História Butterfly - Estratégia do Adeus

•Mark•

Entrei devagar no estabelecimento, como havia me subornado precisava falar com Taemin.

O lugar era escuro e muito empoeirado, o cheiro me dava enjoo, era um bar esquecido por todos.

Em um padrão bem cinema.

Balcão em L no fundo dá loja, com mesas nas paredes e aos centros, tudo em madeira.

Uma prateleira de bebidas e banheiros ao lado esquerdo.

Tae - Hora hora a quem devo a ilustre presença. - Ele saiu de uma porta escondida entre as sombras.

- Não tenho tempo seja breve.

Tae - Ah vamos Mark, sente tome um drink.

- Ou você fala o que quer de uma vez, ou não fala mais.

Tae - Não quero nada, só dar um recado.

- Então diga... Não posso me dar o luxo de enrolar aqui.

Tae - Sei que você também tem um recado para mim.

- Sim eu tenho.

Tae - Então diga. - Ele apoiou no balcão de madeira.

- Faça as honras, me fale primeiro.

Tae - Achei que morreria e não veria Tuan me deixando falar antes que ele.

- As coisas mudam.

Tae - Dá última vez que disse isso, acrescentou a frase "Só por cima do meu cadáver no final".

- Me lembro como se fosse ontem. - Encostei no balcão. O deixando de costas para mim.

Ele foi obrigado a dar a volta para conversamos olho no olho.

Tae - "Você nunca vai falar antes que eu, o dia que eu permitir está blasfêmia passará por cima de meu cadáver". - Ele repetiu a antiga frase.

- Tem boa memória não?

Tae - Eu tenho, principalmente para velhos amigos Mark.

- Que bom não?

Tae - Não entendi.

- Se esquecerá rápido de mim.

Tae - Claro que não, será sempre um velho amigo.

- Ah desculpe, deixe-me arrumar a frase... Me esquecerei rápido de você.

Taemin fez uma cara de ódio e logo tornou a conversar.

Tae - Está tramando algo Tuan, eu sei disso.

- É mesmo... Quem lhe disse, sua alucinada intuição?

Tae - Não, não foi... Eu irei descobrir, não consegue esconder as coisas de mim. - Ele estava ficando cada vez mais bravo com cada enigmático e astuto corte.

- Descobrirá mais rápido do que imagina. - Taemin fez uma cara desconfiada e logo voltou a postura defensiva.

Tae - E o que tinha para me dizer?

- Não fique perto de Jackson.

Tae - O que você tem com aquele moreno?

- Não desrespeita a você.

Tae - Entendi... E se eu não obedecer?

- Experimente. Vera somente um única vez.

Tae - ...

- Até nunca mais Lee Taemin.

Voltei até um beco escuro, procurei as chaves em meu bolso e entrei em um carro preto. – Sim eu tenho um carro, só não há necessidade de todos saberem.

Para o Aeroporto agora, lá vou eu. Passei o caminho todo pensando em Jackson, e as lágrimas desciam sem dó.

Era difícil dirigir com a visão embaçada, mas tudo aquilo é muito complicado, imagino que nessa altura ele ainda não saiba, se meu plano deu certo Jae já deve ter visto a carta e Jackson ficará sabendo em breve.

Será tarde demais para me encontrarem, as vezes gosto de ser esperto, mas ainda assim gostaria que me encontrassem. Um fato que eu sei que não vai acontecer.

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•Jaebum•

Acho que nunca passei de 70 km/h com aquele carro e agora me via andando a 90 km/h. Isso dentro de uma cida de onde no máximo eu poderia estar a 60 km/h.

Imprudente? Talvez, mas era necessário, Jae ainda tinha esperanças de pegar Mark com as malas saindo pelo portão.

Com toda certeza poderia dizer que não e provavelmente ele já havia saído a algumas horas antes.

Ao estacionar na frente do enorme casarão Jae não conseguia nem retirar o sinto direito de tão nervoso que estava. Não vou dizer que estava calmo, longe disso, mas conseguia manter minha calma.

Descemos do carro tocamos a campainha, Jackson veio nos atender super calmo e desconfiado. Não avisamos que faríamos uma visita, e é claro por Choi estar chorando feito uma criança.

Jack - Oie, o que aconteceu?

Jae - Me desculpe, eu deveria ter visto a correspondência antes, é tudo minha culpa.

