1. Spirit Fanfics >
  2. Callidore >
  3. A Visão

História Callidore - A Visão


Escrita por: shindou0

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo!
Foto do capítulo: Hugo Granger-Weasley
Desculpem pelo horário, me bateu um forte bloqueio pela manhã e eu não consegui escrever uma linha... Acabou que fiz esse capítulo na parte da tarde.
Sem mais delongas, Boa Leitura!

Capítulo 17 - A Visão


Fanfic / Fanfiction Callidore - A Visão

15/07/2041 - Manhã


Lucian estava andando dentro dos restos do galpão, buscando pistas. A equipe estava ao redor, alguns onde o corpo fora encontrado, outros examinando o alçapão em que caíra na primeira vez que estivera ali.

- Wade? - Ethan chamou de forma gentil - O quê acha de desobstruir essa passagem? A gente vai poder acessar o porão por aqui.

- Boa - Lucian sorriu para Ethan - Vamos devagar, está tudo muito instável...

Ambos os aurores se juntaram, as magias juntas dando estrutura às paredes incendiadas e reforçando a segurança. Começaram a tirar os escombros de sobre o alçapão.

- Isso - Ethan riu, animado - Vamos ser os primeiros a achar pistas!

- Sim, mas cuidado agora - Lucian apertou o ombro de Ethan de forma gentil - Tinha armadilhas aqui em cima, talvez tenha lá embaixo.

- Certo.

Os dois desceram com calma, vendo dezenas de gaiolas enormes penduradas. Estavam vazias, mas tinham estado ocupadas a poucos dias, o sangue seco dentro da maioria delas mostrava isso.

Ethan fez uma careta estranha ao ver um bolo de cabelo no chão, assim como uma mesa de pedra polida. Haviam ossos limpos sobre a mesa, cortados no meio. Todos os ossos estavam secos e sem tutano, fazendo Ethan erguer as sobrancelhas. Olhou curioso para Lucian.

- Traços claros de canibalismo, Ethan - Wade explicou, vendo o cadete ficar verde em um segundo - A mesa, as gaiolas, a forma que os ossos foram partidos... Tudo aponta para canibalismo.

Lucian viu um caldeirão médio, pendurado no gancho sobre a lareira apagada. Usou uma luva para tirar o caldeirão do gancho, destampando.  

Uma nuvem ácida subiu ao abrir do caldeirão, cegando instantaneamente Ethan e Lucian.

Os dois recuam, entre gemidos e xingamentos de dor, acabando por acionar as armadilhas. Uma flecha de prata atravessou o peito de Ethan, enquanto Lucian acabou caindo sobre um estrado de estacas, agonizando lentamente até a morte...


15/07/2041 - Ao amanhecer

Scorpius pula da cama, após o pesadelo horroroso. Se levantou da cama e saiu quase correndo, entrando no banheiro.

Lavou o rosto, pensativo. Era um pesadelo mesmo ou um daqueles sonhos que revelavam parcelas do futuro?

Respirou fundo e se acalmou, olhando no espelho. Tinha que chegar em Lucian antes, em Ethan também...

Já sabia como, então relaxou. Mandou o patrono para Alvo, que entrou pala lareira ainda de pijamas; mas com a varinha em punho.

- Scorpius? - Alvo perguntou, segurando a varinha firmemente em direção ao amigo - O quê você me disse no Yule do terceiro ano?

- Que eu preferia a sua amizade aos presentes dos amigos falsos.

- Ok - Alvo baixou a varinha, mais calmo - O quê te fez me tirar da cama tão cedo?

- Preciso de uma informação - Scorpius olhou o amigo, tenso - James vai levar Lucian, Ethan, você e eu para aquela cena de crime mais tarde?

Os olhos de Alvo se arregalaram e ele ficou imediatamente tenso. 

- Como sabe disso? - Alvo perguntou, surpreso - Ele só disse isso para mim em casa!

Scorpius suspirou, passando a mão pelo rosto.

- Eu tive um sonho - O loiro olhou para o amigo surpreso - Às vezes isso acontece, mas não posso entrar em detalhes... Lucian e Ethan estão em perigo de morte.

- O quê posso fazer para ajudar? - Alvo se ofereceu, preocupado - Ainda mais porquê só vão nós cinco.

- Creio que reforçar sobre os cuidados apropriados com objetos desconhecidos - Scorpius de de ombros - E ficar por perto quando eles descerem.

- Descerem para onde? - Alvo olhou o amigo com curiosidade - Eles vão achar um objeto perigoso em um porão ou algo assim?

- Não posso dizer nada - Scorpius olhou fixo nos olhos do amigo - E por favor, não comente com ninguém... Só posso contar para uma pessoa sobre o sonho, mais do que isso distorce o futuro. Perdi um conhecido assim, não quero correr o risco de novo.

- Como quiser - Alvo abraçou o amigo, confortando-o - Nós vamos salvar eles, relaxa.

