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História Carpe diem - Capítulo 3


Escrita por: domAckerman

Capítulo 3 - Capítulo 3


Iori ainda está triste, é perceptível. Só que não está mais tão pra baixo e isso é bom, e em grande parte mérito meu: sou uma companhia ótima e agora que encontrei o caminho para convivermos bem a tenho mantido distraída e melhorado muito seu humor.

Tanto, que aceitou vir comigo ao show depois que a convenci que só tinha a ganhar: seria divertido de qualquer forma já que é sua banda favorita.

Nos encontramos na casa de show e é difícil controlar o olhar descarado: Iori está uma delícia, e fica ainda mais quando me censura com o rosto vermelho mas sorri.

Vamos direto para uma das mesas altas no fundo do salão e me divirto vendo a dificuldade dela em se acomodar na banqueta alta. A conversa entre nós flui fácil, é gostosa e leve principalmente com o acompanhamento gelado da cerveja na noite quente.

Quando o show começa já estamos bem entrosados e ela pula da banqueta empolgada para ver, o que é um erro já que provavelmente sua altura vai frustrar esse objetivo. Mas quem sou eu para dizer isso? Deixa ela se divertir.

— Não me diz que vai ficar sentado que nem um velho?!

— Com toda a certeza.

— De jeito nenhum! Levanta essa bunda daí!

Dou risada do inusitado de sua fala e acabo cedendo e ficando ao seu lado só para não quebrar seu clima tão animado. Descobri nos últimos dias que Iori é divertida, uma companhia gostosa e que venho querendo cada vez mais.

Sua alegria contudo dura pouco assim que mais pessoas se levantam da mesa e fecham sua visão mal a primeira música começa.

— Odeio ser baixinha!

Está brava de verdade e uma graça assim, e é mais fofo ainda ver sua expressão de derrota ao voltar para seu lugar – e entender o porquê as banquetas são mais altas e o piso um pouco elevado no fundo.

Penso em voltar para o meu só que gosto de sua altura desse jeito, então permaneço em pé ao seu lado, meio passo atrás.

Volta a atenção para o palco e é bonito ver como sua expressão suaviza, como canta e vibra na energia do som. É bom que esteja tão distraída e mal perceba o quanto estou fissurado.

Quando acaba a música e o vocalista interage com a plateia ofereço outra cerveja e ela aceita; esbarro os dedos nos seus e me demoro mais que o necessário e Iori não os recolhe nem me olha feio: é receptiva.

Encurto a distância entre nós, o barulho no ambiente a desculpa perfeita para estar tão perto e em nenhum momento ela se esquiva, o que me permite continuar nesse jogo: na próxima pausa tiro alguns fios de cabelo grudados em seu rosto e Iori se vira para mim surpresa.

— Adoro essa música.

Só a ouvi algumas vezes na vida, admito, mas qualquer frase serviria para prender sua atenção e fechar o pouco espaço que ainda resta entre nós. Envolvo seu rosto com as mãos e aguardo seu sinal e ela dá: enlaça meu pescoço pouco antes de responder.

— Eu também.

A sensação de sentir sua boca a primeira vez, a música, suas mãos pequenas me tocando, as minhas acariciando seu rosto, os dedos enroscando em seu cabelo, seu cheiro, tudo ficou gravado em mim.

Seu beijo me acende inteiro, me desperta de um jeito totalmente intenso; a sensação é tão boa que estranho e me perco totalmente até ela me afastar sorrindo quando outra música começa.

— Ei! O show!

Talvez eu esteja com um aspecto idiota demais no rosto porque sua expressão é de pura diversão antes de voltar a assistir, mas pra mim é mais que suficiente por enquanto: aproveito a intimidade recém adquirida para envolver sua cintura e colar atrás dela, a banqueta deixando-a em uma altura perfeita para eu repousar o rosto em seu ombro ainda processando o que senti.

Iori está gostando do show, e eu estou gostando de tê-la assim tão relaxada. Felizmente a música de agora é conhecida e com um refrão fácil de lembrar: completo baixinho roçando a boca em seu pescoço e é ótimo senti-la se arrepiar.

