona ter ideia um pouco mirabolante.

Assim que amanheceu, a morena levantou um pouco mais cedo que o normal e foi se encontrar com a azulada, mas antes que completasse sua ida, esbarrou com a Heartfilia, não contendo o sorriso ao conseguir reencontrar sua grande amiga. Não que elas não se encontrassem muito, porém não conseguiam manter nenhuma conversa que pudesse matar a saudade de ambas, então logo quando se encontraram, se abraçaram e começaram a conversar.

No meio da conversa, lembrou-se de sua ideia e disse para a loira sobre o que seus amigos disseram noite passada, visto que apenas a Alberona conseguia conversar com Juvia sem que tivesse problemas, e assim que terminou de contar, recebeu a animação e a participação da loira no plano, mas que não poderia ser feito agora, ainda mais com a melhora de Makarov e com as tentativas de entender o que significa as frases que disse antes.

Andaram juntas para próxima da azulada, conversando depois entre elas sobre a melhora do capitão em relação as memórias, a Heartfilia dizia estar feliz ao perceber que tudo estava indo perfeitamente, dali a poucas semanas poderia conversar com outra pessoa além dela e de Juvia.

Não demorou muito e os piratas começaram a aparecer no deck, trabalhando e brigando entre eles, algo comum para a Fairy Tail, Kana se despediu das duas e foi se juntar aos outros.

– Sabe de uma coisa que acho estranho desses humanos? – Juvia falou atraindo a Heartfilia. – Eles brigam por qualquer motivo.

– Estou aqui a mais tempo que você, mas ainda não descobri o motivo disso. – Andou próxima da azulada e juntou suas testas. – Voltarei para o quarto de Makarov, preciso terminar a sessão, ficará bem sozinha? – Ela assentiu em resposta, a loira afastou e sorriu para a amiga. – Voltarei a noite.

Heartfilia

Passava pelos tripulantes sorrindo para cada um, não era muito difícil ser amigável com eles, ainda mais quando alguns eram realmente gentis. O capitão podia usar eles como exemplo e ser gentil e amigável, acredito que seria muito mais fácil a convivência. Percebi uma coisa enquanto passava por eles, o que Kana me disse era realmente verdade, tanto Gray quanto Levy olhavam para nós conversando, querendo participar também da conversa, mas eles não conseguiam arrumar brechas para que isso ocorresse. Bem, isso será resolvido hoje! Só espero que minha amada não resolva fazer algo comigo depois. Ela consegue ser vingativa quando quer.

Estava chegando perto do quarto de Makarov quando ouço meu nome ser chamado, viro para trás vendo Laxus andando rápido para chegar até a mim. Espero paciente antes de abrir a porta do quarto, vejo ele bagunçar o cabelo e ficar levemente rubro. Ele rubro é uma novidade, não tive tempo sequer de comentar isso.

– Fica quieta. – Os olhos acinzentados miraram os meus. – Posso acompanhar você curando meu avô?

Quase assenti, porém a última palavra que ele falou fez com que eu ficasse surpresa. Makarov é o que de Laxus?

– Perdão, pode repetir o que Makarov é seu?

– Avô, não parece? – Neguei com a cabeça ainda surpresa, ele riu sem graça em resposta. – Meu pai e avô dizem que pareço mais com meu bisavô do que qualquer outro parente. – Ficamos em silêncio durante um tempo. – Então… Posso?

Sorri assentindo em reposta, virei para a porta e abri, deixando espaço para que Laxus entrasse, não demorou para que ouvisse a porta sendo fechada. Pedi para que ele ficasse em silêncio durante todo o tempo, ele assentiu e sentou do outro lado da cama. Me aproximei de Makarov, sentei na cama, respirei fundo e fechei meus olhos. Deixei minha mão na testa dele enquanto a outra ficou em cima de seu coração.

Cuimhnigh. – Murmurei.

