História Bringing sexy back. - Armadilha.

O toque alto da música embalava seus movimentos sobre a pista de dança. Mãos grandes lhe tocaram a cintura e ao virar o rosto para ver quem era um sorriso mínimo nasceu em seus lábios. Suas costas se colaram ao peitoral, às vezes roçando os corpos conforme rebolavam ao som das batidas.

As mãos novamente se mexeram sobre sua cintura marcando-a com um aperto. Um toque simples que a fazia estremecer por dentro e por fora. Mas, não queria sentir isso.

Era pecaminoso sentir tudo isso pelo seu melhor amigo. Era pecaminoso por considerá-lo justo como um irmão, duas pessoas que cresceram juntos, que se conhecem desde crianças. Mas, era claro que Kris não ligava para isso há muito tempo.

Você percebia tudo.

Começou com toques suaves, aproximações que antes não eram feitas, selinhos roubados. Evoluíram aos poucos para provocações, mordidinhas no pescoço, mãos bobas. Provocações que depois de um tempo tornaram-se difíceis de resistir. Você aos poucos ia observando Kris cada vez mais, seu maxilar sensual, o olhar penetrante, as mãos com uma pegada forte. Aquilo estava deixando-a maluca.

Kris a girou fazendo com que ficassem frente a frente. Os olhares se encontraram e você deu foda-se a razão quando os lábios do loiro tocaram seu pescoço de forma necessitada. Tombou-o de lado deixando-o percorrer livremente com beijos quentes e mordeu os lábios com força ao sentir os dentes prendendo-se a pele da região.

A bebida não ajudava, parecia deixar seu corpo ainda mais quente. Fervendo! Somente por Kris.

— Senti saudades. — Kris disse a beirada de seu ouvido não antes de morder-lhe o lóbulo.

— Ninguém mandou viajar e ir para longe de mim. — um sorriso torto iluminou a face séria do chinês.

— Sentiu tanto a minha falta assim? — disse irônico. Por muitas vezes se recuava as investidas de Kris. Porque sabia que era loucura, porque o conhecia muito bem. Kris era uma perfeita armadilha. Cada parte de seu corpo a prendia e você sabia que não tinha mais saída quando se entregasse.

E já era tarde demais.

Kris esperava ansioso pela resposta. Esperava-a como um sinal de que podia avançar, você sabia por que conseguia lê-lo pelo olhar. Sabia que ele estava fervendo por você assim como você estava quente por ele. Desejando-o. Não tinha mais o que esperar.

Com um sorriso torto nos lábios você o fitou intensamente.

— Senti. — os olhares intensos se trocaram enquanto Kris segurou-lhe pela cintura. Não estava ligando se seus amigos estavam vendo a situação, apenas apertou-a junto a seu corpo. As mãos se espalmaram por suas costas e os lábios se tocaram avidamente. Kris lhe empurrou a parede no canto mais próximo e desceu uma das mãos até sua coxa apertando-a. Você entreabriu seus lábios como se lhe desse permissão e entendendo Kris enfiou sua língua a sua cavidade. Um beijo necessitado de ambos, quem se desejavam há muito tempo, mas não admitiam.

—Vamos para casa, agora. — disse ofegante quando os lábios se separaram. E em um aceno com a cabeça seguido de um sorriso animado você aceitou.

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As luzes foram acessas e os sapatos de salto alto jogados ao chão. Kris nem ao menos esperou se localizar na sala e a puxou tomando-lhe os lábios. Quando suas coxas foram agarradas você as envolveu na cintura do loiro beijando-o com vontade. Os corpos se roçavam, já sentia certo volume tocar-lhe a barriga fazendo-a estremecer de ansiedade. Nunca havia se sentido assim com ninguém antes.

Kris passou a caminhar pelo apartamento e sem desgrudar os lábios foi esbarrando os braços pelas paredes até chegar ao quarto. Deitou-lhe na cama, mordiscou-lhe os lábios e se afastou fazendo-a fazer um bico muxoxo.