Melhor ainda é vê-la inclinar um pouco a cabeça para o lado para que eu continue e é o que faço, beijando perto de sua orelha, inventando o que dizer no intervalo das músicas só para continuar provocando.

Iori aproveita outra pausa e me beija, os dedos dessa vez aumentando a bagunça do meu cabeço já desalinhado, me atiçando ainda mais.

— Se pelo menos essa boca ficasse um pouquinho quieta...

— Fica quieta quando está ocupada!

Ela ri gostoso, uma tentação inteira.

— Mas vim para ver o show!

Aproveito que está no jogo e apoio a outra mão em sua coxa.

— Ver assim é mais divertido, não é?

Balança a cabeça afirmando e vira de novo para frente nos primeiros acordes, mas agora estou no melhor dos cenários: uma mão em sua coxa, a outra ainda a abraçando e Iori deixa o corpo pender para trás se apoiando em mim.

Sei que vai ser difícil prestar atenção no show – não que eu realmente estivesse prestando antes.

Sua saia é curta e é uma delícia ficar brincando com a barra, sentindo a diferença de textura entre o tecido e sua pele macia.

Mais delicioso ainda é invadir levemente e mesmo que pouco, é excitante demais fazer isso em meio a tantas pessoas, mesmo que quase todos estejam concentrados no palco: é quase uma contravenção, um teste de limites e ela permite os avanços.

Acaricio sua barriga com o polegar, aspiro seu cheiro, arranho leve o espaço entre suas coxas e subo pelas paredes quando as entreabre levemente e a ponta dos meus dedos roça suavemente o topo de suas coxas, o suficiente para sentir seu calor.

O escuro do ambiente é um ajudante perfeito para esse tipo de coisa e aproveito tudo o que Iori permite, queimando a cada nova transgressão.

Esses toques insuficientes alimentam uma vontade absurda e mal posso esperar pelo momento em que esse desejo vai se concretizar.

Mal percebo quando o show acaba entre tantos beijos roubados e provocações das quais sou a maior vítima: estou louco de vontade de ir para outro lugar e aproveitar esse clima bom.

Pergunto na lata, sem enrolação.

— E então... A diversão acabou com o show?...

Ela pula da banqueta e entrelaça os dedos aos meus, oferecendo um sorriso que promete o mundo.

— Hoje vou deixar você mostrar se é tão bom quanto parece.

Não quero perder a chance que ganhei então nem tento leva-la para um motel ou qualquer lugar diferente.

É raro que eu traga alguém para casa, só que Iori merece certos privilégios e não quero ter a menor preocupação com tempo.

— Melhor do que pensei.

Soa realmente impressionada e quase dou risada de sua surpresa ao ver que não vivo em um pardieiro.

— Pensou é? E o que imaginou?

A puxo para perto e a conduzo pelo corretor até o quarto quase sem descolar de sua boca.

— Bagunça.

— Sempre pensando o pior de mim...

— Só leio os sinais que você mesmo passa.

Ignoro sua alfinetada mais focado em conseguir o que quero: arrasto sua blusa para cima e ela ergue os braços para me permitir tirar.

— Fitinha? Jura?

Implico com o lacinho em seu sutiã e gosto como não se importa com minha brincadeira: brinca junto.

— Algum problema com isso?

É leve, é gostoso estar com Iori e também surpreendente: sempre tem um toque de inesperado em suas atitudes.

— Te deixa tão menina...

Só o que o sorriso que me dá enquanto abre o fecho atrás e tira a peça é tudo, menos inocente; chega a ser difícil acreditar no que está acontecendo quando passa os dedos pelos peitos exuberantes e puxa os mamilos que estou doido pra provar.

— Pareço uma menina agora?...

Respondo do jeito mais prático possível pegando-a pela cintura e deitando na cama antes de começar a fazer o que sempre quis: conhecer cada pedaço dessa mulher deliciosa.