Jack - Do que você está falando? - Disse o moreno todo perdido abraçando Youngjae que agora estava feito um coala em Jackson.

- É complicado, onde está Mark?

Jack - Foi as compras desde de depois do almoço, com Bambam, já deve estar chegando.

- Lamento Jackson... Mas...

Jae - Vamos conversar lá dentro! - Ele me cortou.

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•Jackson•

Entramos e fomos todos para a sala, Choi estava muito mal, e precisava de água, eu não estava entendendo nada.

Até que... Me entregaram um envelope.

JB abraçou o mais baixo e deixou que molhasse sua roupa, sem preocupação.

Ele parecia precisar daquilo.

Puxei uma folha de papel meio amassada e logo outro envelope caiu.

Julguei necessário ler primeiro o conteúdo do envelope e depois os papeis a parte, não me pergunte o porquê.

JB interviu, disse para ler primeiro a folha de caderno e logo mais às demais.

Ele apesar de muito centrado e frio estava abalado, com anos de amizade junto sabia que havia algo errado.

Comecei a ler a carta, precisei sentar, os olhos arderam, as coisas pareciam não fazer sentido, a vida parecia fora do eixo. Estava tudo errado, não deveria ser assim.

Peguei o envelope que assim como dizia na carta anterior era para mim.

Limpei os olhos com a manga dá blusa e comecei a ler o conteúdo.

"Amor... Aqui dentro está uma bagunça.

Eu quis te poupar deste caos que vive em mim!

Me desculpe por deixar sequelas do meu amor, me afastei de ti porque era o que tinha de ser feito, mas não estou satisfeito com essa confusão.

Eu não sei qual seria a melhor forma de expressar ou demonstrar o que sinto.

E eu não te culpo pelo seu ódio. Me culpo por não ficar presente quando você precisar.

Aqui dentro ainda continua um caos, mas agora ele está maior, pois não tenho sua presença ao meu lado.

- Mark Tuan"

Jack - Não isso é mentira... Não é assim, Mark está com Bambam.

Busquei o mais rápido o possível meu celular.

Liguei para Bambam.

Ele demorou um pouco para atender.

Bam: Oie Jack, tudo bem?

Jack: Bambam, Mark marcou de sair com você hoje né?

Bam: Sim, mas ele não apareceu...

Jack: O que? - O desespero tomou conta de mim.

Bam: É ele marcou de me encontrar na frente do Labell, mas aí ele não estava lá. A melhor parte é que Yugy estava lá. E disse que Mark havia marcado com ele, no mesmo horário.

Jack: Então ele não apareceu...

Bam: Calma vou chamar Yugy para ajudar a explicar. Baby corre aqui.

Bam: Pronto agora está no viva voz pode falar.

Yugy: Então, semana passada Mark marcou comigo para que hoje às 13:45 nos encontrassemos na frente do café Labell.

Bam: E marcou comigo hoje de manhã no mesmo lugar, e no mesmo horário, mas pediu para que não falasse para Yugy, inventou uma desculpa que queria comprar algo para você, e tinha medo que Yugy falasse algo. Eu prometi e cumpri.

Yugy: No final de tudo eu vim de um lado, Bambam do outro e nos encontramos, os dois sozinhos sem Tuan.

Bam: O que está acontecendo Jackson? Está tudo bem com Mark?

O celular escorregou dá minha mão, tudo parecia em câmera lenta.

O barulho do celular tocando o piso várias vezes foi como meus passos indo para traz, eu me desequilibrei e bati forte com as costas em nossa estante de livros, tudo que vi foi JB correndo para me ajudar, segurando a prateleira que agora vinha em cima de mim, e jogava todos os diversos tipos de história sobre meu corpo.

Apaguei.

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•Jaebum•

Subir as escadas daquela casa estavam me cansando, mas estava cuidando de duas pessoas ao mesmo tempo.

Não quis ficar abrindo os cômodos então só levei Jackson para o quarto dele e deixei Choi dormido no sofá lá em baixo.

Subia agora para ver se Wang estava acordado, ele apagou depois de receber uma notícia daquelas e uma prateleira enorme de livros cair sobre ele, o que me surpreende e ver ele daquela forma. O cara que não ligava para ninguém, um descrente no tal do amor... O cara que só ficava com as pessoas pelo prazer, pelo simples ato dá pegação. Pelo Sexo.

