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História Caos é o melhor - Aoni


Escrita por: Kamiyan

Capítulo 4 - Aoni


Fanfic / Fanfiction Caos é o melhor - Aoni

Parte 1

 

A noite já não era tão fria. E apesar de todo barulho causado, por algum motivo, as pessoas que moravam ao redor não saiam de suas casas para checar o que estava acontecendo. 


“Eu estive procurando por você, criatura inferior. E agora que nos encontramos, teremos que conversar sobre algumas coisas. Você-”


Antes que pudesse terminar de falar, Tsukihime havia sido lançada para um prédio por um soco. O escudo de luz e o garoto desmaiado nos braços dela, caíram no chão pouco antes dela ser disparada.


Ela havia sido jogada para o terceiro andar. Um grande buraco de quase dois metros fora feito, a partir de onde o corpo de Tsukihime havia batido na parede.

 

“Você interrompeu minha refeição. Punição divina não será o suficiente.” Ela disse sem sair de lá.

 


Tsukihime era a 'Deusa da Criação', por isso ela vivia a premissa de que poderia fazer qualquer coisa.


No entanto.


“Como uma Deusa. Eu não posso simplesmente sair por aí destruindo tudo e todos que me incomodam. Seja grato, eu permitirei que se arrependa do que fez, e deixarei que espalhe a palavra da bondade de Tsukihime.” Ela disse girando o pulso, sentada sobre os escombros da parede do prédio de três andares.


O demônio chamado Aoni não parecia interessado nas palavras dela.

 

Ele simplesmente deu as costas para a garota.

 

“...? O que está fazendo, virando suas costas para uma Deusa? Humph. As pessoas por aqui não sabem apreciar uma divindade?” Ela disse no que parecia um tom arrogante e irritado.

 

Sem dar atenção para a autoproclamada deusa, ele tocou o peito do garoto de cabelo pompadour, que ainda estava desmaiado.

 

Visualmente, nada aconteceu. Mas Aoni devia estar se sentindo grato pela refeição.


O garoto ainda respirava, embora com dificuldade.


No entanto, alguém no estado de Kurokami Makoto não sobreviveria.

 

“O que está fazendo com os humanos, criatura inferior?”

 

Ele a ignorou mais uma vez, enquanto repetia o processo com a garota que desmaiou com um celular na mão.


“Então é assim que é?” Ela disse em voz alta.


Tsukihime não era uma deusa violenta.


Apesar de que, pisar o peito de Aoni com seus dois pés não demonstrava essa característica.


Ele voou uns quarenta metros antes de rolar pelo chão.


“Criatura inferior, você é realmente muito mal educado. Irei corrigir sua personalidade. Como uma Deusa, este é meu trabalho.”

 

 

Parte 2

 


“Você está bem, Kurokami-sama...?”

 

Amaterasu perguntou para um Kurokami Makoto já curado. Sua fadiga era a mesma... Não, ele devia estar ainda mais esgotado que antes.


“Obrigado, de novo. Mais importante, me ajude a cuidar deles.”


Makoto olhou em volta e viu Akimichi inconsciente. O garoto foi até seu amigo desmaiado próximo à uma parede e o apoiou em um ombro, e enquanto isso, Amaterasu curava ele.

 


O som de punhos batendo um no outro não parava de ecoar.

 

Diferente da luta unilateral de antes, Aoni conseguia se manter de igual pra igual contra o inimigo.

 

Durante as várias trocas de golpes que ocorreram durante alguns segundos, Aoni notou que Kurokami Makoto estava se afastando.


Ele não podia permitir que uma presa escapasse.


O demônio azul chutou o chão com força e saltou na direção de Makoto que estava com as mãos ocupadas. E pior ainda, Amaterasu nem estava pronta para bloquear um ataque. 


Os três morreriam com um único balançar do punho de Aoni.

 

“Porque ninguém presta atenção em mim!? Eu sou uma Deusa, então tenha certeza de não piscar nem por um momento!!”

Ela gritou para o demônio azul e repetiu a mesma ação dele.


Mas ela devia ter notado que suas velocidades eram iguais. Tentar acompanhá-lo, quando uma diferença de espaço tão significativa havia sido criada, era inútil.

 

E se este era o caso.


Tsukihime desapareceu e apareceu na frente do demônio azul.

 

Um chute mirando o queixo do gigante fez ele voar cerca de oitenta metros para o céu.

 

“Continue correndo, Kurokami-sama!” Amaterasu gritou para o garoto que se distraiu por um instante.

 

A luta entre os dois continuou de forma equilibrada. 

Nenhum dos dois conseguia um golpe sólido, esse era o quão iguais aqueles dois estavam naquela luta.


