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História Carmesim - I can not stay here!


Escrita por: jarbarw , sickofstaylor e whovampire

Capítulo 8 - I can not stay here!


Fanfic / Fanfiction Carmesim - I can not stay here!

 

Clary Narrando.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria. Eu fugiria de Justin antes mesmo dele subir naquela cobertura atrás de mim. Eu nem mesmo beijaria seu rosto. Na verdade, esse foi o meu maior erro. Que tipo de pessoa beijaria o seu sequestrador/perseguidor? Eu era maluca. Completamente maluca.

Corríamos cidade á fora. Podiam se ouvir as sirenes da polícia atrás de nós enquanto atravessávamos a ponte da cidade. Meu coração estava saindo pela boca, minha respiração estava acelerada e eu sentia minha pressão cair á medida que corríamos. Aquilo não era normal. Eu estava com três criminosos em um carro. Três homens perigosos que poderiam acabar com a minha vida se quisessem. Estava soando frio, completamente imóvel naquele momento. Meu coração batia tão forte no peito que chegava a doer. Eu estava em um carro com três criminosos fugindo da polícia.

Ofegante, eu olhei para Justin. O mesmo pareceu sentir meu olhar nele, virando seu rosto de imediato para mim. Por mais incrível que pareça, Justin não estava tão nervoso quanto eu. Longe disso. Ele já devia estar acostumado com essa perseguição. 

Desviando meu olhar, rapidamente virei-me para trás, vendo três carros de polícia atrás de nós. Meu coração se apertou. Eu não queria ser presa. Antes que eu pudesse me segurar, um baque e eu acabei indo abruptamente para a frente. Meu rosto havia batido contra o banco do motorista e realmente aquilo foi como um soco na cara, porque verdadeiramente aquilo havia me machucado. Senti duas mãos ageís me puxarem para trás, me ajudando a se ajustar no banco. 

— Põe a merda do cinto — Justin ordenou aborrecido. Assentindo de cabeça baixa, desesperada de medo e com as mãos trêmulas, tentei colocar o cinto. Mas estava traumatiza demais para aquilo. Coberta pelo terror, ao sentir as mãos de Justin sobre as minhas, eu me encolhi. Justin tirou o cinto das minhas mãos e finalmente o encaixou. O homem me olhou com as sobrancelhas franzidas. Nem parecia que estávamos fugindo da polícia. — Se acalme. Eu não estou te raptando. — Tentou amenizar. Entretanto, eu não conseguia acreditar naquelas palavras. Se ele não estivesse realmente me raptando, então, por que havia me trazido para cá? 

Não respondi. O carro cortou abruptamente para a direita, e mesmo que eu estivesse sendo segurada pelo cinto, havia voado para o lado de Justin. Ele olhou para mim e soltou uma risada abafada. Meu coração batia tão forte que eu cheguei a acreditar que Justin estava ouvindo as batidas dele. O motorista girou o volante com precisão e mesmo sabendo o que ele faria a seguir, torci para que não fizesse. Ele havia feito o carro descer por uma pequena ladeira. Recheada por árvores e mato, tomada pela escuridão, apenas iluminada pelo farol do carro. Eu soltei um grito alto, que acabou fazendo o tal de Ryan olhar para mim, mas ignorei e apenas comecei a implorar para que me deixassem sair. Era tarde demais. Decíamos por uma pequena mata escura. A única luz por ali era a dos faróis do carro.

— Me. Deixem. Sair! — Só agora havia percebido que estava chorando igual á uma menininha de seis anos, tal menininha que eu tentava sempre esconder de Justin. Entretanto, agora era inevítavel. 

Para o meu alívio, Charles voltou novamente para a pista, diminuindo a velocidade. Todos vibraram, exceto por mim, que ainda estava traumatizada. Eles haviam conseguido despistar a polícia. 

— M-me deixem sair... — olhei para Justin suplicante. — Por favor.

O mesmo ignorou sem nenhum pingo de compreensão. Suspirei, olhando para as minhas duas mãos. Trêmulas. Completamente trêmulas. Deitei minha cabeça no banco lentamente e me calei pela primeira vez durante aquele trajeto. Minha consciência pesou por ter feito o que fiz. Ido atrás de um criminoso? Beijá-lo no rosto? Me acostumar com sua perseguição? Ou... simplesmente pelo fato de acreditar que ele era um garoto bom, e ter dado á ele uma chance. Agora tudo o que eu sentia era repulsa do tipo de vida que ele levava. Imersa em meus pensamentos, imaginei como Justin seria se fosse uma pessoa normal, com uma vida comum. Tenho certeza de que me apaixonaria por ele... Oi? Me apaixonar por ele? Não. Eu nunca me apaixonaria por ele, nem mesmo se tivesse uma vida comum. Entretanto, se ele fosse uma pessoa normal, poderíamos até ser amigos. 

Fechei os olhos com força tentando esquecer esse tipo de pensamento. Essa era a realidade de Justin. Ele vivia esse tipo de vida. Não poderia ser diferente.

— Ei garota, já chegamos — tirando-me de meus devaneios, senti alguém começar a cutucar meu braço. Olhei e vi Justin me olhando aborrecido. 

