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História Bring Me the Mermaids - Relantionships


Escrita por: Blonder

Notas do Autor


DESCULPAAAAAAAAA! SÉRIO! DE VERDADE!!! MAS TENHO DESCULPA!! 1) Faculdade tomou todo o meu tempo; 2) O capítulo ficou ENORME, e pra ele ficar assim fiz muitas pesquisas; 3) Refiz muitas partes e 4) Confesso que em alguns momentos não tive vontade de escrever. Quem está no grupo da fic acompanhou isso e mais coisas que aconteceram no decorrer do tempo. Mil desculpas gente! Não estou abandonando a fic nem nada, sou apaixonada por ela afinal. <3 Obrigada pelos favoritos e comentários maravilhosos. <3 <3 <3 Okay, agora três coisas:
1) Não vão no google tradutor, todas as traduções vão estar nas notas finais;
2) Não pesquisem sobre os seres, eles serão falados nos capítulos posteriores e
3) Leiam as notas finais.

Capítulo 24 - Relantionships


LER NOTAS INICIAIS!!!!!!!

~Relacionamentos

As crianças têm uma velha brincadeira de fingirem serem de outros lugares, fosse um país que eles não conheciam, fosse um lugar inventado. Muitas das vezes tomavam parte das lendas que eram contadas pelos homens e faziam da rua seu palco. E por mais que fosse apenas uma simples brincadeira, as crianças gostavam da sensação de criar outro lugar, outra pessoa, um novo modo de falar e agir. Gostavam de serem de outro mundo, mesmo que fosse no imaginário.

Quando criança, Erza Scallet vivia em um simples vilarejo. Não sabia quantas pessoas moravam naquele local, mas sabia que havia menos do que gostava de acreditar. Sua cidade era esquecida por muitos, porém mesmo que não fosse muito conhecido, aparecia viajantes cansados de viagens que acabavam por ficar nas tabernas contando sobre o mundo afora.

As histórias eram tão fascinantes que a ruiva e seus amigos brincavam sobre o que ouviam. Roupas, modos de falar e de se comportar eram repetidos com tanto ânimo, que sequer se lembravam da realidade. Por vezes, algumas lendas também eram utilizadas, outras eram mescladas com as crenças locais. Costumava dizer que quando brincava, sentia-se pertencente ao mundo em que inventava, a tornando uma legítima rainha daquele lugar.

Nunca imaginou que suas memórias infantis seriam relembradas quando adulta. Não do modo como pensou. Agora, com vinte e cinco anos, sentia que estava no meio de uma brincadeira de criança. O sorriso travesso da Heartfilia enquanto olhava para os dois na cabine a fazia repensar sobre o que vinha acontecendo com ela. As brincadeiras que antes fazia agora estavam ocorrendo naquele momento. Riria se a situação permitisse.

– Como assim mundos? – Natsu indagou. – Não está ficando louca Heartfilia? – A loira revirou os olhos.

– Se apenas considera o local onde vive, então conhece apenas um. – Juvia respondeu olhando para o rosado. – Porém para aqueles que conhecem o segredo, sabem que existem outros mundos além do nosso*. – Sentou-se na cadeira próxima. – Isso não é loucura humano.

O silêncio se fez na cabine. Assim como Natsu, Erza tentava absorver o que tinha ouvido. Era estranho ouvir que existe outra dimensão que é diferente da sua. Será que ficaram muito tempo no mar?

– Não sei o que é mais estranho. – Eles olharam para Mirajane. – Ter duas sereias falando isso ou tudo acontecer com a gente e ainda duvidarmos. – Fechou a porta atrás de si e encostou-se. – Expliquem isso direito. – Cruzou os braços e as duas sereias suspiraram.

– Não é tão fácil Mira. – A Heartfilia suspirou. – Existem mundos que são diferentes do seu. – A albina a olhou confusa e a loira se aproximou da azulada. Colocou uma mão no ombro da outra e ambas sorriram. – Por exemplo, não pertencemos somente ao seu mundo, somos de vários.

– E o que a existência desses mundos tem a ver com as pistas? – Perguntou Natsu ignorando a fala da sereia. – Como chegou nessa conclusão?

Ele sabia que, se quisesse aprofundar mais seus conhecimentos sobre o que a Heartfilia falou, era preciso apenas continuar o assunto, porém não pensou em saber sobre o local de onde vieram e sim das pistas para o tesouro. Os três humanos as olhavam com misto de confusão e ceticismo. É certo que aconteceu diversos eventos nas quais eles não conseguiam saber e que apareceram criaturas nas quais eles não acreditavam, mas falar que mundos alternativos existem, exigia algo a mais da mente deles que eles não tinham.

– Bem… Na frase anterior às dos cristais, fala sobre fogo. E não é o fogo normal de humanos e sim pertencente as criaturas mais belas que conheço. – Parou um tempo observando as feições dos humanos. – Porém essas criaturas não pertencem a este local – Apontou para baixo. – e sim em outro mundo. – Andou para a janela e olhou para fora. O trio a seguia com seu olhar. – A única forma que me lembrava de ir até eles era a convencional, e até achar uma entrada gastaríamos todas as suas vidas humanas. – Olhou novamente para eles. – Além de, nenhum de vocês estarem preparados o suficiente para que encontrem outros lendários.

– Ainda mais Ele. – Os olhos voltaram para Juvia. – Se agirem com tanta arrogância com quem vamos encontrar, pode ter certeza que não saem vivos. – Juvia fitou Natsu. – Certeza que Ele o mataria se dirigisse a palavra de forma incorreta.

– É você que será morta se continuar desse jeito.

A albina riu divertida do pensamento que ouviu do rosado, atraindo a atenção de todos. Ela deu de ombros ainda rindo. Não podia negar, o fato de ver seu capitão raivoso todas as vezes em que alguém lhe tratava ou olhava com desdém, sentia seu humor aumentar e ter vontade de rir. A Strauss o conheceu quando estava em uma das sedes da frota com Gildarts, o achava sossegado demais para alguém que queria participar da Fairy Tail. Ela achava deveras engraçado um nobre fluente no meio de piratas. Jamais passou por sua cabeça que aquele jovem viraria seu capitão.

Novamente o fez silêncio no lugar, porém cada um tinha sua mente trabalhando. Mirajane pensava no que a Heartfilia disse anteriormente, mesmo que o rosado tivesse feito a tentativa de desviar o assunto, ela ainda pensara em como as duas sereias não pertenciam o local onde vive.

Tinha a certeza de que moravam no mar, isso era certo, agora como elas de repente não seriam mais “daqui”? Tinha que existir uma explicação. Tentou repassar em sua mente todas as conversas que teve com a Heartfilia, tinha a sensação de que ela deu uma informação importante que foi passada despercebida. Ou talvez era algo relacionado ao que a sereia fazia? Podia ter algo a ver com a magia dela.

Não pode completar seus pensamentos, foi interrompida por duas batidas na porta. Desencostou da porta e a abriu, deu passagem para Laxus e o observou sentar silenciosamente na cadeira. Tentou ler sua mente para entender o motivo dele ter ficado quieto, porém foi interrompida novamente.

– E como fazemos para ir a esse mundo? – Olhou para a ruiva. – Para onde devemos ir?

– Vamos para aquelas que passam pelos mundos sem a permissão dos deuses. – Passou a mão na cabeça e olhou para Juvia. – Parece que vamos criar uma guerra Juvia. – A outra suspirou.

– Guerra? – As sereias concordaram e Laxus levantou uma sobrancelha. – Como vão criar uma guerra?

– Simples humano. – Juvia levantou da cadeira e andou em direção a porta. – Vamos matar algumas espécies.

E saiu da sala deixando os líderes confusos.

[…]

Se tem algo em que todos os tripulantes sabiam dizer com toda certeza era: não existe nada mais assustador que Mirajane Strauss e Erza Scallet juntas. A ruiva era nervosa, explodia com uma facilidade que os assustava, já a albina era calma, porém quando nervosa, ninguém queria estar por perto. No deck, os piratas não ousavam brigar com as duas líderes os observando, sequer tentavam conversar com Juvia.

Esta, que observava os humanos, se divertia com o comportamento deles. Bastava um olhar daquelas duas humanas que todos eles tremiam de medo. Parecia ela e suas irmãs quando o pai e mãe de todos descobriram que as sereias aprontaram, a diferença é que elas não ligavam e ou repetiam a bagunça ou pioravam a situação. Se fosse para analisar, elas não eram de seguir regras. Riu ao perceber os tripulantes suspirarem assim que Mirajane desceu do deck superior e sumiu entrando para o corredor interno. A humana albina não dava tanto medo assim, pelo menos para ela.

Sentada na proa dirigiu seu olhar para o horizonte. Diferente da Heartfilia que sempre gostou de olhar para as estrelas, ela gostava de encarar o horizonte. Aquela linha contínua e sem fim parecia clamar por sua presença, a ordenando que se transformasse e fosse descobrir o que quer que esteja lá. Suas irmãs e ela sempre gostaram de explorar, tanto Juvia quanto a Heartfilia eram as que mais gostavam de descobrir sobre o mundo humano. Embora a azulada tenha um vasto conhecimento sobre a humanidade.

 – O que tanto olha? – Assustou-se com a voz grossa próxima de si e virou para ver quem é. Ficou surpresa ao perceber que era o mesmo humano com a facilidade de ficar indecente.

– Ooh, está vestido. – Declarou com surpresa. Gray coçou a cabeça sem graça.

– Milagres acontecem. – O moreno riu um pouco, porém vendo que não estava sendo acompanhado, tratou de começar logo o assunto. – Então… O que tanto olha para aqueles lados?

– Não sei como é para vocês humanos… – Respondeu depois de um tempo. – Mas sempre que olho para o limiar, tenho a sensação de que tem algo que preciso descobrir o que é. – Jogou o corpo para trás deixando suas mãos segurando o peso e começou a balançar suas pernas. – E existe tanto para descobrir que ficar parada me deixa agoniada. – Gray apoiou os cotovelos na proa e olhou para a azulada sorrindo. Juvia percebeu e perguntou: – Por que está sorrindo?