Senti inicialmente uma quantidade enorme de memórias sendo passadas pela mente de meu amigo, não poderia deixar que nenhuma escapasse, uma vez queria fazer ele saber quem era. Ele conseguia lembrar muito bem de mim e de Juvia, não teria problema para fazê-lo lembrar da época em que estava com ele, entretanto, as memórias antes de nos conhecer são as essenciais, por isso que toda lembrança que fazia alguma referência com seu passado eu trazia a sensação para o corpo.

A melhor forma de se lembrar de algo é ver se seu corpo sente o mesmo. A mente pode esquecer, mas o corpo nunca esquece do que uma vez sentiu e isso era o que me ajudava durante a recuperação. Quando dei por mim, já tinha passado muito tempo, retirei minhas mãos e abri meus olhos, dessa vez não tive a surpresa de encontrar outro par acinzentado olhando para mim.

Olhei para Laxus, encantada por tamanho sentimento que o loiro passava para seu familiar. Toquei em sua mão, ele olhou para mim surpreso e ficou novamente rubro, será que seria vergonhoso mostrar seus sentimentos? Acho que ele deveria aprender que alguns sentimentos são lindos e que sempre devem ser mostrados para os outros.

– Quando era criança, – A voz dele era calma, bem calma comparada com outros dias. – ficava apaixonado pelas histórias contadas por meu avô. Sempre que ele chegava em casa, contava o que a Fairy Tail encontrou e quando percebi, estava querendo me tornar um tripulante da frota, mesmo sendo pirata. – Suspirou. – Foi assustador ver que a mesma pessoa que sempre usei como exemplo, chegar em casa sendo carregada e dizendo coisas sem coerência. – Me senti enrubescer devido a tanta vergonha no momento, sentia muita culpa por ter feito Makarov perder as memórias. Ele olhou para mim e sorriu apertando minha mão. – Não estou te culpando, confesso que fiquei com muita raiva quando descobri que foi você que fez ele ficar assim, mas fico imensamente agradecido ao ver que está fazendo ele melhorar, por isso apenas torço pela melhora do velho. – Senti meus olhos marejarem, passei meus dedos não deixando as lágrimas caírem. Laxus deu um beijo na testa de seu avô. – Melhora logo velho, precisa ver como a Fairy Tail está.

Laxus se levantou e junto com ele, saí do quarto indo em direção ao deck. A sensação de andar ao seu lado era totalmente diferente de quando nos conhecemos, pensar que ficar ao seu lado seria confortante. Chegamos no deck encontrando todos os piratas brigando entre si, enquanto eu ficava chocada tamanha violência, Laxus ria abertamente para a bagunça, só não durou muito a diversão dele.

Alguém muito inteligente jogou alguma coisa em seu rosto e bem… Quem não sentir medo dele, é uma pessoa extremamente corajosa. Suspirei desistindo de tentar entender o motivo de tanta briga, subi a escada e fiquei no lugar de Erza, pela mãe de todos! A Erza também está lá no meio! Temo pela vida dos piratas Fiquei apoiada no batente vendo todos se baterem, olhei para Juvia que estava na outra ponta, e ela olhava para a tripulação tão confusa quanto eu quando conheci eles. Ela olhou para mim e eu a chamei com minha mão, em questão de segundos a azulada estava do meu lado.

Isso fez com que a briga parasse aos poucos e os piratas nos olhassem, mirando mais em Juvia do que em mim. Segui meu olhar para cada tripulante, suas feições confusas, assustadas, surpresas faziam com que um sorriso no meu rosto se abrisse. Era deveras engraçado. Eu e Juvia nos olhamos, cada uma com o sorriso no rosto, prova de nossa diversão para a reação dos humanos.

