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História Caos é o melhor - Me elogiou


Escrita por: Kamiyan

Capítulo 16 - Me elogiou


Fanfic / Fanfiction Caos é o melhor - Me elogiou

Parte 1

Nós andamos por mais alguns minutos, sem encontrar ninguém. Isso era bom de certa forma, mas também era problemático já que estávamos na entrada do vigésimo andar. Aniki disse que se fossemos pelo elevador corríamos risco de ficarmos presos e esmagados lá dentro. Por isso estávamos subindo pelas escadas, sempre procurando nos andares em que passávamos.

Agora, ainda estávamos nas escadas por isso seria ruim se houvesse uma luta aqui e as escadas fossem destruídas. Mas, isso logo aconteceu.

Uma adaga voou por cima de nossas cabeças, e bateu contra uma parede atrás de nós. A parede perfurada logo transmutou em ouro.

“Por aqui, Hitori!” Aniki chutou uma porta ao lado e nós entramos. Aqui era o vigésimo andar.

Logo quando entramos eu fechei a porta, mas de nada adiantou. A ponta da adaga cavou na porta e a transformou em ouro líquido, que escorreu pelo chão.

Então, um homem pulou por cima do ouro e parou a três metros de nós. Logo depois chegou uma garota de cabelo preto e longo, quase na altura da cintura.

“Akame, eu disse que não preciso de ajuda. Veja, são só uma garotinha e um moleque♪” O homem falou.

“Não seja tão presunçoso, Izzard.” Ela facilmente retrucou.

Sem nenhum aviso, o Aniki abruptamente chutou o chão e estava diante deles com um único passo. Ele balançou seu punho direito em um arco, um gancho, que mirava as costelas daquele homem de 1,78. Mas o homem se agacha e salta para o lado, desviando do Aniki. Mas ele prontamente o persegue.

Ignorando o fato daquele homem, Izzard, ter desviado do Aniki... Aquela garota está me encarando de maneira estranha.

Sem nem perceber eu dou um passo atrás. E ela sorri como alguém que acabara de reconhecer um parente que não vê há anos. Não, era como se ela tivesse se reencontrado com alguém que ama...

Deixando isso de lado, já que ela não aparenta pretender fazer algo, Aniki parece estar com problemas.

Ele estava com dificuldades em acertar, e várias adagas voavam para ele.

A mão do Aniki estava coberta de sangue, e era incapaz de se fechar.

OS DEDOS DELE PODEM SER CORTADOS!

Mesmo que a mão direita não se transformasse em ouro, as adagas ainda tinham o poder cortante de uma lâmina!

“Tch. O que há com essas coisas? Tão irritantes.” Aniki cuspiu. “E além disso, qual é a desse ouro?”

“He. Não me surpreende que se interesse por elas. Minha Golden Forge foi baseada no poder do Rei Midas. Tudo que ele tocava se tornava ouro. 'Se tocava o pão, este enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como ouro derretido, sua filha tocou nele e se transformou em ouro.' É realmente um dom triste, não acha? Mas não no meu caso. Imbuindo prana nelas, minhas adagas transformarão tudo que suas pontas tocarem em ouro, esse é o Golden Forge. Isso significa que é bem mais controlável, não concorda? Apesar de eu não saber se a habilidade funcionaria em objetos sem forma, como o fogo por exemplo.” Ele falou de forma arrogante enquanto lecionava o oponente.

A garota de cabelos pretos, Akame-san, complementou. “Ele é capaz de controlar um prédio de trinta andares. E também, ele, sozinho, defendeu o edifício de um Canto Gregoriano. Que era dito como sendo capaz de reduzir qualquer edifício à cinzas.”

Isso parecia realmente incrível. Embora eu não entendesse de magia, e tivesse presenciado apenas algumas vezes, instintivamente eu sabia que isso era perigoso. Por isso, sem nem perceber eu recuei mas um passo. Porém, por outro lado–––

O Aniki permanecia imutável. Ele não se importava com a escala da ameaça, se era perigoso ou não. Contanto que ele devorasse o inimigo à frente, não havia perigo!