Tirei o cinto e saí do carro, deparando-me com um enorme casarão. Dei um passo para trás. Estava assustada com toda essa luxúria. Nem eu tinha esse tipo de vida, na verdade, eu levava uma vida muito simples. 

— Eu quero ir embora — foi a unica coisa que eu disse. 

— Você não pode ir embora agora. — Ele rolou os olhos. — Agora deixa de lerdeza. — Justin saiu andando em direção á casa. Observei-o entrar na casa e suspirei, escorando-me no carro. Minha pressão havia caído pelo grande susto e também, pela falta de comida no estomago. Mas agora eu não me importava com isso, eu tinha que sair daqui. Meu coração acelerou ao lembrar-me de meu celular, porém, me soquei ao me recordar de que havia esquecido na bolsa. Respirei fundo para não arrancar meus cabelos, todavia, já estava começando a chorar novamente. Coloquei as mãos sobre o rosto e murmurei para mim mesma: — Não chore... você é forte o suficiente para suportar isso. 

Suspirei e olhei para o céu estrelado. Tentanto pensar em um plano para sair daqui, me peguei contando estrelas pela segunda vez naquela noite. Eu queria tanto saber que horas são. Abaixei a cabeça, levando a mão até minha bochecha e enxugando as lágrimas. Lentamente eu me virei para olhar o casarão, fechando os olhos por um instante e dando passos lentos em direção ao mesmo. Senti minhas pernas bambas pela fraqueza que consumia o meu corpo e passei a me condenar por não ter comido antes de ir para o evento. 

As batidas do meu coração aumentavam cada vez que eu me aproximava daquela casa. Subi algumas escadas segurando-me no corrimão. Perdendo toda a coragem, eu parei antes mesmo de chegar á porta. Suspirei e desci uma escada, mas sem antes ouvir algumas vozes.

— Aquela garota está te fazendo de idiota, Justin! — E me assustei ao perceber que estavam falando de mim.

— Ninguém me faz de idiota — Justin respondeu furiosamente. — Eu sei o que estou fazendo, Ryan!

— Cara, esquece esse lance da Scarlet!

— Ela não é a Scarlet...

Franzindo a sobrancelha, me aproximei da porta para ouvir melhor, contudo, fui estabanada o suficiente para tropeçar e cair de cara na frente deles. Ambos olharam para mim surpresos. 

— Ouvindo atrás da porta? — Ryan arqueou as sobrancelhas para mim. Não evitei bufar. Me xingando mentalmente tentei me levantar do chão, mas antes que eu pudesse fazer isso, fui surpreendida com uma mão estendida para mim. Olhei para o individuo e me deparei com Justin se oferecendo para me ajudar a levantar. Aceitando sua ajuda, peguei em sua mão e me levantei, sem deixar de olhar para ele completamente surpresa. 

— Obrigada...

— Nunca mais faça isso — Justin me fuzilou, ignorando meu agradecimento. Outra vez me peguei olhando para ele completamente surpresa. — Está com fome? — Ele perguntou como se nada tivesse acontecido. O olhei incrédula.

Esse garoto era bipolar?

Olhei para Ryan e o peguei me fuzilando. Eu tinha certeza que se ele pudesse, me executaria agora mesmo. E isso me deixou inteiramente arrepiada. Desviando o olhar por conta do medo, tentei ignorá-lo, assentindo para Justin. Eu estava amedrontada. 

Justin percebeu o meu desconforto e olhou para Ryan. Suspirou e disse para mim segui-lo. Assim fiz, seguindo ele até outro cômodo daquela casa. Não demorou muito para que eu me deparasse com a cozinha, simples, mas luxuosa. Típica cozinha americana. Me sentei na mesa um pouco desconfortável e o observei mexendo na geladeira.

— O que você quer comer? — Ele perguntou sem desviar os olhos de dentro da geladeira.

— Qualquer coisa — respondi. 

Justin tirou da geladeira uma caixinha de rosquinhas coloridas e eu tive que rir, mesmo não querendo. Ele colocou a caixa na mesa e olhou para mim receoso. — Você gosta de rosquinhas?

— Sim. — Assenti.

— Desculpa, é a unica coisa que eu tenho agora...

— Sério? — perguntei assustada. Olhe o tamanho dessa casa, como assim ele não tinha nada?

— Eu não sei cozinhar — ele foi sincero. Assenti, compreendendo. Hesitante eu peguei uma rosquinha com cobertura de chocolate recheada de pedrinhas coloridas. Justin se sentou na mesa, proximo á mim, e me analisou quietamente. Isso havia me incomodado, no entanto, escolhi ignorar e continuar a comer em silêncio. Na verdade, a ausênsia de som naquela sala havia me deixado inquieta. Suspirei, deixando-me levar pelos meus devaneios. Não havia deixado de me lembrar da conversa de Justin...

— Ninguém me faz de idiota — Justin respondeu furiosamente. — Eu sei o que estou fazendo, Ryan!

— Cara, esquece esse lance da Scarlet!

— Ela não é a Scarlet...