– Se não detestasse tanto a gente e se tivesse a marca, poderia falar que é uma das tripulantes da Fairy Tail. – Ela sorriu em resposta.

– Não detesto tanto, apenas desgosto em algumas situações. – Gray levantou uma sobrancelha. – Veja bem, vocês maltrataram minha irmã, tentaram me atacar, conseguem ser irritantes e além disso fedem. – Sorriu zombeteira. – São muitos motivos para que eu não os aceite.

Ele coçou a cabeça novamente sem graça e a abaixou. Voltaram a ficar em silêncio, cada um olhando para outra direção. Em alguns momentos o moreno tentava puxar assunto, porém falhava em sua pequena missão. Depois de várias tentativas, desistiu de pensar em como prosseguir o assunto e ficou calado junto de Juvia, apreciando apenas o momento.

Olhou para frente vendo seus amigos andarem de um lado para o outro no deck trabalhando, olhou para cima e viu que Erza o encarava sério com uma ameaça contida. Seu corpo se arrepiou pelo medo contido. Juvia, que percebeu a tremedeira, começou a rir.

– Por que está rindo? – Ela tampou a boca com a mão tentado fazer parar, porém não funcionou e continuou a rir. – Em, me responde.

– Vocês quando estão com medo daquela humana é muito engraçado. – Virou a cabeça para Gray. – Veja, – Tocou no braço dele. – está tremendo e ela apenas olhou para você.

– É Erza, quem não fica com medo dela? – Se defendeu. – Não existe uma pessoa que não sinta medo dela. – Ela sorriu convencida. – Nunca enfrentou a fúria dela para ver como é que é. Quando pune, ela faz aquilo. – Tremeu novamente e a azulada ficou curiosa.

– O que é aquilo? – Ele negou várias vezes. Persistiu mais algumas vezes, e o Fullbuster sempre negando. – Isso não é justo! Humano, me conte!

– Gray. – O moreno falou e ela virou a cabeça para o lado sem entender. – Meu nome é Gray, não humano. – Sorriu para a azulada. – Todos nós temos um nome, e é injusto eu saber o seu e você não saber o meu.

– Só sabem o meu nome porque ela me chamou assim quando apareci, caso contrário, não saberiam. – Deu de ombros.

– Não tem medo de nós saberem seu nome? – Ela negou e olhou para cima. O céu começou a escurecer. – Por quê?

– Nenhum de vocês tem poder para me controlar. Não tenho com o que me preocupar.

– Mas a Heartfilia parece ser mais forte que você. – Juvia assentiu. – E parece que ela é controlada.

– Controlada? Ela, controlada? – Virou para Gray novamente e começou a rir. Riu tanto que os marujos a olhavam confusos. – Acredito que nunca ouvi tanta estupidez em tantos anos de vida. Diga-me Gray, sabe o nome dela? – Ele negou. – Como controla ela sem saber seu nome?

– Mas ela sempre demonstrou medo por nós.

– Medo não é controle. – Franziu o cenho. – Realmente, há vários motivos para desgostarem de todos vocês. – Ficaram em silêncio novamente. – Quando diz seu nome para alguém, está permitindo que te conheçam. Quer dizer que confia o suficiente para deixar com que entre a sua vida. – Suspirou pesadamente. – Infelizmente alguns resolvem controlar.

– Isso quer dizer que controlamos a Heartfilia? – Juvia negou e levantou. – Quer dizer o quê? – Ela olhou para trás e direcionou seus olhos azuis para os negros.

– Quer dizer que nenhum de vocês é digno de confiança.

Não chegou a ouvir resposta de Gray, assim que respondeu foi em direção ao corredor interno. Queria ver se Makarov estava bom para conversar, visto que a sessão de cura ocorreu pela manhã. Gray, por outro lado, ficou sentado na popa pensando na conversa que teve. Engraçado, quando teve a festa no navio sentia como se a Heartfilia já pertencesse a frota, porém não pensou que não saber o nome dela significasse que não tinha sua confiança.

Sentiu vontade de ir atrás da loira e pedir seu nome. Era realmente injusto. A loira sabia seu nome, mas ele não sabia o dela. Apenas Kana sabia, isso queria dizer que ela era digna e ele não?

Seu humor, que antes estava animado por ter conseguido conversar com a azulada, dissipou quando dúvidas começaram a surgir sobre sua amizade com a Heartfilia. Levantou da popa e andou em direção ao deck inferior, precisava de um tempo sozinho.

[…]

Pela primeira vez em meses, Mirajane sentiu que a telepatia falhava. Conseguia ler os pensamentos, saber quem são as pessoas, sentir energia. Estava tudo tranquilo, até não conseguir ler o que Laxus estava pensando. Parecia que ele simplesmente travou os pensamentos, e a albina se revoltou com isso. Como assim ela não conseguia ler a mente dele? Precisava perguntar isso para a Heartfilia.

Abriu a porta do quarto não ficando surpresa ao vê-lo sentado na mesa lendo os milhões de papéis que havia. Desde que começou a compartilhar o quarto com ele, não ter papéis naquela mesa era um acontecimento milagroso. Sentou na cama cansada e passou a observar Laxus trabalhando, se perguntava como ele conseguia ficar tão sensual enquanto concentrado. Mordeu os lábios tentada a atrapalhá-lo para se amarem novamente, porém sabia que isso dificultaria os pensamentos em que ele estava tendo agora, então para não levantar da cama e começar o que pretendia, limitou-se a deitar e observar o teto. Prazer ela poderia obter a noite quando desse o horário de dormir.

Lembrou do que ouviu da Heartfilia mais cedo. Forçou suas memórias a lembrar de todas as conversas que teve com a loira, tinha que haver alguma coisa que pudesse explicar o que ela disse. “Não pertencemos somente ao seu mundo, somos de vários.” Certo. A sereia disse que existem entradas, então quer dizer que elas passavam por essas entradas. Se elas conseguem, então as passagens ficam no fundo do mar. Talvez por isso gastariam todas as vidas humanas até que encontrassem uma.

Isso fazia mais sentido. Agora, como elas pertencem a vários?

Novamente naquele dia não pode completar seus pensamentos. Parecia que hoje não era o dia de conseguir completar suas teorias, mas não teve o direito de ficar nervosa. Na verdade, Mirajane não quis ficar nervosa.

Os beijos suaves e tentadores em seu pescoço fazia com que seu corpo se arrepiasse. Laxus intercalava entre leves mordidas e beijos, proporcionando apenas o começo do prazer que ela sabia que receberia. Tentou colocar as mãos na cabeleira loira, porém ambas foram colocadas acima de sua cabeça. Levantou o rosto permitindo que os beijos se aprofundassem. Sentiu os lábios beijarem sua bochecha, e a fim de sentir eles com os dela, virou o rosto para o mais dos primitivos dos beijos.

– Você tão séria me deixa louco. – Sussurrou depois do beijo.

Laxus beijou o queixo dela, descendo lentamente pelo corpo da albina, provocando pequenos arrepios. Moveu sua mão livre para o corpete dela, passou a mão por cima do corpo e apertando em alguns momentos. A moveu novamente para o seio da albina, apertou levemente e a ouviu arfar. Ansioso pelo toque, colocou a mão para trás puxando fortemente as cordas que prendiam o corpete.

Sua mão habilidosa rapidamente desamarrou as tiras puxando a peça e a jogando no chão. Levantou para observar o corpo abaixo do seu. Os cabelos brancos de Mirajane espalhados na cama, as mãos presas e seu busto descoberto. Levantou os olhos cheios de luxúria para o rosto que o olhava em desejo, sentiu seu membro pulsar quando a viu morder os lábios. Desceu vagarosamente aproximando seus rostos e ao estar próximo, a beijou furiosamente, mostrando o quão excitado estava.

Sua mão apertou fortemente o seio, e quando sentiu falta do ar, Laxus não perdeu tempo para se recuperar. Passou o rosto pelo pescoço deixando marcas para que todos soubessem mais uma vez a quem ela pertencia. Não querendo ser deixada para trás na brincadeira, a Strauss contornou as pernas pela cintura de Laxus e aproximou suas intimidades.

O contato fizeram ambos gemer. Mirajane apertou suas pernas na cintura e sorriu convencida ao perceber que ele estava acordado para ela. Se tivesse a possibilidade de ter suas mãos soltas, poderia sentir ele pulsando, mas ela sabia muito bem que quando ele decidisse dominar, não havia pedido que o fizesse trocar de ideia, mesmo que isso pudesse trazer prazer.

Sentiu a língua de Laxus contornar seus seios e gemeu quando sentiu sua língua e a mão dele. O Dreyar desceu sua mão para o short em que ela usava, passando levemente a mão por cima da intimidade da Strauss. Deu um último beijo nos seios e desceu passando a língua pelo corpo dela, os olhos azulados o encaravam ansiosos.

Percebeu que sua amada tentava soltar as mãos presas, porém forçou mais ainda o aperto. O problema maior era, pelo menos para a Strauss, Laxus quando queria provocar faria até que sentisse que não aguentaria mais. E para ela, que adorava senti-lo, as preliminares demoravam mais do que o necessário.

Para tocar mais, retirou as penas dela de sua cintura e puxou as tiras que prendiam o short. Enquanto retirava a peça, Laxus passava a mão na perna da albina, massageando levemente. Sentir ela entorpecida apenas para ele causava um sentimento presunçoso. Mirajane demonstrava em seu corpo que ela ficava excitada apenas com seus toques, e por saber disso fazia com que ele aumentasse a provocação.

Livre de obstáculos, moveu a boca para a intimidade. O primeiro beijo e mordida em sua intimidade, a Strauss não conseguiu evitar o gemido. Para não permitir muitos movimentos, soltou as mãos da albina e a segurou fortemente pela cintura. Sua língua passava pela intimidade molhada, oras sugando oras mordendo levemente. Penetrou a língua pela intimidade, a ouviu gemer alto e sentiu satisfeito quando sua cabeça ser empurrada para mais perto. A ordem explícita para não parar.

