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História Callidore - Viajando pelo Tempo


Escrita por: shindou0

Notas do Autor


Boa Leitura!
Desculpem pela hora, autor doente produz devagar... Minha cabeça dói diante da tela do celular, desculpem mesmo. Um abraço.

Capítulo 28 - Viajando pelo Tempo


17/07/2041 - Noite


Mesek estava em sua casa, com Rose e Hugo. 

A casa de Mesek ficava em seu local escondido, que para todos parecia uma área montanhosa e inexplorável. A construção era bonita e arejada, toda em madeira e vidro... Apenas a lareira era de pedra, e dentro da sala onde se encontravam havia um enorme e lindo tapete em tons alegres.

- A Lily já deve ter destruído - Rose acalmou Mesek - Ela vai entrar em contato a qualquer...

O espelho acendeu, mostrando que Lily estava chamando-a do outro lado. Rose sorriu, atendendo a chamada.

- Oi, Rose! - Lily parecia preocupada - Desculpe por não ligar mais cedo... Eu destruí a profecia, tinha o nome de Mesek como vidente. Não achei nada que fosse complementar, nem nada do tipo. Devo continuar a busca?

- Não - Rose sorriu, vendo Mesek e Hugo relaxarem - Obrigado por me ajudar... Mas o que te preocupa, maninha?

- O caso está complicando - Lily suspirou - Lembra do estranho que seqüestrou o James e os meninos?

- Sei, o que se matou - Rose se sentou melhor, atenta.

- Pois é, ele reviveu e saiu com uma chave de portal daqui... O Lucy atacou ele no treino, onde ele tinha se infiltrado.

- Caramba! - Hugo apareceu no espelho - E como ele se levantou? Eu fiz a pesquisa com Scorpius, a cápsula era veneno de basilisco!

- Estamos trabalhando com a hipótese dele nem ter estado vivo para começar - Lily deu de ombros - Alvo acha que é um tipo de inferi animado. Estamos começando com a caixa em que ele estava conservado!

- Nós vamos voltar - Hugo falou, tenso - Está piorando cada vez mais.

- Não se preocupem - Lily sorriu, mais calma - Kingstley pediu auditoria para meus pais, os seus e o Malfoy Sr.

- Quê? - Os dois guincharam juntos - Eles estão aí?

- Sim, vamos todos sair em alguns minutos para revistar a área em que o sequestrador atacou James - Lily deu de ombros - Terminem a sua missão com tranquilidade, qualquer coisa eu chamo!

- Tá bom, ruiva - Hugo brincou, vendo a prima corar de raiva pelo apelido - Minha ruivinha linda!

- Se você continuar, vou mostrar a todos a sua coleção da Magazine Bruxa - Lily ameaçou, brava.

- Nossa! - Hugo riu - Tá de mal humor mesmo, hein?

- Tchau - Lily pareceu satisfeita com as gargalhadas de Rose, que claramente zombava de Hugo - Até a volta!

- Até, Lils - Rose se despediu, encerrando a ligação.

- O que é Magazine Bruxa? - Mesek perguntou, inocente - Você ficou sem graça quando ela ameaçou expor isso...

- São revistas eróticas gay - Rose explicou, Hugo corando mais do que o próprio cabelo - Nosso Huguinho cresceu, Mesek. Ele gosta de ver fotos de lindos garotos nús.

- Rosalie Granger-Weasley! - Hugo gritou, púrpura de vergonha - Você sabe que aquelas revistas foram um presente! Eu guardei por isso!

- Claro... - Ela riu, divertida - E você gostou tanto que olha direto!

- Para, e você que fica traduzindo os romances veela? Acha que eu não vejo a "durona" Rosalie Weasley lendo ROMANCE?

- Não me chame de Rosalie! - Rose sibilou, soltando fogo pelos olhos - Seu mala!

Mesek começou a rir, chamando a atenção dos dois. Ele tinha os olhos brilhantes de alegria, vendo a pequena rusga... Decidiu acabar com a confusão:

- Eu tenho alguns romances veela aqui, você quer ver Rose? E tenho também algumas gravuras feitas por Leonard Aspen... Gostaria de ver, Hugo?

Os dois coraram e concordaram, seguindo o ruivo.

***

Mesek estava vendo Rose e Hugo dormindo, suspirando. Se deitou entre eles e fechou os olhos, lembrando do passado...


4999 A.C


Christian estava ensinando a magia Callidore para Mesek, os dois bem próximos. Os beijos de dias atrás não tinham se repetido, mas a proximidade deles continuava.

Fazia exatamente um ano que estavam juntos naquele local isolado. 

Os pais de Christian tinham prendido ele ali por causa da rebeldia dele, um assunto espinhoso.