*********************************


01/09/2015 - Após a Seleção


O monitor Robert guiou todos os alunos para a casa Sonserina. Guilherme olhava para todo lado de forma curiosa, tentando gravar algo do caminho que teria que fazer no dia seguinte. Pararam diante do portal de pedra, que tinha a imagem de um bruxo misterioso lendo um livro. Guilherme olhou fixo para o bruxo, meio surpreso pelo fato do quadro estar se movendo.

- Este é nosso protetor, o mago Merlin. Ele era o primeiro aluno nas classes de Salazar, além de ter jurado proteger os Sonserinos quando Salazar se afastou, assim...

- Robert, fale logo a senha - Merlin rolou os olhos - Quero voltar para o meu livro!

- Ah, desculpa - Robert corou - A senha é Dente de Basilisco.

- Até que enfim - Merlin abriu o portal, deixando-os passar - Não perturbe os novatos, Robert!

O portal fechou sob uma avalanche de risadas, todos os alunos se alinhando de acordo com o sexo e o ano. Todos olhavam os primeiranistas, esperando o chefe de casa.

- Você é o Aguillera? - Uma menina do segundo ano perguntou, parecendo levemente arisca - De quê família vem os seus pais?

- E...Eu não sei - Guilherme apertou as mãos em punhos atrás das costas - Sou órfão.

- Um Sangue Ruim na Sonserina - A menina falou de novo, cruel - Como pode achar que vamos aceitar alguém como...

- Calma aí, Geovania - Um quintanista cortou, muito sério - Nós não seguimos mais essa filosofia, ok. Não após a guerra.

- Ele é um Sangue Ruim! - O primeiro na nossa amada casa! E eu que achei ruim quando aquela mestiça nojenta entrou!

- Eu realmente espero que a srta. Rosier não esteja propagando a filosofia purista aqui - O chefe de casa e professor de Poções, Pablo Sauvage falou - Porquê se estiver, vou ter que relatar isso na direção.

Guilherme mordeu o lábio, mudo. Viu o quintanista erguer a mão, muito sério.

- Ela chamou ele de Sangue Ruim e estava ofendendo-o - Lucas Lestrange falou - E eu tentei parar isso... Ela ofendeu a Jade também.

O Chefe de Casa se abaixou diante de Guilherme, olhando-o de forma carinhosa. 

- Querido, a srta. Rosier fez o que seu colega está dizendo? - perguntou, calmo - Pode falar a verdade, não tema.

- Sim - Guilherme respondeu, vendo um grupinho vaiar, rodeando a menina - Ela me chamou disso quando eu disse que sou órfão.

- Não se preocupe - O professor sorriu, consolador - Não vai acontecer de novo.


A apresentação foi simples, o Chefe de Casa falando as regras da Sonserina:

1 - Respeitar os colegas de casa,

2 - Nunca levar um problema para fora do salão comunal,

3 - Ser uma frente unida, protegendo uns aos outros de ataques externos,

4 - Nunca propagar os preconceitos puristas, de preferência nem acreditar nesse conceito.


Após isso, todos foram dormir.

No dia seguinte, os alunos da casa recepcionaram Guilherme muito bem. Ele relaxou ao perceber que ninguém na Sonserina ligava para o fato dele ser órfão, apenas o grupinho de oito alunos olhando-o com raiva pelas detenções recebidas na noite anterior.

*********************************


15/07/2041


Lucian e Ethan entraram na sala de James, vendo Guilherme, Scorpius, Alvo e James lá. Todos sorriram, se sentando lado a lado.

- Fico feliz que estão se dando melhor - James falou para Ethan e Lucian - Por isso vou levar os dois de novo para a cena do crime. 

- Vou também? - Guilherme perguntou, curioso.

- Estava pensando se você não ia se atrasar com os documentos - James riu sem graça - Mas se quiser, fique a vontade para ir.

Guilherme deu um olhar indignado para James, bufando.

- Acho que seria ótimo para nós se o Guilherme for - Scorpius se meteu - Ele salvou a pátria na última vez nesse mesmo cenário.

- Tem razão, Scorpius - James corou com o olhar que estava recebendo de Lucian e Guilherme - Eu só estou pensando no grupo todo, ok? Vê, a Rose e o Hugo estão pesquisando...

- Tenho uma idéia para ajudar os dois - Alvo falou, alegre - Vamos fazer um mini treinamento sobre a forma correta de tratar objetos suspeitos, enquanto Guilherme adianta a leitura. Quando acabar, nós vamos... Aí adianta as duas equipes.

- Boa! - Guilherme riu para o amigo - Viu, James? O Alvo pensa em mim e em você.

- Né? - Lucian concordou, divertido - James, James... Vai perder o lugar de segundo melhor amigo.

- Segundo? - James olhou, confuso.

- Claro, o Primeiro sou eu! - Lucian ergueu o queixo, tentando parecer convencido, mas o sorriso brincalhão arruinou o ato.

********************************

Guilherme estava na sala dos inomináveis, minutos depois. Pegou o primeiro pergaminho da pilha, colocando na mesa. 