“Entendo... ENTÃO É ASSIM QUE É...!?” Ele gritou e disparou empunhando outra adaga.

O Aniki já não consegue se mover! Ele será atingido!!

Meu pensamento logo se provou errado. ‘O inimigo errou’ era um pensamento otimista demais. Atrás do Aniki, estava eu completamente apavorada e imóvel.

“HITO...!”

Aniki virou a cabeça e tentou gritar. No entanto, de frente para onde a adaga se originou, sua ação era muito lenta. Estava apontado para a área entre seus olhos, e então mudou a trajetória. Talvez Izzard só quisesse provar para o Aniki que ele era uma ameaça real. Por isso, nem mesmo hesitou em voar para uma simples observadora como eu.

Diante deles estava meu olhar chocado. Aniki tentou gritar... Mas o som de uma adaga perfurando carne foi ouvido. De fato, houve um grito chocado cujo a origem o Aniki não tinha certeza. Ele não sabia dizer porque a visão diante dele era muito lamentável e inesperada demais.

A adaga não me perfurou.

Em vez disso, a garota inimiga que conhecemos há menos de cinco minutos, realmente moveu-se para me proteger.

A adaga perfurou profundamente seu abdômen macio, mas ela não mostrou um olhar de dor. Em vez disso, ela usou sua mão para afagar minha cabeça.

“!!!” Eu prontamente chuto o abdômen daquele homem, ele estava tão surpreso quanto eu por isso pude facilmente acertá-lo. Era mais como se eu quisesse afastá-lo dela do que realmente derrotá-lo com aquilo. Graças à isto, ele se afasta três ou quatro passos para trás e dobra para frente em forma de V, enquanto aperta o estômago com força e geme de dor.

Com o canto da boca sangrando, Akame-san cai e se apoia em meu peito com o ombro, para apoiá-la eu entrelaço meus braços nela. “Por que...?” Eu preciso perguntar.

Ela parece murmurar algo, com uma voz extremamente fraca. “Você se parece com minha irmãzinha...” Ela sorria.

Em vez de um sorriso para ela, era para consolar outra pessoa. Era o sorriso de quem não queria perder algo novamente.

Então, a garota em meus braços me empurrou com seu ombro. Enquanto desabava, Akame-san foi simplesmente transmutada em ouro.

“Tch. Idiota. A culpa é sua por se intrometer.” Ele falou sem se importar.

Cruel. Eu conheço alguém capaz de algo semelhante, mas nem mesmo aquela garota era cruel para transmutar uma pessoa em algo assim, sem nem um pingo de peso na consciência.

Ele deve ter ouvido. Ele deve ter entendido como era aquele sentimento e simpatizou por ele.

Por um instante. Aniki... Não, Namiari Kazuo pareceu gritar alguma coisa. Eu não sabia o que era, e talvez nem mesmo ele, mas quase havia rompido sua garganta. Aquele homem também parecia surpreso.

Aniki deu um passo à frente e, como um dragão, violentamente balançou seu punho esquerdo. Apesar de meu chute ter sido praticamente involuntário, ele deve ter tido força o suficiente para causar um dano significante em Izzard, que não pôde se mover. Ele apenas foi atingido pelo punho do Aniki, e de sua boca voaram dois dentes, além de sangue. A parte interna da boca deve ter sido cortada.

Aniki não parou, e com um grande balanço um gancho de direita acertou Izzard pelo outro lado. A força foi tanta que ele voou por seis metros, e bateu contra a parede. Ele estava claramente inconsciente, neste ponto.

“Aniki...”

Eu nem precisei dizer algo. Aniki logo se aproximou dele e tocou a adaga com o punho direito, logo a garota que havia se tornado ouro estava em seu estado normal.