— Está tão apressada assim? — sorriu torto. Levantou-se da cama deixando com que seus olhos o seguissem pelo quarto. Kris tirou a gravata que usava e aos poucos desabotoava a camisa. A pele fora ficando exposta e você sem perceber mordeu os lábios ansiosa. — Estava pensando em tomar um banho. — disse pensativo. Sabia que ele estava provocando e não ficaria para trás.

O loiro seguiu para o banheiro e logo o barulho do chuveiro acordou-lhe de seus devaneios. Lentamente tirou todo seu vestido e as peças íntimas seguindo o caminho até o banheiro. Abriu a porta e o vapor da água quentinha tocou-lhe o corpo inteiro fazendo seus pelos eriçarem. O box era transparente de modo que podia ver toda a parte traseira do corpo de Kris. Ah, as costas dele não eram brincadeira!

Um sorriso malicioso ostentava nos lábios de Kris quando te viu entrando junto a ele ao box. Sentiu-se envergonhada pelo olhar fixo sobre seu corpo tanto que tampou certas partes sentindo seu rosto esquentar. Kris riu baixinho e a puxou pela cintura colocando os corpos.

— Você é perfeita. — sussurrou próximo ao seu ouvido. Arrepios percorreram seu corpo quando os lábios moldaram-se a seu pescoço mais uma vez. Mordidas, chupões, beijos estalados eram distribuídos fazendo-a arfar pesadamente. Procurou pelos fios de cabelo de Kris e os puxou fazendo com que o rosto do mesmo se aproximasse do seu. A água lhe molhava inteiramente e um beijo foi iniciado, um beijo sedento e molhado.

As grandes mãos desceram até sua bunda apertando-a. Kris queria senti-la de todas as formas possíveis. As línguas se encontravam em uma harmoniosa e constante batalha. Quando o ósculo fora quebrado, Kris observou seus lábios inchados e sorriu contente pelo bom trabalho.

— Não aguento mais enrolar. — ele sussurrou. Desligando o chuveiro ele a apertou contra os azulejos, segurou-lhe pelos cabelos e a beijou mais uma vez.  Suas mãos percorreram as costas levemente malhadas e fez com questão de arranhá-lo de leve.

Kris foi descendo os beijos por seu queixo, pescoço e a puxou para fora do Box. Com uma força e agilidade incrível sentou-a sobre a pia do banheiro e prendeu seus lábios com os dentes puxando-os vagarosamente. Um gemido antecipado saiu de seus lábios quando as grandes mãos abriram suas pernas deixando-a completamente a mercê de Kris.

— Você não sabe o quanto esperei por isso. — o loiro sussurrou. Seus lábios voltaram a ser abusados enquanto dois dedos foram direcionados a sua intimidade pressionando-lhe o clitóris. Iniciou uma massagem circulatória, Kris sorria satisfeito ao ver a reação de seu corpo, como você correspondia aos estímulos que proporcionava.

O ósculo fora cessado e os beijos estalados foram descendo por seu queixo, pescoço até chgar aos seios onde beijou de leve cada bico sentindo-os durinhos. Passou a língua pelos lábios umedecendo-os e abocanhou o direito.

— Ah, K-Kris! — rapidamente mordeu os lábios tentando conter mais gemidos. A boca de Kris era tão quente, chupava-a com maestria deixando-a mais quente ainda. Sem aviso algum sentiu dois dedos a penetrar a intimidade e não conseguiu deixar de gemer alto pelos dedos longos entrando e saindo de dentro de si. Fechou os olhos enquanto sentia Kris tomar a boca o seio esquerdo e quando os abriu olhou para o membro completamente duro, o qual tocava sua coxa.

Mordeu os lábios e não aguentou esperar mais.

— N-Não enrola. — sussurrou. Kris se afastou e retirou os dedos de dentro de você. Um grande muxoxo saiu por seus lábios e ele riu baixinho ao ver sua reação.