Começamos a rir nos divertindo por isso, mas tivemos que parar porque eles estavam muito silenciosos, e isso era perigoso. Aprendi quando estava com Makarov e aprendi enquanto estava como sereia, eles em silêncio significava perigo. Rapidamente parei de rir, ouvi a risada de Juvia cessar aos poucos também, assim como eu, ela olhou para a tripulação, porém diferente da forma fria como olhava. Olhei para o lado me surpreendendo que debaixo da camada seca e cruel, havia apenas um pouco de afeição.

– Heartfilia. – Olhei para baixo e vi Erza me chamar. – Como ela foi parar ai? – Apontou para nós. – Tenho absoluta certeza de que ela estava atrás de nós. – E apontou para trás.

– Juvia é uma sereia da água. – Me surpreendi vendo que quem respondeu isso foi a própria Juvia. – Então é fácil transferir meu corpo para onde quiser.

Eles se mostraram mais confusos ainda.

– Mas… a loirinha não é uma sereia da água? – Kana perguntou coçando a cabeça, Juvia meneou a cabeça para os lados em resposta sorrindo. Ela estava se divertindo com as dúvidas. – Muito confuso para minha cabeça.

– Então ela consegue fazer isso também? – Dessa vez foi Laxus quem falou, ele cruzou os braços quando a azulada negou. – Por que ela não consegue?

– Porque ela – Pegou minha mão e levantou um pouco para o alto. – é uma sereia da luz.

[…]

Narradora

Os tripulantes pouco conseguiram entender a resposta que de tão simples, parecia ser tão complexa. Tentavam olhar para seus dois líderes que estavam no deck buscando formas de entender o que Juvia falou, porém não conseguiram captar nada diante dos olhares surpresos que ambos tinham. Não ajudava quando Erza estava sem paciência para tentar pensar no que isso queria dizer.

A tentativa de parar os imbecis de lutarem só resultou em sua entrada na briga, certo de que a ruiva era incrivelmente mais forte que todos os piratas ali, portanto sabiam que a mesma ruiva apenas estava limitando todas as suas habilidades para que pudesse minimizar a briga, o que não obteve muito sucesso quando Laxus entrou na confusão.

Já era noite quando os tripulantes não conseguiram arrancar das duas sereias mais respostas, e de tão cansados pelo exercício anterior feito quanto a desistência deles, os piratas desceram para o deck inferior preparando-se para dormir. Diferente deles, os líderes ficaram no deck tentando entender o que Juvia respondeu para eles, era sem lógica o que a azulada falou sobre ela ser da água e a Heartfilia da luz. As duas são sereias! Como é que a outra não é da água?

– Laxus. – Ele murmurou em resposta. – Minha cabeça tá doendo muito pra pensar, então é com você isso ai. – Ele suspirou em resposta e viu a ruiva entrar para corredor que levava aos seus quartos.

O loiro ainda estava parado no meio deck com os braços cruzados, olhava para o nada tentando juntar com todas as poucas informações que tinha. Mesmo que Mirajane tenha falado com eles sobre o Gildarts falou, a história não se encaixava com o que a sereia azulada tinha falado. Será que era algo relacionado as caudas delas? Porque se fosse, seria ainda mais ilógico do que ele pensava.

As duas sereias desceram da popa rindo, ainda se divertindo com as diversas perguntas feitas, os rostos decepcionados quando perceberam que não teriam mais nenhuma resposta além da que Juvia disse. Passaram pelo Dreyar percebendo o rosto confuso que mantinha e o cenho franzido expressando a raiva que estava começando a ter por não entender absolutamente mais nada. Desistindo também, suspirou e foi em direção ao seu quarto, olhando para a Heartfilia e desejando um “boa noite” silencioso, sendo retribuído com um sorriso dela.

[…]

Ninguém sabia dizer quando ou como começou, mas a sereia azulada se mostrava mais sociável que os últimos dias. Por incentivo, alguns conversavam com ela enquanto Kana ou a Heartfilia estivesse por perto, talvez por pensarem que com elas a azulada se tornava incrivelmente gentil. O pensamento não estava de todo errado.