Eu não pude evitar de suspirar em alívio. Nós dois somos realmente gratos por ela ter me salvo. E acho que aquele homem também deveria ser, eu não imagino o que o Aniki faria com ele caso eu tivesse sido acertada.

Parte 2

“Obrigado, por ter protegido a Hitori.” Ele falou. “Bem, já podemos começar.” Aniki levou o punho cerrado à cintura.

Eh...!?

“Aniki, o que pensa que está fazendo!?” Eu salto e atinjo o topo da cabeça dele com um golpe de karatê com o lado da minha palma.

O Aniki não parece mudar de ideia. “Sinto muito, Hitori. Mas... Ela é uma inimiga, que precisa ser derrotada.” Ele disse, apertando ainda mais forte o punho direito.

“Eh...? Ma-Mas...”

Akame-san traz uma espada japonesa, uma katana, à mão.

““Se afaste–––”” Os dois disseram, ao se preparar para matar e morrer. ““Hitori—Irmãzinha!”” Com isso, eles avançam para atacar.

Parte 3

Ele só tinha seu punho direito. Namiari estava cansado, e ferido, então a desvantagem era clara. Enquanto Akame tinha sua katana, que obviamente tinha um alcance maior que um punho. Ela fora perfurada, então também estava ferida. Embora dificilmente estivesse tão machucada quanto ele.

Os dois se estudaram. Eles olharam nos olhos um do outro, e esperaram uma abertura para atacar. Mentalmente era exaustivo e fisicamente era letal. Era matar ou morrer, quem se atrasasse em um segundo seria derrotado!

Uma abertura! Namiari avançou primeiro.

Ele não era do tipo de esperar pelo inimigo, então ele não perderia tempo. Como Akame poderia facilmente alcançá-lo com sua katana, isso significava que ele precisava do triplo de cuidado. Mas essa não era a primeira vez que ele enfrentava um inimigo armado, então ele sabia o que fazer aqui.

Ele balançou seu braço pelo lado, almejando empurrar a katana para perto do peito dela. Após isso, um soco de direita acabaria com a luta em um instante.

Ele conseguiu. Antes que ela movesse a katana, Namiari empurrou a arma pelo lado e grudou no ombro dela. Agora!! Seu punho voou pelo lado, um gancho de direita poderoso mirava a mandíbula daquela frágil garota.

*Bam!* Seu punho atingiu perfeitamente. Seu tempo, sua distância, velocidade e força eram quase perfeitos, considerando suas condições atuais.

“... Ghk!” Ele deu três passos para trás, e apertou o punho direito com a mão esquerda. Uma dor avassaladora encheu seu punho, que estava inchando como um balão. Provavelmente estava quebrado. Por sinal, seus ligamentos se romperam e agora ele sequer podia mover o pulso.

“Tch. Por acaso você é feita de pedra!?”

Sem dar tempo para ele sentir a dor direito, ela avançou balançando a katana. Mas Namiari se agachou e a katana bateu na parede, que foi cortada como se fosse manteiga.

“Kh–––ha!” Namiari rolou de lado, e parou com as costas na porta da entrada do andar.

Ela avançou balançando a katana mais uma vez. Sair para o lado bastou para esquivar-se do ataque. Ele deu a volta nela rapidamente, e enquanto a garota se virava Namiari chutou e ela caiu atravessando a porta. Akame caiu com as costas na escada, e ele tentou pisar seu rosto mas ela bloqueou com a katana. Como Namiari percebeu antes, apenas um pouco da sola do sapato fora cortada horizontalmente. Se ele chutasse com toda a força, seu pé jorraria sangue como uma fonte.

“Desgraçada.” Ele cuspiu, irritado.

“Hm. Boa decisão, caso minha lâmina te acertasse você morreria.” Ela falou, enquanto se levantava. Com isso, Namiari saltou para trás e havia uma distância de dois metros entre eles.