— Calma, apressadinha. Vamos tornar as coisas melhores. — mordeu o lábio de forma ansiosa. Kris lhe pegou no colo e saiu do banheiro lhe deitando a cama de casal do quarto. — Feche os olhos. — obedeceu-o por ter sua curiosidade grande e alguns segundos depois sentiu o peso a cama, o corpo ficar por cima do seu. Kris agarrou-lhe os dois pulsos e ergueu por cima de sua cabeça suas duas mãos. Quando sentiu um tecido envolver-lhe os pulsos abriu os olhos surpresa.

— O q-que é isso? — perguntou recebendo de resposta um sorriso malicioso.

— Você vai gostar. — ele sussurrou em resposta. Roubou-lhe um selinho antes de falar novamente — Confie em mim.

Acreditando nas palavras de Kris deixou-o amarrar seus pulsos a cama e se sentiu mais exposta do que o normal. O chinês se posicionou entre suas pernas abrindo-as enquanto massageava de leve suas coxas. O corpo se inclinou e os lábios beijaram-lhe o local subindo até a virilha onde sugou com vontade.

Kris sorriu ao ver seu corpo se contorcer com somente um toque simples. Porque ele pretendia fazer muitos melhores.

Os lábios alcançaram-lhe a intimidade. Um gemido languido escapou quando a língua quente de Kris simulou uma perfeita estocada. Sua vontade era segurar os cabelos de Kris e fazê-lo com que terminasse o que fazia, mas, Kris estava mais interessado em provocá-la lentamente, chupando-a. Com uma intensidade e velocidade rápida os movimentos linguados a faziam revirar os olhos.

Com um estalo, a boca se afastou e os beijos se intensificaram em sua barriga. A língua se deslizava pela pele fazendo-a contorcer-se de prazer. Suas costas se arqueavam formando um arco perfeito. O loiro se afastou para abriu uma gaveta ao seu criado mudo e você pode normalizar sua respiração totalmente descontrolada. Mas, o controle foi-se embora mais uma vez quando Kris encapou seu membro com a camisinha e o posicionou diante de sua intimidade.

Deu leves ‘’batidinhas’’ penetrando somente a glande.  Seus lábios foram mordidos e um beijo fora iniciado quando ele a estocou de uma vez. Sem conseguir evitar o gemido acabou por morder os lábios alheios ouvindo Kris gemer arrastado. As duas mãos do loiro seguraram sua cintura e as estocadas começaram lentas.

O quadril se movimentava freneticamente chocando-se ao seu corpo. Kris tinha os cabelos úmidos e os mesmos grudavam a sua testa deixando-a cada vez mais sexy a sua visão. A cada beijo, a cada estocada um gemido compartilhado. A velocidade aumentava gradativamente deixando sua mente em completo branco até que Kris parou as estocadas de uma vez retirando-se de dentro de você por completo.

— Vou te soltar da cama, mas... — aproximou-se a desamarrando da cama. Entretanto, o laço feito em seus pulsos ainda estava feito. — Quero que se sente no meu colo,a gora. — sussurrou próximo ao seu ouvido.  Com a ajuda do loiro sentou-se ao colo do mesmo, Kris posicionou o falo em sua intimidade e aos poucos você mesma fora descendo sentindo-o preencher seu corpo.

— Aaah... — gemeu decrescente.

Kris achou a visão mais importante e sexy do mundo vê-la começar a quicar sobre si. Os lábios entreabertos, os cabelos bagunçados e úmidos e as mãos ainda presas pela gravata a qual improvisara como cordas antes. Segurou-lhe pela cintura e impulsionou o quadril ajudando-a a subir e descer com mais rapidez. Os gemidos preenchiam o quarto que até antes estava escuro e silencioso. O cheiro de sexo estava no ar e tudo era tão gostoso.

Kris era bem dotado, tanto que só com algumas estocadas a mais a fez chegar-lhe em seu orgasmo. Todo seu corpo tencionou e tremeu de leve, a corrente elétrica do prazer, do ápice a envolvendo. Kris mordeu os lábios deitando-a na cama novamente e sem perder tempo estocou-a pela última vez desfazendo-se segundos depois. Os lábios entreabertos se encontram e um beijo lento fora trocado.

