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História Camp - Capítulo 1


Escrita por: Camefodeu

Capítulo 1 - Capítulo 1


Hoje foi o meu último dia na escola, passei a minha vida toda sonhando com esse momento sabe, não só porque eu finalmente me veria livre de ter que acordar cedo sempre, ou porque eu já não aguentava mais ter que ver a cara do Senhor Finnegan, meu professor de química, que por sinal o seu maior passatempo era me fazer passar vergonha na frente da sala toda, o verdadeiro motivo para eu querer tanto que acabasse a escola era que enfim eu poderia estudar algo que eu realmente amava, algo que me preenchia, que eu nasci pra fazer. Daqui a longos três dias eu irei estar indo passar o meu verão em um acampamento de música, não foi nada difícil convencer os meus pais a me deixarem ir, eles sempre me incentivaram a praticar todo tipo de coisa, desde ballet a futebol, acho que eles só não querem que eu passe pelo que eles passaram com a família deles. Papai disse que o meu avô nunca aceitou bem a paixão por pianos que meu pai tinha quando mais novo e quando ele disse que o que ele queria fazer pelo resto dá vida era poder tocar aquela magnífico instrumento o pai dele simplesmente surtou, disse que profissão de verdade é aquela que dá muito dinheiro, disse também que não iria ajudar a seguir com essa ideia maluca porque piano não da renda suficiente para uma família viver com conforto. Hoje em dia eles já superaram essa fase, afinal são família e independente de tudo ainda irão se amar, pelo menos foi o que meu pai disse.

Mas falando do acampamento, apesar de ter sido fácil convencer os meus pais a questão do dinheiro já foi mais difícil, porque digamos que realmente viver da arte nem sempre é fácil, mesmo que tenhamos uma renda até boa não foi nenhum pouco barato e para poder ajudar a pagar eu tive que dar aulas de violão para crianças do meu bairro, foi difícil no começo porque não tenho paciência e crianças me irritam mas depois eu até que gostei, é boa a sensação de ter ensinado algo tão lindo como tocar qualquer tipo de instrumento para uma criança.

Como não falta muito tempo para o dia do acampamento, assim que cheguei da escola comecei a arrumar a minha mala e separar as coisas que iria levar, foi uma tarefa difícil, pois eu não sou a pessoa mais organizada do mundo, na verdade passo bem longe disso, então eu não sabia onde estava nada no meu quarto, tive que pedir ajuda para minha mãe e mesmo depois de achar eu já não tinha mais nenhuma vontade de arrumar nada, a única coisa que eu queria era poder deitar e acordar daqui a cem anos que nem a Bela Adormecida, isso sim seria maravilhoso.

Resolvi assistir um pouco de televisão para passar o tempo, coloquei em um canal de fofoca onde estava passando uma matéria sobre o cantor Justin Bieber, dizia algo sobre ele ter agredido algum paparazzi, como não era uma noticia importante na minha opinião achei melhor tirar e caçar um filme para assistir, depois de minutos mudando de canal finalmente achei um filme que eu sou simplesmente apaixonada, " O clube dos cinco" é provavelmente o meu filme preferido de todos os tempos, além de uma história incrível a trilha sonora é maravilhosa.

Como eu tenho uma imaginação muito fértil quando assisti o filme pela primeira vez eu briguei com o meu professor só para ir pra detenção achando que lá iria conhecer pessoas que me tiraram da minha zona de conforto e me fazer enxergar além do meu próprio mundinho, claro que rolou a expectativa de encontrar o bad boy da escola e viver um romance com ele, mas isso foi a muito tempo quando eu tinha só treze anos de idade, nunca nem tinha beijado na boca na minha vida.

- Filha eu e seu pai vamos a um concerto do Josh, você quer ir querida?- Josh era um grande amigo da família, era tão próximo que eu o chamava de tio.

- Querer eu até queria mas estou muito cansada e ainda tenho que terminar de arrumar as minhas coisas, não posso deixar tudo pra última hora.- disse meio manhosa soltando um suspiro.

- Então já que não vai, vou deixar dinheiro para você pedir uma pizza para comer no jantar.- disse calma.

- Vou ter a casa só pra mim a noite toda.- disse pensativa.- eu deveria fazer uma super festa de despedida, o que acha mãe?- perguntei brincalhona.

- Você até pode fazer, mas não tem amigos para convidar.- ela disse rindo.

- Caramba mãe, eu não preciso de inimigos, você ja faz muito bem esse papel na minha vida.- fingi estar chorando.

- Pensei que a atriz da casa fosse eu.- ela ainda ria.

- Acho que descobri mais um talento.- ri do meu próprio comentário.- Sou mil e uma utilidades.

- Seria mais útil se me ajudasse a limpar a casa.- tentou soar séria, porém eu sabia que ela só estava brincando.

- Mas como eu sou uma boa filha deixo essa função para o papai, para que vocês possam ter um tempo sozinhos.- sorrio travessa.

- Eu deveria te agradecer por isso?

- É claro que sim.- disse como se fosse óbvio.- Não se encontra filhas como eu por aí.

- Sorte das outras mães.- disse rindo da minha cara e depois saiu

Eu e meus pais sempre tivemos essa relação, somos muito grudados e acho que de uma certa forma tenho sorte porque o que eu mais vejo por aí é gente reclamando da situação que tem com os pais ou dos filhos. O que minha mãe disse sobre eu não ter amigos é verdade, eu realmente sou solitária nessa parte mas não é como se eu me importasse, sempre fui tão focada em estudar que nem senti falta de ter uma amiga e também sempre que eu precisava desabafar eu sabia que meus pais estariam ali para me ouvir reclamar por horas e horas, não porque eles se sentem obrigados a fazer tal coisa, mas sim porque eles realmente se importam com o que eu passo e é por isso que eu digo que tenho sorte. Vai ser estranho passar dois meses longe deles, estou tão acostumada com a sua presença que acho que no início talvez eu me sinta estranha, também sei que vou sentir muitas​ saudades, mas não é como se eu não fosse mais ve- los.



Passei a noite sozinha, assistindo a minha mais nova série favorita " The Fosters" e comendo besteiras, adormeci no sofá e acho que perdi os meus super poderes de teletransporte porque quando eu acordei ainda estava lá e não na minha cama. Triste.

Tomei um banho, fiz as minhas necessidades e desci para tomar café. A cozinha se encontrava​ vazia, sem nenhum sinal dos meus progenitores, o que significava uma coisa, que a noite foi muito produtiva pra eles, só espero não ter como consequência desses atos um irmão ou uma irmã. 

De barriga cheia subi para o meu quarto para terminar de arrumar as coisas e com terminar eu quero dizer começar, porque isso aqui está um caos, minhas roupas estão espalhadas por todo lugar, ainda bem que minha mão não está aqui para ver isso porque se não ela iria me matar. Só de olhar essas pilhas de roupas já me dá uma preguiça, se isso realmente não fosse algo importante eu iria voltar a dormir, afinal dormir faz muito bem pra saúde.




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