“O que quis dizer com isso...?” Ele perguntou seriamente.

“É simplesmente assim. Com minha Ichi, um único ataque basta para matar meu alvo.” Ela falou enquanto andava, e lentamente entrou em uma postura com sua katana. Ela apontava para frente com a arma capaz de matar em um ataque.

Todos eles tem esses poderes bizarros...? Ele pensou.

Primeiro, um homem capaz de transformar o que sua adaga atingia em ouro. E agora essa garota que pode matar com um ataque. Isso é irritante. Mas não importava, porquê se ele tocasse a espada com a mão direita seu poder não serviria para nada.

Agora, isso era um verdadeiro problema. Mesmo que ele não fosse morrer caso defendesse com a mão direita, isso não servia para o resto do corpo. Mas ele também não estava disposto à perder sua mão por isso.

Agora, Akame avançou contra um hesitante Namiari Kazuo. Durou apenas um instante. Ela balançou sua lâmina em um arco vertical, tentando cortar o braço direito e a perna do garoto. Foi apenas um segundo. Mesmo que hesitante, ele fora capaz de mover sua mão direita à tempo e empurrar a lâmina––– Porém cortou sua própria barriga. Não fora um corte profundo. Fora apenas um arranhão. Mas mesmo assim ele afundou no chão como se fosse um boneco sem vida.

“ANIKI!!!” Ela gritou. Namiari Hitori gritou e correu para o lado dele.

Mas a katana apontou para seu rosto.

“Por favor, não toque nele.” A garota que acabara de assassinar o irmão dela, Akame, falou sem se importar.

Sua base é inspirada na Espada Vorpal, que supostamente matou Jabberwock com um único golpe. Ela é chamada de Espada de um Único Golpe por um motivo; ela termina tudo o que toca. Este ataque mata tudo o que toca, mesmo sem força destrutiva. Essa era a Ichi de Akame.

Mas...

“Ha––– Haaaaa!!!!” Hitori atravessou o medo de morrer para avançar. Ela não se importava com ‘derrotar o inimigo' ou ‘morrer em um ataque'. Ela só queria tocar seu irmão e gritar por ele em paz.

Hitori driblou a lâmina e empurrou Akame para o lado, ignorando totalmente o fato de que poderia ser morta em um instante. A garota com um longo laço vermelho sentia que aquela garota era como seu irmão, por isso sabia que ela não iria feri-la, independentemente do que fizesse.

Deixando toda a racionalidade de lado, ela apertou o braço de Namiari com força e o balançou desesperadamente. “Aniki! Aniki!! Aniki!!!”

Sem resposta. Ele realmente estava morto. Não havia calor, não havia respiração nem mesmo uma vontade sobrando. Talvez fosse irônico. Mas não era uma piada. Namiari Kazuo realmente morreu.

“...” Akame observou em silêncio, mas não brandiu sua espada em hipótese alguma. Ela apenas suspirou cansadamente.

“Aniki...” As lágrimas encheram seus olhos, e seu peito apertou. Além disso, ela já nem podia falar sem soluçar. “Aniki! Aniki!! Ugh...!” Ela tentou balançá-lo, mas não funcionou. Ela tentou socá-lo, mas também não funcionou. Ela tentou beijá-lo, mas não tinha coragem para algo tão extremo e pulou essa parte. Por fim, ela mordeu seu pescoço e tomou seu sangue frio e horrível. O gosto de ferrugem, para ela, era como o de uma refeição estragada há quase três meses.

Uma palma tocou em sua cabeça e a afagou, como se ela fosse um animalzinho.

“Ei, ei. Pare de chorar, Hitori...” O garoto, supostamente, morto falou.

“...??” A confusão assaltou a mente dela.

Akame, por outro lado, estreitou os olhos, com o resultado óbvio e nada inesperado. Ela apenas suspirou cansadamente, como quem já sabia o que iria acontecer.