Aoni não poderia se aproximar, uma vez que Tsukihime entraria em seu caminho em, literalmente, um piscar de olhos.

 

Assim que seus amigos estivessem seguros, Kurokami voltaria, se uniria a Tsukihime, e derrotaria o demônio azul.

 

 

Por mais que ele tivesse se regenerado de qualquer ferimento causado pelas armas de Makoto, deveria haver um limite.

 

“Pronto, Amaterasu? Vamos cuidar da Nobara agora. Depois acabaremos com isso.”

 

 

Parte 3

 


Aoni balançou sua mão e uma foice negra de quase dois metros havia surgido.


Ele apertou com força e balançou diagonalmente, tentando cortar o peito de Tsukihime.

 

Ela não precisou fazer nada.


A arma foi enviada para 'algum lugar' quando estava apenas alguns centímetros de tocá-la.

 

“Categoria 028 // Algum lugar.” Ela disse com um sorriso de satisfação no rosto.


“Que tal? Com isso eu posso mandar o que eu quiser para uma realidade pessoal, apenas minha. Embora, eu não possa entrar ou mandar algo vivo para lá.”

 

Não havia necessidade de explicar sua habilidade. Mas esse era o tipo de pessoa que ela era.

 


Ele não era forte o suficiente para passar por ela apenas com seus punhos, pelo menos não tão rápido. E agora usar sua escuridão estava fora de questão, ela seria inutilizada em um instante de novo.

 


Ele não tinha 'poderes especiais' como alguns demônios tinham. No entanto, ele ultrapassou seus limites como um mero Rank C, copiando algo dos demônios de mais alto nível.

 

No entanto, havia um problema.


Diferente da Realeza, ele não poderia usar 'aquilo' como quisesse.

 

Era por isso que ele se alimentava da energia vital de outras pessoas.

Usar sua carta na manga... Não, apenas tê-la em sua manga já o consumia por dentro.

 

Ele precisava passar por Tsukihime se quisesse vencer e continuar se alimentando.


Enquanto ele pensava sobre como passar pela inimiga... A garota falou num tom um pouco áspero.


“Criatura inferior, qual a razão de tudo isso? Entendo que sua energia aumenta após pegar a dos outros, mas há alguma vantagem nisso?”


Ele parou, como se realmente estivesse pensando.


“... Eu não lembro.”


Foi o que ele disse antes de fazer suas asas crescerem novamente.


Se uma arma não poderia tocá-la, ele apenas precisava usar várias.


Ele disparou para o céu, enquanto se mantinha lançando várias e várias ondas de escuridão contra Tsukihime.

 


Isso é inútil. Eles já escaparam, e no fim eu não tive o suficiente para me abastecer completamente. Não é um problema. Cerca de cinco minutos deve bastar. 

 


Ele parou de repente, e ficou suspenso no ar.

 


No inferno havia o que era chamado de 'Realeza', estes eram os maiores e mais poderosos demônios de lá.


No entanto, eles tinham algumas restrições.


Quanto mais vidas eles tivessem, mais fracos eles seriam.

Eles apenas poderiam usar sua verdadeira força uma vez que estivessem no inferno.


E eles necessitavam de um hospedeiro para parasitar e viverem no segundo plano, a terra.

 

Mas, o segundo problema poderia ser facilmente contornado.


Em alguma época, bem distante, um deles criou uma técnica capaz replicar parte de sua força anterior. E alguns com um maior domínio sobre a técnica poderiam até mesmo usar todo seu poder nesse mundo.


Tal técnica havia sido apelidada de "Inferno".

 

Claro, Aoni não tinha essa habilidade. Ele era um mero Rank C. Completamente abaixo dos Realeza, que excediam até os Rank S.

 

Apenas os membros da Realeza tinham tal limitação, para começo de conversa. Então nem havia um poder para ser replicado.

 

No entanto...

 

Ele construiu uma foice negra.


Em seguida, apontou a lâmina para seu peito e o cortou com um único golpe.

 

Sangue não escorria de seu peito para que ele pudesse morrer pela perca do mesmo.

 

Apenas um líquido negro se espalhava.


Um líquido negro que cobriu todo seu corpo azul.

 

Este era o sinal de que os portões de um Inferno Improvável haviam sido abertos.

 

 

Parte 4

 


“Ei, ei, ei, ei, ei... Como isso é possível...? Aquela quantidade enorme de energia aumentou mais ainda...” Tsukihime disse quase que assustada.


Ela poderia se considerar uma Deusa, mas até mesmo ela aplaudiria algo tão impressionante quanto aquilo.

 

Se fossemos analisar por uma escala numérica.


