Parte 1
Três dias haviam se passado, desde o último incidente.
Aqueles dois foram postos no mesmo quarto de hospital, por acaso. Isso era o que Namiari queria pensar, mas ele prontamente assumiu que a irmã de Makoto, Kurokami Okihara, a médica, havia os posto juntos propositalmente, embora não houvesse realmente algum motivo razoável.
Para Namiari, estar lá era tão usual que o quarto totalmente branco, com cortinas brancas e uma porta branca sequer o incomodava. Embora fosse inevitável, parecia que sempre que voltava lá seu senso de distância ficava menos e menos confuso. Ele estava mais próximo da janela, mas não podia olhar para fora e as cortinas o impediriam de qualquer forma.
“Namiari-kun.” O garoto na cama ao lado falou, apenas uma cortina branca os separava, forçando uma impressão de que era uma sala separada.
Namiari não se virou para encontrar Makoto, ele apenas ouviu em silêncio.
“Ela se foi, não é...?” O garoto de cabelo roxo disse, sem vontade.
“Parece que sim.” O garoto de cabelo espetado respondeu casualmente.
Ele, Namiari Kazuo, estava acostumado à perder alguém ou alguma coisa. Porém, para Makoto, isso ainda deveria ser um choque.
Ele precisava fazer algo sobre isso.
“Ei, Makoto... Não pense que eu me esqueci. Você ainda vai pagar, aconselho que cerre os dentes imediatamente.”
“Namiari-kun, Namiari-kun, eu já disse que sinto muito? Eu acabei me deixando levar...” O garoto de óculos soou idiota, no entanto parece ter funcionado, o tópico havia mudado.
“Não, você não vai sair impune.” Falar isso sorrindo definitivamente mostrava um lado perigoso, que Makoto não tinha o desejo de ver.
Mas Namiari estava muito mais ferido que ele, então certamente havia um problema. Mas ao invés de escapar, Makoto decidiu silenciosamente aceitar sua punição quando aquele garoto estivesse recuperado.
Ainda haviam assuntos pendentes entre esses dois.
Mas...
De repente, alguém entrou pela janela. Ou melhor, arrebentou completamente a parede fina e frágil de concreto reforçado. Vale ressaltar que, devido certos incidentes, estas paredes eram resistentes o bastante para suportar tiros de .50 como se fossem nada.
“Yo!” A garota entrou e abraçou Namiari, que estava mais próximo, e depois atravessou a cortina para abraçar Makoto.
““Eh...?”” Os dois deixaram uma voz surpresa escapar.
A menina que entrara de repente, parecia ter oito anos e tinha apenas 1,28m de altura.
Ela veste um uniforme de marinheiro azul marinho e tem pele clara, embora não fosse pálida. Sua gola estilo marinheiro é vermelha. Seus olhos serenos, são verde esmeralda.
Os dois ficaram pasmos.
Namiari até havia esquecido de que queria bater em Makoto.
Suas vozes então se sobreporam.
“Hime...?”
“Tsukihime...”
“Humph...” Ela parou rente à parede na frente deles, onde podia vê-los bem. “Hm. Apesar de eu não ter problemas com ‘Hime’, acho que é errado me chamar de ‘Tsukihime’ agora, Makoto.” Apesar de ser pequena, ela soava como uma professora gentilmente lecionando seu aluno.
Seu olhar parecia dizer ‘Está tudo bem’ sempre que eles olhavam com apreensão.
Cortando o silêncio congelante, ela falou com um sorriso tranquilo: “Estou feliz em ver vocês novamente”
Namiari pareceu entender, e continuou. “É-É bom que você esteja à salva, Hime. Mas o que aconteceu com seu corpo?” Embora dissesse isso, para Namiari, a sensação que ele tinha era parecida com um déjà vu. Mas, na verdade, ele já havia visto algo parecido com isso acontecer, umas duas ou três vezes. Dito isso, ele apenas queria preservar seu senso comum. Se mais alguém voltasse à vida ele teria um problema, embora não fosse reclamar.
“Em primeiro lugar, Tsukihime realmente se foi. Eu sou apenas uma ‘Emanação’. Basicamente, eu sou o ponto de partida da Tsukihime que vocês conheceram. Por algum motivo, eu mantive todo o conhecimento e lembranças da original ♪” A saia do uniforme azul marinho balançava de um lado para o outro, conforme ela falava como se estivesse cantando. Apesar do tema estranho, ela parecia contente do fundo de seu coração.