“Co-Como...?” Ela perguntou, sem entender o que estava acontecendo.

“É simples. Parece que nossa amiga aqui é uma mentirosa.” Ele disse com a convicção de um caçador observando a presa que dormia de forma descuidada. “Ela não pode matar tudo com um ataque. É apenas um truque idiota. Ao atingir um alvo, por menor que seja o ferimento, ele será imediatamente posto em um estado semelhante a um coma, ela o faz parando/cortando a respiração. A falta de oxigênio leva ao mau funcionamento dos órgãos, prejudica a circulação e causa a morte dos tecidos. Eventualmente, você morrerá de forma definitiva. Mas não é de efeito rápido, como ela faz parecer. O truque está aí. Para a técnica funcionar, ela constantemente lembra o alvo de que é um ataque de morte imediata. Ao finalmente ser atingido e cair sobre os efeitos do ataque, o cérebro do alvo inconscientemente se dá como morto, suas condições também não ajudam à pensar de outra forma, por sinal. Os pensamentos caem na escuridão. É um tipo especial de inconsciência, imposta por uma sugestão.” Ele disse, enquanto tentava fechar seu punho inchado e machucado, mas sem sucesso. “Ver aquele cara e você foram o suficiente para me fazer cair na armadilha. Por sorte, eu tinha a Hitori do meu lado. Em outra circunstância, eu morreria aqui mesmo.” Ele deu o braço à torcer e assumiu uma verdade clara.

Mas Hitori não deve ter entendido. “Eh? O-O que...?? Como assim, Aniki!?” Ela perguntou.

“Basicamente, ela tem uma fraqueza bem problemática, se não for em um mano-a-mano. É que, como o alvo se torna inconsciente ao ser atingido ele não pode se levantar sozinho. Mas com ajuda externa é possível quebrar a premissa da ‘morte com um ataque'.” Ele completou, afagando a cabeça da garota que estava ajoelhada ao seu lado.

Akame já esperava por isso, de modo que não era surpreendente vê-lo de pé. O que realmente era surpreendente... “Incrível. Você percebeu isso tudo apenas com um minuto de combate, sendo ‘morto’ e então acordando... Você é o primeiro à ter a experiência completa.” Ela então levantou a espada à frente do peito. “Você ainda está fraco, não é? Vamos, use esta sua estranha mão direita em você mesmo. Desta forma, os efeitos serão dissipados, estou certa?”

De fato. Ele estava em um estado deplorável, ao ponto que uma brisa o derrubaria. Namiari logo levou sua mão até o rosto. Não... Ele parou um pouco antes. “He. Obrigado, isso confirma minha última dúvida. Sua habilidade não funciona uma segunda vez, após ser usada antes, estou certo? De modo que, a morte realmente é definitiva para quem for cortado. Mas... Que pena, eu sou o pior oponente para você. Se eu não usar a mão direita em mim, eu sou praticamente imune, certo!?” Ele disparou contra ela.

 Uma brisa poderia derrubá-lo? Verdade. Mas aquela garota, Akame, não podia. Ela parece ter percebido isso nesse instante.

Namiari socou a base da espada, como Akame estava totalmente desnorteada ela nem percebeu quando ele já estava em sua frente.

“Roaaaahhhh!!!!” Ele empurrou ela com toda sua força. Namiari correu com tudo o que podia, enquanto segurava o pulso dela com toda a força. Logo ele bateu ela contra o vidro e os dois caíram.

Hitori, a única que sobrou lá em cima, ficou atônita. Mas ela não tinha vontade de ir até a janela, para ser mais específico, suas pernas desistiram. “Co-Contanto que eles ainda estejam vivos...”

Parte 4

Os dois estavam realmente quebrados. E ninguém se surpreenderia se Namiari morresse na queda do vigésimo andar.

“Ei...” O garoto que poderia estar morto disse. Ele já havia tocado o abdômen com a mão direita, então era incapaz de morrer pela Ichi. O estalo que ocorreu comprovava isso.