Um beijo tão esperado... Uma noite tão esperada...

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— Não acredito que fiz isso com você. — sussurrou sentindo os fios de cabelos se enrolarem aos dedos de Kris, quem parecia feliz por prendê-lo entre as mãos.

— Por quê? — riu baixinho. Umas das mãos do loiro tocaram sua cintura por cima do lençol fino e você se aconchegou ao peitoral quentinho. Não vestiam nada, mas, estavam abraçados conversando como antes. Como melhores amigos.

— Você sabe o porquê. — revirou os olhos — Somos quase irmãos. Nossas famílias se conhecem há muito tempo e nos conhecemos desde crianças...

— Isso não é um problema. Pode ser até um sinal. — a interrompeu de seus devaneios.

— Sinal de quê? — riu baixinho. Kris beijou-lhe o topo de sua cabeça e sorriu doce.

— De que somos feitos um para o outro. — com um revirar de olhos Kris riu. Sabia que essa seria sua reação e ele adorava. Adorava, ou melhor, amava cada parte sua. Cada defeito, cada qualidade existente.

— Você é um bobão. — beijou os lábios alheios de leve. Kris fechou os olhos com um sorriso bobo estampado em sua face enquanto você voltava a pensar novamente. — E eu pensando aqui, quando nos conhecemos você disse que não tinha gostado de mim. — fez bico.

— Você está mesmo falando da primeira vez que nos vimos? Acho que foi ao contrário. — você o olhou curiosa, porém, se aconchegou aos braços de Kris deixando com que o sono chegasse aos poucos.

E assim sonhou...

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O vestidinho caia perfeitamente bem em seu corpo. Deixava-a fofa e era seu modelo preferido, mesmo que tivesse vários outros diferentes em seu guarda-roupa Talvez fosse o babado em um rosa claro, ou a pulseira rosa de flores a que combinava perfeitamente com suas sapatilhas, mas amava vestir-se assim.

A cada reverência feita por educação comportava-se como uma moça ajeitando o vestido. Não entendia muito as festas de adultos, mas, seus pais sempre as davam. Somente pedia alguém com quem brincar e ao ver alguém de seu tamanho – bem, nem tanto- se aproximar, sorriu animada.

— Olá, senhora e senhor ________. Estou lisonjeado pelo convite, obrigado. — o homem alto de barbas brancas e cabelos ralos sorriu de forma carinhosa — Minha esposa não pode comparecer, porém, trouxe meu filho. Espero que não seja problema.

— É claro que não! Ele pode fazer companhia para nossa filha. — sua mãe olhou-a com um sorriso. — Vamos querida, se enturme! — dito, saiu acompanhada de seu pai e o pai do garotinho de olhos penetrantes.

— O-Oi. — resolveu que tinha que dizer algo, mas não soube o quê. — S-Sou _________ e você? — tinha uma certa dificuldade em fazer novas amizades, por isso, sempre gaguejava na busca. O garoto a olhou analisando-a e depois de segundos em silêncio sorriu torto.

— Sou Wu Yifan. — sorriu — Gostei de você. — seus olhinhos se arregalaram surpresa. Em seus sete anos nunca tinha escutado algo como isso de ninguém de seus amiguinhos e coleguinhas.

— S-Sério? — sorriu.

— Sim. E agora... — se aproximou mais um pouco — Vamos ser namorados!

—H-Ham? O que é isso? — sua animação era tanta que nem se ligou sobre as palavras de Kris. — Vamos brincar ér...Yifan é muito difícil, que tal Kris?

— Kris? — repetiu pensativo.

— Sim!

— Kris... — sussurrou — Gostei.

— Então, vamos lá! Kris! — entrelaçou a mão a dele e sorriu puxando-o entre as pessoas. Enquanto Kris a seguia, ele sorriu como nunca antes. Havia gostado de si desde a primeira vez fazendo com que estivesse muito errada.

E Wu Yifan nunca deixaria de gostar de você. Nunca deixaria de te amar.  Kris é uma armadilha a qual você nunca gostaria de se salvar.