Porém Laxus tinha um objetivo em mente: ele queria fazê-la gozar. Penetrou dois dedos na cavidade molhada, e junto com a boca, trabalhou para poder dar prazer. Se antes a albina não conseguia se segurar, aquele momento tornou-se impossível. Os gemidos se tornavam mais altos a cada movimento, sentia que encontraria o céu mais rápido do que planejara.

Querendo provocar, parou de utilizar a língua e subiu com a boca parando em seus seios, sugando-os fortemente. Não demorou muito para que ela alcançasse o orgasmo.

Sentiu o líquido em seus dedos, os levando a sua boca e lambeu sentindo o gosto. Olhou para Mirajane ficando maravilhado com a cena. O rosto vermelho com a boca aberta buscando ar, os olhos azuis o fitando em luxúria, os braços abertos, o corpo desnudo. Aquele corpo era dele.

Abaixou para próximo do rosto dela, beijou os lábios finalizando com uma mordida. Moveu sua boca para a orelha, a sugando e mordendo levemente.

– O que quer? – Sussurrou.

Ele não ouviu a resposta. Mirajane, aproveitando a proximidade, retirou a blusa dele e logo começou a retirar a calça. Tentou falhadamente trocar de lugar com ele, porém só o ouviu estalar a língua para depois senti-la em seu pescoço. Com suas mãos livres, as passou pelo corpo dele, marcando com sua unha o prazer em que estava sentindo. Passou a mão pelo abdome e antes que pudesse chegar no membro acordado, sentiu suas mãos serem puxadas novamente.

Acreditou que ele a penetraria, porém diferente do que pensava, ele começou a provocar passando seu membro por sua entrada, quando parecia que colocaria, desviava e passava apenas pelos lábios.

– Quer ser minha novamente Mira? – A albina assentiu sofridamente. – Não quer que eu continue assim? – Ela negou e o puxou para um beijo.

Não aguentando também, penetrou segurando fortemente a cintura dela. Não conseguiu segurar o gemido quando sentiu a entrada dela apertar seu membro. Tão apertada, tão deliciosa e tão sua. Os movimentos inicialmente eram lentos apenas para provocar, mas visto que não estava conseguindo se controlar, iniciou a movimentar rapidamente.

Levantou uma perna da albina e aprofundou nas penetrações, o que fez com que Mirajane gemesse mais ainda pelo contato que estava tendo em sua intimidade. Laxus grunhiu ao sentir as unhas da mulher em seu corpo.

O Dreyar percebeu que Mira estava novamente próxima do ápice e tornou a aumentar a velocidade. Sentiu depois o líquido e logo depois permitiu-se derramar dentro dela. Deitou em cima de Mira sem retirar seu membro. A Strauss o abraçou pela cintura e o beijou carinhosamente em sua bochecha. Ficaram dessa forma até que pudessem respirar calmamente.

Retirou o membro, deitou do lado da albina e a puxou para que pudesse ficar em cima de si. Ofegantes pelo exercício e cansados pelo dia que tiveram, caíram em sono profundo.

[…]

Era meio complicado tentar entender o que as sereias tanto conversavam. Alguns curiosos chegavam perto querendo descobrir qual língua falavam, porém saíam da conversa mais confusos ainda. E aumentava mais ainda a curiosidade quando ambas as sereias olhavam para a ruiva no deck superior. Além de confuso era incomum, nenhuma das duas olhavam tanto para Erza quanto naquele momento.

Os marujos se olhavam criando suposições sobre as possibilidades das sereias estarem a fim de sua vice capitã, porém eram logo reprimidos tanto por Kana quanto por Levy. Elas diziam ser impossível um romance ocorrer entre as três porque não tinham proximidade o suficiente para terem algo perto de uma relação. Ainda mais vindo da vice capitã, que parecia fazer o inferno com qualquer um que quisesse ser o companheiro dela.

Jeg tror ikke, hun er klar. – Juvia falou olhando para Erza.

Lad os være ærlige, her er det den mest forberedt. – A Heartfilia cruzou os braços e olhou para o céu. – Erza tror vil gøre godt med dimensionerne.

De vil dræbe hende. Og du ved det. – Cruzou os braços. – Der er et eksisterende væsen, der kan gå gennem Bluecap.

A loira abaixou a cabeça, o sorriso de escárnio acompanhava o rosto. Mirou a azulada e abriu os braços.

Der. Og du ved det. – Imitou. As duas se miraram e a azulada suspirou. – Det vil være let at komme ind, men overlade det til være kompliceret.

Let at komme? – Juvia abriu o sorriso de lado, não acreditando no que ouviu. – Hvordan forventer du af det? Det er bare et menneske. Vil blive dræbt ved første lejlighed. En snap og – Estalou os dedos. – vil ikke se et menneske igen.

Der er en måde.

A azulada mirou os olhos azuis para os castanhos, enquanto os seus exalavam fúria constante, as de sua amiga exalavam calmaria. Era algo no mínimo intrigante: duas criaturas da mesma espécie, porém de naturezas completamente diferentes.

Nej.

– Juvia! – Exclamou a loira.

Må ikke give mig Juvia. – Apontou para a amiga com a mão. – Hvad enten tilfældigt dør? De hader dig, da optrådte med sin magiske lille ven. – A Heartfilia abriu a boca. – Forsøg ikke at forsvare det! Han havde været forkert, når han forsøgte at få fat i en af juvelerne, og du har til hensigt at gøre det samme. – Andou em direção a amiga e pegou suas mãos. – Hvorfor gør vi så meget for dem? – Acariciou o rosto. – Du ved godt, hvad der vil ske med far og mor til alle. – Aproximou os rostos e sussurrou: – Du ønsker at starte en krig med Bluecap af menneskelige grunde, tror jeg ikke på det?

Det er umuligt ikke at tænke Ju... – Sussurrou de volta e juntou as testas. – Men jeg føler, at alt vil arbejde ud. Jeg har lyst ... hvis vi er sammen, kan jeg endelig finde det, jeg søger.

Juvia arregalou os olhos com a declaração, queria tentar argumentar com a Heartfilia, porém o sorriso sereno e os olhos decididos mostravam que nada faria com que ela trocasse de ideia. Desde quando conhece a Heartfilia, tem ouvido que ela estava tentando procurar algo, mas não sabia o que era. Mesmo que tenham conhecido meio mundo, a Heartfilia afirmava com todas as forças que não estava sequer próximo do que procurava. Ela sentia isso, e por esse motivo sempre se permitiu conhecer outros seres e ter novas experiências.

As expressões delas estavam em controversa, cada uma querendo entender o ponto de vista da outra. A loira compreendia o motivo de sua amiga não permitir que cometa tal loucura, e se ela tivesse em sua forma original, com certeza concordaria. Entretanto, desde sua vinda a Fairy Tail a sua forma de pensar tem tomado um rumo completamente diferente. Contudo, a azulada não conseguia definir seu pensamento. Em seu âmago, ficava feliz por saber que a loira finalmente sentia que estava conseguindo ter o que tanto procura, porém o que ela estava propondo poderia quebrar a harmonia que há entre as espécies. Só de pensar no que poderia ocorrer no local onde vive e com suas irmãs lhe dava dor de cabeça.

Venligst Juvia.

A azulada suspirou, por um pequeno momento a Heartfilia achava que ela concordaria. Era um comportamento que a loira acreditava que conseguia fazer com que sua amiga aceitasse seus planos e ideias excêntricas.

Giv mig en nat at tænke så? Når vi mødes jeg vil tale til dig, hvad jeg beslutter. – A loira assentiu sorrindo aliviada, pelo menos ela pensaria.

Fecharam os olhos ainda próximas, para se despedir, a Heartfilia beijou a testa de sua amiga e se retirou para o corredor interno. Assim que não poderia ver sua amiga mais, Juvia encostou-se na borda cansada pela conversa que teve. Sua mente estava confusa, sem chances de conseguir pensar em uma solução. E ela apenas pediu uma noite para pensar. Pelo jeito passaria toda a sua noite olhando o horizonte tentando encontrar uma resposta que a deixe aliviada o suficiente sem que a possibilidade de se arrepender depois, fato que ocorria sempre que decidia ouvir demais a amiga. Já perdeu as contas de quantas vezes o pai e a mãe de todos brigaram com elas e suas irmãs por resolverem seguir os planos mirabolantes da Heartfilia.

Sua atenção foi roubada por um pequeno grupo de piratas que ficaram conversando alto demais para sua vontade. Seus olhos acabaram por mirá-los querendo entender o motivo de tanta algazarra. Viu Kana chegar com sua típica garrafa, e sem perceber, um sorriso surgiu em seu rosto ao ver que a morena abraçava o grupo de forma tão natural, agindo como se fossem amigos íntimos.

A morena olhou para a azulada, que sorriu alegre e a chamou para participar da roda de conversa. Para a surpresa de todos, inclusive da própria sereia, Juvia andou para o grupo. Ela não sabia dizer se era pelo fato de, naquele momento, ela estar se sentindo sozinha ou se era por sua mente estar completamente confusa. Sua única certeza era que precisa pensar, e talvez Kana e seus amigos a ajudem nisso.

Kana Alberona

Chamei Juvia para passar a noite comigo e triste do jeito que ela tava, acho que precisa e muito de companhia. Descemos primeiro que o grupinho imbecil, como da primeira vez, todo mundo olhou para ela como se fosse algo muito estranho. Tá certo que ela é meio assustadora, mas não precisa de tudo isso. Percebi que ela ficou desconfortável, mas não a deixei sozinha, passei meu braço pelo dela e juntas fomos para minha rede. Sentamos juntas para conversar, pensei em chamar Levy, mas ela tava lendo e Gajeel parecia estar se preparando para atrapalhar a leitura. Isso eu quero ver. Juvia poderia estar triste, mas não tinha como perder isso. Assoviei para Gray e Bisca apontando com a cabeça a direção do casal.

– Juvia, presta atenção no que o monte de metal vai fazer. – Sussurrei no ouvido dela. Ela olhou confusa na mesma direção.