Me deixa alucinado como se contorce, chupa meu pescoço, me arranha, me ajuda a tirar a camiseta; gosto como reage a casa coisa que faço e também busca o que quer.

É foda e excitante pra caralho quando começo a puxar sua saia e ela mesma termina de chutar o tecido para algum lugar, ficando apenas de calcinha em minha frente, um convite pra todo tipo de perversão.

Seu rosto está rosado de excitação e timidez: cobre os olhos com um braço e morde a boca tão sensual e contida, ao mesmo tempo em que abre as pernas e dobra os joelhos me dando total acesso.

Iori é uma mistura de timidez e confiança que cativa, enlouquece, faz querer mais.

Já pensei tantas vezes nesse momento que é até difícil saber que prazer quero primeiro; tiro sua calcinha e salivo ao ver sua excitação espalhada atingindo as coxas, deixando sua buceta uma delícia, dando água na boca.

Deito entra suas pernas e gemo quando minha língua toca sua umidade e a percorre até em cima, circula seu clitóris inchado, sensível, volta e pressiona sua entrada, prova e aprecia os caminhos nos quais quero me perder o resto da noite.

Me arrepio inteiro ao som dos seus gemidos, me deixo levar pelos seus toques, pela forma como se entrega ao prazer e me guia para satisfazê-la.

Tudo o que está acontecendo me bate de um jeito diferente, me deixa nervoso e confuso.

Iori está satisfeita e uma delícia em minha cama, senhora do espaço que nunca permiti que ninguém ocupasse, a expressão safada pedindo mais, os dedos puxando os mamilos, descendo pela barriga gostosa, separando os grandes lábios molhados de excitação e saliva que acabei de provar, deslizando, provocando, as pernas abertas me chamando.

E eu simplesmente não consigo.

Não por qualquer razão moral ou algo do tipo, só eu sei o quanto quero foder essa mulher: só estou impossibilitado de fazer isso porque... broxei.

Óbvio que já aconteceu antes.

Mas justo com a Iori é uma brincadeira de tanto mau gosto do universo que mal sei o que fazer, principalmente quando ela percebe e a decepção fica estampada em sua cara.

Penso em várias coisas para dizer mas todas parecem apenas desculpas e nem eu mesmo entendi o que caralhos está acontecendo, o que está me deixando tão pilhado.

Sento na cama totalmente perdido; ela vem me consolar e francamente, só piora tudo.

Porque existem várias maneiras de lidar com a situação e as melhores envolvem simplesmente ignorar e seguir o jogo: é o suficiente para relaxar de novo e dar certo.

E é o que tento fazer: quero tanto que não é possível que dê errado. Puxo seu cabelo e encaixo um beijo talvez desesperado demais, ansioso, louco de vontade mas ela se esquiva com milhares de beijinhos tão doces no canto da minha boca, o corpo se afastando do meu até finalmente interromper.

— Relaxa, acontece.

Iori já esfriou e é simplesmente a pior coisa que poderia me dizer, ainda mais desse jeito condescendente.

Ainda tento salvar a noite, desviar o foco para algo que com certeza vai nos relaxar e permitir uma nova chance.

— Massagem?

— Outro dia.

Eu preferia um tapa na cara.

Iori não via absolutamente nada em mim e a convenci que pelo menos diversão eu poderia garantir, e acabei de estragar tudo e provar que nem pra uma noite presto. Isso bagunça minha cabeça completamente, deixa totalmente sem reação enquanto ela se veste de novo.

— Está tarde, pode dormir aqui.

— Tenho que acordar cedo amanhã...

É foda processar sua recusa. Dessa vez é ela quem só queria sexo, só uma distração e não vê sentido em ficar além disso.

Deveria ser eu a pensar assim. No melhor dos mundos, nós dois.

— Ok, te levo.

— Não precisa, sério. A gente se fala depois.

Por experiência própria das inúmeras vezes em que disse isso, não vamos nos falar.

Só queria voltar no tempo em que Iori era só mais uma vontade, porque agora está claro que virou mais que isso e não faço ideia de como lidar com essa confusão.



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