Juvia amava a Heartfilia, então seria lógico que quando a vissem, as barreiras em que existiam fossem naturalmente dispersadas, os tripulantes conseguiam entender que ambas as sereias tinham uma ligação que eles jamais poderiam compreender. Mas era confuso o motivo de ver a sereia ser agradável com a Alberona, ainda mais quando ela tem uma personalidade peculiar demais para aquelas duas. Entretanto, Juvia não ficou impressionada com a forma que a morena é e como ela se expressa, e sim com a incrível áurea em que tem em sua volta. Sua áurea era tão agradável que fazia com que ela fosse instintivamente para perto de Kana, sentindo-se bem em estar próxima de um humano que, aparentemente, se mostra diferente dos que estavam no navio. Imaginava se esse não era o motivo da loira ser tão próxima da humana.

Naquela noite se encontrava poucos tripulantes no deck mediano, alguns finalizavam os trabalhos enquanto outros apenas conversavam entre si, não estavam surpresos por ver Juvia em pé na proa com seus braços cruzados e olhos fechados. Não podiam negar que sempre se assustavam quando viam a Heartfilia se aproximar dela, e de repente, toda aquela pose fria sumir como se fosse ar.

A Heartfilia tinha terminado outra sessão com Makarov, porém desta vez teve uma melhora considerável, uma vez que eles conseguiram conversar logo após o encanto terminar. Era impossível não segurar o sorriso enquanto caminhava pelo navio, queria poder falar com o capitão que o Dreyar mais velho a melhoria deste estava tão boa que poderiam conversar com ele, porém temia que ele tivesse um surto da quantidade de pessoas que poderiam querer entrar no quarto, então planejou contar apenas para Laxus sobre o que estava ocorrendo.

Pensou em passar no quarto de Laxus, porém imaginou que ele estaria descansado depois do dia cheio de trabalhos que o loiro tinha. Ela estava certa, visto que ele estava realmente descansando, apenas não estava sozinho. A Heartfilia saiu da ala dos líderes passando pelos tripulantes, parando por pouco tempo para conversar com eles, querendo saber como estavam, afinal não conseguia muito tempo além de sentir falta deles. Sentia falta de quando estava no deck inferior e conseguia conversar livremente com todos eles.

– Tentarei fazer uma visita a vocês. – Prometeu sorrindo e se despediu deles indo em direção a Juvia.

As duas trocaram abraços e sentaram na proa, conversando sobre o que os acontecimentos do dia, a loira se surpreendeu quando ouviu que a azulada sentia curiosidade de saber como eram os humanos daquele navio, dizia estar com medo deles por ver que eram tão diferentes uns dos outros. Sentimento compreendido pela Heartfilia, ela sentia-se assim nos primeiros dias, limitou-se apenas a concordar e sorrir para sua amiga, finalmente conseguiria colocar o plano que Kana e ela tinham em prática.

– Por que não desce e conversa com eles? – A azulada olhou descrente para ela e negou com a cabeça. – Mas Juvia, você quer conhecê-los não é?

– Eles são fedorentos demais! Mal consigo ficar perto deles, imagina no mesmo espaço. – Balançou a cabeça negativamente novamente. – Nem pensar, não sei como não sente. – A loira revirou os olhos em resposta.

– Vá conhecê-los, verá que são maravilhosos.

– É, tão maravilhosos como o capitão deles. – Ironizou e a outra bufou. – Oras! Todos são iguais!

– Não são iguais Juvia! – Levantou-se da proa e ficou de frente da amiga. – Kana é exemplo! É verdade que os pensamentos de alguns são assustadores, ações ainda mais, – Enrubesceu ao lembrar de Gray há algumas semanas atrás*. – porém eles são gentis e incríveis, se permitir a entrada deles, verá que são humanos tão diferente daqueles víamos nos cais. – Ambas ficaram em silêncio para depois Juvia quebrar o silêncio.

– Se diz tanto… Por que o capitão deles é tão horrível e grosseiro?