A baixinha passava as páginas tranquila e concentrada, acreditando que nada vai acontecer com ela. Coitada. Com o companheiro que tem ainda me pergunto como que arruma tempo para ler. Gajeel começou a tocar na barriga dela, cada toque era um movimento da baixinha para fugir dele. Ela olhou para trás e ele deitou na rede, como se fosse o inocente da história. Se diz inocente mas é o capeta em forma de pessoa.

Ela voltou a ler com toda a paciência do mundo, quando o amante colocou a mão no chão e começou a balançar a rede de um lado para o outro. Cada vez mais forte e mais alto. Levy deu uma balançada que quase cai da rede, ela fechou o livro e olhou para Gajeel, que só colocou os braços atrás da cabeça e sorriu para ela.

– Quer parar? Sei que é você.

– Eu não fiz nada! – Ela cerrou os olhos. – Estou apenas deitado aqui, inocentemente.

– Inocentemente? Você nem sabe o que essa palavra significa! – Ele serrou os lábios ficando nervoso. – Gajeel você é o demônio em pessoa. – Abriu o livro novamente. – Fique quieto, quero ler.

Vendo que não conseguiria de forma tranquila, começou a irritar a garota de verdade. Estilo Gajeel. Bagunçou o cabelo dela para que os óculos caíssem, depois puxou a faixa para trás e claro, os toques na barriga só aumentaram. Não demorou para que ela começasse a rir e o livro caísse no chão, e não só o livro, Levy caiu com tudo no chão também. E pior, para que nada acontecesse com o objeto, a baixinha caiu de cara no chão enquanto os braços ficaram levantados tentando proteger o livro. Todo mundo explodiu em gargalhadas. Olhei para o lado e vi que Juvia tampava a boca para não rir. Ah amiga, participe, foi engraçado ver a baixinha caindo no chão, ria a vontade.

Gajeel, sempre delicado, levantou da rede e se abaixou. A ingênua da azulada achou que ele a ajudaria a se levantar, parece que não conhece o demônio, só pode. Ele abaixou, só que pegou o livro, deu um beijo na testa dela e deitou na rede abrindo uma página qualquer. Ela olhava para ele não acreditando no que aconteceu, os olhos e boca muito abertos olhando para o chão e para o companheiro.

– Vai continuar no chão baixinha? Se bem que… – Colocou a mão no queixo e sorriu largamente. – Não foi muito difícil você chegar ai né.

– GAJEEL!

A baixinha se enervou e levantou com tudo pulando em cima dele, dando tapas e socos que dificilmente deixariam o companheiro machucado. Ela tentando machucar e o Redfox só rindo. Ele tentou se proteger com o livro, mas Levy só tirou da mão dele e usou como arma. Rapidamente ele trocou de posição com ela e, oh oh agora não é uma coisa boa de se observar.

Chamei Bisca e Gray com a mão, os dois vieram e taparam a visão dos amassos. Tenho muitos anos de vida para saber que a azulada do meu lado é totalmente santa. Se a loirinha ficava vermelhinha só com Gray nu, imagina se elas veem e ouvem Gajeel e Levy a noite. Nunca mais na vida delas vão olhar para a gente amavelmente, pelo menos a loirinha. Começamos a conversar falando qualquer coisa só para matar o tempo, só que não importava a quantidade de assunto que a gente falava, Juvia tava muito distante de nós, parecia que o momento descontraído foi totalmente destruído.

– Está tudo bem? – Ela assentiu. – Então porque não para de olhar para o nada? – Ela olhou para mim meio surpresa, meio perdida.

– Juvia… Não sabe o que fazer. – Colocou as duas mãos no rosto e abaixou a cabeça.

– Sobre?

– Sobre nada. – Suspirou. – Apenas preciso pensar. – Cutuquei seu braço e ela olhou para mim.

– Se precisar de ajuda, pode me chamar. – Sorri abertamente para ela.

– Ou chame a gente. – Bisca falou apontando para ela e Gray. – Nunca deve confiar em uma bêbada.

– Como assim Bis? Pode sim confiar em uma pessoa bêbada. – Cruzei os braços. – Só não confie nas peladas, não é Gray?

Ele levantou a sobrancelha e abaixou a cabeça pensando que eu estava apenas brincando com ele.

– AH MERDA! – Vai idiota.

O moreno olhou em volta tentando achar as roupas, vendo que não estavam perto, resolveu procurar em volta. Missão do Fullbuster: achar suas roupas. Isso era quase todo dia. O único problema do Gray era que ele conseguia ficar pelado em questões de segundos e é com uma facilidade que nem ele percebe quando tira as roupas. Eu e Bisca ríamos enquanto Juvia estava em silêncio. Olhei para o lado pensando que ela estaria séria ou algo do tipo, mas fiquei surpresa ao ver que seu rosto estava vermelho. Bem vermelho. Oh oh, achei algo para me divertir.

– Que foi Juvinha? – Cutuquei nela. – Tá vermelhinha por quê? – Ela virou pra mim rápido.

– N-não estou vermelha! – Olhou para o lado e ficou mais vermelha. Que divertido! – Não estou vermelha! – Falou mais alto.

Sorri maliciosamente para ela e olhei para a esverdeada, que rapidamente entendeu o que eu queria fazer. Bis sentou do outro lado da rede, ficando do lado de Juvia. Bebi mais, cutuquei de novo a azulada e junto comigo Bis começou a rir. A provocação durou muito tempo, porque a azulada não olhava para mim e nem para a esverdeada. A sereia não conseguia nem olhar para frente, porque havia uma pessoa desnuda por ai procurando suas roupas. Melhorou quando o moreno passou por nós perguntando se vimos a blusa dele, só faltou a coitada desmaiar.

– Que gracinha! – A Connell abraçou a azulada. – Querida, se acha Gray bonito deveria ver as outras belezuras que temos. – Levantei uma sobrancelha. – Cala a boca Kana, nós temos gente bonita sim.

– Se está falando do seu marido – Apontei para ela. – talvez está certa. – Ela cerrou os olhos. – É seu marido né esperta, não vou ficar berrando que ele é bonito. Vai que você me corta quando a gente for dormir, eu em. – Ela rolou os olhos.

– Não imbecil, estou dizendo outras belezuras. – Ela continuava a abraçar Juvia, que até agora não mostrou desprezo. – Não temos apenas Gray de homem bonito.

É realmente, Gajeel é um exemplo disso. O cara é cheio de piercing e tem uma risada estranha, mas o corpo dele é maravilhoso e parece ser bom de cama. Levy é muito sortuda. Tem o Elfman também, mas ele é um cara meio bizarro, vive gritando “coisa de homem!” por ai, quem sabe nessa viagem que ele tá fazendo não consiga aumentar sua maturidade. O capitão também não é lá de se jogar fora, ele tem a minha idade e se não fosse meu capitão, provavelmente já teria dormido com ele.

Para o meu azar ou sorte, ele é o capitão. Sorte porque Lisanna dizia que Natsu é muito violento quando está estressado e ela sempre era a que sofria no final. Azar porque ir pra cama com ele deve ser muito bom. Conversar isso com Lisanna sempre foi engraçado, até porque ela é a irmã da Mira e a albina mais velha sequer sabe do antigo relacionamento dos dois. Se bem que com o poder da mente que ela tem, é possível que tenha descoberto muitas coisas. Hum… Acho que metade aqui pode receber umas punições na semana.

Deitei no espaço que tinha e eu e as meninas acabamos por ficar conversando. Alguns momentos parecia mesmo que a sereia se perdia, porque ela meio que não respondia mais a gente, quando falava era quando havia pergunta. Depois de muito tempo Gray voltou para perto da gente, dessa vez vestido. De novo vi Juvia ficar vermelha, mas dessa vez não tentei provocar ela, amanhã faço isso. Passamos horas conversando, só que com o nudista aqui com a gente, ela pouco falava. Então quando parecia estar em dúvida sobre a conversa, algum de nós três explicava para ela.

– Mas sabe o que eu acho, Erza é muito estressada. Ela precisa relaxar.

– Gray, vocês não param de brigar um minuto. – Bisca olhava para ele cética. – Como quer que ela não seja estressada?!

– Mas eu não faço nada! – Exclamou jogando os braços para o alto e eu e Bis olhamos para ele sérias. – Tá, tá bom, de vez em quando sou culpado. – Baixou a cabeça enquanto nós ríamos. – Mas olha só, regras são feitas para serem quebradas.

Antes de eu começar a brincar com a cara dele, Juvia começou a falar.

– Todas as regras? – Ela olhava diretamente para Gray. – Todas?

– Bem, sim. – Coçou a cabeça. – Pra que você vai proibir sua própria felicidade porque os outros não deixam?

– E se… E se isso trouxer infelicidade aos outros?

– E vai deixar de ser feliz porque o outro não vai ser? – Retrucou o moreno e ela abaixou a cabeça.

Juvia ficou em silêncio, Gray olhou para nós em socorro. Para ele isso tinha sido apenas uma dúvida qualquer, o clima ficou estranho quando ela não falava nada e o moreno ficava mais confuso. Ele não sabia o que fazer. Nem ele e nem nós duas. Eu e Bis nos entreolhamos.

– Acho que depende. – A Connell começou a falar e Juvia olhou para ela. – Se Alzack não conseguir ser feliz, então eu não consigo também. – Ela olhou para o marido que estava longe da gente e sorriu. – Mesmo que seja errado, se ele estiver sorrindo então tudo que fazemos está valendo a pena.

– Mas, e se seus iguais sofrerem por conta dessa felicidade? – Bis arqueou a sobrancelha. – Vale a pena mesmo se todos esses humanos – Abriu um pouco os braços. – estiverem sofrendo? Mesmo se vocês dois estiverem felizes?

– Mas não vamos sofrer. – Levantei da rede ficando do lado de Gray, coloquei minhas mãos na cintura e olhei para a azulada sorrindo. – Somos uma família Juvia, se eles sofrerem nós vamos sofrer também, se eles estiverem felizes, então vamos ficar mais felizes ainda. – Abracei o moreno pelo pescoço enquanto ele me abraçava pela cintura. – Uma família zela por sua felicidade.

