História Casa de bonecos - tobidei (naruto) - EP. 6 - Pequena vadiazinha

Deidara suspirou fundo, queria virar mas não conseguia. Tentou forçar novamente a porta, mas quando viu, foi levantado por aquela sombra — nem tão sombra, afinal tinha mãos grandes e pareciam ser ásperas. O mais novo mordeu os lábios em nervosismo, estava escuro, e "sozinho" naquele sótão.

— O gato mordeu sua língua...? — disse a voz grossa, parecia estar com raiva. Uma raiva... Provocante, que de maneira sádica estava enlouquecendo o mais novo. O loiro se culpou, e se imaginou esquizofrênico por estar naquela situação.

— Q-Quem é? — disse tentando virar-se, mas o ser atrás de si o travou com sua força bruta.

— Você não vai querer saber quem eu sou. — e riu de forma sádica, descendo suas mãos, brincando com a cintura fina do garoto com suas mãos largas. O loiro se perguntou até quando aquilo duraria, será que estava enlouquecendo?

— M-Mas... Eu... — escutou uma voz. A de Sasori. Do lado de fora, usou toda a sua força que restava e conseguiu chegar até a janela do sótão, que estava escondida no meio de alguns utensílios e móveis velhos e empoeirados. — SASO...! — quando ia terminar de gritar, o ser se aproxima e puxa o mais novo o fazendo cair no chão.

— Para de gritar! — e deu um tapinha fraco em seu rosto. Segurou seu queixo, e pela pouca luz que já estava a noite, Deidara conseguiu ver a aparência daquele ser desconhecido. Uma máscara laranja, com apenas a boca de fora — ... Você fodeu com aquele entregador, em? Me fala, foi bom?!

— Q-Quê?! — disse e então o ser ri ironicamente.

— Ah... Pequena vadiazinha, se não me responder eu não sei o que posso fazer com você... — segurou as duas mãos do mais novo e as colocou pra cima com somente uma de suas mãos. Sua outra mão brincava com a barra da calça do mais novo — ... Você fodeu com aquele entregador, hum?

— M-Mas eu não sei quem você é... Q-Quem é você? a-ah o que está fa... — disse adentrando a calça do mais novo, o provocando arrepios.

— Eu já disse que você não gostaria de saber quem eu sou. Eu vou acabar sendo agressivo com você, então me responda. Você fodeu com aquele desgraçado ou não?

— S-Sim...

— Você o que? Sim o que?

— Eu fodi com o entregador... — disse com algumas lágrimas nos olhos, e então a sombra retira suas mãos dali.

— Hum, está bem. Você sabia que é feio foder em horário de serviço, minha babá? — disse com uma voz inexplicavelmente diferente da sua anterior. O mais novo arregalou seus olhos, e então a sombra se aproxima de seu rosto, lhe dando um beijo nos seus lábios rosados.

Deidara estava confuso. O que estava acontecendo? Estava beijando de verdade ou era apenas imaginação da sua cabeça?

— Escuta aqui. Eu não quero ver você com aquele entregador de novo, ouviu? Se você se encontrar com ele novamente, haha... Vocês dois irão pagar caro.

O mais novo engoliu em seco. Estava sentindo medo de um ser a sua frente, que estava o chamando de babá! Não fazia sentido isso, então se perguntou se não estava sonhando. Essa ideia desceu pelo ralo quando sentiu um tapa forte em sua coxa esquerda.

— AWN...! — aquele homem, sem dúvidas tinha mãos grandes, pesadas e ásperas. Lacrimejou pela ardência, e quando olhou para o moço viu um sorriso irônico em seus lábios.

— Espero que tenha entendido. Bons sonhos, babá. — disse e Deidara sentiu os dedos daquele homem em seu pescoço, e quando viu, tudo estava escurecendo cada vez mais, até apagar de vez.

***

08:30AM - Quarto de Deidara.

— AAAAA SOCORRO...! — gritou, enquanto caía da cama. Se perguntou se aquilo não era um sonho, pois quando acordou de vez viu que não estava no sótão, mas sim no seu quarto — mano... Quê? Puta que pariu eu sonhei e... AWN, PORRA! — gritou ao mexer-se e ver que sua coxa esquerda estava marcada por uma mão.