“O... Que... É...?” Ela deu seu melhor para responder.

“O que quis dizer, quando falou que a Hitori parecia sua irmã...?”

“... Nada mais que isso. É exatamente dei à entender. Simples assim...”

“E, onde ela está...?”

“Ela morreu, seis anos atrás. Quer saber como? Foi por causa dos cientistas daqui. Eles realmente foram longe demais. Cinquenta crianças perderam a vida por causa daquilo e se não fosse por ela seriam cinquenta e uma, contando comigo.”

“Ah, sei... Você se aliou com o irmão do Makoto depois disso, certo?”

“É... Eu estava perdida na rua, sem ter o que comer ou beber. Morri de inanição alguns meses depois, e por coincidência nos encontramos alguns anos depois disso tudo. Nós encontramos a Annya e então juntamos pessoas que guardavam rancor contra esta cidade. Éramos quase quarenta.”

“Sei...” Não era possível dizer qual dos dois ficou inconsciente primeiro. Eles fecharam os olhos, e dormiram no asfalto cinza, por onde o sangue deles se espalhava. 

 

Mas... Algo fluiu da boca do garoto que estava inconsciente. “O que você costumava fazer com sua irmã...?” Era uma dúvida gentil e honesta.

“Eu...”

Parte 5

“Haah...” Hitori estava cansada, mas se esforçou para suspirar. “... Agora, o Aniki...”

Assim que ela havia decidido seu próximo passo, o elevador chegou naquele andar.

“Eh? Ani––” Não era ele.

A garota coberta de sangue e hematomas se aproximou lentamente dela. A katana que parecia estar grudada em sua mão caiu para frente enquanto ela balançava os braços como um zumbi. A katana, então, rolou até os pés da Hitori.

“Ah? Aah–––” Ela não sabia o que fazer.

Seu irmão não fora capaz de vencer, mesmo após se jogar do vigésimo andar com ela, então o que ela poderia fazer? Nada... Facilmente ela chegou em uma conclusão.

Não era possível ver seu rosto, seu pescoço nem mesmo estava erguido. Apenas suas pernas eram capazes de caminhar. Ela era um boneco cujo todas as cordas, exceto as de suas pernas, foram cortadas.

Ela já estava a quatro passos de Hitori.

Eu deveria pegar a arma...!

E assim ela fez. Segurando a katana, como se fosse uma faca, ela apontou para a garota que se aproximava. De fato, Hitori não fez nada, ela apenas segurou a arma. Akame atravessou e praticamente se perfurou sozinha. Ela lentamente caminhou enquanto mais sangue escorria de sua boca. Ela caminhou, com seu dorso sendo perfurado, e chegou perto o suficiente de Hitori.

Ela ergueu seu punho, era um último ataque antes de partir.

“Ugh–––!!” A garota de cabelo branco apertou os olhos, no aguardo da dor que viria à seguir.

O último golpe chegou––– Em forma de um abraço.

Logo depois, qualquer resquício de vida nela lentamente se esvaiu. “... Nós costumávamos jogar algum jogo besta... Era... Muito... Divertido...” Sua voz não passava de um suspiro––– “Será que poderemos fazer isso de novo... Em outra vida, Yui...?” Seria o último deles.

Vendo aquela garota caída no chão... Uma dor indescritível atingiu Hitori de uma forma quase palpável.

 

Ela havia realmente matado uma pessoa.

 

Não era a primeira vez... Não, de fato era. Mas um sentimento estranho enchia sua cabeça com um zumbido.

 

“... Gh.” Ela engoliu seco. Sua mente estava afundando sozinha, e sem forma de parar.

 

“A-ni-ki...” Ela o chamou. Ela clamava para que ele fizesse isso parar. O zumbido não parava de forma alguma, não importando o quanto ela batesse na própria cabeça.

 

E então.