Quando terminei de falar reparei que Juvia estava chorando. Fui rapidamente para perto dela, eu e Bisca perguntamos toda hora o que era, mas ela apenas negava. Sentei novamente do seu lado e a abracei, Bisca parece que sentiu a necessidade também de abraçá-la, então logo se juntou a mim. Gray olhava para a gente meio confuso do que fazer, então mandei ele ir embora. Se não vai fazer nada, nem mesmo um carinho, então vá embora.

Ficamos muito tempo abraçadas, quando não ouvimos mais nenhum soluço a soltamos. Juvia levantou a cabeça, limpou as lágrimas com as mãos e fungou muito. Passávamos nossas mãos nas suas costas para tentar passar um pouco de apoio e ela se sentir bem. Devagar ela levantou a cabeça, dava para ver as lágrimas ainda caindo. Juvia colocou a mão na boca e sorriu. Ué, ela não estava até agora chorando muito?

– Que foi Juvia? Por que tá sorrindo? – Ela negou.

– Estava pensando… – Falou baixo e olhou para mim. – Faz séculos que não choro dessa forma, – Olhou para Bis. – então provavelmente está chovendo muito. – Riu um pouco.

– Isso não faz sentido. – Bis olhou pra ela mais confusa do que já estava.

– Sou uma sereia da água. A água é o meu domínio. – Fungou e colocou a mão em frente ao seu corpo. Abriu ela e começou a mover em círculos. – Tudo nesse mundo tem água, até mesmo os mais pequenos seres. – Uma pequena bolha de água surgiu no centro da sua mão. Arfei surpresa. – Consigo controlar muito facilmente.

– Isso é incrível Juvia! – Ela deu de ombros e eu pensei em alguma coisa legal. – Consegue fazer qualquer coisa com a água? – A azulada assentiu ainda olhando para a mão. – Pode fazer uma pequena maldade pra mim? – Ela olhou para mim e sorriu assentindo.

Cheguei próxima de seu ouvido e falei o que queria, Bisca, curiosa do jeito que é, colocou o ouvido do outro lado. Quando terminei, Juvia riu um pouco mais e a Connell colocou as mãos na boca sem acreditar no que pedi. Não sei porque ela não consegue crer nisso, não sou santa nem nada. E outra, não fazer maldade com os amigos não é ser amigo.

Juvia colocou a mão um pouco para cima e um pequeno círculo foi criado no ar. Ela moveu o dedo para frente, fazendo o círculo mover também. A água passou por cima de todo mundo, ninguém olhava para a gente e tenho certeza que nenhum imbecil vai olhar para cima. Não enquanto estiverem acordados.

A minha rede fica em um canto afastada de tudo, é o lugar perfeito para ficar. Quando quero dormir não tem barulho nenhum. Do outro lado fica Gray, e perto dele fica outros piratas, não é longe de onde estou, mas o suficiente para assustar um pouco. Olha que chance única de molhar eles sem que eu seja pega por isso! Parece até que deus mandou Juvia para aqui e gostar da gente. A água ficou em cima de Gray, Alzack, Droy e Jet. Estou me matando de ansiedade. Sabe o pior, o marido da Bisca tá lá e ela nem pra avisar, tá aqui junto comigo sentadinha na rede querendo ver o estrago que vai dar nesse povo. Olha que companheira mais amável. Mas isso vai ser engraçado demais!

– Tem certeza disso Kana? – Sussurrou Juvia e eu e Bis assentimos olhando para a água. – Não vai dar problemas? – Negamos. – Voc…

– Para de perguntar, só joga essa água neles! – Olhamos assustadas para a Levy do nosso lado. – Imagina como eles vão ficar, vai ser legal demais.

Olhei em volta de mim ficando surpresa com a quantidade de pessoa que está do nosso lado. Até Gajeel tá aqui. A sereia deu uma última risada, olhou para os meninos e soltou a mão. A água caiu no grupo e o povo daqui caiu na risada, nem Juvia escapou disso.

– MAS O QUE É ISSO? – Ouvi os meninos gritando. – KAANAAAAA!

Narradora

Juvia jamais admitiria para ninguém, mas pela primeira vez naquela noite sentiu-se bem por estar rodeada de humanos. O sentimento que eles passavam faziam com que ela se lembrasse de suas irmãs, que encontravam-se muito longe. A sensação de lar que recebeu dos piratas naquela noite não seria esquecida tão facilmente pelos dois lados. Aquela noite proporcionou diferentes experiências para os tripulantes e a sereia.

O amanhecer vinha e os tripulantes estavam derrotados devido a cansativa noite que tiveram. A brincadeira de Kana e Juvia apenas serviu para que os tripulantes começassem uma pequena briga, que por milagre, conseguiram ser silenciosos. Eles sabiam que se algum dos líderes aparecessem naquela hora da madrugada, nenhum deles seriam salvos da punição.

Diferente dos tripulantes, Laxus estava acordado terminando de se arrumar e assim descer para o deck inferior. Sua manhã seria completamente normal se não houvesse um singular acontecimento.

O Dreyar achou estranho encontrar Juvia deitada na rede de Kana, não era ela a sereia que os detestava exceto a Heartfilia? Deu de ombros e respirou fundo, pronto para fazer todos aqueles tripulantes sonolentos acordarem para terem o pior dia da vida deles.

Óbvio que era mentira, porém o Dreyar simplesmente adorava passar a sensação de pânico neles, ainda mais quando sabia que a rotina deles era limpar algumas partes do navio e depois descansar o resto do dia. Nunca que ele poderia ter esse privilégio.

– ACORDA BANDO DE PREGUIÇOSOS! – Levantou uma rede e acabou por derrubar um tripulante. – ACHAM QUE PODEM FICAR DORMINDO? – Pisou em cima de um enquanto andava. – BORA, BORA, BORA! – Bateu palmas.

Não demorou um minuto para que todos os tripulantes tenham saído correndo do deck inferior. Laxus sorriu satisfeito com seu trabalho. De fato, não havia nada melhor do que assustar os piratas dessa forma. Olhou em volta para ver se conseguia achar a sereia pelo deck, não duvidava que com a gritaria a azulada tenha se assustado e caído no chão.

Ele esperava que não. Com o humor que a sereia tem, pode ser que em um ataque desses ela resolva acabar com todos eles. E ele, humano fraco que é perante ela, apenas vai rezar para que sua morte seja no mínimo lembrada pelos piratas.

Ouviu o barulho de passos próximos, virou na direção encontrando Juvia caminhando para seu lado. Diferente de Laxus que aparentava bem-disposto, a azulada parecia andar perto da morte. Seus passos lentos e pesados, o rosto franzido devido a dor sentida e a mão na cabeça na tentativa de aliviar. Ela não se lembrava o horário em que foram dormir, mas tinha a certeza de que foi pouquíssimo tempo.

Juvia parou em frente ao loiro e começou a massagear a cabeça com ambas as mãos. O loiro olhou para baixo vendo a diferença da azulada, se perguntava em como uma pessoa poderia mudar de um dia para o outro, ainda mais a sereia que sempre se mostrou tão fechada. O vestido azul estava todo amassado, os cabelos completamente rebeldes, seu rosto havia marcas do tecido da rede, abaixo dos olhos havia um fraco, porém visível contorno preto. Mas ele tinha que confessar, mesmo parecendo estar maltratada, Juvia não perdia sua beleza.

– Costuma acordá-los com tanto barulho? – Perguntou baixo e ele assentiu.

– O que fazia aqui com os piratas? – Cruzou os braços. – Não nos odiava?

– Odiar é uma palavra muito forte. Apenas desgosto em algumas situações. – Ele assentiu novamente entendendo. – Eles me ajudaram a tomar uma decisão.

– Eles? – Perguntou espantado. – Como esses idiotas conseguiram te ajudar nisso? – Apontou para trás.

– Subestima muito a capacidade de seus iguais. – Começaram a andar para a escada. – Aquele em que se espera menos pode demonstrar sábios pensamentos. – Ele assentiu ainda surpreso.

Subiram juntos a escada e rapidamente chegaram no deck mediano. A frente deles, os piratas conversavam animadamente sobre a noite passada. Embora tenham sido acordados de forma brutal, a experiência passada não permitia que sentimentos negativos fossem formados. Laxus, que observava a conversa dos tripulantes, começou a ficar irritado, ele os acordou para que trabalhasse e não para ficarem batendo papo.

Cruzou os braços esperando que eles percebessem quem estava a frente. O que foi ignorado, ainda mais quando todos os tripulantes pareciam extremamente animados sobre a noite anterior. Juvia, por mais que estivesse sentindo dor, permitiu-se a observar o que ocorreria com os piratas. Abriu os olhos devagar, acostumando-se com a luminosidade. Olhou para seu lado, divertindo-se com o nervosismo de Laxus e depois olhou para a tripulação.

– Sobre o que eles estão conversando? – Assustou-se com a voz de Erza. – Ah desculpe, achei que tinha percebido minha presença. – A azulada negou e deu de ombros. – Então, o que estão conversando?

– Provavelmente sobre ontem. – Colocou as mãos na cabeça e começou a massagear. Ah, era tanto barulho. Será que eles não sabiam fazer silêncio?

– Ontem? – Juvia assentiu. – O que aconteceu ontem?

– Ah, você vai adorar isso Erza. – Laxus comentou e deu um passo a frente. – Mas depois você pergunta, primeiro faça esses imbecis trabalharem antes que eu perca a paciência.

– Como se existisse em você. – A ruiva disse revirando os olhos. – Vai para a cabine, Natsu está te chamando.

O loiro assentiu e retirou-se. Diferente do que ocorreu com o líder, apenas a presença da vice capitã fazia com que os piratas sentissem medo e começassem a trabalhar. Era algo engraçado e minimamente interessante. Natsu Dragneel era o capitão da frota e certamente dava medo, apesar disso, nada e ninguém conseguia dar mais medo que Erza Scallet.