Tinha curiosidade sobre isso, mas não ousava perguntar o que de fato ocorrera. A família Callidore era conhecida e temida, ser servo de algum dos dezesseis integrantes era uma honra e um fardo...

- Pergunte, Mesek - Chris falou, estranhamente seco - Está tão pensativo que nem está se concentrando na lição.

- Não quero ser invasivo - O ruivo explicou, sincero - Nem quero trazer desconforto para você.

Christian suspirou, encarando o aprendiz.

- Na nossa familia, existe uma divisão - Chris começou, sério - Aqueles que são mais fortes fisicamente são considerados dominantes. Eles são os que saem para as batalhas, os guerreiros da linha de frente. Temos homens e mulheres dominantes... Mas também existem os submissos, os que só podem ajudar como arqueiros e devem ser obedientes aos maridos ou esposas. 

Mesek ouvia tudo com atenção, curioso.

- Acontece que os submissos têm que aceitar as regras e o noivo ou noiva escolhidos pelos pais, além de serem dóceis ao trato em geral... E eu fui considerado submisso. Tenho um prometido, que é meu primo. 

- Então a briga vem de você não aceitar ser submisso a outra pessoa?

- Sim e não. Eu não aceito o fato de ser submisso, mas tenho um motivo... Minha magia é a mais forte de todos eles, eu ultrapassei meu pai com facilidade. Ser submisso significa que o dominante vai usar seu corpo e sua magia como quiser, e que você tem que abaixar a cabeça... Eu sempre fui contra os casamentos arranjados e mais contra ainda de ser obrigado a ceder a minha magia para outra pessoa! Alexis não é mal, eu só não escolhi ele para mim. Ameacei usar minha magia contra ele, entende? 

- Nossa, Chris - Mesek olhou o mestre, chocado - Você teria que servir a ele?

- Por aí - Christian deu de ombros - Não quero ser obrigado a dar tudo para ele, abrir mão da minha liberdade e magia por causa dele... Vi os dominantes da família usando a Opressão nos submissos, as reações são horríveis!

- O quê é Opressão? - Mesek estendeu uma xícara de chá para Chris - É chá de lícinas...

- Obrigado - Christian pegou o chá, bebendo alguns goles - A Opressão é um laço mágico que o dominante coloca no submisso. Se o dominante dá uma ordem e o submisso não cumpre, a própria magia dele o tortura até que a cumpra... Isso varia de intensidade de acordo com o desejo do dominante. Odeio essa magia e deixo claro para os dominantes da família que isso é vil, mas nenhum doa submissos se colocam do meu lado! Eles tem medo, são quase todos bruxos como você, que foram adotados.

- Adotados? - A curiosidade de Mesek parecia explodir, então Christian se rendeu ao efeito calmante do chá e relaxou.

- Sim, adotados - Christian explicou - Quando um Callidore escolhe um bruxo, no fim do treinamento esse bruxo pode ser adotado - Começou a explicar - O 'pai' dilata o núcleo mágico do 'filho', deixando-o capaz de produzir magia como um de nós. Depois o preenche de magia, com a nossa magia... 

- Eu não estou entendendo direito -Mesek confessou, corando - O núcleo mágico é desconhecido! Como podem modelar o núcleo de outra pessoa?

- É algo muito íntimo - Chris sorriu gentilmente - A magia do 'pai' invade o núcleo do 'filho', assim um novo Callidore nasce. Nós nos reproduzimos pouco, raros são os que são férteis entre nós. Depende também de quantos 'pais' o novo Callidore tem, isso o torna mais poderoso.

- Deixa eu entender - Mesek bebeu um pouco de chá, pensativo - Vocês adotam um escolhido para ter companheiros? Aí também tem mais chances de terem filhos, é isso?

- É - Chris sorriu, calmo - Eu sou um prêmio por ser o bisneto do Callidore original. Ele e minha bisavó Saphire viveram muito mais do que os outros, quase 2.000 anos. Ruby e Emerald viveram 1.500 anos, eles eram irmãos e se casaram... Meus pais - Gregory e Moira - são filhos deles, os pais de Alexis foram os primeiros adotados... Eles são Richard e Alina. Dessa forma, nós dois somos muito fortes e esperam muito de nós, por sermos os herdeiros mais próximos da origem da nossa família.

***

O movimento de Hugo na cama afastou as memórias de Mesek, que deu um pulinho de susto. Respirou fundo e rolou na cama, sentindo uma onda de culpa por ter sobrevivido ao seu 'pai' e amado Christian.

********************************

17/07/2041 - Noite/Madrugada


A equipe estava espalhada pelo galpão destruído, junto aos convidados. Iam examinando cada palmo do terreno, desarmando as armadilhas e buscando mais informações sobre quem estiver ali e porquê. 