Olhou para tudo assustado. E quando olhou pelo redor do quarto, viu que o boneco de Itachi estava parado em uma mesa na frente de sua cama. Escutou um barulho na porta, e não ligou muito para o boneco ali. Então, foi em direção da porta de entrada, mesmo sem escovar os dentes.

Abriu e viu a cabeleira ruiva de Sasori. Engoliu em seco, e pensou se era um sonho mesmo aquilo que o homem desconhecido disse para ele, para nunca mais se aproximar de Sasori. Ignorou esse fato, mesmo estando com um medo interno.

— Oi, bom dia Deidara! Ontem de noite eu vim entregar algumas coisas aqui, e talvez te convidar para tomar ou comer algo e queria saber se você não pode...

— NÃO! NÃO POSSO! — gritou, e quando percebeu o quão escroto foi, fez uma cara de surpresa — ... Desculpa, de verdade Sasori. Eu ando meio ocupado aqui na casa com algumas coisas e... — estava perdido e dividido se deveria ou não contar para ele — e... Argh, eu só não posso. Tudo bem?

— Ah, claro. Marcamos uma próxima. — sorriu, com um sorriso gentil e largo, que fez o coração de Deidara palpitar forte — ... Aqui está a caixa, com algumas coisas. Até a próxima semana, Deidara. — então se foi embora.

Deidara queria sair com ele, pois havia gostado daquele coroa ruivo. Ainda estava confuso se era ou não verdade toda aquela história de homem misterioso do sótão. Depois que Sasori saiu, Deidara deslizou até cair de bunda no chão. Aquela mão áspera havia ficado na mente dele.

— Porra... Que mão e voz... Não pera que, NÃO DEIDARA, SÓ PODE TER ENLOUQUECIDO, NÉ? RETARDADO DO CARALHO! — gritou pra si mesmo.

Se levantou, e foi direto para o banheiro para fazer suas higienes, e tomar um banho. Seu lado piranha estava ativado com aquela voz e mão, só de lembrar o arrepiava. Mas não poderia cair na tentação, afinal tinha chances de ser apenas um sonho muito real.

— Nah, se fosse um sonho eu não estaria marcado... — dizia a si mesmo no chuveiro — não... Eu posso ter me auto marcado, por ser um sonho realista, né? — dizia a si mesmo.

"Mas se realmente existir um homem aqui, que realmente sente atração por mim, eu posso usar meu lado sonso para seduzir ele..." — pensou, e um sorrisinho malicioso se fez em sua mente — "você vai me pagar, ser."

Saiu do chuveiro, e se enrolou na toalha. Saiu apenas com a toalha do banheiro, com sua roupa em mãos. Entrou em seu quarto e lá colocou uma blusa e um short que destacava suas coxas, e começou a pentear seus cabelos. Depois de penteado, saiu do quarto e pegou os bonecos. Como era hora do café, colocou os mesmos na cozinha e começou a preparar um café bem quentinho para ele tomar.

— Hum, faz tempo que eu não falo com a Konan. — disse e pegou seu celular que estava no seu bolso — ... Vai, atende vadia. — disse e quando viu, a mesma atendeu.

— Nossa, essa hora vagabunda loira?!

— Posso ser vagabunda mas sou uma vagabunda que acorda cedo, sou o futuro do Brasil, viu?

— Que Brasil, vadia? Você mora no Japão.

— Ae, errei o meme. — riu — mas e aí, as novidades? Nem pudemos conversar direito aquela vez.

— Ah, sim! Sobre o Pain, nossa que homem gostoso Dei! Sem mentira, t u d o  é tatuado... Se é que me entende.

— O cu?

— NÃO, AH VAI SE FUDER DEI — começou a rir que nem uma cadela — você sabe o que eu quis dizer, idiota!

— Eu em, você disse tudo!

— Sonso! E você, suas novidades?

— Ah... Nada não, só aquele entregador gostoso mesmo... Pensa num coroa firme... Ah, dá tesão só de lembrar. Me fez gozar umas três vezes. — e então ri malicioso. Pensou no quão louca essa idéia é, mas quando pensou de novo, lembrou daquela voz e daquela não áspera. E todas as possibilidades mais sensatas que ele poderia tomar foram por água a baixo.

Se perguntava se estava brincando com a morte, mas na verdade, ele queria mesmo brincar, mas não com a morte.