A reação dos tripulantes perante a ruiva fez com Juvia risse. Olhou novamente para os tripulantes, e após ter certeza que todos estavam trabalhando, subiu as escadas para o deck superior. Chamou a sereia para acompanhá-la e se surpreendeu quando a azulada subiu junto com ela.

– O que aconteceu ontem? – Erza perguntou curiosa. – Eles só ficam agitados assim quando tem uma festa no navio.

– Ontem… Ontem a noite Juvia foi para onde eles dormem. – A sereia não evitou o constrangimento quando Erza virou a cabeça chocada. – O humano loiro ficou desse jeito também.

– Não… É que… – Passou a mão pelos cabelos. – Não esperávamos isso de você. – Colocou uma mão no ombro da outra. – Sinta-se à vontade para ficar com eles, sei que são incríveis quando querem. – A azulada arregalou os olhos e assentiu encerrando a conversa.

A manhã passou sem problemas, pelo menos para os humanos. A sereia não sabia se arrependia ou se ficava feliz por ter passado a noite com os tripulantes. A dor de cabeça era tanta que não conseguia se concentrar na fala da humana ao seu lado. Para piorar a dor, o sol da tarde jazia presente. Pensou em fazer chover, pelo menos para esconder a luminosidade, porém isso poderia fazer os piratas terem dificuldades nos trabalhos, e por conta desse pensamento, escolheu não utilizar sua magia.

[…]

Durante as semanas que passavam, as sereias eram observadas olhando para a imensidão do céu com total concentração. Imaginavam que estavam aborrecidas por não fazerem nada durante as tardes, elas não poderiam negar que metade dessa afirmação estava correta. Porém diferente do que pensavam, Juvia e a Heartfilia tentavam encontrar fontes de energia que pudessem dá-las direções certas para seguir. Não podiam remar a esmo pelo mar a procura de uma entrada.

Havia dificuldades para conseguir encontrá-las. De todas as criaturas que conhecem, as Bluecap são as que mais odeiam. Era complicado achá-las por estarem em constante movimento, e era necessário saber onde está uma para que pudesse encontrar o local onde elas residem. Se antes era difícil achar as entradas, as sereias concordaram que achar onde elas vivem tornaria um empecilho maior ainda.

Para agravar a situação, o navio não parava durante um segundo e os tripulantes não sabiam ficar quietos. Ser barulhento então era algo para além de característica marcante, era um traço irritante. De tanto barulho durante o dia, as sereias decidiram procurar as energias durante a noite, talvez assim conseguissem sucesso em suas procuras. Então logo quando anoiteceu, foram para a proa do navio e sentaram-se nele. Cruzaram suas pernas, juntaram suas mãos sobre o colo e fecharam os olhos.

Respiravam devagar absorvendo as energias da natureza e dos outros que havia ao seu redor. Concentravam-se aos poucos com o mundo. Suas almas entraram em contato com uma parte que ninguém além dos seres puros de coração poderiam estar. Naquele espaço, as sereias eram capazes de sentir tudo o que havia na terra. Os humanos que viviam tão distantes, as almas que ainda estavam presas, as existências que coexistiam com os humanos.

Liberaram uma parcela de suas energias para que pudessem encontrar as criaturas. Estavam tão conectadas que não perceberam a proximidade dos líderes, estes próximos do corredor interno, e dos poucos tripulantes que resolveram se aventurar pelo deck mediano. Suas respirações calmas retirava a opção de morte.

Devido ao treinamento que teve, Mirajane foi capaz de sentir as oscilações entre as energias de Juvia e a Heartfilia. A albina saiu de seu quarto curiosa com as mudanças repentinas, não pôde esconder a surpresa ao vê-las de tal forma. As energias emanando deram a certeza de quem é a mais forte. Embora Juvia demonstrasse ter uma magia mais desenvolvida e um comportamento superior, a manifestação fraca de energia delas provava justamente o contrário.

A Heartfilia é, sem dúvidas, a mais forte.

Os tripulantes olhavam em curiosidade para as duas sereias, elas não faziam nenhum movimento complexo, apenas a respiração era ouvida. O tempo passava e alguns piratas, cansados de não verem nenhuma mudança, voltaram para o deck inferior. No entanto, os três líderes se mantinham próximos as duas, com os subordinados fora, eles se aproximaram mais ainda. Visto que não havia diferença, e que provavelmente algo estava acontecendo, decidiram atrapalhar para descobrir o que elas estavam tentando fazer.

– Ei. – A loira murmurou. – O que estão fazendo? – Ela abriu os olhos mostrando a coloração dourada e os três deram um passo para trás.

– Estamos tentando achar a direção certa. – Franziu o cenho.

– E precisam liberar tanta energia? – A loira assentiu.

– Precisamos saber onde elas estão Mirajane, e não é somente saber onde uma está. Precisamos atrair para nós. – Percebeu os olhares confusos. – Quando uma acordar do transe, correrá imediatamente para a ilha, e assim saberemos como chegar. – Suspirou. – Mas são inteligentes demais para se permitirem algo assim.

– Quem são elas? – As sereias não responderam e Erza cruzou os braços.

– Será que não estão fazendo errado? – O grupo olhou para o rosado encostado na porta. – Deve haver outra forma de achar… – Balançou as mãos. – Essas criaturas. – Aproximou-se.

– E há, mas…

Juvia não conseguiu terminar de falar. Algo começou a passar em volta do navio, com tanta velocidade que eles não conseguiam saber o que era. Os tripulantes, assustados com a movimentação, saíram do deck inferior as pressas achando que estava começando uma tempestade. Pudera eles tiverem sorte.

Não conseguiram dar muitos passos por algo extenso e largo cobrir as passagens. Os olhos assustaram tentaram procurar por explicações nas sereias, porém ambas olhavam para o mesmo ponto. Um tanto receosos, moveram suas cabeças para cima vagarosamente, encontrando no ar algo fino, mas com certos movimentos e barulhos que não os deixavam pensar racionalmente. A noite sem lua não os permitia visualizar perfeitamente.

O leve respirar sentindo em suas peles, o silvar baixo e ameaçador ouvido os deixavam arrepiados de medo. Alguns imaginavam que sua morte estava tão próxima que talvez devessem fazer seus últimos desejos, mas por medo, não foram capazes de dar sequer um passo. Os olhos do estranho ser se abriram mostrando-se vermelhos.

Impiedosos, frios e hostis.

Os olhos avermelhados passavam pelos humanos no navio, não sabiam se a face do ser estava levantada, mas sentiam a superioridade pelo olhar. Mirajane, seriamente preocupada com sua tripulação, moveu a passos cuidadosos para perto de Juvia. Tentou não fazer barulho para não chamar atenção, imaginava que caso os olhos vermelhos a olhassem não sobreviveria por muito tempo.

– Juvia. – Suspirou e a outra murmurou. – Estamos em perigo?

– Talvez. – Apoiou suas mãos no batente e desceu da proa. Andou para mais próxima da albina. – O que ele está pensando?

– Não quero falar.

– Mirajane. – A azulada mirou os olhos azuis. – Pelo bem da sua vida, é melhor me falar.

A albina respirou fundo: – E imaginar que as duas sereias amantes do pai estariam com humanos. – A sereia azulada franziu o cenho. – Parece que achei meu jantar.

– Maldito. – Sibilou baixo. Fechou os punhos nervosa e andou para a borda do navio. – Quer parecer poderoso para os humanos, nep slang?

– Continuas debochadas como sempre amante do pai. – Assim como sua áurea assustadora, a voz do ser era grossa e impetuosa, combinando perfeitamente com os olhos vermelhos. Juvia, irritada pelo insulto, abaixou o rosto. – Oh, ficais tristes? Não temas, logo essa dor partirás com tua morte. – Riu estrondosamente.

– Não ousas machucá-la Harag. – Os humanos e o ser viraram-se para a Heartfilia, que depois de ouvir a ameaça pôs-se de pé na proa. – Não queira provocar minha fúria.

Os olhos dourados cintilavam em cólera; seus cabelos loiros esvoaçavam devido a pressão de magia; as mãos fechadas em punhos, tão fortes que poderiam machucar. Mesmo diante ao medo, os tripulantes não souberam ocultar o espanto quando viram a Heartfilia andar no ar. Seus passos, ainda que aparentem leves e suaves, mostravam-se tão firmes que juravam ter visto o ar ser quebrado. Apenas quando estava do lado de Juvia que colocou-se no chão. Ao longo dos meses os piratas da Fairy Tail aprenderam que não é inteligente irritar a loira, ainda mais quando os olhos dourados aparecem.

– Caso contrário? – Outro silvo foi ouvido. – Não podes me tocar.

– Quem disse que não? – A loira avançou o passo. – Solte este navio e partas. – Apontou a mão para o alto. – Assim perdoo sua insolência.

Os olhos vermelhos tornaram-se estreitos, o silêncio do navio permitiu com que ouvissem o ser aproximar-se das sereias. Temendo pela vida dos humanos próximos, a Heartfilia impulsionou uma pequena onda de magia que acarretou no afastamento destes, os deixando próximos a outra borda e longe do corpo do ser.

– Não podes me tocar amante do pai, pois não deixas de ser fraca. – Apertou o corpo no navio, pequenos barulhos trincados eram escutados. – Tu nã…

Foi incapaz de continuar por sentir uma imensurável dor em seu corpo. Não bastava ter se irritado pelo insulto, Juvia não deixaria passar o atrevimento provindo do ser. Enquanto os olhos vermelhos miravam nos dourados, a azulada deu passos para atrás aproximando-se do corpo de Harag. Colocou ambas as mãos próximas a pele do ser, e assim puxou-os fortemente para trás. Sangue expelido pintou a madeira do navio.

– Estás esquecendo de algo Harag. – Um pilar de água levantou o corpo da azulada. – Tu não és digno de duelar conosco. – Esticou a mão aberta para baixo em frente ao corpo. Sua mão começou a tremer, e tão rápido quando o primeiro movimento, fechou o punho e ergueu. Sangue saiu da pele do ser. – Conhecerás a morte antes que possa nos tocar.