– Não sei, porém sei que os que estão abaixo de nós são maravilhosos. – Pegou as mãos da azulada. – Desça e permita que eles conversem com vocês. Por mim! – Completou antes que ela dissesse mais alguma coisa.

– As vezes detesto te amar tanto. – Juvia beijou a testa da Heartfilia e foi em direção a escada que levava para o deck inferior.

Ficou parada durante muito tempo até criar coragem, respirou bem fundo e, olhando esperançosamente para a loira esperando que a impedisse, desceu ouvindo as vozes que os humanos tinham. Se não soubesse o quanto aquele ato poderia mudar bastante coisa depois, a Heartfilia impediria sem pensar duas vezes, a amava muito para que a fizesse sofrer mais do que já fez sofrer.

Voltou a sentar na proa, deliciando-se com o silêncio feito no deck. Parecia que havia passado muito tempo desde que conseguiu ter um tempo apenas para si, visto que ultimamente tem se dividido para outras pessoas além dos próprios tripulantes. Olhou para o céu balançando suas pernas, sentia seu calcanhar bater na madeira do navio, não sentia dor por balançar extremamente fraco, não saberia dizer o que sentia perceber que naquele momento estava como humana.

Obviamente percebeu as mudanças drásticas em seu novo corpo, o sono extremo, o cansaço que vinha apenas por usar simples encantamentos, necessidades que antes não tinha, havia novas sensações em seu corpo que, apenas depois de semanas depois de transformada, parecia que ter sido sereia antes era algo surreal.

Ouviu passos próximo de si, ficando ligeiramente surpresa ao que a pessoa ali era Natsu, ainda se assustava quando o via aparecer no deck, visto que dificilmente saía de sua cabine. Olhou rapidamente para o rosado que vinha próximo de si e voltou a encarar o céu cheio de estrelas acima de si. Percebeu o rosado sentar do seu lado, mas não iniciou uma conversa ou olhou novamente para ele. Não havia necessidade.

Parecia que era no silêncio que eles se entendiam, as palavras não eram necessárias, e depois de dias sem terem se vistos, o silêncio, para eles, estava confortante.

Natsu, assim como a Heartfilia, olhava para o céu estrelado, oras ou outras olhava rapidamente para a sereia do seu lado, a via balançar os pés como uma criança, o rosto sorridente, os olhos castanhos brilhantes e cheios de vida. Ele sentia uma pequena inveja dela por isso, ele não tinha mais aqueles brilhos nos olhos.

Um vento fraco começou a soprar, não sentiu frio por estar com capa, mas percebeu que a loira começou a se arrepiar, levantou-se da popa e foi em direção a sua cabine, pegou uma manta e voltou depois sentando-se do lado dela novamente, visto que ela sequer olhou para ele, colocou o pano sobre os braços dela.

Por não prestar atenção a sua volta, se assustou com o toque do rosado e com o pano em cima de si, virou assustada para ele, sendo surpreendida por um sorriso no rosto dele.

– Parecia que estava com frio. – Falou antes que a loira começasse a falar, viu ela se aconchegar na manta e ambos voltaram a olhar para o céu. – Quando era criança, acreditava que as estrelas eram luminárias, – Começou chamando a atenção da loira. – e quando amanhecia, achava que alguém muito alto conseguia apagar as luminárias. – Virou seu rosto para ela que o olhava surpresa. – Não sabia quem era, mas tinha um grande respeito.

– O que são luminárias? – Perguntou curiosa. Queria perguntar sobre quando ele era criança, mas se conteve.

– É o que usamos para iluminar um lugar que está muito escuro. – Ela abriu a boca em surpresa e voltou a olhar para o céu.

– Não tenho memórias de quando era criança, as únicas que tenho são recorrentes do que fiz até agora. – Fez uma pausa. – Mas… Lembro como se fosse ontem quando saía para me divertir com minhas irmãs, principalmente nesse horário, – Voltou a olhar para o rosado, desta vez com sorriso no rosto. – sempre íamos descobrir o mundo dos humanos, mesmo que não fosse permitido.