Makoto prontamente perguntou. “Então... Como isso aconteceu?”
Ela parou.
O olhar, ainda sereno, dela se tornou muito mais penetrante. “Humph. Eu não sei-jan.”
““’Jan...?”” Parecia ser um tipo de piada, mas como os dois disseram juntos, soou ainda mais estúpido.
“Então...” Namiari parecia pedir para que elaborasse.
Atendendo seu pedido, ela continuou casualmente. “Sabem o que é um alter ego?” Ela continuou sozinha. “É basicamente o que sou, uma Alter Ego. Apenas uma terceira personalidade para a pessoa que decidiu se chamar de Tsukihime, uma substituta. Uma Emanação é como itens produzidos em massa. Nada mais e nada menos.” Ela disse sem apatia.
Os dois garotos se calaram por um momento. Não que estivessem tensos, mas só um pouco surpresos por ela se referir à si mesma como um produto, embora ela estivesse falando no geral. Era realmente desagradável vê-la falar desta forma.
E, no entanto, ignorando isso.
“Eu queria agradecer, de verdade...” Sua expressão serena se foi, agora parecia-se apenas uma criança que perdeu seu brinquedo favorito. “Kazuo, Makoto...” Ela não parecia querer que as lágrimas aparecessem, mas não haviam motivos para continuar se segurando.
Suas pernas perderam a força. “Obrigada, Kazuo, Makoto... Muito obrigada–––!” Ela enxugava as lágrimas enquanto repetia ‘obrigada, obrigada, obrigada' de novo e de novo.
Eles não se contiveram.
Mesmo que seus corpos doessem, ou se recusassem à se mover. Eles não se conteriam.
Makoto a abraçou. Namiari afagou sua cabeça com a mão esquerda.
“Sinceramente, eu é que sou grato por você estar aqui. Ko¹-hime.” O garoto de cabelo roxo falou em alívio.
1 pode ser traduzido literalmente como: ‘Criança’.
O afago de Namiari se tornou um golpe de karatê logo depois. Ele o fez para se vingar de seu braço direito enfaixado.
No entanto, ela nem se incomodou. Qualquer ataque que não fosse com aquela mão direita seria ineficaz. Pelo menos nesse aspecto ela não havia mudado.
“Bem vinda de volta, Hime.” Ele falou.
O conhecimento e as lembranças ficaram. Mas ela era, em essência, uma outra pessoa.
Mesmo assim, facilmente ela poderia responder o por quê de ter se apaixonado por aqueles dois.
Ela sorriu mais uma vez.
E sabia no fundo de seu coração que, se continuasse com eles, poderia sorrir ainda mais.
Então, sabendo disso, ela precisava responder.
Ainda sendo abraçada por Makoto, ela enxugou as lágrimas em seus olhos uma última vez.
Essa provavelmente não seria a primeira, e a última estaria longe, mas...
“Eu voltei.”
Ela estava realmente feliz.
Mais, e mais Caos!
Parte 1
Harutora estava afundado em um prédio de quarenta andares. Ele até poderia voltar para a luta, mas acabou ficando ocupado demais salvando as pessoas que poderiam ter sido esmagadas pelos prédios que ele atravessou. No fim, todos foram salvos.
Parte 2
Depois que Pureza ficou inconsciente, os Mandamentos brigaram entre si para tomar o controle, e no fim nenhum deles pôde continuar lutando.
Parte 3
Shizuo se cansou de brigar contra aquela coisa Invisível, e voltou para o bar. Mas no caminho ele comprou várias porcarias, como batata chips sabor churrasco.
Parte 4
Annya ficou triste após ser derrotada, mas depois de algum tempo (mais ou menos quarenta minutos) ela se motivou para cumprir com seu objetivo de derrotar seu pai e tornar-se a melhor espadachim.
Parte 5
Hajime teve apenas uma leve contusão, mas Shizuo se irritou mesmo assim e tentou se vingar contra a Ko-hime. Ele foi derrotado, no entanto.
Parte 6
Aoni se regenerou tranquilamente.
Apesar de que levou quatro dias para Ko-hime se lembrar de que ele estava lançado no espaço. Ela facilmente trouxe-o de volta depois de passar algumas horas procurando por ele.
Parte 7
Karasumi, Akame e os outros foram levados para o reformatório. Kurokami Madoka, junto do conselho de diretores, decidiu dar à eles liberdade condicional. Eles teriam que trabalhar para a cidade em troca de serem livres, naturalmente, Karasumi e Akame não aceitaram.
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