Por ter sido ferido, Harag retirou seu corpo do navio e elevou sua cabeça. Juntou ar em seus pulmões lançando assim um jato de água quente. O ser esperava que os humanos e as sereias fossem desintegrados, porém não obteve nada além de sentir um chicote em seu rosto. Ele virou novamente para frente enfurecido, preparado para atacar e daquela vez acertar.

Não houve tempo para respirar.

Juvia avançou ficando frente a face, girou levantando sua perna e o acertou fortemente. O corpo foi brutalmente jogado para o lado, a sereia avançou novamente colocando os braços para frente e depois os levantando. Uma pilastra de água formou-se e ergueu o ser, que grunhiu ao perceber que estava dentro do controle da sereia.

– Não ouses mover meu corpo como queiras. – Fixou em Juvia. – Farei arrepender-se.

Avançou na azulada novamente, desviou do chicote d'água que vinha em sua direção e abocanhou fortemente a perna de Juvia. O grito estridente foi ouvido pelos tripulantes, que preocupados com a sereia, aproximaram-se da borda em tentativa de ver o que estava acontecendo.

O ato despertou a fúria em Heartfilia. A loira subiu na beira e elevou-se na altura em que sua irmã estava antes, colocou os pés para trás e deu impulso no ar. Colocou sua mão frente do corpo, fechou e depois socou fortemente o corpo de Harag, que devido a dor sentida, grunhiu de dor e jogou Juvia longe. Por estar abaixo, a Heartfilia levantou sua perna rapidamente, produzindo uma lufada de ar que acertou o maxilar do ser.

Juvia, longe do local de luta, colocou as mãos cuidadosamente em sua perna. Por conseguir manipular a água, a sereia conseguia deixá-la de diversas formas, e deixar em cura não era uma tarefa muito difícil. Espalhou a água em suas mãos, passando elas em partes que estavam gravemente feridas. Choramingou quando sentiu nas aberturas feitas. Ouviu o grunhido do ser, imediatamente moveu seu olhar para a cena preocupada com sua irmã. Não evitou o sorriso quando a viu colocar as mãos no corpo de Harag e depois puxá-las, arrancando não somente a pele, uma grande quantidade de sangue foi jorrado. Incitada a ajudar sua irmã, Juvia respirou fundo e aproximou-se dos dois. Utilizou sua outra perna para acertar a face do ser, sorriu abertamente quando ouviu as presas serem quebradas.

Golpe atrás de golpe foi realizado, as duas sereias lutavam juntamente protegendo-se de ataques que pudessem ferir. Alguns ataques da Heartfilia eram luminosos, permitindo que os tripulantes conseguissem assistir algumas partes. Vê-la coberta de sangue os faziam ficar preocupados achando que pertencia a ela.

O que eles não sabiam é que a sereia se banhava do sangue dele

Cansado e coberto de machucados, Harag tentou uma última vez acertá-las, utilizaria o restante de sua força para atacar e assim fugir. Plano miseravelmente falho. Os olhos vermelhos fixaram nos tons azuis e amarelos que conseguia ver, e quando decidiu se movimentar, assustou-se ao avistar fios dourados próximos de seus olhos passeando pelo ar. A Heartfilia aproximou-se colocando sua mão na testa de Harag e pressionou fortemente.

Shred. – Fechou os olhos intencionando procurar por informações que buscava, ela sabia que Harag tinha conhecimento sobre o que ela e Juvia queriam. Um sorriso imperceptível abriu em seu rosto enquanto o ouvia gritar de dor. Abriu os olhos após alguns segundos, afastou a cabeça e a mão. – Pagarás caro por tê-la machucado. – Pressionou-a novamente mais forte. – Fháil ar chuid eile síoraí.

Quatro correntes de ar transpassaram pelo corpo de Harag que caiu sem vida no mar quando a Heartfilia afastou-se dele e foi em direção a Juvia. A azulada se encontrava caída no mar, não submergia por conta da magia de sustentação que utilizava. Ver os machucados de sua irmã a fazia querer ressuscitar o ser e matá-lo novamente.

Aproximou-se de Juvia e agachou para ajudar no processo de cura, percebeu que estar no mar não facilitaria e então a pegou no colo e voltou para o navio. Os piratas ficaram assustados quando viram os machucados na perna da azulada. Os olhos azuis já não estavam cintilantes e sim marejados; sua respiração ofegante e acelerada revelava a situação em que estava; quando a perna era movimentada, Juvia mordia os lábios para não grunhir.

A Heartfilia a colocou cuidadosamente na madeira do navio. Para tentar ajudar, Kana correu para o deck inferior, pegou rapidamente alguns tecidos e voltou os colocando na cabeça da azulada. Antes que pudesse se afastar, sentiu sua mão ser pega pela Heartfilia.

– Fique. – Os olhos dourados fixaram nos castanhos. – Juvia gosta da sua áurea. – A morena assentiu e sentou do lado de Juvia. A loira respirou fundo e colocou ambas as mãos em cima da perna, apenas o toque fez com que a outra gemesse de dor. – Téigh ar ais go dtí an méid a bhí sé roimh.

As mãos da sereia exalaram brilho enquanto passava por toda a extensão machucada. Inicialmente Juvia sentiu como se agulhas estivessem atravessando seu corpo, e com essa sensação ela não conseguiu segurar o grito. Para escapar da dor começou se mover, porém no primeiro movimento a Heartfilia olhou para dois tripulantes que rapidamente forçaram os braços da sereia no chão.

O processo de cura durou longos minutos, e durante esse tempo os tripulantes ficaram agoniados por ouvirem o sofrimento da azulada. Alguns olhavam para outras direções evitando os olhos azuis que pediam por socorro. Quando acabaram, a Heartfilia se jogou no chão e fechou seus olhos. Os piratas que seguravam Juvia a soltaram e depois repetiram o comportamento da Heartfilia.

– Tá tudo bem? – Kana perguntou alto e as duas assentiram. – Juvia, sente mais dor? – Negou. – Loirinha, sente dor? – Negou também. – Esse sangue todo é de vocês? – Negaram sorrindo e a morena arregalou os rolos. – Estão sorrindo por…?

– Existem muitos motivos, mas o principal é: ele machucou Juvia. – A loira levantou e se apoiou nos braços. – Ninguém nesse mundo pode ousar em machucá-la. – Sorriu serenamente. – Harag estar morto me traz felicidade. – Os tripulantes arregalaram os olhos assustados, não imaginavam ouvir isso de alguém tão calmo. Viu os líderes se aproximarem. – Mova esse navio para o oeste.

– Não precisava achar as criaturas primeiro? – A Heartfilia aumentou o sorriso e negou.

– Harag foi útil ao me entregar essa informação antes de morrer. – Levantou e estendeu a mão para Juvia, que a pegou e levantou também. – Vamos para a ilha Tenrou, o lar das fadas.

Laxus Dreyar

Andei a passos rápidos para o quarto do meu avô, não quero chegar e ver ele dormindo. Abri a porta desesperado para nada. Ele está sentado na cama olhando para a parede. Quando Makarov está dessa forma, com certeza sua mente trabalha no momento. Sempre que via meu avô sentando olhando para a parede, tinha a certeza que ou estava planejando algo ou tentava entender o que ouviu. Nunca dava para saber qual era a situação, mas sempre era uma dessas opções.

– No que está pensando? – Ele olhou para mim e sorriu. Fechei a porta e andei até ele, sentei do seu lado na cama. – Não está velho demais para esquentar sua cabeça?

– Ora! Passou os anos e você não mudou em nada! – Franziu o cenho irritado. – Vinte e sete anos nas costas e ainda não aprendeu a me respeitar. – Dei de ombros e o vi apertar o lençol nervoso. – Humpf!

Não consegui dizer nada depois. Nem eu e nem ele. Parece que todos esses anos em que ficamos sem nos falar nos distanciou, além de enquanto ele esteve no navio, vim pouquíssimas vezes o visitar. Meu avô é, na falta de palavras, a melhor pessoa que conheço. Tenho poucas memórias sobre meus pais, visto que minha mãe faleceu logo após meu nascimento e meu pai resolveu rodar o mundo para sabe deus o que.

Por conta disso, fiquei muito tempo em orfanato. Não podia ficar com outros parentes por eles morarem muito longe e não ter nenhum tipo de contato. Ainda lembro das vezes em que estava brincando com a pirralhada, e quando meu avô chegava para me buscar, saía correndo igual um louco. Ele me pegava no colo e me levava para o que chamamos de casa.

Eu ouvia todas as histórias que ele contava, as ilhas; segredos; mistérios; tudo, ouvia com tanto afinco que me pegava dentro do que ele contava. Tinha coisa que não me falava, como o fato de ser pirata, descobri depois de muito tempo quando a guarda imperial procurava meu avô na cidade e não o encontraram em casa. Fiquei magoado e com muita raiva, sentia que ele não confiava suficiente em mim para dizer um segredo tão importante desses. Pertencíamos um ao outro, foi injusto o que fez.

Conversei muito com as madres do orfanato para entender que ele apenas queria me proteger. A pessoa que se tornou meu exemplo de vida foi ele, e foi seguindo suas ideologias que resolvi ser pirata também. Não foi uma decepção muito grande, meu avô dizia antigamente que ser pirata estava no sangue e que já estava na hora de eu conhecer o mar.

Hoje sinto o peso do tempo que teve em nós dois. Nos afastamos tanto, ele deitado na cama e eu no mar, não conseguia visitá-lo por que quase nunca passávamos pela Austrália, então era muito difícil.

– Quando… – Ele começou a falar. – Quando você decidiu ser pirata, pensei se tinha ensinado direito, afinal… Quem vai querer ser um fora da lei? – Suspirou. – E no final você se tornou um pirata da Fairy Tail.

– Não foi muito difícil pensar no que queria ser. É como disse uma vez vô – Estendi meu braço e bati no antebraço com a outra mão. – está no meu sangue ser pirata. – Sorri para ele. – E também, jamais me daria bem com outra coisa de qualquer forma.

