História Caffeine - Comeback

Mark P.O.V

2 de maio

Mark tinha certeza de que Jackson estava com muita raiva dele depois do que havia falado na noite do dia 2 de abril. Ele pensara várias vezes em ir atrás de Jackson, mas ele também estava com raiva, e Mark era orgulhoso, não iria simplesmente voltar assim. Como Jackson não ligou para ele pelo resto daquela noite inteira ele ficou com ainda mais raiva.

No dia seguinte Jackson começou a ligar, no começou Mark ficou feliz, porque viu que Jack ainda se importava com ele, mas depois voltou a ficar irritado, ele não voltaria fácil assim, ele não queria voltar, ele tinha decidido que iria esquecer Jackson.

Por mais que parecesse um motivo infantil, Mark não aguentava mais ter sempre que ficar esperando pelo Jackson, isso o incomodava demais, ele gostava quando as pessoas eram pontuais e odiava atrasos. Além disso, às vezes Jackson tinha algumas atitudes que o irritava, mas isso ele podia suportar, amava tanto Jackson que ele passara a não se importar com essas atitudes. 

No começo ele também não se importava tanto com os atrasos de Jackson, tentava deixar de lado, mas chegou uma hora que não deu mais, então ele fez o que fez.

Durante o mês inteiro Mark sentiu falta de Jackson, a primeira semana foi a pior de todas. Ele resolveu se afastar de tudo, trocou o número do celular e resolveu ir passar um tempo com seus pais nos Estados Unidos, fazia tempo que ele não os visitava, achou que essa seria uma boa oportunidade.

Na terceira semana depois do término, Mark começou a se sentir melhor, começou a realmente esquecer Jackson, ele estava feliz com isso, havia se esforçado durante todo esse tempo para tirá-lo da cabeça e agora seu esforço estava surtindo efeito. Mas por algum motivo, sempre que tirava Jackson da cabeça e se concentrava em qualquer outra coisa, aparecia algo que o lembrava do ex-namorado.

Ele logo aprendeu a afastar essas coisas.

Mark se questionava o tempo todo porque ele continuava a usar a aliança de namoro, não usava mais no dedo, havia comprado uma corrente e agora a usava pendurada no pescoço. Ele havia se desapegado de Jackson, disso ele tinha certeza, mas ele não podia negar que havia vivido bons momentos ao lado do ex, momentos que, ao serem lembrados, o faziam sorrir feito um bobo sem que ele percebesse, e ele achava que manter aquela aliança seria um bom modo de lembrar de coisas boas.

Ou talvez eu só não queria esquecê-lo por completo.

“Embora eu odeie você assim

Quando eu penso sobre os momentos que estávamos juntos

Eu sorrio

Talvez eu não queira esquecer você”

Quando a quarta semana se iniciou ele achou que já estava tudo bem e poderia voltar para Seul, conversou com os pais e no dia 1º de maio entrou no avião e voltou para a Coréia do Sul. No meio do caminho ele se pegou pensando em quando havia chegado no país anos atrás e havia conhecido Jackson, Mark se pegou sorrindo e pensando que tudo poderia ser como da outra vez.

No dia em que a separação completou 1 mês, um dia depois de Mark chegar na em Seul, ele marcou de se encontrar com sua amiga de infância.  Ele parou antes de atravessar a rua, os faróis estavam quebrados no cruzamento. Esperou 5 minutos antes de ter a oportunidade de atravessar, seria muito perigoso atravessar ali sem prestar atenção.

Quando chegou do outro lado da rua, ouviu alguém gritar seu nome:

- Mark!

Não é possível, essa voz...

- Mark! – ele ouviu novamente e se virou para ver se quem o estava chamando era quem ele pensava que era.

Olhou pra trás e viu Jackson, com um enorme sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos, correndo em sua direção, Mark sentiu seu coração palpitar. Logo em seguida, ouviu uma buzina, e então viu um carro atropelar Jackson, que caiu no chão. Ele correu até onde Jackson estava, os carros haviam parado por causa do acidente, então ele só teve que desviar de alguns que estavam parados.

Mark se ajoelhou ao lado de Jackson.

- Jack! – ele gritou. – Jack fala comigo, por favor. – segurou a mão do ex namorado, percebeu que Jackson estava apagado, não sabia se morto ou só desmaiado. – Jack – ele começou a chorar. – Não morre, por favor.

“Sim, eu não quero esquecer você

Eu quero cuidar de você”