– Você falou de suas irmãs antes. – Dobrou o joelho e apoiou o cotovelo nele. – Sempre ficaram juntas? – Ela assentiu novamente. – Por que nenhuma apareceu até agora? – Perguntou levantando a sobrancelha.

– O que está dizendo Natsu? – Apontou em direção a escada para o deck inferior. – Juvia é uma das minhas irmãs. – Riu da feição chocada dele.

– Tão diferentes. – Murmurou, porém a Heartfilia ouviu.

– Não compartilhamos sangue. – Levantou se afastando um pouco e depois virou ficando na sua frente. – Compartilhamos sentimentos, memórias e lágrimas, por isso somos irmãs. Família não é formada apenas por sangue Natsu. – Sorriu ao ver que ele ainda mantinha o rosto chocado. Voltou a sentar do seu lado.

Ficaram conversando até perceberem que precisavam dormir, o sono começou a aparecer, levantaram e se despediram indo cada um para seu quarto. A Heartfilia, pensando sobre a diferente noite que teve com Natsu, não percebeu que tinha levado a manta em que ele entregou com ela. Em seus pensamentos, pensava se ele não estava se aproximando por algum motivo relacionado ao tesouro, o rosado e ela não conseguiriam ter uma conversa saudável sem que tivesse um motivo por trás disso.

Se pegou pensando na forma calma que ele conversava, o jeito engraçado de Natsu falar sobre seu passado, o que fazia quando era criança e se sentiu lisonjeada quando ouviu um pouco de quando ele citou seu passado com a Fairy Tail. Pelo que conversou com Mirajane e Kana, dificilmente ele fala dessa época, visto que foi uma época bastante complicada para Natsu.

Os pensamentos de ambos não eram diferentes naquela noite, sem que percebessem, um pequeno laço entre eles gradativamente começou a surgir. 


Notas Finais


*Popa: A popa ou ré é a secção traseira de uma embarcação, sendo tecnicamente definida como a área construída entre o painel de popa e as alhetas da embarcação (fonte: wikipedia.com)
Ei tchuchucos! <3 Gostaram do capítulo? Particularmente, fiquei apaixonada por ele. Tanto laço sendo formado. <3 Então, primeiramente, agradecer novamente pelos lindos favoritos e comentários que tenho recebido, vocês são demais e eu amo muito vocês. Segundo, se tiver algum errinho gramatical e outros, me desculpes e por favor me avisem, para que possa ser consertado. Terceiro, quero lembrar que existe grupo no whats, meio doido e ninguém presta naquele lugar (<3), mas é um grupo onde todos são bem vindes! Agora, de novo, gostaram do capítulo? ><
A amizade da Juvia e a Heartfilia é tão LINDA!!! Kana e Mira não tiveram muita participação dessa vez, mas busquei focar em outros personagens, como Laxus. Hehe Makarov daqui a pouco voltando pra vida, precisa né meu povo. :D Deixei umas coisas divertidas, como a explicação da Juvia para a Heartfilia e ela, e isso quero ler o que pensam. ((: Fairy Tail sendo Fairy Tail, se não brigar não é a guilda, né? Tem algo muito muito fofo que amei escrever, que foi a parte da áurea da Kana, achei a coisa linda. >< Não posso esquecer da Juvia indo para o deck inferior se encontrar com o povo. Hehehehehehehehe Próximo capítulo tem o encontro dela com a tripulação, isso vai ser legal de fazer. (;
E agora outra parte lindinha: Natsu e a Heartfilia. Muito fofo né? >< Fiquei apaixonada por essa parte também! Os dois tão calminhos, sem brigas, e Natsu sendo fofo com ela *--------------* Achei lindo demais!
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo!
Amo vocês!
Beeijos! <3


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