Prova de Existência da Família 1

Pergaminho Inominável (1/12)

Data: 2037/2039

Responsável - Inominável 997


Baseado em estudos de vários pergaminhos familiares, descobri que existem evidencias de uma família inicial da nossa espécie. 

Estudos da inominável 996 já mostraram que a magia modifica o DNA do bruxo (estudo 12.954 B) - Nos tornando uma subespécie da raça humana. Desde a descoberta da inominável 996, eu comecei a procurar a nossa origem - Onde foi que os humanos não mágicos (vulgo trouxas) - Evoluíram para os bruxos atuais.

Enfrentei dezenas de milhares de burocracias para ter acesso aos acervos familiares dos puro sangue mais antigos (Uma vez que os nascidos trouxas não tem acervos familiares mágicos em sua posse, salvo a familia Whitehall que me cedeu livre acesso em primeiro lugar), montando essa tese.

Vamos ao primeiro vestígio, um fragmento vindo de um diário do primeiro Black, vindo de uma vila pequena - Antes da criação da Inglaterra. Segue fragmento:

"Nessa noite, o ataque seria mortal. Os lobos selvagens invadiram nossa pequena vila (168 moradores) e ia nos atacar. A arte ainda é frágil na maioria de nós, mas nem mesmo eu fazia dano aos lobos gigantes... Apenas conseguia afastá-los com grande esforço. 

Mas a nossa salvação veio: o líder da Família, nosso amado mestre Callidore!

Ele usou a arte diante de nós, destruindo os monstros. Raios de variadas cores saíam de seus dedos, e a Primeira, Lady Saphire (companheira do Callidore) saiu da casa.

Ela tocou os ombros do Callidore, aumentando o poder dele de forma gigantesca e com um único gesto ele destruiu os mais de mil lobos restantes..."


Fragmento 2 - Cofres Lestrange

"Caí de joelhos diante da Família Callidore, em prantos. Estendi á Lady o meu filho quase morto pela febre, implorando pela vida dele. 

A Lady pegou meu bebê e olhou ao companheiro, que sorriu e concordou. Ele tirou o véu dela e eu fiquei estarrecido á imagem. Nunca vi tamanha beleza antes, nem nunca vi de novo... Mas meu filho era meu foco, ambos sorriram para mim e Ela soprou magia pura nos lábios do meu filho. Ele tocou na testa do meu bebê e a luz me cegou por um instante.

Minhas lagrimas eram de alegria ao receber meu pequeno Adrian curado!"


Conclusão:


As duas famílias relataram a presença da mesma família bruxa, na primeira vila onde houve os primeiros sinais de magia a quase oito mil anos.

Ambas se referem a eles como os primeiros e mestres.

Documentos complementares apoiarão essa tese.


Documento recebido pela inominável 996, que acolhe a pesquisa realizada.



Guilherme ergueu a sobrancelha e olhou para Hugo, engolindo em seco ao ver o pequeno broche em seu uniforme com o número 997. Rose se esticou para pegar um pergaminho, o broche dela com o numero 996...


- Gui, estamos indo - Lucy chamou, com um olhar curioso para os papéis na mesa.

- Posso ficar? - Hugo perguntou, vendo Lucian concordar - Graças a Merlin...

*******************************

15/07/2041 - Tarde


Lucian estava andando dentro dos restos do galpão, buscando pistas. A equipe estava ao redor, alguns onde o corpo fora encontrado, outros examinando o alçapão em que caíra na primeira vez que estivera ali.

- Wade? - Ethan chamou de forma gentil - O quê acha de desobstruir essa passagem? A gente vai poder acessar o porão por aqui.

- Boa - Lucian sorriu para Ethan - Vamos devagar, está tudo muito instável...

Ambos os aurores se juntaram, as magias juntas dando estrutura às paredes incendiadas e reforçando a segurança. Começaram a tirar os escombros de sobre o alçapão.

- Isso - Ethan riu, animado - Vamos ser os primeiros a achar pistas!

- Sim, mas cuidado agora - Lucian apertou o ombro de Ethan de forma gentil - Tinha armadilhas aqui em cima, talvez tenha lá embaixo.

- Certo.

Os dois desceram com calma, vendo dezenas de gaiolas enormes penduradas. Estavam vazias, mas tinham estado ocupadas a poucos dias, o sangue seco dentro da maioria delas mostrava isso.

Ethan fez uma careta estranha ao ver um bolo de cabelo no chão, assim como uma mesa de pedra polida. Haviam ossos limpos sobre a mesa, cortados no meio. Todos os ossos estavam secos e sem tutano, fazendo Ethan erguer as sobrancelhas. Olhou curioso para Lucian.

- Traços claros de canibalismo, Ethan - Wade explicou, vendo o cadete ficar verde em um segundo - A mesa, as gaiolas, a forma que os ossos foram partidos... Tudo aponta para canibalismo.

Lucian viu um caldeirão médio, pendurado no gancho sobre a lareira apagada. 

Usou uma luva para tirar o caldeirão do suporte, segurando a tampa com firmeza...



Notas Finais


Espero que gostem!
Abraços, Shindou


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...