A partir daí engatamos em uma conversa que não tínhamos por anos. Respondi animado todas as perguntas que ele fazia, as aventuras que tivemos quando foi retirado do posto, o que Natsu planejava e como diabos conseguimos capturar a Heartfilia e sua irmã. O que me deixou surpreso, não sabia que Juvia era irmã da sereia, ambas são tão diferentes.

Expliquei pacientemente como capturamos a loira e depois a forma como a azulada apareceu. Primeiro ele ficou nervoso por conta da forma como pegamos ela, e não estranhou quando disse que depois que tínhamos a Heartfilia, fomos pegos por uma terrível tempestade. Riu no final quando contei o jeito que a azulada apareceu, porque de acordo com ele nós merecemos a punição de Juvia. Francamente.

– Nós quase morremos e você ri? – Ele assentiu ainda rindo. – E ainda se diz um de nós.

– Não diga bobagens Laxus, Juvia foi salvar sua amada irmã que tanto era torturada por humanos. – Colocou a mão dele na minha cabeça. – Nós faríamos a mesma coisa se fosse um dos nossos. – Bagunçou meu cabelo e retirou a mão depois. – Como está Mira? Já me deram netos? – Me olhou maliciosamente.

– Não temos tempo para ter filhos.

– MAS JÁ ESTÃO TÃO VELHOS! E SE EU MORRER E NÃO VER MEUS NETOS? – Colocou as duas mãos no rosto em desespero. – A família Dreyar vai demorar para crescer se continuar assim. – Virou pra mim rapidamente. – VAI FAZER FILHOS COM MIRAJANE!

Coloquei minha mão no rosto impaciente, passa os anos e o velho continua a mesma praga de sempre. Desde que comecei a me relacionar com Mira, meu avô diz que precisamos ter herdeiros o mais rápido possível. Quando era apenas casual, brincávamos que estávamos treinando e agora que estamos sérios não temos tempo para ter criança. Ainda mais do jeito que está agora. Não dá para começar uma família no mar e procurando tesouro ao mesmo tempo.

Neguei com a cabeça enquanto ouvia ele murmurar sobre não ter herdeiros, ter me ensinado errado, eu não saber fazer direito. Não vou nem começar a brigar, a coisa não vai ficar bonita se isso continuar.

– Laxus. – Olhei para ele e seu rosto estava sério. – Como é a relação da… – Abaixou a cabeça, negou e subiu novamente. Estranho. – Heartfilia com a tripulação?

– Boa. – Dei de ombros. – Todo mundo conversa muito com ela, as vezes ela faz promessas impossíveis para eles, mas…

– Promessas impossíveis? – Assenti. – Como quais?

– Como ela ir dormir com eles. – Ele abriu um sorriso. – Ela já fez isso antes? – Ele assentiu.

– Passam os anos e ela não muda. Inacreditável. – Fechou os olhos. – E como é a relação dela com Natsu?

– Está estranhamente melhor. Mira que sentiu noite passada a energia dos dois juntos, porém não estava violenta como antes. – Ele assentiu e abriu os olhos.

– Laxus, tenho um pedido para você. – Assenti sério. – Faça com que essa tripulação desista do tesouro. – Levantei uma sobrancelha.

– Por que? Isso é impossível velho. – Ele negou.

– Deve desistir o mais rápido possível, ainda tem chances de conseguir viverem. – Ele olhou para mim e eu entendi.

– A tripulação morta. – Sussurrei surpreso. Essa informação é nova demais para mim. Apoiei minha cabeça na mão. – E foi por isso que ela retirou suas memórias?

– Não. Houve outros motivos além desse. Diferente de vocês, a minha tripulação não teve que seguir nenhuma pista.

– Então quer dizer…

– Quer dizer que fomos recompensados pela graça da Heartfilia e fomos conhecer seu palácio. Estávamos fazendo as preparações para receber o dom, porém algo me dizia que provavelmente não sairia vivo. – Assenti me lembrando do relato no livro. – Não esperávamos por… – Ele colocou a mão na cabeça. – Por…

– Velho!

Ele começou a tossir sangue, não conseguia respirar direito. Levantei da cama para chamar a Heartfilia, mas meu avô segurou minha mão e me puxou muito fraco para o meu lugar. Olhei desesperado para ele, queria e muito soltar a mão dele e correr atrás da sereia. Ela poderia muito bem o curar!

Sentei do seu lado novamente, impedindo todas as minhas vontades absurdas de sair daquele quarto. Esperei muito tempo até que ele pudesse respirar normalmente. Peguei um pedaço do lençol e rasguei, entreguei para meu avô que limpou a boca que sangrava. Makarov encostou-se na cabeceira da cama, seus olhos estavam perdidos.

– Parece que… Não estou permitido a lembrar disso. – Riu e voltou seu olhar a mim. – Laxus. Me prometa. – Coloquei minhas mãos no rosto.

– Pode ao menos me explicar o motivo? – Ele negou e eu suspirei. – Como posso ajudar se não sei o por quê?

– As consequências são piores do que imagina. – Ficamos em silêncio. – A minha perda de memória foi decorrente a minha curiosidade sem fim, não quero pensar no que pode ocorrer com aquele que for receber a graça dos sereianos.

– Mas estamos próximos do tesouro. – Ele negou novamente.

– Duvido seriamente disso. – Cruzou os braços. – A busca pelo tesouro requer mudanças nos tripulantes, não é somente um escolhido e sim vários, e para isso devem passar por testes que mudem suas vidas.

– Os escolhidos são aqueles que fazem as missões? – Negou. – Quem são então?

– São aqueles que recebem talentos. Provavelmente em algum momento da viagem a Heartfilia vai pedir para mandar embora aqueles que já alcançaram a luz em suas almas. – Fechou os olhos. – Os escolhidos será um grupo pequeno, isso tenho certeza. Há poucas pessoas dentro deste navio que receberão os talentos divinos. – Abriu e olhou para mim. – Me escute Laxus, vocês não tem conhecimento do que essa viagem pode trazer a vocês. Faça-os desistir antes que algo pior que a morte apareça.


Notas Finais


*: Retirei essa parte de xxxHolic (:

TRADUÇÕES:

1) Conversa Juvia e Heartfilia:
"– Não acho que ela esteja preparada. – Juvia falou [...]
– Vamos ser francas, daqui ela é a mais preparada. – A Heartfilia [...] – Acredito que Erza se dará bem com as dimensões.
– Elas vão matá-la. E você sabe disso. – Cruzou os braços. – Não há um ser existente que consegue passar pelas Bluecap.
– Existe. E você sabe disso. – Imitou. [...] – Vai ser fácil entrar, mas sair é que será complicado.
– Fácil entrar? – Juvia [...] – Como você espera que ela entre? É apenas uma humana. Será morta na primeira oportunidade. Um piscar de olhos e – Estalou os dedos. – não verá a humana novamente.
– Há um jeito.
– Não.
– Não me venha com Juvia. – Apontou [...] – Quer por acaso morrer? Elas te odeiam desde que apareceu com seu amiguinho mágico. – A Heartfilia [...] – Não tente defendê-lo! Ele já estava errado quando quis pegar uma das joias, e você pretende fazer a mesma coisa. – Andou [...] – Por que está fazendo tanto por eles? – Acariciou [...] – Sabe muito bem o que acontecerá com o pai e a mãe de todos. – Aproximou [...] – Você quer começar uma guerra com as Bluecap por motivos humanos, não pensou nisso?
– É impossível não pensar Ju… – Sussurrou [...] – Mas sinto que tudo vai dar certo. Eu sinto que… Se estivermos juntos, posso finalmente encontrar o que procuro.
– Por favor Juvia.
– Me dê a noite para pensar sim? Quando nos vermos falarei a você o que decidi. – A loira assentiu[...]."

2) Palavras soltas:
Nep slang: falsa serpente;
Shred: fragmente;
Fháil ar chuid eile síoraí: obtenha descanso eterno;
Téigh ar ais go dtí an méid a bhí sé roimh: volte ao que era antes.
FIM TRADUÇÕES.

OIE! TUDO BEM COM VOCÊS? O QUE ACHARAM DAS DOZE MIL PALAVRAS QUE ESSE CAPÍTULO TEVE? SE CANSARAM NÃO NÉ? Ok. Chega do capslock. Vamos conversar. :D Pessoas, tem tanta coisa legal para falar sobre o capítulo de hoje que nem sei por onde começar. :DDD Então, teve um pequeno e singelo Gruvia, não foi lá essas coisas, mas foi fofinho >< Tivemos um hentai da Mira e Laxus, ficou bem pervertida essa parte. Nesse momento acho que me tornei mais pervertida. OI? QUEM? HÃ? Poisé, então, enfim. KKKKKKKKKKKKK Como devem ter percebido, quase ninguém do navio teve atenção, foquei mais nas sereias. E sobre isso, gostaram? Ou acham que devo focar nos outros também?
Ah sim, esqueci de falar, Harag quer dizer ira em húngaro, daora né? (((: Dessa vez coloquei as traduções, por achar necessário, mas estou pensando em colocar elas e só mais pra frente - ou quando terminar - fazer um dicionário das palavras que usei. Isso faria com que as traduções das palavras não aparecessem mais. Que vocês acham?
E não sei se lembram, mas a cada cinco capítulos tem um especial. ÊÊÊÊÊÊÊ VAMOS COMEMORARRRRRRR! Acontece que, a ideia do personagem é vasta, por isso quero saber em qual personagem vocês querem saber? Saibam: os especiais são apenas no passado, ou seja, vai saber o passado de Fulaninho. Okay? :D
Então gente, não vou comentar muito porque só o capítulo é cansativo. Muito obrigada pelos favoritos e comentários, peço desculpas por ter demorado mais de um mês. Não prometo que não vou demorar porque posso quebrar essa promessa e isso vocês não merecem. Vejo vocês nos comentários? (: Beeeeeeeeeeijos! <3 <3 <3


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