Londres
“Posso te chamar de pai”
Harry levou um tempo para digerir o que tinha escutado. Sophie esperou quietinha. Ela tinha medo da reação que ele iria ter.
- Ahr... Soph... – Ele gaguejou e coçou a nuca. Não sabia o que falar. Sua vontade era abraça lá e lhe dizer que ele era realmente seu pai, que sempre foi e sempre vai ser. Mas um dos combinados que ele fez com a Milena algo do tipo “Ir com calma”. Ela não queria que ele contasse de cara para a menina. – Meu amor, vamos dormir? Amanha vamos sair cedo para comprar as coisas do seu quarto! E-eu vou pensar no que você me pediu ok? – A menininha concordou tristemente com a cabeça. Ele teu um beijo no topo do sua cabeça e a ajudou a deitar. A menina logo pegou no sono. Harry ficou pensativo por mais um tempo e depois o cansaço o tomou.
Milena acordou com o sol batendo em seu rosto. Levantou e se sentou observando a cama vazia em seu lado. Ela se roía de saudades da sua filha. Só mais uma noite e ela já estaria agarrada com a sua mãe. A moça puxou as cobertas de lado, foi ao banheiro e em seguida foi para a sala. Layla já estava acordada.
- Bom dia mamãe chorona – Layla brincou com a sua amiga. Milena admirava sempre o bom humor que ela tinha pela amanha.
- Pumf. “Bom”. Só se for para você por que para mim está horrível. – Ela disse pegando o leite da geladeira.
- Ai Mi. Para de ser chata. Credo, você só tem corpo de 21 anos, porque a chatice é de 81. – Milena fez uma careta para a amiga e ela continuou – Sabe o que você deveria fazer? Ir para uma balada! – Milena arregalou os olhos, e antes que ela pudesse falar alguma coisa Layla prosseguiu – Milena Demarchi! Vamos sair essa noite sim! Qual é? Você tem que viver um pouco. Tu é linda, tem 21 anos, já pegou o Harry Styles... Tem que começar a aproveitar mais. E não me vem com a história que está cansada ou que não está afim. Nós vamos e pronto!
Milena suspirou e Layla se deu como vencida.
Quando o relógio marcou 22h30min as duas já estavam na frente de um famoso pub movimentado de Londres. Estavam muito bem arrumadas. Layla tinha feito o cabelo e a maquiagem da Mi. A mesma se sentia um pouco culpada por estar ali. Quando chegou a vez de entrar o segurança pediu nomes. Pelo que a Milena tinha visto elas estavam na fila VIP.
- Layla Maresana – Lala sorriu para a Mi após falar seu nome e depois completou – E ela está comigo. – O segurança chegou a lista e em seguida deu pulseiras douradas para as duas. Elas colocaram no pulso e Milena olhou desconfiada para Layla. A mesma só sorriu fracamente.
O pub estava movimentado. As pessoas dançavam animadas seguindo a música.
- Mi... Então, tem alguém me esperando lá em cima... Você quer, não sei... subir comigo? Ou prefere ficar aqui? – Milena deveria saber que Layla estava indo ali com um propósito maior. Ela suspirou.
- Tudo bem Lala. Pode ir, mas não demora. Não quero ficar muito aqui.
A Layla deu um beijo na bochecha da Mi e foi desviando das pessoas até chegar em uma escada em aspiral de metal. Em poucos passos a Milena já não podia ver mais ela.
A primeira coisa que a Mi procurou foi o bar. Sentou em um banco e pediu a bebida que tinha o nome que mais lhe agradava. Recebeu uma bebida azul claro que tinha gosto de chicletes e vodka. Levantou o copo e bebericou um pouco. Depois de perceber que estava com sede virou tudo de uma vez. Começou a pensar em tudo que estava acontecendo com ela e com sua filha. Sua vida tinha mudado completamente. Ela sentia falta do Brasil e de sua tia Helena. Ela temia pelo resultado do julgamento. Ela queria saber como estava sua filha. Queria saber se ela gostava de ficar com o Harry. Queria poder olhar para o rosto do mesmo e não se sentir atraída. Queria nunca ter aceitado vim para Londres. Os problemas se acumulavam aos montes em sua mente. Ela pediu mais um copo. E assim a noite foi passando.
Milena estava no quinto copo quando escutou uma voz conhecida sentar em seu lado. A voz não parecia reconhecer ela. Sua visão estava um pouco embasada. Ela não era acostumada a beber. A voz virou a cabeça e a encarou. Era Marcos
- Srta. Milena? – Ele estralou os olhos quando a viu. – Tudo bem?
- Marcos? Você vem nesse tipo de lugares? Pensei que advogados não saiam – Ela disse com a voz embaralhada. Suas palavras não encontravam sentido. Marcos fez uma careta.
- A Sophie tá na casa do Harry então, Srta. Milena?
- A por favor Marcos, pare de me chamar de “Srta” credo – Ela prosseguiu com a voz chorosa – Sim, ela está. – E lágrimas desceram em sua face.
- Tudo bem. Eu vou ganhar esse causa para você, Milena. Não se preocupe. – Ela olhou para ele e viu a compaixão em suas feições . Em seguida ela o abraçou e começou a chorar mais forte em seus braços.
- Obrigada Marcos. Obrigada mesmo! Não sei como agradecer. – Marcos ficou sem reação. E em seguida retribuiu o abraço.
- A propósito Milena, eu tenho informações que vão nos ajudar no julgamento. Mas podemos conversar em outra hora. – Milena ainda estava analisando suas feições. Ele tinha a pela levemente pálida, nariz fino, boca grande e uma arcada dentária perfeita e ainda possuía olhos azuis marcantes. Seus olhar passou para seu corpo. Um físico excelente. Era o que a Layla iria chamar de “Gostoso com G maiúsculo”
- Marcos me fala agora. Por favor o que é? – Ele chegou mais perto e falou em um tom razoável.
- Bom Milena. Parece que uma das coisas que eles mais estão levando em consideração negativa no seu caso é a “Falta de uma figura paterna” para a Sophie. – Milena pensou nisso um pouco.
- E como eu posso resolver isso? – Ela estava nervosa. O álcool no seu sangue não ajudava em nada.
- Bom, parece meio obvio. – Ela ainda não tinha entendido – Milena, você tem que arrumar um namorado!
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