Tais palavras que ecoaram pela minha mente. Eu estava ficando paranóica ou eles estavam falando de mim? Só de pensar nisso me coração acelerava e isso me assustava. Na verdade, tudo me assustava desde quando Justin havia começado a me perseguir. 

Olhei para o garoto ao meu lado, o pegando olhando para mim, como se tentasse ler meus pensamentos.

— O que você está pensando? — ele perguntou simplesmente. Meu coração acelerou mais ainda.

— N-nada... — balancei a cabeça negativamente. Abaixei o olhar até a minha rosquinha e pensei se perguntava quem era Scarlet, mas algo me impedia naquele momento. Pensei que talvez fosse o medo. Só de pensar no tom de voz que ele usou com Ryan eu me arrepiava inteiramente. 

Levantando o olhar novamente, olhei para Justin disposta a perguntar: — Que horas são?

Ele franziu a sobrancelha e puxou o celular do bolso, olhando para o visor, respondeu: — Uma hora e meia.

Senti uma vontade imensa de pegar seu celular e ligar para a minha mãe, tudo para dizer que eu estava segura. Suspirei. — Posso ligar para a minha mãe?

Justin ergueu seu olhar para mim no mesmo segundo. Hesitei por um instante. — Por quê? — Ele perguntou. 

— Só queria garantir pra ela que estou bem.

Ele assentiu, um pouco tenso, e estendeu o celular em minha direção. Tomei-o de sua mão e disquei o numero da minha mãe, após ouvir chamar três vezes, ouvi do outro lado da linha uma voz abatida. — Alô?

— Alô? Mãe? 

— Meu Deus Clary, onde você está? — Ela entrou em desespero. — Eu estou preocupada com você, onde você se...

— Mãe, calma! Por favor. Eu estou bem...

— Onde você está? — Ela me interrompeu.

— Na casa de uma amiga.

— CLARY! — Ela gritou comigo.

— Eu posso explicar...

— Vem pra casa agora! — Minha mãe berrou do outro lado da linha. Por um momento achei que ela iria chorar e meu coração se partiu.

— Não posso ir agora, está muito tarde. Amanhã eu prometo te explicar tudo. 

— Posso saber como você foi parar aí? E por quê não me avisou? Que amiga é essa, Clary? — Disparou perguntas em cima de mim e eu suspirei.

— Ela estava mal e precisava de um ombro. Eu esqueci de te avisar, desculpe...

— Que amiga é essa?

— O nome dela é Ashley. Uma amiga minha da escola, está tudo bem. Eu vou ter que desligar agora. 

— Escuta aqui mocinha, quero você em casa bem cedinho. Se você não chegar aqui antes das oito, eu juro que te deixo de castigo por três meses! — Ela gritou. 

— Tudo bem. Boa noite mãe. — Desliguei antes que ela pudesse responder. Minha vontade era de desabar de tanto chorar, mas eu não faria isso na frente de Justin. Entreguei o celular na mão dele e o mesmo me olhou surpreendido.

— Pensei que quisesse ir pra casa. — Ele abriu um sorriso divertido e eu senti vontade de socá-lo.

— Mas...

— Amanhã eu te levarei bem cedinho. — Ele debochou, levantando-se. — Está com sono?

— O quê? — Me levantei também. Fiquei de frente para ele. — Eu... vou ter que dormir aqui?

— Foi o que você disse para a sua mãe. — Justin sorria mais ainda. Eu senti vontade de arranhar o seu rosto inteirinho.

— Merda! — Xinguei. — Eu não posso ficar aqui! — Protestei, sentindo uma corrente fria passar por todo o meu corpo.

— Ah, mas você vai ter que ficar aqui. Ou vai querer dormir lá fora com essa tempestade? — Ele debochou. Fiquei completamente confusa, porém foi só ouvir o barulho do trovão que eu percebi que estava chovendo fortemente lá fora. 


Notas Finais


Oi, primeiramente queria pedir desculpas á vocês. Eu sei que relaxei completamente deixando de postar aqui. Era pra nós termos postado no domingo passado e nesse domingo também, como sempre fazemos... mas, sei lá, faltou inspiração. Eu peço desculpas por todas nós. Enfim, eu fiz esse capítulo as pressas, então não ficou perfeito nem nada. Sei que estamos devendo megapost para vocês, porque "promessa é dívida", então eu PROMETO postar no meio da semana pra vocês. E se eu não cumprir podem brigar comigo, meu nome é Agatha e tanto eu, quanto Camila e Gabriela estamos em divida com vocês... Ok, vou pegar um atalho:
Obrigado pelos 161 favoritos e PELOS LINDOS COMENTÁRIOS NO OUTRO CAPITULO!!!!! EU AMO VOCÊS!!!!!! <3 <3 <3 <3
Nossos twitters: @mcflytrafico (mudei de user), @ianinfeta e @JUSTINDELCU
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UyAkrue6bbk&feature=youtu.be
PS: CLARY TEM A SÍNDROME DO ESTOLCOMO HAHAHAHAHAHAHAH (pra quem não sabe é quando a vítima se apaixona pelo seu algoz). BJSSSSSSSS DA JONES AQUI, amo vocês.


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