Isso me deixa muito intrigado, Mark conseguiu prender ele de uma forma incrível. Sem esforço, sem sufoco, eles só se amavam muito. O pior de tudo e estar passando por isso, justo quando encontrou alguém... O alguém certo.

Jack começava a abrir os olhos e logo já quis pular dá cama, sentiu dores obviamente o fazendo voltar a deitar.

- Calma, deita, fica calmo.

Jack - Como eu cheguei aqui.

- Eu te trouxe.

Jack - E Mark? Onde está o Mark?

- Ainda sem notícias amigo.

Ele voltou a ficar triste, muito abatido.

- Ele é muito inteligente sabia.

Jack - Sim eu sabia... - Ele abraçou as cobertas e virou para o lado em que eu estava sentado na cama.

- Não! Estou falando de estratégia mesmo.

Jack - Explique.

- O laudo médico, tem data de 8 meses atrás, porém o selo do correio consta 10 de Novembro a 5 meses e uma semama atrás, exatamente no dia que Mark recebeu a notícia que teria 6 meses de vida.

Ele demorou uma semana para bolar o plano todo, incluindo enviar a carta pelo correio, e contar com que ela chegasse ontem.

Aí ele me ligou no começo dá semana e falou que Jae estava cansado de comer fora sempre e estava com saudades de cozinhar.

O filho dá mãe me fez tirar Choi de casa e ocupar a cabeça, sabendo que Youngjae e sempre certinho com correspondências e responsabilidades.

Mas ele contava que iríamos demorar pouco mais para abrir a carta.

Jack - Não ele não contava não.

Hoje de manhã ele virou para mim na cozinha enquanto tomávamos café e disse. "Poxa tomara que a intuição de meu velho amigo Youngjae ainda não esteja enferrujada".

Perguntei o porquê e ele disse apenas "Para que tudo dê certo".

- Ele é realmente muito bom com planos.

Jack - Eu nunca desconfiei de nada. Ele nunca me disse nada.

- Choi desconfia que a doença seja hereditária dá mãe do Mark.

Jack - Eu sou um tolo e egoísta.

- Não fala assim, porque diz isto?

Jack - Em uma noite onde eu e Mark contávamos as coisas ele me disse sobre seus pais, sobre sua mãe, mas eu estava preocupado com os meus problemas e não o perguntei nada.

- Isso não é culpa sua, quem iria desconfiar?

Jack - Me deixa aqui, eu vou ligar para Mark. Quem sabe ele me atende.

- Eu vou ver Jae e já volto, não faça nenhuma besteira.

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•Mark•

Estava sentado já em minha poltrona do avião. Aguardando ir para longe de toda aquela angústia.

Ainda não havia desligado meu celular.

As pessoas se acomodavam a minha volta, tudo que eu sabia era olhar para frente e ver todos felizes, ou ao menos sem a tristeza que confinava dentro de mim.

O embarque encerrará e meu telefone vibrou pela centésima vez. Já havia 14 ligações de Bambam. 7 de Yugyeom, 21 de Youngjae, 8 de Jaebum e agora a 12 de Jackson. Tomei coragem. Atendi. Mas não falei nada, queria escutar sua doce voz mais uma vez. Uma última vez.

Chamada Amor

Jack: Mark? Mark? Onde você está? - Ele chorava. Eu não contive o choro também, não importava se estava na frente de todos, a dor superava a vergonha.

Jack: O que está acontecendo? Onde está?

O avião ligará. As primeiras luzes piscaram e a aeromoça começou a dar as instruções antes do decolar.

Jack: Preciso de você, não vá embora. Dane-se se você está doente. Eu vou te ajudar.

"Coloquem os cintos"

Jack: Na saúde e na doença Mark. Não vá embora, para onde está indo?

A aeromoça veio em minha direção.

Moça - Pode desligar o celular por favor, o avião irá decolar.

Jack: Não,não desligue preciso que me diga amor. Por favor eu te imploro. - Os soluços ficaram mais altos, ele estava desabando. 

Antes de desligar eu disse apenas algumas palavras.

Mark: Eu Te Amo Jackson, não se esqueça de mim. Até logo.

E assim eu desliguei o telefone e o avião decolou, para longe daquele sufoco, que na verdade estava dentro de mim.