Um demônio Rank C seria um 4.


E um Rank A seria um 7.

 

Esse era o nível do demônio azul atualmente.


Ele subiu dois degraus e agora era um demônio de Rank A.

 

Quando o ceifador balançasse seu punho em direção ao chão, não apenas seu alvo, Tsukihime, como vários e vários quilômetros seriam pulverizados junto dela.

 

Ele iria destruir tudo além daquela cidade.

 

O demônio coberto pela escuridão estava a 3.000 metros do chão.


E ele iria descer na velocidade de um raio, enquanto apontava seu punho para acabar com a vida de Tsukihime, e consequentemente tudo em volta dela.

 


Ele disparou abruptamente.


A princesa da lua não seria capaz de defender aquilo. Ela no máximo poderia se salvar teleportando para longe dali.


Mas, não havia como salvar a vida das outras pessoas.

 

“Eu... Falhei como Deusa...”


Pronunciar estas palavras apertaram seu peito duramente.


Ela era uma Deusa, e mesmo assim não poderia salvar nenhuma vida além da sua própria?


Ridículo.

Impensável.

Imperdoável.

Triste.

Frustrante.

Desolador.

E... 

 

“Patético.” Ela murmurou.

 


Parte 5

 


Kurokami Makoto estava vendo tudo atentamente.


Seus amigos já estavam curados e afastados o suficiente.


O garoto parou bem à frente de Tsukihime.


Ele estava exausto, mas sua vontade de proteger o lugar que ele chamava de casa dava forças para manter seu corpo de pé.

 

Um escudo era uma ferramenta de proteção, afinal.

E para tal ele seria usado.

 

As i pray, Amaterasu summon the emperors will... Shall use them to protect me. Kojiki.


A luz de Amaterasu tomou forma. 

 

E como três camadas diferentes, um escudo surgiu no céu, cerca de dez metros à frente da palma estendida de Kurokami.


Cada camada tinha vinte e cinco metros de comprimento.

 

Aoni caiu apontando seu punho para o escudo de luz.


A primeira camada se partiu.


“Kh...!!”


O pulso de Kurokami torceu um pouco.

 

Ele fora capaz de suportar o golpe capaz de destruir tudo.

 

Mas apenas isso não bastava.

 

O segundo golpe veio logo em seguida.


“Dr-Droga...”

 


As duas camadas restantes se partiram de uma vez.


A onda de choque não se propagou, mesmo que o escudo de vinte e cinco metros tivesse quebrado. Então a cidade não havia sido varrida do mapa.


O corpo de Kurokami soprou e voou vários metros para longe. Seu pulso havia se quebrado, e ele bateu contra um painel de vidro que indicava o mapeamento dos distritos.

 


“Se estivéssemos... Em nossas melhores condições... Ele nunca passaria pelo meu Kojiki...” Amaterasu falou antes de ficar inconsciente, assim como Kurokami Makoto.

 

 

Parte 6

 


Tsukihime esteve parada lá o tempo todo.


Aoni já havia derrubado o escudo que protegia aquela garota indefesa.


Agora bastava o golpe final.

O demônio azul disparou na velocidade de um raio, e em apenas um instante ele já estava mirando seu punho no rosto dela.


Assim que ele acertasse, ela e tudo em volta seria dizimado.

 

“He.” A garota sorriu.

 

Uma explosão de ar ocorreu e pressionou a área em volta. As paredes e o chão foram afundados. Como se um gigante tivesse pisado neles.


De fato, uma força invisível estava empurrando tudo em volta da garota.


“Categoria 1000 // God Hand.”

 


Aoni havia sido empurrado para trás, desta forma ele estava intacto.


“...”


Ele tentava entender, mas não conseguia.


Isso era óbvio.

Uma vez que usasse seu trunfo, ele deveria ter vencido.

Tal mudança de evento não deveria acontecer.


“Criatura inferior, comece a correr.” Ela falou de forma arrogante.


Mas era em um nível totalmente diferente de antes.

 

Como se ela fosse outra pessoa.

 

Aoni pulou para ela ao mesmo tempo que criava uma torrente de escuridão.


Obviamente, nem ele e nem sua escuridão passaram pela God Hand.

 

“Ei, ei. Me divirta um pouco mais, criatura inferior.”


Ela disse enquanto balançava sua mão para o lado.

A consequência dessa ação foi Aoni sendo esmagado contra a parede pela força Invisível.

 

“Ha ha ha ha. Isso é realmente hilário...”

 

Era estranho. A aparência dela não havia mudado de forma alguma. E no entanto, ela estava brincando com o demônio que era capaz de destruir uma ilha inteira. 


