História Butterfly - Capítulo 15

Fechei meus olhos.

Sorri.

Levei a sério a frase "Curtir o momento" e soltei minha mão da do Tae e pus as duas em volta do pescoço dele e me encostei em seu peito. 

Sorri. 

A música estava no final. Eu não queria que acabasse. Taehyung oppa era a melhor coisa que tinha acontecido na minha vida. Eu nunca pensei que fosse gostar tanto de alguém. Eu gosto mais dele do que gosto da Lisa. Por mais que ele não goste, eu realmente gosto dele como um irmão. Se bem que...

Quando ele estava perto de mim furioso olhando em meus olhos, naquele momento, quando vi seus lábios...Eu os vi de forma diferente. Eu realmente quis tocá-los. E agora, aqui, abraçada nele dançando lentamente uma música que ele gravou...Eu não quero que esse momento acabe. Eu quero congelar isso e ficar abraçada nele para sempre admirando seu sorriso.

"Não...eu não devo gostar dele assim"

Eu não tenho amigos, minha família mal sabe como eu ando triste. E Taehyung me faz sorrir. Ele me entende. Ele me defende. Ele tem o sorriso mais brilhante do mundo. Eu só estou carente. É entendível. Mas não. Eu não gosto dele desta forma. Ele não passa de um irmão mais velho.

A música acabou.

Eu não o soltei. Continuei ali abraçada nele. Eu pude ouvir seus batimentos. 

Ele não disse nada. Também continuou com os braços envolvidos ao redor da minha cintura.

-Tess. - Ele sussurrou olhando para frente 

-Hm - Falei ainda com os olhos fechados.

-Eu não quero ser seu irmão.

Abri os olhos.

Ele falou com um pesar em seu rosto e olhou para mim como se estivesse implorando para que eu poupasse sua vida.

-Eu não quero ser sua irmã. - Falei virando minha cabeça para cima para enxergá-lo. Ele se manteve sério, mas depois sorriu. Era o que eu esperava. 

Depois de falar, encostei minha cabeça no peito dele novamente e continuei abraçada nele.

-Tess, você não vai me soltar? - Ele falou soltando um risinho abafado.

-Nunca mais. - Eu não estava me referindo ao abraço.

Ele sorriu.

Sorriu e me apertou contra o corpo dele e eu senti como se nada fosse me atingir. 

Até o meu celular tocar.

Nos separamos finalmente.

-Alô? Oi, mãe....O QUE? APPA O QUE? TA TA ONDE...ONDE ELE TA? OK EU VOU...EU TO INDO! - Meu pai tinha acabado de sofrer um acidente e estava no hospital. 

-O que houve? - Tae perguntou e eu simplesmente o peguei pela mão e o arrastei pela casa até a porta da frente.

-Tae, me leve ao hospital que fica há três quadras daqui, por favor. - Falei já com lágrimas nos olhos. Ele subiu na sua bicicleta e eu sentei no banquinho atrás.

"Vai ficar tudo bem, papai. Vai ficar tudo bem"