O porão que Ethan e Lucian descobriram estava quase lotado.

- Os ossos não são reais - Scorpius falou, vendo o alívio de todos os presentes - O sangue das gaiolas também é falso, um composto alquímico. Seja quem for, estava usando alquimia para criar algo grande aqui.

- Olhem aqui! - Lucian gritou, de dentro de um cômodo novo - É um depósito!

James, Guilherme e Ethan quase correram para o local, se chocando com a visão.

Haviam partes humanas, mas que eram claramente feitas com barro e pedra. Um molde de cérebro estava em uma mesa, assim como um torso de alguém extremamente semelhante com o seqüestrador. Cápsulas de veneno de basilisco estavam em um pote cuidadosamente guardado na prateleira, assim como corações feitos de argila.

- Que negócio é esse? - Ethan soltou, chocado - Estavam fazendo moldes de pessoas?

- É um pouco pior - Draco falou, ao entrar na sala junto com Harry - Isso é magia negra pesada, um estilo de necromancia e criação de golens. Não vejo isso desde os porões de Você-Sabe-Quem.

- Voldemort fazia isso? - Harry perguntou, chocado - Como nunca ficamos sabendo disso?

- Ele não - Draco apertou as mãos com nervosismo - Quem mexia com isso eram Rabastan e Rodolphus Lestrange. A terra que é usada para moldar os órgãos do golen vem da sepultura do morto que tentam replicar.

Um silêncio pesado tomou a sala, todos pensativos. 

- Vamos recolher tudo e ir para o Coliseu - Sys comandou, calma - E eu achei isso.

Diante do grupo chocado, ela expôs um frasco de memórias - Estava nos escombros da parede que vocês derrubaram, a que tinha a mensagem do Justiceiro Negro.

- Por Merlin - James suspirou, cansado - Já vi que vamos ter que fazer inspeções criteriosas em cada cena de crime e dar uma visita aos comensais em Azkaban.

Lucian se colou a Guilherme automaticamente, ao ouvir o nome da prisão. Silver parou do lado e Lucian agarrou a mão dele, agoniado.

- Nós devemos nos dividir - Scorpius sugeriu - Uma parte vai em Azkaban, a segunda parte fica examinando as evidências, a terceira examina as cenas de crime.

- Parece bom, ainda mais que temos um número maior agora - James sorriu, mais calmo - Vamos recolher isso, amanha nos separamos em grupos e fazemos como você sugeriu, Scorp.

As evidências foram empacotadas e levadas para o Coliseu, todos usando os dormitórios pelo horário absurdamente tarde.

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Chris estava andando pela madrugada, nervoso. Sentir a magia de seu ex na caixa o deixara com medo e confuso. Tinha certeza que Alexis estava morto, tinham se passado quase cinco mil anos... 

- Droga! - Gritou, desesperado - Depois de tanto tempo você tem que vir me infernizar!

Se encolheu em um banco da praça vazia, chorando. Era tão doloroso lembrar do seu passado! Alexis o levara do céu ao inferno em dois anos, o fizera cair da Graça... Se sentia incrivelmente só.

Os minutos passaram lentamente, enquanto Chris chorava. A calma veio lentamente, sendo banhado pela luz da lua cheia... 

Olhar para cima foi natural, se perdendo na visão da linda lua...

Não percebeu o olhar fixo e admirado de alguém, que se ocultava nas sombras de uma árvore. 

"Seria tão maravilhoso tê-lo" - A pessoa oculta pensou - "Faz tanto tempo, sinto tanta saudade desse traidor!"

A pessoa misteriosa aparatou quando Chris se recompôs, levantando do banco da praça. Sumiu com o olhar ainda fixo em Christian, imaginando o que faria quando o tivesse de joelhos á sua frente, implorando perdão.

Christian seguiu o caminho todo a pé, se permitindo esvaziar os pensamentos. Ia voltar para o Coliseu e dormir bastante, estava abusando da hospitalidade de Lucian... O dia fora incrivelmente puxado e o Wade estava considerando denunciar Ian. Lucian queria ir a Azkaban no dia seguinte, mesmo que fosse totalmente perigoso para ele!

Seria fácil para Lucian perder o controle, se estivesse dentro de Azkaban, perto de Ian e dos dementadores.

Chris suspirou, entrando em silêncio no Coliseu. Ia se dirigindo para o quarto, quando ouviu a voz seca atrás de si:

- Se identifique e erga as mãos devagar - Silver ordenou, muito sério - Vire para mim, quero ver o seu rosto.


Notas Finais


Comentem, uma boa noite!


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