O motivo era simples.


Esta era a verdadeira Tsukihime.


Quando teve seus poderes selados por Deus, sua personalidade havia sido diminuída junto.


Uma característica simples diferenciava as duas personalidades dela.


A "Moon Princess" não se importava com o que acontecia.

Enquanto a "selada" se importava um pouco.


E foi essa característica que a permitiu voltar a ser quem ela era.


Ela precisava de seu poder para defender o que ela queria proteger.

 

Mas, o tiro saiu pela culatra.

 

“Lá vai, criatura inferior. Tente se esquivar se puder.”


Ela apontou seu dedo esguio para o céu.

 

E algo aconteceu...

 


Parte 7

 


Aoni era consideravelmente mais fraco que a God Hand, mas ele era ainda mais fraco que a lua.

 

Esse fato seria comprovado quando seu corpo, e o planeta inteiro, fosse feito em pedaços pela própria lua caindo do céu.

 

Talvez, apenas talvez, ele não morresse com o impacto, mas o problema seria a escassez de comida no processo. Assim como com os dinossauros. Os que não haviam morrido durante a queda do meteoro, tiveram seu fim posteriormente pela falta de alimento.


Ele não desejava isso.


Mas também não havia o que fazer.


Aoni criou uma onda escura enorme e disparou contra a lua que se aproximava.

 

Obviamente, não teve efeito algum.

 

“Ha ha ha ha ha ha ha ha ha. Que tal? Categoria // 666 Moon Drop!!! Definitivamente meu melhor. E como esperado, cansa um pouco criar algo tão grande. Embora ela não seja tão grande quanto eu mesma. Ha ha ha ha ha!!!”

 


Ela ouviu um passo vindo por trás.


Ela tinha a peculiar habilidade de sentir as energias vindas de outras pessoas. Mas, ela não sentiu nada quando aquela pessoa em específico se aproximou.

 

“Ei, ei. Que diabos...? A lua está mesmo caindo aqui?” Um garoto falou.

 

Ela se virou rapidamente e viu.


Um garoto de cabelo espetado; vestindo um uniforme branco, camiseta laranja e calças azuis. 

 

Ele se aproximou e parou do lado de Tsukihime aterrorizada. Ele olhou para ela, suspirou e disse.


“Acho que vai sobrar pra mim, então.”

 

Talvez ele tivesse achado que ela estava assustada com a queda da lua. Mas na verdade seu medo era completamente por culpa dele. Mais específicamente, sua mão direita.

 

“Então... Como eu farei isso?”

 


Parte 8

 


A lua já não era mais um problema.

 

O garoto de cabelo espetado chegou, surfou em uma das ondas de escuridão que Aoni disparou, e quando chegou perto o suficiente ele tocou ela com sua mão direita. Em resposta à sua ação, a lua se desfez em pedaços e desapareceu antes de tocar qualquer superfície.

 

Logo em seguida, assim que voltou para o solo firme, ele suspirou “Que azar, a rua foi toda destruída... Quem vai tomar responsabilidade disso?” ele bateu sua mão esquerda no ombro de Tsukihime e foi embora.


Tsukihime já não estava mais em seu estado "Moon Princess" então, ela conseguia pensar calmamente, como uma pessoa normal(?).


“É-É mesmo... Eu disse que não iria acabar com a criatura inferior, não é? Como uma Deusa, meu dever é salvar tal alma corrompida.”

 

Ela se virou para a criatura que já não era mais negra, o azul cobria sua pele.

 

“Criatura inferior, eu já entendi seus problemas. Ao ver aquele seu poder, eu entendi completamente. Eu sei que você não é um vilão.” Ela fez uma pausa dramática.

 

“Seja grato, eu permitirei que se arrependa do que fez, e deixarei que espalhe a palavra da bondade de Tsukihime.”

 

Isso foi o que ela disse antes de criar uma fonte de energia rentável, e entregar para Aoni, o demônio azul.


Era basicamente um pote de mel, porém seu conteúdo era a energia da própria Tsukihime. Sua funcionalidade básica era se encher completamente uma vez que acabasse, desta forma, Aoni tinha comida infinita sem ter que ferir mais ninguém.

 

Ele não pretendia agradecer.

Nunca foi culpa dele, afinal.

Mas ao menos, ele sentia que havia tido um peso tirado de suas costas.


Eles ficaram lá parados por um bom tempo, sem falar nada.


Eles trocaram suas últimas palavras.

 

“Obrigado. Deusa.” Ele disse do fundo de seu coração.


E em resposta.


“Humph. É assim que deve ser!!” Ela disse sorrindo, ao finalmente ser reconhecida.



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