 

“Hitori!” Seu herói chegou e segurou os braços dela gentilmente.

 

Ele era a pessoa mais confiável, que mais amava e se importava com ela.

 

Ah. O zumbido parou.

 

Parte 6

Ela esperou por cerca de quinze ou vinte minutos, mas finalmente eles vieram.

“Namiari-chan!!” Ela soltou-se e correu para abraçá-lo.

Foi então que ela percebeu. “Pe-Perdão. Eu estava pensando em me manter presa e deixá-lo me desamarrar. Desta forma faz parecer que seu trabalho de vir até aqui foi inútil...”

“’Desta forma’ você diz... Eu acharia estranho de qualquer forma, já que há quase quarenta pessoas desmaiadas aqui...” Ele falou, coçando a cabeça.

“Sobre isso... Eu não faço ideia do que aconteceu (mentira). Eles foram caindo de repente (usei minha hipnose e os acertei na cabeça com uma viga de metal que encontrei por aí) ★”

“Primeiramente, afaste-se dele, por favor!!” Hitori cortou entre eles com seu braço.

“Hm? Sua namorada continua agindo assim?” Sia perguntou em tom de deboche.

“Você sabe muito bem que não somos isso, Sia-san!”

Namiari pacientemente deixou que elas discutissem sobre sua relação, enquanto esperava seu corpo se recuperar ao menos um pouco.

“Ainda não acabou, não é...?” Sem querer, ele disse em voz alta.

Por isso, as duas pararam.

“Sim...” Hitori falou em um tom afável.

“Tem razão.” Kurokami Sia concordou de forma parecida.

Isso decidido. Eles iriam até Karasumi. Sia tomou a liderança e seguiu para o elevador.

“Ah, sim.” Ele botou sua mão sobre a cabeça de sua amada irmã. Afagando-a, ele falou: “Eu sinto muito por ela. Aquela garota parecia ser muito boa, mas agora ela estará bem melhor. Quero dizer, eu chamei uma ambulância pra ela afinal. Não há chances de eu deixar alguém tão problemático sair impune.”

 

“Eh? Qu-Quando...??? Eu pensei que...”

 

 “De qualquer forma...” Ele parou para respirar um pouco, a verdade é que estava bem difícil de fazê-lo. “Você foi muito forte lá atrás, me ajudou bastante. Obrigado.” Ele disse sorrindo gentilmente.

“Aniki...” Lágrimas pareciam querer escapar.

“Hm? O que disse? Quer uma recompensa...? Quanta ganância... Que tal um beijo, ou uma viagem de lua de mel?” Com isso, um punho espetou seu nariz com um jab.

“Eu não pedi por nada disso, irmão idiota!” Ela passou por ele, e foi em direção ao elevador onde Kurokami Sia esperava. Ao entrar, ela apertou o botão do primeiro andar.

Namiari Kazuo, que estava distraído com um nariz sangrando, apenas disse “Eh?” desnorteado.

Ele precisaria descer as escadas ou esperar que o elevador volte–––

“Venha pelas escadas!” Hitori gritou enquanto a porta estava quase se fechando.

“... Que azar.” Ele parecia ter perdido sua vida de forma definitiva e instantânea.

Parte 7

“... Bater nele eu entendo, mas precisava mandá-lo vir pelas escadas? Você sabe que ele realmente vai fazer isso... Hum? O que há com este rosto, Hitori-chan?”

Sia apenas suspirou com um sorriso cínico, enquanto Hitori estava perdida tentando acalmar seu coração. A garota de cabelo roxo parecia imaginar o que era.

“Não sei do que está falando sobre rosto, mas o eu deveria ter feito...? Eu não conseguiria ficar próxima do Aniki agora.” Ela disse, apertando as bochechas vermelhas como um camarão. “Ele me elogiou de verdade, afinal... Hehehe♪”

 


Notas Finais


Missão cumprida. 😣


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